Capitulo 5 : Impasse

Sirius se perguntou o que ele tinha na cabeça quando pensou que seria tão fácil.

Qual é? O que ele achava? Que ia entrar escondido num trem com centenas de crianças e fazer uma viajem tranqüila até um dos prédios mais bem protegidos da Grã Bretanha e ninguém  ia perceber?

O fugitivo agora se encontrava em um beco escuro na periferia de Londres amaldiçoando as próprias idéias.

Hoje ele tinha tentado se esgueirar para dentro do Expresso de Hogwarts e se deparado com a única maldita pessoa que podia impedi-lo. O cão afundou o focinho entre as patas negras e respirou fundo para espantar sua frustração.

O que diabos Remo estava fazendo ali?

Sirius tinha chegado à estação onde o trem estava estacionado lá pelas sete da manha. Era cedo o bastante para que o lugar estivesse quase deserto, com exceção de algumas pombas e alguns trabalhadores que tinham vindo cedo para preparar o trem.

 E Lupin.

O homem estava encostado casualmente de braços cruzados contra o metal vermelho e observava o movimento com uma expressão calma. Seus olhos cor de mel vaguearam até encontrar os cinzentos do cachorro, assim que este passou pela parede, e ambos congelaram.

Sirius assistiu enquanto a cor sumia do rosto do amigo, sua expressão serena era substituída por uma de choque e seus punhos se fechavam.

Por um segundo ambos apenas se encararam, sem se atrever a fazer qualquer movimento. Seu ultimo encontro com o lobisomem passou pela memória de Sirius e este percebeu que era mais saudável sair dali.

Antes que o amigo pudesse se recuperar do choque, o cachorro se lançou contra a parede da qual tinha acabado de sair e disparou como um raio negro pela estação, só parando quando se viu a uma distancia razoável do lobisomem que, ironicamente, era o único maroto além dele.

E aqui estava ele em um beco qualquer da capital, sem ter idéia do que fazer a seguir. Suspirou e se levantou. Ficar ali deitado não ia resolver seus problemas e Voldemort não ia esperá-lo chegar a  Hogwarts para ressurgir, muito pelo contrario.