Angel of My Heart. escrita por Any Sciuto
Penelope foi trazida para a emergência, ainda com problemas para respirar.
Luke conseguiu trazer ela de volta e ela apenas o olhou como se não acreditasse que ele realmente estava lá para ela. No minuto seguinte, as ambulâncias encheram seus ouvidos com o barulho das sirenes e a levaram deles.
— Deixe-os fazer isso, Luke. – Rossi o arrastou. – Eles vão salvar ela.
— Você tem certeza? – O homem havia perdido as esperanças. – Um ano, David. Um ano que a perdemos.
— Eu sei. – Rossi tinha lágrimas nos olhos. – Ela é minha filha. Eu também senti a falta dela.
— Desculpa. – Luke se sentiu culpado. – Eu preciso avisar Ziva que a mãe dela está de volta.
— Acha uma boa idéia? – Rossi sabia que era. – Ela não se lembra da mãe.
— Eu dou fotos a ela sempre. – Luke confessou. – E graças ao tio Reid, ela sabe quem Penelope é.
— Certo. – Rossi foi para o quarto onde Penelope está. – Me ligue se precisar de ajuda com Ziva.
— Claro. – Luke se apoiou na porta de saída do hospital. – Deus, não a tire de mi outra vez.
Rossi olhou para a filha, deitada em estado deplorável. Soro de todos os tipos e IVs em sua mão e pescoço agora faziam parte de algo que ele não gostava.
— Senhor Rossi? – A enfermeira o chamou. – O médico permitiu a visita da sua neta. Apenas pegue leve. Ela provavelmente só vai acordar daqui a dois dias.
— Obrigado. – Rossi se sentou com a filha. – Ei raio de sol. Você precisa voltar. Tem uma garotinha ansiosa por você.
Pegando a mão de Penelope, ele sentiu um leve aperto na sua mão e sorriu. Ele ligou para o médico que lhe disse que era um sinal maravilhoso, mas que ele não gritasse.
Luke correu para a casa de Spencer. Ele podia ouvir a leve algazarra que o agente jovem estava fazendo com sua afilhada.
— Ziva Alvez! – Reid chamou a atenção da menina. – Volte já para cá!
A risada da menina encheu Luke de amor. Era idêntica à de Pen e ele tomou coragem em entrar na casa.
— Papai! – A menina se jogou nos braços de Luke quando ele entrou. – O senhor chorou?
— Motivo bom, Sunshine. – Ele a confortou. – Motivo apenas bom.
— Você encontrou a mamãe? – Ziva olhou para Reid. – Tio Spencer diz que é feio mentir, pai.
— Sim, Sunshine. – Luke olhou para Reid. – Eu encontrei sua mamãe. Mas ela precisa descansar agora.
— Quando posso ver ela? – Ela sabia que precisaria de tempo. – Ela está muito machucada?
— Ziver... – Luke chamou a menina pelo apelido. – Hora de ir para cama. Os adultos precisam conversar.
— E crianças não podem ouvir. – Reid completou. – Depois eu venho ler para você.
Ela agarrou o livro e correu para o quarto que ela tinha. Reid se voltou para Luke quando a porta bateu.
— Ela está bem? – Reid precisava saber. – Ela está machucada demais?
— Eles deram drogas para ela. – Luke parecia chateado. – Então ela desenvolveu uma dependência delas agora.
— Vamos ajudar Penelope. – Reid suspirou. – Apenas garanta que Ziva saiba a verdade sobre isso.
Foram mais dois dias até Ziva poder ir ao quarto de sua mãe. Penelope estava apreensiva a princípio, com medo que a garotinha não soubesse quem ela era. Seus medos foram cortados quando a garotinha apareceu gritando a palavra que ela esperou por um ano para ouvir.
— Mãe. – Ela veio correndo e depois devagar. – Eu sabia que você voltaria.
— Ziva. – Penelope sussurrou. – Você cresceu.
— Sim. – Ela beijou a bochecha da mãe. – E você é ainda linda.
— Falante ela, não é? – Penelope perguntou a Luke. – Você a deixou com Reid de novo?
— Sim. – Luke beijou a esposa. – É seguro estar perto?
— Eles não... – Ela não quis continuar a frase. – Foi mais físico do que íntimo.
— As drogas? – Luke pegou a mão dela. – Eu senti sua falta. Todos sentimos.
Eles conversaram. Haveria muito para pensar no futuro. Penelope desejava mais filhos. Ela queria ver o que perdeu com Ziva.
Um ano depois...
Penelope foi finalmente considerada livre das drogas e com isso, voltou oficialmente para a equipe. Todos comemoraram porque o técnico que estava era um desastre.
Foram meses felizes e ela, Luke e Ziva começaram a ser uma família perfeita. Luke a apoiava nos momentos de provação e de doença. Um ano fazendo testes de AIDS e quando ela finalmente foi considerada apta para todo o tipo de atividades, Luke preparou uma banheira com pétalas de rosas na água.
Ele havia conversado com Pen aquela noite. E eles fizeram amor. Era tão bom com ele que ela nunca mais queria se soltar dele.
Eles levavam Ziva para parques e piqueniques. Faziam todos os programas que famílias faziam.
Foi em um deles que Penelope passou uma caixinha para Luke. Ele abriu e encontrou um par de sapatinhos de bebê. Caindo de joelhos, ele beijou a barriga dela.
Sete meses depois...
— Empurre. – A médica pediu a Penelope. – Mais uma vez.
— Eu não me lembrava dessa parte. – Ela riu da afirmação. – Mas era tão bom.
— Aí vem, Penelope. – A médica pediu. – Agora.
— Ahhh. – Ela relaxou.
Um choro de bebê invadiu o quarto. Abigail estava entre eles. A pequena menina era uma mistura deles dois.
— Eu nunca achei que fosse possível. – Pen murmurou com sono. – Eu só tenho um rim.
— Eles disseram que você não iria volta. – Luke a beijou. – E você está aqui.
— Ah. – Ela suspirou e volta. – Você é tão fofo, senhor Alvez.
— Posso entrar? – Ziva entrou. – Uau. Bela menina.
— Ela é sua irmã, Ziver. – Pen riu. – Não a acha bonita?
— Acho. – Ziva bateu uma foto com sua câmera. – Vou até fazer um álbum de bebê para ela.
O casal riu da sua filha. Ela estava obviamente com ciúmes.
— Ziva. – Penelope chamou. – Venha cá.
— Sim mãe. – A garotinha obedeceu. – O quer falar?
— Você sempre vai ser minha menina, Ziva. – Ela pegou a mão da filha. – Mas agora você tem uma irmã também.
— Eu sinto muito, mãe. – Ziva se desculpou. – Ela é realmente bonita. Parabéns.
— Obrigado. – Ela beijou a cabeça da filha. – Agora, vamos dar a Abigail nosso melhor batizado.
— E dessa vez. – Luke beijou a esposa de novo. – Eu vou ficar ao seu lado todo o tempo.
E foi o que aconteceu. Luke manteve sua palavra. Não só durante o batizado, mas durante toda a vida.
Quando Rossi foi assassinado durante um caso, ele confortou Penelope o melhor que pode.
40 anos depois, ele recebeu uma bala em seu peito e morreu. Penelope estava inconsolável. Mas seus quatro filhos ainda precisavam dela.
Eventualmente a morte também chegou para ela em forma de um câncer. Ela se foi em paz com seus filhos e netos.
E ela encontrou seu amor no céu, a sua espera.
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