16 Anos atrás...

— Como assim não a encontrou? – Rossi estava zangado. – Edgar. Eu pago quatro mil dólares para você a procurar e você me diz que não a encontrou? Ela se casou de novo.

— Está se referindo a Marta Garcia? – Edgar perguntou. – Ela morreu há anos. Em um acidente de carro. Com o marido dela.

— E Penelope? – Rossi se preocupava com a filha. – Onde ela está?

— Quem sabe? – Edgar disse, sem vontade. – Tudo o que eu sei é que ela vendeu a casa dos pais e sumiu.

— Na última vez que vi, ela estava na CalTech. – Rossi respondeu. – Eu dei uma palestra por lá, porém fiquei com medo de me aproximar dela.

— Ela largou a CalTech e sumiu. – Edgar pegou uma folha. – Ela tinha notas altas demais.

— Obrigado. – Rossi desligou.

Olhando a foto que ele tinha, Penelope ainda era sua filha perfeita. Lembrando da última vez que a viu, ela parecia bem.

Agora...

— Ela pediu pelo pai? – Derek se perguntou confuso. – Eles não estão mortos?

Rossi e Luke se olharam em uma tentativa de combinar algo. Rossi apenas se aproximou de Penelope e a acalmou.

— Está tudo bem, Garcia.  – Ele começou a traçar círculos na mão dela. – Seus pais não estão aqui, mas pode me considerar um.

— O que eu estou fazendo aqui? – Ela abriu um dos olhos. – Eu estava bem.

— Apenas uma complicação do incêndio. – Rossi desviou o motivo. – Porém vejo que logo estará de volta. Você quer Luke?

— Por favor. – Ela falou. – Chame Luke.

Um aceno de cabeça, Luke se aproximou, dando um beijo nos lábios de Penelope. Ela sorriu para ele.

— Acho que estraguei tudo, não é? – Ela falou. – Você me perdoa?

— Nada a perdoar Ice Queen. – Luke a beijou outra vez. – Alguém precisa ver você.

— Não quero ver ele, Luke. – Ela fechou seu mundo. – Ele deve me odiar agora.

— Porque ele te odiaria? – Luke não entendeu.

— Eu perdi o bebê dele. – Ela confessou. – Eu fui descuidada, não queria ninguém sabendo disso.

Ela olhou para Luke e depois para Rossi olhando nervoso para Derek.

— Eu não sabia que vocês já sabiam. – Ela se encolheu. – Eu estava passando mal e depois naquela noite eu caí e perdi o bebê. Eu não queria enganar Savannah. Vocês precisam saber disso. – Ela começou a se agitar. – Eu nunca fui assim.

Rossi se aproximou. Ele não sabia como agir.

— Está tudo bem, Pen. – Ele falou com carinho. – Nós sabemos disso.

— Eu também sei disso, Baby girl. – Derek a viu congelar. – E eu não te odeio. Você respeitou demais a minha vida.

— Eu posso conversa com ele a sós? – Penelope perguntou com coragem. – Sabe, esclarecer os fatos.

— Claro. – Rossi ficou feliz por ela querer conversar com Derek. – Quer um café Luke?

— Eu volto logo princesa. –Luke a beijou.

— Eu te amo. – Ela disse.

— Eu também te amo, Penelope. – Luke respondeu sorrindo. – Não a machuque. – Luke pediu.

Se sentando na cadeira próxima ela, ele a viu hesitar antes de dizer algo.

— Então. Como ficamos? – Ela perguntou. – Eu iria te contar, mas eu vi que você estava feliz com sua mulher.

— Eu não estou mais com ela, Baby Girl. – Derek disse. – Ela terminou comigo porque eu contei a ela que a gente ficou. Fui sincero com ela e ela me chutou.

— Ela deve estar me odiando. – Penelope disse baixinho.

— Na verdade, ela acha que eu me aproveitei de você. – Derek confessou. – Ela sabia do que aconteceu com você e ela achou que eu dei em cima de você e te embebedei.

— E você não contou a verdade? – Ela estava nervosa com ele.

— Acho que essa é verdadeira razão para tudo o que eu fiz. – Derek disse. – Ela me ameaçou com uma denúncia em seu nome. Disse que se aproveitar de alguém bêbado é uma coisa execrável.

— Eu vou contar a verdade. – Penelope disse decidida.

— Não. – Derek disse. – Eu não sabia o quanto você era incrível até me afastar da equipe. Eu prometi te proteger naquela montanha no Alasca e eu não cumpri.

— Você não poderia. – Ela respirou fundo. – Eu estou apaixonada por Luke.

— Ele é um cara muito legal. – Derek disse. – Vocês formam um par incrível juntos.

— Obrigado. – Ela apenas disse. – Você se separou mesmo dela?

— Tecnicamente ela me chutou. – Derek riu da própria desgraça. – Mas eu não me arrependo daquela noite.

— Eu mal me lembro de.... Tudo. - Ela confessou.

Seis meses atrás...

Ela precisava de coragem para enfrentar Derek depois de quase um ano sem se ver. Ela não iria falar sobre a desgraça que aconteceu com ela.

Mandado uma vodca dupla em um gole ela viu Derek a sua procura. Ela não queria uma piedade e ser um encontro de choradeira.

Ela colocou o vestido menos chamativo, menos colorido que ela tinha, um tubinho preto e branco. Derek a encontrou com o vestido que ele a viu no delírio dele depois de ser sequestrado. Cortou o coração dele ela estar tão abalada.

— Ei Baby Girl. – Derek a abraçou por trás e sentiu ela se encolher ao toque.

— Desculpe Derek. – Ela disse. – Apenas fui pega de surpresa.

— Nada a temer, Baby. – Ele a olhou de baixo para cima. – Você parece diferente.

— Apenas um pouco de stress. – Ela respondeu sabendo que não era uma pergunta. – Muito trabalho E pouca diversão.

— Acho que já chega de vodca garotinha. – Derek tirou o copo da mão dela. - Você nunca bebeu desse jeito.

— Ah deixe de ser chato. – Ela pegou o copo e bebeu. – Pegue um para você.

Depois de quatro Shots de vodca Derek estava babando por Penelope. Apoiada com a cabeça no balcão ela precisava de ajuda. E isso foi confirmado quando ela caiu no chão ao se levantar.

Derek chamou um taxi para o hotel onde ele estava ficando por um tempo. Ele não poderia deixar ela sozinha agora.

Ela adormeceu no banco do táxi enquanto Derek estava praticamente sóbrio de novo.

Ele a pegou e levou para o quarto e a deitou na cama calmamente.

— Faça amor comigo Derek. – Ela parecia querer isso agora. – Como se fosse um adeus.

Derek sempre quis estar com ela e o casamento com Savannah estava quase acabado.

Eles fizeram amor lentamente naquela noite. Eles não se importaram com outras pessoas. Ela precisava de uma cura para aquele sentimento.

Agora...

Luke observava os dois conversando ignorando Rossi. A vontade d beijar Penelope mostrar que ela era dele era grande, porém respeitar sua privacidade era ainda mais decente.

— Você é o pai dela, não é Rossi? – Luke perguntou abruptamente para Rossi. – Eu ouvi você falando com ela.

— Luke. – Rossi disse em defesa. – Ainda não. Por favor.