Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 25
Capítulo 25 - O Segredo de Spencer


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Como foi o feriado de vocês? Espero que tenha sida produtivo.
Reta final da fic pela segunda vez. Eu to demorando um pouco mais a postar pra ver se dá tempo de bater o número de comentários ou recomendações o bastante pra rolar um segunda temporada. Eu sei, eu sei, to me iludindo. Mas, poxa vida, eu tenho tantas ideias! Vou ver se consigo reciclar alguma em uma original ou sei lá, mas a maioria é muito específica.
Enfim, boa leitura.



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Os Hudson-Hummel continuavam gentis com elas como em todas as outras vezes em que Spencer a levou para tomar café em sua casa, mas Emily não conseguia ignorar a sensação de que cada um sentado à mesa naquele dia a encarava, além do ambiente estar preenchido por uma densa névoa de silêncio bem atípica quando se tratava dessa família calorosa.

A calmaria era tão estranha que Em sentiu a necessidade de quebrá-la, pigarreando e sorrindo fraco ao dizer. — A senhora deve estar cansada de ouvir, mas eu não canso de exaltar o quanto a senhora cozinha maravilhosamente bem.

— Isso quer dizer que você já terminou de comer? — Kurt se intrometeu na conversa, praticamente saltitando na cadeira, antes mesmo que sua mãe tivesse tempo de ao menos tomar ar para responder.

— Meu filho, tenha modos, por favor. Assim parece que não te dei educação. — Carole repreendeu com seu tom gentil e delicado, logo retribuindo o sorriso de sua nora. — Muito obrigada, querida. É sempre um prazer cozinhar pra minha família.

— Eu estou sendo educado. — Kurt pôs a mão sobre o peito de forma ofendida. — Só quero saber se minha queria cunhadinha terminou de tomar café.

— Eu estou com uma estranha sensação de que tem alguma coisa rolando por aqui. — Emily constatou por fim, intercalando o olhar entre todos ali. — Então, sim, eu já acabei. O que tá acontecendo?

— Eu acho que agora nós podemos conversar. — Spencer entrou na conversa, seu tom demonstrava certo nervosismo que ela tentava disfarçar, porém continuava nítido. — Sobre a faculdade.

— Dá pra parar de drama, criatura? Parece que vocês são casadas há uns quinze anos e você vai contar que tá traindo ela com a instrutora de Yoga. Desenvolve, querida. — Mais uma vez, Kurt se intrometeu transpirando ansiedade, ao que recebeu uma cotovelada de seu irmão mais velho que estava estado ao seu lado. — Ai! Seu babaca.

Poh, porcelana! Será que dá pra calar essa sua boca de lagarto desnutrido e deixar a Avie falar logo, cara! — Finn exclamou com sua melhor expressão irritada, pois queria de uma vez passar essa parte da conversa.

— Mas o que é isso, meninos?! Parece até que eu não acabei de falar sobre modos. — Carole repreendeu fuzilando os dois filhos com os olhos.

Spencer conseguiu finalmente rir, espantando assim um pouco da tensão. Nenhuma reunião Hastings surtiria esse efeito, por isso ela se achava uma garota sortuda em proporções incalculáveis por ser considerada tão Hudson-Hummel quanto Finn e Kurt por Burt e Carole.

— Entãããão! — Emily disse alto, chamando de volta a atenção de todos para si. — Que é que você tem pra me falar sobre faculdade, amor?

— Bom. — Spencer pigarreou e retomou o tom sério que a conversa deveria ter. — É meio óbvio que todo mundo acha que sou louca pra ir pra UPenn e me formar direito...

— Não, não. — Em interrompeu com um sorrisinho convencido. — O que é claro como água é que o Velho Ranzinza e a Dama de Ferro querem que você vá pra UPenn e se forme em ser um robozinho programado pra ser igual a eles e trazer glória ao grande e poderoso nome dos Hastings.

— Sim! Exatamente. Você me entende tão bem, meu amor. — Ela respondeu com um leve suspiro apaixonado. — Eu nunca, jamais, quis isso pra minha vida. Me dá repulsa e meu estômago embrulha só de imaginar um futuro onde eu tenha me tornado uma mini-Verônica. Ou pior, uma mini-Peter. Não estou nem um pouco a fim de seguir a mesma fórmula de todos os outros Hastings e ser como a filhinha perfeitinha Melissa. Eu quero ser eu mesma.

— Ótimo. Isso me deixa muito feliz e eu super te apoio na sua decisão. — Murmurou com uma expressão animada. — O que você quer fazer?

— Meu sonho é ir pra Stanford e estudar Engenharia. — Spencer também sorriu largo, era maravilhoso finalmente poder compartilhar isso

Kurt continuava se remexendo na cadeira tendo que se controlar ao máximo para não voltar a roer as unhas. Toda aquela explicação parecia estar se passando em câmera lenta ele.

— Jura? Nossa, eu sempre achei que engenharia combina bastante com você, amor. — Emily sorriu, mas logo em seguida franziu as sobrancelhas e soltou um muxoxo. — Espera um minuto. Stanford? As inscrições pro ano que vem já foram encerradas, você vai ficar um ano parada depois do colégio?

— Na verdade, era justamente nesse ponto que eu queria chegar. — Spencer encarou sua xícara vazia de café sobre a mesa e coçou a nunca antes de concluir sua linda de raciocínio. — Eu ia contar pra você, a Aria e Hanna de uma vez, na próxima reunião... É que já fiz a minha inscrição, com uma ajudinha, na verdade uma grande ajuda, da minha amada família Hadson-Hummel. Mas minha carta chegou antes do que eu previa e eu queria que você estivesse aqui quando eu abrisse. E todos nós estamos muito ansiosos pra ler.

— Sim! Muito! — Kurt enfatizou com os olhos muito abertos, o que o deixou com uma aparência de maluco. — Muito mesmo, Em.

— Uau! Quanta informação pra um simples café da manhã. — Emily constatou rindo. — Bom, se era só por mim que estavam esperando, então já podemos abrir.

Burt, Finn e Kurt comemoraram assobiando, gritando e batendo na mesa, trazendo de volta à mesa Hudson-Hummel o calor humano de costume. Enquanto isso, Carole levantou da cadeira em um salto e correu para a cozinha, onde o documento estava guardada em uma das gavetas do armário.

— Aqui está. — Disse com um sorriso gentil e ao mesmo tempo ansioso, estendendo o documento para sua filha. — E olha só a grossura desse envelope.

Spencer estendeu a mão e pegou a carta. As batidas de seu coração atropelavam umas as outras, por isso foram necessários alguns segundos em uma respiração bem profunda para que ela pudesse se acalmar e finalmente conseguisse por fim abri-lo.

— Mas o que diabos você que tá fazendo, sua louca? — Kurt repreendeu a irmã, que passava os olhos pelo papel sem dizer uma palavra sequer. — Leia isso em voz alta, Avie.

— Desculpa, é que minhas mãos estão tremendo demais. — Spencer respondeu com certo tom de frustração. — Não to conseguindo ler nada.

— Ai, sua fresca. Me dá logo essa carta aqui. — Kurt revirou os olhos e puxou o papel das mãos da irmã sem muita delicadeza, então passou os dedos pelo cabelo antes de começar a leitura. — “Senhorita Spencer Avery Hastings...” Blábláblá. “(...) equipe Stanford informa com grande prazer que a senhorita foi aceita para fazer parte do nosso copo discente.” Maninha...

— Eu vou pra Stanford? — Ela sussurrou mais para si mesma que para o irmão.

— Você vai pra Stanford. — O caçula respondeu apenas um pouco mais alto.

— Eu vou pra Stanford? — E ao passo que a ficha começava a cair, o volume na voz de Spencer começava a subir.

— AVIE, VOCÊ VAI PRA STANFORD! — Porém, o primeiro grito histérico, como sempre, veio de Kurt que se levantou de seu lugar, foi até Spencer e a puxou da cadeira para poder abraçá-la e saltitar com ela.

Emily, assim como o restante da família Hudson-Hummel, também se juntou a eles na comemoração, gritando e fazendo bastante barulho.

Depois de algum tempo, todos perceberam que era impossível seis pessoas pularem e se abraçarem ao mesmo tempo, então se contentaram em ficar parados e assim Burt pode emaranhar a mão entre sua nora e seus garotos para bagunçar o cabelo acastanhado de sua menina que começava a se tornar mulher.

— Parabéns, minha filha. — Disse tentando conter as lágrimas. — Claro que a gente sempre soube que você ia conseguir entrar, mas ainda assim a felicidade de confirmar com a formalidade toda mal cabe no coração desse velho.

— Estamos muito, muito orgulhosos de você, meu amor. — Carole completou com a voz embargada de quem já havia perdido a luta contra o choro de alegria e emoção.

— Mandou bem, maninha. — Murmurou Finn imitando o pai ao bagunçar ainda mais o cabelo da irmã.

— Sabia que esse seu cabeção de CDF ia dar show. — Kurt exclamou com o máximo de empolgação que cabia em sua voz. — E se quer saber, na real, foi a Stanford que acabou de ter a puta sorte de ganhar Spencer Avery Hudson-Hummel, a melhor aluna que poderia ter. Você vai arrasar com eles, mana. Porra, eu te amo pra caralho e você me enche de orgulho, garota. Não! Não mais. Você me enche de orgulho, mulher.

— Kurt! Olha essa boca! — Carole o repreendeu, ainda enxugando lágrimas que não paravam mais de cair.

— Foi mal, mamãezinha. Tem coisa que a gente só consegue expressar direito com um bom e velho palavrão. A minha irmã acabou de entrar pra Stanford!

— Ok. Dessa vez eu vou fazer vista grossa, meu filho.

— Muito, muito obrigada, pessoal. — Spencer finalmente se pronunciou, sorrindo de orelha a orelha. — Não só por essas palavras, mas também por todo o apoio que tem me dado desde que contei pra vocês o meu sonho. Sem isso eu não teria tido a coragem e determinação necessária pra chegar até aqui. Eu amo vocês mais que tudo e não poderia ser mais grata por fazer parte dessa família.

Emily podia sentir ondas e ondas de amor transbordando de todos eles. Era uma cena tão maravilhosa de se presenciar que seu coração igualmente transbordava de alegria.

E assim passaram o restante do dia festejando como a linda família que eram. Spencer se sentia mais feliz e completa do que nunca, alheia a Rosewood e o acontecimento recente e terrível com uma de suas melhores amigas.


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Notas finais do capítulo

Família linda do caralho aaaaaaaaaaaaaaa
xoxo
Atenciosamente, Leozinho



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