Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 16
Capítulo 16 - Caindo Por Ela


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Primeiramente peço desculpas pelas semanas de ausência, a minha cabeça tava tão cheia que eu achava que tinha agendado os capítulos nas semanas em que eu estaria concentrado em (não é relevante pra vocês), estranhei que não tinha comentários novos aqui quando voltei, mas só deixei pra lá. Hoje vim postar o capítulo que não tinha agendado e descobri que na verdade não agendei nenhum. Agora vamos voltar nossa programação normal, mas quero a opinião de vocês: na semana que vem eu posto de segunda a sexta pra compensar o tempo perdido ou continuo na sexta-feira pra não quebrar ritmo?
Enfim, boa leitura.

P.s.: Se quiserem, releiam o capítulo 15, eu revisei melhor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/757519/chapter/16

Quando o sinal para o fim da aula tocou naquela tarde de sexta-feira, Emily logo saltou de sua cadeira, ansiosa para ir para casa e se arrumar para seu encontro com sua namorada. A euforia era tanta que a impediu de perceber alguém se aproximando, até que sentiu sua boca ser tapada enquanto era puxada para uma das salas vazias da escola.

— Mas o que? — Balbuciou confusa depois de ser solta, virando-se para encarar quem a havia pego. — Trista?

— Oi, Em. — A loira respondeu com seu típico sorriso torto.

— Qual é a tua, garota? — Revirou os olhos, impaciente. — Seja lá o que for, é melhor falar rápido porque eu to com pressa.

— Só queria saber se você não tá a fim de relembrar nossos velhos tempos. — Trista tentou falar em tom sexy ao se aproximar, porém soou tão genérico que ficava enjoativo.

— Não temos velhos tempos, Trista. — Emily a repeliu de imediato. — Nós só ficamos umas duas ou três vezes e você espalhou pra escola que a gente tava namorando. O que, alias, foi uma coisa bem patética de se fazer. E mesmo que tivesse algo de relevante pra lembrar, eu tenho certeza que você já sabe que eu to com a Hanna Marin agora.

— É. E há algumas semanas atrás você estava com a princesinha Hastings. — McClayn desdenhou tentando mais uma vez de forma inútil se aproximar.

— Você sabe como o meu amor funciona, gatinha. Dura semanas, talvez meses. Volta pra fila, quem sabe abra uma vaga. — Em tentava soar o mais fria possível, não pensava assim de verdade, só queria se livrar daquela garota que se mostrou um problema desde o primeiro beijo. — Mas por enquanto já estou muito bem servida de loira gostosa, então se você não se importa, eu gostaria de ir pra casa.

— Qual é, Emily? Virou fiel agora? — Trista usou seu melhor tom de deboche, ficando ainda mais parecida com Alison DiLaurentis.

— Sou fiel quando namoro. A questão aqui é, como eu já deixei bem especificado: Nós. Fomos. Apenas. Uma. Ficada. — Replicou entredentes, ficando realmente sem paciência.

— Mas eu gostei de verdade de você. E ainda gosto. — As costas de Fields bateram na parede, deixando-a sem espaço para recuar, então McClayn pode por fim tocar seu rosto.

Emily segurou a garota pelos pulsos e sorriu com desdém. — Ah, é mesmo? Que pena, né? Um dia você supera. Tchau.

Ao abandonar a sala, se encaminhou para o estacionamento tão rápido que sequer viu um Soldado parado ao da porta. Era Paige MacCullers, que nem teve tempo de se esconder e soltou o ar com alívio por passar despercebida.

A nadadora estivera seguindo-a desde o fim da aula e ouviu toda a conversa, então sem hesitar pegou o telefone e ligou para o Senhor Hastings enquanto saía da escola.

Peter ficou bastante feliz com as informações recebidas. Se aquela sapatão nojenta já havia arrumado outra vadia para se esfregar, com certeza seria bem mais fácil para Spencer se esquecer de toda essa bobagem. Acabou decidindo dispensar alguns de seus vigias, porém não todos, seria melhor ter certeza de que o nome de sua família não seria jogado na lama.

Pouco depois, Emily passou pela porta do quarto tirando o casaco e suspirando alto de alívio por estar em casa.

— Oi, Em. — Hanna sorriu, tirando os fones de ouvido, então girou com a cadeira do computador para poder encará-la. — Porque demorou a chegar? Passou a semana inteira me enchendo os ouvidos sobre como tava ansiosa pra encontrar a nerd. Achei que ia vir dentro de um raio vermelho e amarelo, quinem o Flash.

— Eu tentei vir rápido. — Respondeu com uma leve virada de olhos enquanto puxava o celular do bolso parar escolher uma música. — Só que uma das minhas ex-ficantes ficou me enchendo a paciência querendo flashback. Eu queria saber por que tenho que ser tão linda e maravilhosa assim. As garotas não desgrudam.

— Nenhuma lembrança me vem à mente sobre você reclamando disso algum dia na sua vida, senhorita pegadora. — Marin balançou as sobrancelhas de forma sugestiva e acabou levando um travesseiro na cara.

— Mas que droga. Parem de ficar me chamando de pegadora. — Fields pediu com uma expressão irritada antes de voltar a mexer do telefone. — Posso ter sido, admito. Agora eu sou uma garota cem por cento comprometida com a namorada e os planos pro futuro.

— Sei. — Hanna riu e fez menção de se virar novamente para o notebook, porém seus olhos se recusaram a desviar-se quando Emily apertou o play em I Kissed a Girl – Kate Perry e começou a rebolar no mesmo ritmo enquanto tirava as roupas devagar, cantarolando baixo. — Em... Você tá só fingindo ser minha namorada, ok? Não precisa fazer strip-tease pra mim.

— Que? Eu não to fazendo strip-tease. — Riu ainda se mexendo conforme a música.

— É mesmo? Bom, você está dançando e tirando as roupas. — Respondeu cruzando os braços e erguendo uma das sobrancelhas. — Pra mim, essa é a definição de fazer strip-tease.

— Você nunca reclamou disso antes até dar uns amassos com a Anime. — Emily sorriu ao mesmo tempo maliciosa e debochada. — Acho que alguém tá começando a desejar o meu corpinho nu.

— Cala a boca, sua vaca. — Hanna quase riu de nervosa, mas conseguiu se conter com um estreitar de olhos. — Talvez eu esteja reparando um pouco mais que o normal na anatomia feminina em geral. Isso não quer dizer que eu deseje.

— Miga, pra uma hetero você tá com uns papos muito mais de sapatão do que eu. — Constatou caindo na gargalhada.

— Vai logo tomar banho e encontrar tua nerd, vai. — Hanna jogou na amiga o mesmo travesseiro que acertara seu rosto minutos atrás.

Emily continuou a rir enquanto pegava a toalha e ia terminar de se despir no banheiro.

Embora tenha demorado bem mais que o previsto para se arrumar graças aos palpites exagerados de sua colega de quarto, conseguiu sair de casa para pegar sua amiga.

— Nossa, Sam, você tá gata demais. — Emily elogiou assim que ela entrou no carro.

— Valeu. Você também tá linda. Adoro essas suas jaquetas de couro. São tão perfeitas. — Samara respondeu sorrindo e colocando o cinto de segurança.

— Ainda mais nesse corpo perfeito. — Se gabou ligando o carro, mas foi logo entrando em outro assunto que queria abordar já havia algum tempo. — Então... Toby, né?

— Pois é. — Sam não apagou o sorriso do rosto, embora um leve tom avermelhado tenha lhe pintado as bochechas. — Rolou uma química instantânea, sabe? Foi tão natural que seria até pecado não levar a diante.

— Ooown, que fofo. — Em estava realmente feliz por seus amigos. — Tenho que falar, o Toby é o melhor cara do mundo. Se eu gostasse de homem juro que me casava com ele.

— Então ainda bem que você não curte essa fruta. Uma mulher desses de concorrente seria desleal. Eu não teria a mínima chance. — Brincou rindo.

— Nada. Tenho certeza que ia ser uma competição super acirrada. — Emily também riu enquanto parava no sinal vermelho, podendo olhar para o lado. — Mas já conquistei minha princesa encantada pra me fazer feliz pra sempre. Agora é só torcer pro Toby ser seu príncipe.

— Espero que seja. Ele é tão fofo, sabe? — Samara fez uma pausa para suspirar antes de concluir a linha de pensamento. — Não estranha o meu gosto por filmes que não são de menininha nem reclama do meu apetite dizendo que vou ficar gorda quinem os babacas dos meus ex-namorados. E quando conversamos, ele interage comigo ao invés de só fingir que tá prestando atenção pra me levar pra cama depois.

— É, Toby Cavanaugh definitivamente é uma edição limitada. — Disse Em sorrindo. — Você é uma mulher de sorte, Sam.

— Concordo.

A conversa continuou em um tom bem agradável e descontraído até que chegassem ao restaurante dos Hudson-Hummel, onde trocaram as companhias e se encaminharam para cantos opostos do pequeno estabelecimento.

Antes de se sentarem, Spencer puxou a namorada pela cintura e lhe beijou os lábios com carinho, dizendo logo em seguida. — Estava morrendo de saudade de você.

— Eu também. Tava pra enlouquecer de saudade. — Emily replicou sorrindo como a boba apaixonada que era. — Você tá linda.

— Não mais que você. — Respondeu pretendendo unir suas bocas novamente, porém não teve tempo, pois um grito escandaloso interrompeu todo o clima romântico, fazendo-as se soltar no susto.

— Minhas viaaaadaaaaaas! — Kurt apareceu agarrando sua irmã assustada que logo já estava rindo.

— Tava morrendo de saudade, maninho. — Spencer retribuiu o abraço, o que a forçou a começar a saltitar junto com seu empolgado irmão. — Mas para de ser escandaloso, garoto.

— Ai, fala sério, né? Você vem aqui uma vez a cada século e não quer que eu fique tipo super ultra mega plus animado? Ainda mais porque você trás a sua namorada linda junto. — O garoto retorquiu ainda mais espalhafatoso. — Oi, Emily Fields.

— Oi, Kurt. Também fico feliz de te ver de novo. — Emily se manifestou sorrindo largo.

— Claro que está. Só não por eu estar interrompendo o seu encontro. — Respondeu dando uma piscadela e puxando o bloquinho de pedidos do bolso do uniforme. — Então, o que vão quer?

Ambas fizeram seus pedidos e esperaram ficar prontos. Tiveram um jantar perfeito. A conversa fluía tão fácil entre elas que o mundo parecia não existir, mas infelizmente as horas passam, logo teriam que voltar para não chegar tarde demais em Rosewood.

— Quer sobremesa, amor? — Questionou Spencer, segundando a mão de sua amada por cima da mesa.

— Quero. — Emily deixou que um sorriso malicioso substituísse o inocente de antes. — Por isso vamos pedir a conta.

Os pensamentos que invadiram a mente de Spencer deixaram seu rosto absurdamente corado e seu coração pulando em uma ansiedade boa.

Elas pagaram a conta e saíram do restaurante de mãos dadas.

Assim que passaram pela porta puderam ver Toby e Samara caminhando juntos um pouco mais a frente. Olhavam-se claramente encantados um pelo outro.

— Eles são um casal tão fofo, você não acha? — Disse Emily com um sorriso de canto.

— São sim. — Spencer também sorriu, sabia que seu ex-namorado merecia todo o amor do mundo. — Espero que a Samara faça o Toby feliz. Ele é um cara incrível.

— É mesmo. A Sam também é uma garota incrível. Acredite em mim, eles serão muito felizes juntos. E por falar em “felizes justos”... — Emily se virou para Spencer e a puxou para entre as árvores que cercavam o restaurante. — Que tal nós matarmos a saudade?

— Eu vou adorar. — Murmurou com um sorriso malicioso.

Porém, assim que começaram a se beijar, a Hastings pegou as mãos de Fields e as segurou presas atrás das costas.

— Porque isso, amor? — Perguntou Emily com os lábios ainda colados aos de Spencer.

— A senhorita tá de castigo. Por causa daquele seu beijo com a Hanna no corredor. — Respondeu afastando o rosto apenas o bastante para poder encará-la seriamente.

O que?! Mas foi a Hanna, eu não tenho nada a ver com isso! — Exclamou perplexa.

— Não interessa. Você deixou, Em. E me arrisco até a dizer que retribuiu. Então suas mãozinhas ficarão longe desse corpo esta noite.

— Isso é um absurdo. — Emily reclamou ainda mais chocada.

— Tá bom. Sendo assim a gente vai embora sem beijo sem nada. — A expressão séria de Spencer estava irredutível.

— Não! — Exclamou em um evidente desespero. — Ok! Eu aceito as suas condições. Embora sejam injustas porque não foi culpa minha.

— Espero que assim você aprenda a se comportar. — Spencer sorriu debochada e por fim voltou a beijar sua namorada.

Claro que acabava sendo um castigo para si mesma também, mas Emily merecia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

xoxo
Atenciosamente, Leonardo Alexandre Guedes



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Operação Spemily" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.