Angel of My Heart. escrita por Any Sciuto
— Deixe-me colocar uma roupa melhor em você, docinho. – Michael pairava sobre ela. – Vai ser mais fácil para nossa diversão.
Ele trocou o vestido colorido para uma camisola de seda branca e a deitou na cama depois de dar uma pequena dose de sedativo.
— Não. – Ela tentou implorar. – Eu apenas quero ir embora.
— Porque você quer ir embora? – Michael sussurrou, enquanto ele a via lentamente apagar. – Você é minha agora.
— Luke. – Penelope falou antes de sentir a escuridão a puxando.
— Ele nunca vai encontrar, Penny. – Ele a chamou pelo apelido que ela odiava. – E eu vou poder guardar você.
Ela estava dormindo. Ele começou a acariciar suas pernas por cima do tecido e urrar feito gorila. Ele sentia o prazer dentro dele, enquanto a acariciava.
— NÃO! – Penelope acordou do pesadelo arfando por ar.
Olhando pelos cantos, ele não reconhecia nada na casa. Ouvindo passos ela ficou petrificada no lugar, olhando para a porta. Seu coração estava na boca cada passo próximo.
A porta se abriu e ela soltou um grito de medo e desabou na cama chorando. Luke correu para o lado dela tentando acalma-la.
— Tudo bem. – Ele a tocava e por algum motivo ela não o repeliu. – Estou com você Penelope.
— Não me deixe por favor. – Ela se agarrou a Luke como se dependesse dele. – Eu não quero estar sozinha.
Luke agora tinha suas próprias lágrimas caindo. Ele estava no quarto ao lado, mesmo querendo estar com ela. Ao som do grito dela, ele soltou e correu para o quarto.
Roxie chegou correndo alguns segundos depois, subindo na cama e colocando a cabeça na perna de Penelope.
Luke sorriu com a cena dos três se consolando.
Roxie amava Penelope. E quem não amava? Era quase uma atração para os gatinhos, cachorrinhos e homens ao seu redor.
— Tive outro pesadelo. – Ela falou. – Foi horrível, Luke. – Foi horrível.
— Eu estou aqui até que me mandar embora. – Luke disse.
— Dorme comigo. – Ela pediu. – Eu preciso de você.
— Não quero obrigar a fazer isso, Pen. – Luke era muito cavalheiro.
— Por favor. – Ela implorou. – Quero alguém perseguindo monstros para mim.
— Justo. – Luke deitou ao lado dela, porém Roxie entrou no meio.
— Isso parece perfeito. – Penelope confessou. – Se ela fosse menos peluda, andasse em duas patas e falasse ao invés de latir, ela poderia ser nossa filha.
Roxie levantou uma orelha. Olhando de Penelope para Luke, ela descansou no meio dos braços dos dois.
— Acho que ela quer ser mesmo assim. – Luke disse. – Ainda parece o melhor quatro do mundo.
— Quando você a adotou, sabia que ela ficaria desse tamanho? – Penelope perguntou. – Ela é perfeita.
— Quando eu a adotei, achei que ela ficaria grande, porém o chá de fermento parece ter dado o efeito mais do que devia. – Luke disse. – Eu posso te perguntar algo?
— Claro. – Penelope bocejou. – Qualquer coisa.
— Você teve um pesadelo, não é? – Luke a viu se encolher.
— Isso me faz parecer fraca e frágil. – Ela respondeu. – Mas eu tive um dos piores até agora.
— Me conte. – Luke pediu. – Ajuda conversar sobre isso.
— Era Michael novamente. – Penelope começou. – Eu estava com uma camisola de seda branca, ele estava me tocando. Eu estava basicamente dormindo. O sedativo que ele havia me dado ainda fazia efeito.
— E então você acordou. – Luke se inclinou e deu um beijo calmo nela.
— Eu te amo Luke. – Ela sussurrou. – Te amo de verdade.
— Eu também te amo Penelope Garcia. – Luke disse de volta e sorriu.
— Obrigado. – Ela agarrou-se a ele e dormiu.
— Sempre. – Luke adormeceu.
Manhã seguinte...
Parecia que ele havia tirado um peso das costas dele depois de eu um simples eu te amo. Apalpando o colchão, Luke não encontrou Penelope ao seu lado.
Pulando da cama, ele a encontrou caída ao lado da mesma, inconsciente.
— Garcia. – Luke tentou acordar. – Pen, baby. Me responda.
Luke colocou uma mão na testa e correu para ligar para o resgate. Ele não sabia o que estava errado com ela. Sua segunda ligação foi para Rossi. Ele sabia que Rossi iria correr para lá e talvez chegar antes de o pessoal do resgate.
— Eu não entendo. – Luke disse quando Rossi entrou. – Ela estava bem.
— Ela acordou antes? – Rossi se mudou para colocar Penelope em suas pernas. – Ela está queimando Alvez.
— Já chamei o 911. – Luke disse, com o celular ainda na mão. – E provavelmente eles vão demorar mais meia hora.
— Não temos meia hora, Alvez. – Rossi pegou Penelope nos braços. – Ela ainda deveria estar no hospital.
Luke abriu a porta, permitindo que Rossi saísse primeiro. Ele abriu a porta do carro e viu Rossi a deitar no banco de trás.
— Você pode dirigir, Rossi. – Luke disse. – Eu preciso cuidar dela.
— Se segura. – Rossi pegou as chaves e correu para o banco do motorista. – Eu vou dar partida. E você cancele a ambulância.
— Certo. – Luke correu para o banco de trás segurando Penelope como se sua vida dependesse dela.
Pegando o celular, Luke retornou para o 911 cancelando a ambulância. Ele avisou que ela não poderia esperar meia hora e estava sendo levada por um amigo.
— Cheguei em vinte minutos. – Rossi disse quando ele desligou. – E a ambulância ainda não havia chegado?
— Eles disseram algo sobre um acidente de carro. – Luke observava Penelope. – Muita gente envolvida.
— Bem. – Rossi estava há duas quadras do hospital. – Se não tivesse chegado lá, você teria levado.
— Eu nem pensei. – Luke confessou. – Só quero que ela fique bem.
Rossi concordou. Estacionando em cima da calçada, sem se preocupar com multas, ele pegou Garcia no outro lado e esperou Luke sair. Luke abriu as portas para Rossi.
— Precisamos de ajuda! – Rossi gritou, com Penelope nos braços. – Ela não está bem.
Uma equipe de enfermeiras trouxe uma maca para Penelope e Rossi a colocou com cuidado.
— Qual o problema dela, agentes? – A enfermeira que atendeu Penelope há três dias perguntou.
— Sinceramente eu não sei. – Luke confessou seguido por um aceno de Rossi. – Ela estava bem, então hoje de manhã a vi assim, caída no chão.
— Ela acordou alguma vez? – O médico agora passou a atender ela, ali mesmo no corredor.
— Não. – Luke disse com dor. – Eu não sei o que aconteceu.
— Levem ela para um raio-x do pulmão e a entubem. – O médico gritou. – Ela está piorando.
— Ela vai ficar bem, doutor? – Rossi perguntou preocupado.
— Ainda é cedo para dizer. – O médico saiu, deixando Rossi chocado.
Se sentando em umas das cadeiras, Rossi não parecia levar isso tão bem.
— Rossi. – Luke tirou Rossi das próprias memórias. – Algum problema?
— Nada. – Rossi se levantou. – Apenas cansado.
Ele caminhou até a mesma área onde ela estava ontem. Deixando a memória o levar ele se viu mais jovem. Mas ele ainda não estava pronto para dividir isso. Não sem contar a ela.
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