Imortal escrita por Toro


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Artesão


Notas iniciais do capítulo

E aí, minha gente bonita!

Bom, primeiro de tudo, eu peço desculpas pela demora. As coisas ficaram meio corridas por aqui e eu mal tive tempo de encostar no capítulo. Mas saiu, enfim.

Agora, sem mais enrolação, vamos conhecer um pouco do segundo imortal. Bora nessa parada ٩( ᐛ )و



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Japão, 1510

 

Os passos arrastados de Kagenori perturbavam o silêncio da cidade adormecida, mas nem de longe eram suficiente para acordar seus habitantes. A aurora iluminava de maneira vaga o caminho por onde passava, tornando meramente visível as manchas de sangue deixadas pelo artesão ferido.

A dor dilacerante fazia sua visão embaçar, e em vários momentos durante a caminhada angustiante, ele duvidou que chegaria vivo ao seu destino.

O artesão praguejou mentalmente, frustrado, se condenando por ter quebrado a promessa que fizera consigo mesmo há exatos quatro anos.

Quando mais novo, ele costumava ajudar seu pai, fazendo entregas das armas forjadas por sua família para o castelo e, vez ou outra, algum cliente de índole questionável. Tal costume perdurou por quase duas décadas, mesmo depois do falecimento de seu progenitor.

Como único filho, era dever de Kagenori assumir os negócios de seu pai. No entanto, aos poucos, ele passou a se dedicar à criação de utensílios de cozinha, tentando fazer disso seu principal sustento.

Mas o nome de sua família ainda era forte no local, de forma que, mesmo após seu casamento com Sumi — cuja aptidão era a produção de roupas —, o artesão ainda era procurado constantemente pela habilidade admirável de forja de armas.

Foi apenas após o nascimento de seu primeiro filho que Kagenori abriu mão por completo de seu antigo trabalho, prometendo a si mesmo que não iria se envolver novamente naquilo. E durante quatro anos, ele rejeitou os incontáveis pedidos, prezando a segurança de sua família recém-formada.

Porém, há exatas duas semanas, o artesão havia sido procurado por um velho conhecido de seu pai, que não parecia nem um pouco inclinado a desistir. E depois de muita insistência, chantagem emocional, e duas quase-ameaças, Kagenori acabou por concordar, avisando que aquele seria o último trabalho com o nome da família Shinomiya. E assim foi feito.

A beleza de seu último trabalho não era de se questionar, tampouco sua funcionalidade. E o homem insistiu para que o artesão fosse entregá-lo naquele dia, nas proximidades do castelo, antes do nascer do sol.

Assim, Kagenori havia saído de casa durante a madrugada, em direção ao local combinado com o samurai. A espada foi entregue nas mãos do subordinado de seu cliente, e então, tudo aconteceu rápido demais para que sua mente pudesse registrar.

Em questão de segundos, os três homens ali presentes estavam no chão, imóveis e cobertos de sangue, com ferimentos letais que pareciam feitos por um profissional.

Kagenori não foi capaz sequer de ver com clareza o possível assassino, pois logo sua visão escureceu e a mente apagou.

O sol ainda não havia nascido no momento em que o artesão despertou subitamente. Os outros dois homens já não respiravam, e Kagenori decidiu sair dali o mais rápido possível após tal constatação, deixando para trás a cena caótica que se tornara aquele lugar.

Com dificuldade, ele se arrastou durante boa parte do caminho, até conseguir pôr-se de pé, cambaleante. À passos vagarosos, que pareciam intensificar a dor do enorme ferimento no torso, o artesão continuou o percurso que parecia cada vez mais longo.

— Antes do amanhecer é mais seguro! — Sibilou ele, em tom debochado e ofegante, numa tentativa falha de imitar a voz do samurai.

Mas logo se arrependeu, pois o esforço que fez para falar pareceu triplicar a dor lancinante. Ele voltou a praguejar mentalmente, e desejou mais uma vez não ter quebrado a promessa.

Após o que aparentou serem algumas horas — e não foram, tendo em vista que o céu ainda não havia clareado —, ele finalmente chegou ao seu destino.

Sumi o esperava do lado de fora da casa, e prontamente correu para ampará-lo no momento em que percebeu o ferimento. Ela o levou sem muitas dificuldades para um dos quartos, deitando-o no tatami, e sem dizer uma só palavra, deixou o cômodo apressadamente.

A visão de Kagenori ficou turva mais uma vez, e ele deixou-se cair no que pareceu um sono profundo, sem de fato dormir. Vozes foram ouvidas ao longe, mas ele não foi capaz de abrir os olhos, tamanha era a dor que sentia.

Ele, então, se concentrou em registrar todos os sons que preenchiam o ambiente. Uma conversa de duas mulheres ao longe, que constatou serem Sumi e sua própria mãe. O desespero era claro no tom de ambas, mesmo que não conseguisse distinguir o que era dito entre elas.

Não muito tempo depois, o barulho de cerâmica batendo, acompanhado de uma terceira voz feminina, que o artesão não reconheceu. Esta parecia calma e segura, mas ele também não foi capaz de entender o que dizia.

Logo, o ruído de madeira arrastando, acompanhado de passos leves e muito próximos, seguido passadas desajeitadas que se aproximaram rapidamente.

— Manabu, não! — A voz de Sumi soou alta demais, deixando claro que estava de volta no quarto.

Kagenori forçou abrir um dos olhos, bem em tempo de ver a esposa pegar o filho no colo e tirá-lo dali. Por uma fração de segundo, o olhar do pequeno menino cruzou com o do artesão, que sentiu o coração falhar em uma batida.

Sumi voltou alguns minutos depois, trazendo consigo medicamentos e ajoelhando-se ao lado do marido. Ele conteve um gemido de dor ao sentir o atrito do tecido na ferida exposta, enquanto tinha a parte de cima de suas roupas removida.

O suspiro surpreso e horrorizado da mulher fez com que ele finalmente abrisse os dois olhos para encará-la, assustado.

Sumi o fitava com nada menos do que puro pavor estampado em seu rosto. Ela não movia um músculo sequer, e Kagenori sentiu o medo tomar conta de si próprio também. Sua esposa costumava ser uma pessoa controlada e decidida, mesmo nos piores momentos. E ali estava ela, imóvel, com uma tigela de cerâmica em uma mão, o encarando com um pânico que ele jamais vira em seus olhos.

— Sumi…? — Ele forçou a voz falhada. A dor se intensificou como antes, mas estava de longe mais tolerável dessa vez.

Ela cobriu a boca com uma das mãos, contendo um grito de horror abafado. Seus braços agora tremiam, e ela parecia prestes a ter um surto ali mesmo. Confuso, Kagenori se forçou a falar mais uma vez:

— Desculpe pela visão desagradável. — O artesão tentou sorrir, a fim de amenizar a situação. — Não deve ser algo muito legal—

Ele parou de falar no momento em que a tigela de cerâmica se espatifou no tatami. Sumi tremia intensamente, e ela levou uma das mãos até o próprio peito, apertando o tecido com tanta força que poderia rasgá-lo a qualquer momento.

— Kagenori… — A voz que saiu de sua boca, ainda abafada pela mão que cobria o rosto, mal parecia a dela. Estava rouca, mais falhada que a do marido, como se alguém estivesse apertando sua garganta.

O artesão sentiu um calafrio percorrer sua espinha, enquanto o suor se formava em sua testa. Toda a tensão o estava deixando apavorado. Sumi já havia presenciado a morte de entes queridos diante de seus olhos, e não chegara nem perto do nível de desespero que demonstrava agora.

Sempre inabalável, Sumi era capaz de lidar com os sentimentos mais intensos de forma calma e sensata, muito mais do que Kagenori jamais conseguiu. E ali estava ela, tremendo de forma quase que descontrolada, mal conseguindo falar.

Kagenori agora conseguia registrar perfeitamente o que acontecia ao seu redor. O burburinho das pessoas saindo de suas casas ao longe, os primeiros raios de sol iluminando o quarto, tornando nítido cada detalhe — o desespero no rosto de sua esposa, os cacos de cerâmica espalhados pelo tatami, o rastro de sangue que havia deixado pelo caminho da porta até onde estava deitado.

A dor ainda era angustiante, mas não o suficiente para tirar-lhe a consciência. Talvez estivesse anestesiado pelo medo da situação, ele pensou.

— Seu peito está aberto. — Sumi conseguiu falar, por fim, com a mesma voz sufocada de antes. — Eu consigo ver tudo.

O artesão sentiu o corpo inteiro gelar ao ouvir as palavras da esposa. Aberto? O que ela queria dizer com isso? Kagenori forçou o olhar para baixo, e de repente, o silêncio tomou todo o cômodo. Os sons se esvaíram ao mesmo tempo em que sua visão ficou turva mais uma vez, antes de dar lugar a um completo breu.

Sumi permaneceu encarando o marido desacordado, em estado de choque. Durante quase três horas, ela continuou no mesmo lugar, tremendo, assustada, tentando recuperar o controle de seu próprio corpo.

O homem abriu os olhos no momento em que a esposa tocou-lhe de leve o peito, próximo ao ferimento. Os orbes castanhos de Kagenori transmitiam um misto de terror e confusão, e ele demorou alguns minutos para se recompor e conseguir formular uma frase:

— O que aconteceu? — Perguntou.

— Eu… — Começou Sumi, tentando em vão manter a calma. — Eu não sei dizer ao certo. — Admitiu, deixando escapar um longo suspiro. — Seu ferimento…

Ela respirou fundo, os olhos de íris negras encararam o marido com intensidade, mas o artesão, pela primeira vez em muitos anos, não foi capaz de decifrar o que queriam dizer.

— Seu ferimento está menor. — Anunciou, por fim.

Kagenori suspirou aliviado, e deixou-se relaxar por um breve momento, antes de sentir o olhar penetrante ainda sobre si.

— Eu sonhei com algo horrível. — Disse ele, levando a mão com dificuldade até a própria testa e enxugando o suor. — Eu vi dentro do meu corpo, estava—

— Não foi um sonho. — Interrompeu a voz da mulher.

O artesão sentiu a mente girar, e um calafrio percorrer novamente sua espinha. Ele tentou baixar o olhar, mas um tecido estampado entrou em foco, bloqueando sua visão. A manga do kimono de Sumi estava há poucos centímetros de seu rosto.

— Não. — Repreendeu ela. — Por favor. Ainda… — Ela engoliu em seco. — Ainda está aberto.

As mãos de Kagenori tremeram, e ele tentou se desvencilhar do tecido, mas a dor aguda e o outro braço da esposa segurando seu ombro firmemente o impediram.

— Como eu disse — continuou Sumi —, está menor. Não sei como, não sei porquê. Não foram os medicamentos. Simplesmente diminuiu sozinho em questão de poucas horas, sem que eu fizesse nada. Absolutamente nada.

O homem não respondeu. Apesar do jeito apressado com que foram faladas, as informações soaram bem claras em sua mente. Era real.

E foi com pavor que constatou o óbvio — deveria estar morto. Se a visão que tivera de si mesmo era real, não havia como ter sobrevivido. Kagenori não possuía grandes conhecimentos médicos, mas o que vira fora mais do que o suficiente para ter certeza de que era impossível sair vivo daquela situação.

E então, a realização do pior — e talvez mais intrigante — fato caiu sobre si: O ferimento estava diminuindo sozinho. Sem medicamentos, sem ajuda de ninguém, sem que ele mesmo soubesse como estava acontecendo. Mas estava.

— O que devo fazer? — Questionou Sumi, finalmente baixando as mãos. O artesão, porém, resistiu a tentação de baixar o olhar, por medo do que veria.

— Eu não sei. — Respondeu ele, assustado. — Como eu estou vivo? — Perguntou, sabendo que ela provavelmente também não saberia respondê-lo.

— Não deveria ser possível. — Sussurrou, baixinho. — Mas de alguma forma, foi.

— Acha que pode ter sido obra de alguma força

— Não-humana? — Completou ela. — É a única explicação que vejo.

— Não conte a ninguém. — Pediu o artesão. — Nem mesmo à minha mãe. E principalmente — a dor no peito se intensificou na tentativa de respirar fundo —, não deixe que Manabu descubra.

Sumi assentiu com a cabeça, e o silêncio pairou no ar entre eles, sendo quebrado apenas pelos ocasionais gemidos de Kagenori. A dor do artesão já não era suficiente para tirar-lhe a consciência, e a adrenalina dos recentes acontecimentos o manteve acordado por longos minutos que mais pareciam horas.

O homem ferido pôs-se a contar as manchas no teto, tentando manter a mente ocupada, na esperança de que o tempo passasse mais rápido. Percebendo a inquietação do marido, Sumi quebrou por fim o silêncio:

— O que aconteceu? — Perguntou ela.

— Não sei dizer com clareza. — Admitiu ele. — Mas o alvo parecia ser o senhor Hasegawa.

O olhar de Sumi alternava entre rosto do marido e a ferida que agora parecia diminuir mais devagar. Ela mordeu o lábio inferior e encarou o artesão profundamente, esperando que ele desenvolvesse o raciocínio.

— Foi o primeiro a ser golpeado. — Explicou, entendendo o questionamento silencioso da mulher. — Suponho que a ideia era eliminar as possíveis testemunhas.

— E a espada? — Indagou Sumi.

— A espada! — Repetiu o artesão, alarmado. Ele estreitou os olhos por um momento, parcialmente pela dor de ter forçado a voz, parcialmente pelo esforço de tentar lembrar da cena com clareza. — Levaram a espada. — Concluiu, por fim.

— Não acha — começou ela — que o objetivo tenha sido justamente esse, e vocês foram só a consequência?

Kagenori deixou escapar um grunhido frustrado, mas não respondeu. Voltou a encarar fixamente o teto, levemente indignado com a possibilidade cogitada pela esposa.

— Quero dizer — Sumi continuou, percebendo a irritação do homem —, o último trabalho com o nome da família Shinomiya, forjada pelas mãos aposentadas do filho do lendário ferreiro. Um verdadeiro artefato.

— Eu não aposentei minhas mãos. — Resmungou em resposta.

— Sei disso. — Falou, abafando uma risada baixinha. — Quis dizer que aposentou para a forja de armas.

— Talvez. — Ele suspirou com certa dificuldade. — Talvez tenha razão. — Concordou, derrotado.

— É uma pena. Era uma bela espada, se quer saber. — Disse ela, com uma pontada de pesar na voz.

Embora entendesse e apoiasse a decisão de Kagenori de abandonar a forja de armas, Sumi não fazia esforços para esconder a admiração pela habilidade do marido — e consequentemente, os frutos dela.

— Espero que ela exploda nas mãos do ladrão. — Rosnou o artesão.

— Seu humor está voltando ao normal. — Declarou.

Kagenori deixou-se sorrir pela primeira vez desde a madrugada anterior. A situação ainda parecia irreal demais, mas o que quer que estivesse curando seu ferimento, na certa receberia seus mais sinceros agradecimentos depois.

O artesão fechou os olhos, sentindo o cansaço finalmente dominar cada centímetro seu corpo. A mão de Sumi passou a afagar delicadamente seus cabelos, e ele se permitiu desfrutar da tranquilidade momentânea que inundou sua mente, até cair no sono.

O som de pequeninos passos no tatami foi o que despertou Kagenori. Ele abriu os olhos devagar, acostumando-se aos poucos com a claridade. O cômodo agora era banhado por uma iluminação alaranjada, com leves tons de rosa, indicando que já estava prestes a anoitecer.

Um rosto infantil entrou em foco, e ele sorriu assim que notou o olhar do artesão sobre si. O homem não pôde evitar de sorrir também.

— Papai! — Chamou o menino, animado. — É verdade que o senhor lutou contra um ladrão e venceu?

Kagenori encarou o pequeno, confuso. Instintivamente levou as mãos até o próprio peito, constatando a presença de bandagens que agora cobriam o ferimento.

— O meu pai é incrível! — Exclamou o miúdo, erguendo os punhos fechados no que pareceu uma tentativa de golpear um ser invisível. — É isso que acontece quando se mexe com a família Shinomiya!

Mas antes que pudesse formar um pensamento coerente sobre o que estava acontecendo, Sumi adentrou o quarto, trazendo consigo outra tigela de cerâmica. Kagenori lançou-lhe um olhar questionador, ao que ela respondeu apenas dando de ombros.

— A mamãe viu tudo, ela viu! — O pequeno continuou, animado. — Quando o ladrão veio, o papai fez assim, ó! — Ele lançou o corpo para trás de forma exagerada, como se evitasse um golpe fatal.

O artesão encarou a esposa, boquiaberto, na espera de uma explicação. Sumi apenas sorriu de canto, antes de sentar-se ao lado do marido e voltar a atenção ao filho.

— Vamos, Manabu, conte como foi! — Ela incentivou, divertida.

— Foi bem assim! — Ele prosseguiu com a encenação da luta imaginária, empolgado. — E então, o ladrão ficou desse jeito! — O menino deixou-se cair deitado no tatami.

— Ah, foi, é? — Kagenori resmungou, fingindo interesse, enquanto lançava um olhar ameaçador para a esposa.

— Foi sim! — Insistiu. — A mamãe—

— Manabu, por que não vai contar essa história para a vovó? — Sugeriu a mulher.

O pequeno alargou o sorriso, e saiu apressadamente do quarto, em busca de sua próxima ouvinte. Sumi tornou a encarar Kagenori, dando de ombros mais uma vez.

— Eu precisava inventar uma história para ele. — Explicou. — Afinal, ele o viu ensanguentado. E a ideia de que o próprio pai venceu uma luta extinguiu qualquer preocupação ou trauma que pudesse surgir.

— E como foi que… — O artesão fez uma pausa, deixando escapar um longo suspiro. — Deixa para lá. Quanto tempo eu dormi?

— Três dias. — Respondeu, baixando o olhar.

— O que?! — Kagenori se levantou bruscamente, sentando-se no tatami. A dor aguda voltou, e ele encolheu-se sobre si mesmo.

Sumi tocou-lhe o ombro, preocupada, ajudando-o a deitar-se novamente. O artesão sentiu os olhos lacrimejarem, tamanha era a dor.

— Não está mais aberto. — Anunciou ela. — Mas por favor, não se levante ainda. E não se preocupe, você acordou o suficiente para se alimentar.

— Você me deu comida enquanto eu dormia, não foi? — Bufou ele.

— Sim. — Sumi desviou o olhar, sem graça, mordendo o lábio inferior.

— E minha mãe? — Perguntou o artesão, temendo que a mentira sobre a luta tivesse ido além de um conto para crianças.

— Disse à ela que foi um ferimento leve, mas em um ponto estratégico para que te deixasse desacordado. — Explicou. — Não sabia por quanto tempo ficaria assim, afinal. De resto, contei a verdade sobre o roubo da espada.

— Obrigado. — Murmurou ele, baixinho.

Sumi sorriu em resposta, antes de voltar a atenção para a tigela em suas mãos, pondo-se a preparar o que Kagenori deduziu ser sua próxima refeição — disfarçada de alguma erva medicinal.

O homem se permitiu relaxar mais uma vez, aliviado. As histórias inventadas por sua esposa na certa evitariam questionamentos sobre o ocorrido — pelo menos, vindos de sua família. E naquele momento, era o que importava.


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Notas finais do capítulo

Apesar de tudo, é um pouco de alívio depois daquele desastre que foi o terceiro capítulo, né?

E com isso iniciamos a segunda introdução de personagem. Até a próxima! ٩( ᐛ )و



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