Wish for the Star escrita por Chie Maclin


Capítulo 1
Capítulo.0 - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Yahhh~ Sim, apesar de amar TOE (Minha primeira fanfic do EXO), estamos aqui com mais uma!!

Dessa vez, baseada no dorama que Baekhyun participou, e que eu quero amar escrever tanto quanto amo TOE.
Mas prometo que será mais curta que TOE!!

Enfim, vamos lá?? ~tensa



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Província de Goryeo

Se não fosse por toda aquela confusão no palácio, eu poderia estar agora aproveitando a festividade. Mas como sempre, a princesa mimada conseguiria o que queria e hoje, ela arruinou meus planos de sentar-me à mesa com meus pais, os quais eu raramente via. Bem, devem estar se perguntando quem sou eu, certo? Ou estou errado?

Sou Baekhyun, príncipe e principal herdeiro do trono de Goryeo. Estou no auge de meus 23 anos, e tudo o que eu poderia desejar é ter alguém ao meu lado, nem sequer o trono e o poder me animavam tanto quanto poder sentir o carinho que eu nunca ia provar dos meus pais.

Mas, okay, Baekhyun, ou melhor, eu, não vou ficar me lamentando. Já que não posso estar com eles, resolvi caminhar pela vila, e não, eu não saí despreparado, apesar de que quem reconheceria um mero príncipe sonhador? Ainda mais alguém que sonhava com a liberdade?

Chutei uma pequena pedra, olhando para o céu. O luar estava tão bonito que se minhas mãos alcançassem, eu roubaria as estrelas pra mim. Estiquei meu braço, tocando-as em minha mente. Sorri, eu era bobo? Talvez.

Desmanchei meu sorriso ao ver que talvez meu sonho de liberdade fosse como alcançar aquelas estrelas, impossível. Fechei minha mão e senti uma fina lágrima descer por meu rosto, desejei por um momento ser apenas alguém normal e livre.

Recolhi meu braço quando ouvi sons de cavalos vindo, seriam os cavaleiros de meu pai? Corri atrás de uma parede de madeira onde ficava talvez um armazém de ervas. Mantive meu rosto coberto e quando vi os cavaleiros passarem, notei o símbolo que demarcava demais suas roupas. Era um inimigo!!

Engoli em seco e os vi indo em direção ao palácio, espera... O palácio estava aberto para o povo já que o rei resolvera fazer uma festa pela visita da princesa. Não... Não. Eles não podiam se aproveitar disso, certo? Mas o que eu poderia fazer?

— Aishh!! – Saí do meu esconderijo e fui em direção ao palácio, eu não sabia o que faria, mas algo deveria servir pra ajudar, certo?

— Hey, você!! – Congelei meu corpo no lugar ao ouvir uma voz atrás de mim.

Ouvi passos virem em minha direção e quando ergui meus olhos, um homem alto estava parado na minha frente. Nunca o havia visto por ali, mas abaixando meus olhos, vi que em seu peito havia o mesmo símbolo dos outros e apertei meus lábios.

— Se quiser viver, é melhor não entrar aí, criança... – Forcei meus olhos, eu não era uma criança!! – E não ouse me olhar assim de novo!!

Senti-o se aproximar e concordei, abaixando meu olhar. Eu não deveria estar sendo submisso assim, mas a vida do rei dependia disso, eu tinha que manter a calma, senão não sobraria rei ou príncipe para o futuro de Goryeo.

— Não vai embora, criança? – Ouvi-o falar novamente e arregalei meus olhos, ainda sem o encarar. Eu não podia simplesmente ir embora e fugir como um covarde.

— Eu... Eu realmente preciso entrar aí! – Afirmei lhe olhando cautelosamente, o vendo sorrir de modo cínico.

— Acho que você não entendeu... – O vi dar meia volta e empunhar a espada contra meu pescoço. – Eu estou lhe dando a chance de escapar, pequeno príncipe!

Minha respiração simplesmente se tornou frenética. Então, ele sabia quem eu era?? Dei um passo para trás, meus lábios tremiam e minhas palavras simplesmente sumiram.

— Não vá me dizer que pensou mesmo que um simples cidadão saí por aí com o rosto coberto? – Trazendo a espada pra perto do véu que cobria parte do meu rosto, o rasgou, me fazendo levar uma das mãos ao meu rosto, onde havia feito um pequeno corte.

— O que vocês querem?! – Grunhi sem pensar direito, e com meu corpo hesitando em sair dali.

— Não é óbvio? – Aquele sorriso... – Se acabarmos com o Rei e o príncipe, eu posso tomar conta do reino de Goryeo!!

— E quem você pensa que é? – O olhei desafiador, eu poderia estar maluco, mas não iria sair dali sem antes saber de toda a história maluca que aquele homem estava desatando a falar.

— Sou o filho mais velho do rei, pequeno príncipe. Seu irmão. – Ele começou a andar em volta de mim e eu queria não acreditar que boatos que ouvi na minha infância fossem reais. – Sou um príncipe, porém um filho bastardo do rei.

Então, todas as histórias contadas pelo povo eram reais? Eu não era o único herdeiro ao trono. Quem diria que o filho de uma serva iria trazer problemas depois de tantos anos. Absorvi todo o ar que podia e me virei para ele, ainda mantinha a mesma pose de antes.

— Se você sabia quem eu era, porque estava me deixando fugir? – O encarei e seu semblante continuava com aquele sorriso suspenso nos lábios.

— Pensei que seria um favor ao pequeno príncipe que sempre desejou liberdade. – O vi se aproximar novamente de mim e caminhei para trás. – Mas já vi que não deseja tanto essa liberdade...

Apertei meus olhos e caminhei para trás, me virando e começando a correr, eu tinha que impedir que algo acontecesse ao meu pai, o rei. Minha liberdade... Sim, ela podia esperar. Segui pelos corredores do palácio, ouvindo as pisadas fortes e ligeiras que vinham atrás de mim.

Pequenas lágrimas escorriam por minha face, enquanto eu passava pelos corredores, até que me deparei com uma porta que me levaria ao fundo do palácio. Ergui minhas mãos e tentei abri-la, falhando, choquei meu corpo contra ela, mas fora em vão.

— Cansei de brincar, irmãozinho... – Encostei minhas costas na porta, tentando segurar as lágrimas que teimavam em cair.

— Por favor... – Pedi, não tanto por mim, mas por todo o reino, por meu pai. – Por fa-

Senti a espada acertar meu abdômen, me golpeando e afundando. Levei minhas mãos para ela, a segurando com força e sentindo meu sangue sujá-las. Minhas lágrimas deslizaram por meu rosto, meus lábios tremiam e eu só conseguia ver aqueles olhos com ódio me fitando enquanto sua espada me atravessava até que eu perdesse minha consciência.

Talvez, só talvez, minha liberdade fora adiada... Pra sempre.

◘◘◘◘◘◘◘

Atual Seul

Me remexi, levando as mãos aos meus cabelos, eu suava frio e apertava meus olhos, como se a dor ainda estivesse remoendo dentro de mim. Respirava com dificuldade, meu rosto se encontrava com as lágrimas espalhadas e mais caindo. Eu apenas queria proteger quem eu amo...

— Baek... Baekhyun!! Acorda!! – Ouvi meu nome e abri meus olhos, assustado.

Encarei o dono da voz e eu nunca o havia visto. Apertei meus olhos e me sentei com dificuldade, notando que... Eu estava em um... Quarto? Engoli em seco, apalpando meu corpo, não havia ferida, não havia sangue, não havia... Me levantei assim que vi um espelho na frente da cama e encarei meu rosto, não havia sequer o corte.

— O-Onde eu estou? – Me virei para o rapaz que se me olhava preocupado. – E quem é você?

— Baek... Para de brincar e vem dormir... – Como ele sabia meu nome? - ...Você deve ter tido só um pesadelo, amor.

— Amor? – Sussurrei e voltei a me olhar no espelho, notando que meus cabelos estavam curtos e minhas roupas eram diferentes. Onde eu estava??

— Eu sei que você se acha lindo, mas pode voltar pra cá, amor? – Ouvi-o me chamar e me virei novamente para ele.

— Eu preciso de... – Pensa rápido, Baek!! – Um pouco de água.

— Okay... Vai lá, só não vai começar a jogar pra afastar os pesadelos, hein? – O ouvi falar e concordei, abrindo a porta.

Em que ano estamos? O que aconteceu comigo? Eu, um príncipe, estava na casa de alguém que me conhecia. Não, conhecia alguém como eu, mas não eu.

Andei pelo corredor, chegando à cozinha, levando um susto ao ver uma claridade tomar conta do local antes escuro, mas era tudo tão diferente... Olhei para todos os lados e suspirei. Por onde eu devia começar a procurar? Havia tantas coisas estranhas por ali, apertei meus olhos para uma caixa gigante, com vários papéis e recados.

“Baek, a panela de arroz está no armário”

“Baek, não se esqueça de guardar a comida”

“Baek, te amo... Park Chanyeol”

Sorri, parecia que havia muitas coisas pra eu fazer ali. Puxei a maçaneta, sentindo um ar frio vir de dentro e olhando para dentro, vi algumas garrafas. Peguei uma delas e a abri, não havia cheiro, então, deveria ser água.

Beberiquei, estava ótimo. Fechei aquela caixa gigante e encostei-me ao balcão, ainda tomando da água e pensando em como eu havia chegado ali. Não deveria ter morrido quando meu suposto irmão havia me atacado?

— Achou a água? – Saí de meus pensamentos e olhei para o rapaz, talvez ele fosse... Park Chanyeol. – Qual foi o pesadelo dessa vez?

O encarei, parecia que esse Baek, que não era eu, tinha muitos pesadelos comigo. Pera, o quê??

— Só um sonho assustador... Chanyeol. – O senti se aproximar e prendi minha respiração. Eu não era o Baek dele, eu sequer... Eu nunca tive ninguém pra dizer que eu sabia o que estava sentindo.

— Tudo bem, não precisa me contar se não quiser... – O senti me abraçar e afagar meus cabelos, me fazendo fechar os olhos.

— Obrigado. – Agradeci, afinal, eu iria contar o quê sem ele achar que eu havia pirado? Pera, que o Baek dele havia pirado!!

— Vamos voltar a dormir? – Perguntou, se separando de mim sem deixar de estender sua mão. Deixei a garrafa sobre o balcão e mesmo hesitando, segurei em sua mão, sorrindo breve.

Assim que deixamos a cozinha, as luzes se apagaram e quando entramos no quarto, soltei sua mão, notando as fotos que haviam ao lado do espelho. Esse Baekhyun parecia realmente livre e feliz, mas não era eu.

— Não vai deitar, é? – Me sobressaltei ao sentir duas mãos em minha cintura e o hálito quente bater em minha nuca, me fazendo arrepiar.

— Aishh, não faça isso. – Tentei tirar suas mãos de mim, mas o senti me virar pra ele e aproximar os lábios de mim.

— Por que não? – Apertei meus lábios, mas senti-o unir os seus aos meus, fechei brevemente meus olhos, sentindo um frio em minha barriga. Talvez fossem as tão aclamadas borboletas que minha irmã dizia.

Senti seus lábios tocarem os meus e irem tomando conta do meu controle, quando notei, sua língua dançava com a minha e mesmo com receio de estar roubando o lugar de alguém, segurei seu rosto, retribuindo aquele doce ato que nunca havia provado em minha existência como príncipe.

Senti meu peito se aquecer de algo bom e quando o contato foi quebrado, nos encaramos. Parecia que minha boca pedia por mais, mas o vi sorrir e dar um beijo em minha testa. Seus braços se afastaram de mim, tocando com suas mãos nas minhas e me puxando para a cama.

— Vamos dormir, okay? – Concordei e me deitei ao seu lado.

Seus braços me circularam e eu observei seu rosto, como seus olhos grandes quase não fechavam, como suas orelhas eram engraçadas e como seus lábios eram bonitos... E tinham um gosto bom.

Não sabia quem era seu Baekhyun, mas... Eu estava agradecido de estar vivo. Toquei em minha barriga e não havia sequer uma dor. Apertei meus olhos e me aninhei aquele corpo maior que o meu, talvez eu estivesse delirando e quando acordasse... Talvez não acordasse.

Abri meus olhos novamente, eu poderia ser egoísta a esse ponto? De desejar ficar numa época que não era a minha? Apenas pra não ver os problemas do reino... Apenas pra continuar vivo? Mirei o céu através da janela e vi as mesmas estrelas. Estiquei meu braço, querendo pegá-las novamente, mas senti uma mão segurar a minha.

— Se decidir voltar, eu vou atrás de você, Baekhyun. – Ouvi Chanyeol falar enquanto segurava minha mão. O que ele queria dizer com aquilo?

Senti-o me abraçar forte e escondi meu rosto em seu peito, apertando sua roupa com minhas mãos. Eu esperava mesmo que fosse tudo uma grande loucura da minha mente... Ou que esse grandão estivesse falando sobre qualquer outro assunto, afinal, o Baekhyun dele podia desejar voltar pra outro lugar, certo?


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui, parabéns!!

Obrigada por ler e seria muito legal e importante se pudesse comentar o que achou!!

Nos vemos no próximo capítulo!!



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