Doki Doki escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Doki Doki


Notas iniciais do capítulo

Esse é um casal que eu SEMPRE shippei, desde q Hanabi apareceu no anime Naruto, agora essas imagens do anime Boruto me mataram de amor e eu não poderia deixar de escrever algo sobre eles.

Boa leitura.



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— Hey, hey! Shino-senpai. — Os soluços entre as palavras ditas por Hanabi eram mais do que suficientes para identificar a embriaguez. — Venha brindar com a gente.

Talvez o olhar caído e as maçãs rubras também eram pistas de que a Hyuuga alcançava seu limite. Mas Shino decidiu nada falar, ele ergueu o copo que foi servido o saquê e brindou com os colegas, depois, retornou à sua refeição, enquanto Konohamaru começava um discurso que findaria em uma crise existencial. Após isso, recordaria do Sandaime Hokage e seu tio Sarutobi Asuma.

— O que eu quero dizer, é que eu sinto que eles estão aqui comigo. — Konohamaru recebeu alguns tapinhas nas costas.

— Eu sinto o mesmo, Konohamaru-senpai, tenho esse sentimento quando penso no Neji-nii-san.

Os dois se consolavam, enquanto Moegi revirava os olhos cansados daquela cena. Estavam ali há algum tempo, na verdade, sequer recordavam-se do que exatamente brindavam.

— Boruto... — Moegi os recordou, mexendo o corpo de cerveja, não gostava muito de saquê.

— Oh! É mesmo. — Konohamaru e Hanabi falaram ao mesmo tempo e depois se olharam e começaram a gargalhar.

— Acho que está na minha hora. — Em um lapso de sobriedade, Hanabi se levantou do banquinho, terminando de beber o conteúdo da garrafinha de cerâmica branca. — Oe, Ojisan, pode colocar na minha conta?

Teuchi acenou em concordância.

— Ah! Hanabi-san, posso te levar até sua casa. — Konohamaru também ficou de pé no mesmo instante.

— Não precisa. — Ela balançou as mãos. — Vocês chegaram aqui antes, eu não quero incomodar.

— Não é problema nenhum, é caminho da minha casa. — Konohamaru deu uma risadinha.

— Mentira. — Moegi falou, apoiando o queixo na mão. — Você mora do lado oposto da Vila. — Konohamaru virou-se para a colega, com um olhar esbugalhado. Moegi riu e tentou corrigir o deslize. — Oh! Quero dizer, Konohamaru, você precisa ir lá fazer aquele negócio, não é mesmo?

— Sim, sim, isso mesmo. — Konohamaru gargalhou, mexendo no cabelo, de maneira desajeitada, embaraçado com a ideia de levar um fora naquele momento.

— Se é assim, tudo bem. — Hanabi se despediu e eles começaram a caminhar pela rua.

Era mais de dez horas da noite, Hanabi imaginou que, provavelmente, seu pai começava a se preocupa, e não importava que ela fosse uma jounin de vinte e oito anos, o velho Hyuuga parecia vê-la ainda como uma jovem menina recém-formada genin.

Konohamaru caminhava em silêncio, embora abrisse a boca diversas vezes para dizer alguma coisa, mas desistia em seguida. Eles se olhavam algumas vezes e depois desviavam o olhar. Havia ali um problema de diálogo. E Hanabi não era muito tímida, ou introvertida, ela se achava bem diferente da irmã. Só que começava a entender quando Hinata mal se mantinha equilibrada em suas pernas bambas quando Naruto estava próximo dela.

É claro que Hanabi não chegava a desmaiar ou tremer e gaguejar. Mas ela sentia o coração bater mais rápido, as mãos suarem e o corpo reagir imediatamente quando Konohamaru estava próximo. Sentia-se atraída por ele, não tinha mais dúvidas.

Por sua vez, Konohamaru já sabia que era apaixonado por Hanabi Hyuuga desde um festival que assistiram juntos os fogos de artifício em cima do monumento dos Hokages. Tinham oito anos, naquela noite, lembrava-se de encontrar Hanabi perdida no meio da multidão, havia se separado de Neji e Hinata. Ele então a pegou pela mão e levou-a até o monumento, sentaram sobre a cabeça do Sandaime e observaram os fogos brilharem no céu noturno.

Ainda se recordava com exatidão a expressão maravilhada do rosto de Hanabi, e desde então, ele tinha certeza de que não havia ninguém mais no mundo que o faria se sentir daquela forma. Sem fôlego e atrapalhado.

— Konohamaru-senpai. — Hanabi começou a falar, parando no meio da rua, estavam sozinhos e o lugar com pouco movimento. — Chegamos.

Ele a encarava, achando graça da maneira formal que ela sempre o chamava. Possuíam a mesma idade, é claro, mas ele foi nomeado jounin antes dela, desde então o sufixo pegou.

Konohamaru piscou os olhos e viu o portão do Clã Hyuuga, e não soube dizer como passou rápido o tempo entre o caminho do Ichiraku até ali.

— Sim, é claro. — Konohamaru aproximou-se de Hanabi, não sabia se a desejava boa noite e ia embora, ou se ficava e tentava alguma coisa mais ousada. — Acho que nos vemos em breve, ou não sei, quando o Hokage nos convocar numa missão. — Ele começou a falar, arrependendo-se de ter aberto a boca com a infinidade de bobagens que dizia.

Hanabi sorriu, movendo os lábios, encarando-o. Ela suspirou, erguendo a cabeça e visualizando o céu estrelado.

— Me recordo da noite em que assistimos os fogos de artifício sobre o monumento. — Ela falou, fazendo Konohamaru abrir um sorriso animado.

— Você se lembra?

— Como poderia me esquecer. Neji-niisan e a Hinata-neechan ficaram super preocupados. — Ela gargalhou, os olhos apertados e as maçãs coradas, uma expressão suave tomava forma em seu belo rosto.

Konohamaru estendeu a mão e segurou a dela, num rompante de coragem, satisfeito e animado por ela não se afastar, ou ataca-lo com o seu punho gentil.

— Sabe, Hanabi-san, eu não sou muito bom em falar as coisas. — Ele começou, mas Hanabi agiu primeiro, puxando a mão dele para perto de seu peito, apoiando a própria palma da mão sobre o peito de Konohamaru.

— Sente o mesmo que eu sinto? — Perguntou, o olhar fixo no dele.

Os corações batiam em desalinho, vibravam dentro do peito de cada um. Era um misto de sensações e emoções completamente sem sentido que, quando unidos, parecia ser coerente. Sem dúvidas, sem tropeços. Apenas um homem e uma mulher que sentiam a mesma coisa.

Estavam apaixonados, e não havia motivo para não viverem aquilo.

— Eu sinto. —Respondeu, diminuindo o espaço entre os dois. Hanabi ergueu a cabeça, era um tanto mais baixa que ele. Konohamaru acariciou os cabelos negros que caíam pela lateral do delicado rosto. Ele abaixou a cabeça e não sentiu mais o nervosismo que sempre sentia ao estar do lado dela. Beijou-a nos lábios devagar, envolvendo o corpo de Hanabi em um abraço.

O beijo era a confirmação de que havia lógica naquela confusão de sentimentos.

— Você quer entrar? — A pergunta pegou Konohamaru de surpresa, fazendo Hanabi se atrapalhar nas palavras, e tão de repente eles pareciam novamente confusos. — Digo, não estou dizendo para a gente, sabe... fazer. Não, eu só pensei. Eu queria... a gente podia, não sei. Conversar ou sei lá, beber um chá.

Ela murmurou alguma coisa, levando a mão na cabeça, sentindo-se boba pelo caos que dominava a situação.

— Talvez a gente pode beber mais um pouco na minha casa. — Konohamaru coçou o queixo, tentando não parecer nervoso ou muito abusado.

— É uma boa ideia. — Hanabi segurou a mão dele, mas não deram nem um passo e o portão de madeira foi aberto. — Otousan, o que faz acordado essa hora?

— Eu é que pergunto, Hanabi. — Hiashi cruzou os braços, um olhar severo, a testa enrugada e uma expressão dura no rosto. — Sarutobi Konohamaru.

— Hyuuga-sama. — Konohamaru fez uma mesura educada. — Eu ia levar Hanabi na minha casa, digo... — Ele pigarreou. — Trouxe Hanabi-san na casa dela, estávamos no Ichiraku.

— Tudo bem, Konohamaru-senpai. — Hanabi olhou para ele e piscou. — Obrigada por me trazer, nós podemos continuar conversando sobre os planos para nossas equipes depois.

— Sim, claro. Podemos. — Konohamaru capturou o olhar cúmplice de Hanabi. — Então, boa noite.

— Boa noite. — Ela falou por fim e entrou com o pai.

Konohamaru conseguiu soltar o ar preso nos pulmões, levando a mão ao coração, não poderia se sentir melhor.

 

— Sarutobi Konohamaru, hã? — Hiashi perguntou, o olhar severo foi substituído por um mais ameno. — É um bom rapaz. — Ele moveu a cabeça.

— Otousan, não quero falar disso com você. — Hanabi balançou os cabelos, conforme virava-se para o pai.

— Ora, porque não? — Ele se inclinou e olhou a filha mais de perto. — Você faz o seu futuro, deixei isso claro para sua irmã quando ela decidiu formar uma família com o Uzumaki. Agora eu digo o mesmo para você.

— Yare, Yare, mas eu não quero casar tão cedo. — Hanabi acenou para o pai, desejando boa noite. Correu para dentro da mansão e entrou em seu quarto. Ao fechar a porta, ela levou a mão ao peito, a sensação gostosa do beijo de Konohamaru ainda era presente, assim com as batidas de seu coração apaixonado.




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Notas finais do capítulo

É isso, é um conto curto mas de coração ♥
O que acharam?

Beijos, e até uma próxima.



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