Heart and Soldier II - O Retorno da Esperança escrita por Sapphirah


Capítulo 18
Capítulo 18 - Remorso




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Frisk estava pedalando rapidamente antes que seus pais descobrissem que ela havia fugido. Chegando à casa dos irmãos esqueleto, Frisk deixou sua bicicleta no chão, indo até a porta rapidamente e bateu. Alguns segundos depois, ninguém havia respondido, insistentemente ela bateu de novo e não recebeu resposta alguma.

Frisk: Onde eles foram a essa hora?

Ela não podia ficar ali esperando, logo, Frisk desistiu de esperar e pegou sua bicicleta novamente, pensando em qual outro lugar Sans poderia estar. Ela relembrou que Grillby tinha seu bar a alguns metros dali e provavelmente Sans estaria lá. Aliviada, Frisk começou a pedalar até lá. No meio do caminho, ela viu um novo prédio instalado no vilarejo. Frisk parou sua bicicleta e ficou curiosa de ver o novo edifício que haviam construído ali. Vendo mais de perto, Frisk descobriu que era a universidade que iria ser inaugurada. Curiosamente ela entrou para olhar a arquitetura do local e mesmo sabendo que estava sendo descuidada naquele momento, ela estava atenta caso Gaster ou algum amálgamo aparecesse.

Enquanto andava pelo gramado do local, observando de fora o edifício, ela começou a ouvir tiros e explosões no fundo. Assustada, Frisk pensou em sair dali àquela hora, mas como ela já havia presenciado investigações criminais quando esteve na embaixada, ao invés de fugir, ela decidiu investigar o local onde apareceram esses sons, estando certa que se fosse perigoso, ela iria sair dali rápido. Chegando perto, os sons começavam a aumentar até ficarem estrondosos. Frisk percebeu que os tiros saíam de um galpão abandonado atrás da faculdade e ela se escondeu atrás do muro do galpão, perto de uma porta. Ela se aproximou sem fazer barulho e abriu-a lentamente, vendo quem estava provocando os tiros.

Ela olhou pela abertura mínima que alguém estava lá, suas roupas tinham a cor amarelo escuro, junto com um casaco de couro com pelos. Frisk jurava que já tinha visto alguém com essas vestes antes, mas ao notar melhor a cabeça, Frisk reconheceu quem era.

Sans estava dentro do galpão, treinando suas habilidades. Ele estava convencido de sua decisão e não subestimava o que Gaster era capaz de fazer, por isso ele estava transformado. Ele usaria toda a sua energia para ser capaz de derrotá-lo. Como parte de seu treinamento, Sans invocava aleatoriamente ossos que estavam indo na sua direção e se desviava rapidamente de todos os projéteis que apareciam de todos os lados, ele usava tanto seu esforço físico quanto seu poder de teleportar-se. Seu alvo era uma maquete de madeira de forma humana com uma marcação na cabeça. Assim que ele tinha a chance de se aproximar dela, ele preparava sua bazuca na sua mão esquerda e apontava para ele. Antes que ele atirasse, mais uma onda de ossos voou até ele rapidamente e Sans desviou-se com seu último esforço, sem tirar a mira na estátua.

Sans: Justiça...

Seu olho mudou de cor para amarelo e sua bazuca carregou-se de energia, o crânio do dragão abriu sua mandíbula e dali podia-se ver o raio que estava prestes a disparar contra a estátua.

Sans: ... Punição final!

Um tiro estrondoso saiu de sua arma, indo até a estátua. Frisk tampou seus ouvidos ao sentir o som ensurdecedor vindo da explosão e soltou a porta, fazendo-a ranger e abrir ainda mais. Ambos levaram um susto ao perceber o barulho da porta e Frisk tentou segurá-la de volta, ao mesmo tempo, ele apontou a arma para a porta quando viu alguém o observando. Frisk levou um susto e soltou a porta sem parar de olhá-lo, enquanto Sans continuou encarando-a seriamente, sem abaixar a arma.

Sans: ... Onde você me viu a primeira vez?

Frisk: Sans... O que está...

Sans: Responda!

Frisk: ... Na ponte de madeira, indo para Nevada!

Por um momento Frisk não entendeu porque ele havia feito aquela pergunta, ela estava tensa demais para responder enquanto tinha a arma apontada para ela. Por fim, ela havia dado a resposta que ele queria e Sans abaixou a arma, mesmo assim, ele não sabia por que Frisk estava ali.

Sans: ... O que está fazendo aqui? Achei que fosse alguém disfarçado.

Frisk: Eu... Ouvi tiros de longe.

Sans: ... E o que deu na sua cabeça pra vir aqui se você ouviu tiros?

Frisk: Isso não importa... O que você está fazendo aqui?

Sans: Você ainda não me respondeu. Não devia andar sozinha, é perigoso.

Ouvir isso de Asgore já era irritante pra ela. Frisk resmungou quando Sans disse a mesma coisa, se ressentindo por ter desobedecido Asgore.

Frisk: ... Eu fugi de casa porque meus pais não me deixam mais sair.

Sans ficou surpreso ao ouvir a resposta dela e não acreditou no que ouviu, começando a rir. Ele nunca esperava uma atitude dessas e Frisk ficou irritada ao vê-lo agir desse jeito.

Frisk: É sério! Eu estava procurando por você!

Ele ficou surpreso ao saber que ela estava procurando-o e fez um sorriso bobo para instigá-la, deixando Frisk sem graça.

Sans: ...Por que estava procurando por mim? Não me diga que você...

Frisk: ...Não pense errado! ... Eu queria saber quem é Gaster e sei que você sabe.

Aquele sorriso bobo se desfez rapidamente e sua visão escureceu, olhando para baixo. Sem dar resposta alguma, Sans se virou para trás, deixando Frisk assustada.

Sans: Me desculpe criança, não quero falar sobre isso.

Ele não esperou um segundo e começou a andar, se afastando dela. Frisk não ia desistir de tentar convencê-lo e correu até a frente dele, fazendo-o parar de andar. Ela voltou a encará-lo e insistiu.

Frisk: ... Espere! Deve haver um jeito de impedi-lo, tem que haver algum!

Sans: Não há nada que você possa fazer para impedir.

Frisk: ... Então... O que você pretende fazer?

Aquelas palavras a deixaram com um nó na garganta, depois do que havia visto anteriormente, ela juntou as peças inconscientemente e não queria acreditar na resposta. Por outro lado, Sans fechou os olhos e suspirou, ele mostrou um olhar convicto antes de dizer sua pretensão.

Sans: Eu vou executá-lo.

Frisk: ... O que?

Inacreditada, Frisk não imaginou que ele realmente queria matá-lo. Ela olhou-o estática por alguns segundos.

Frisk: Mas... Por quê?

Sans: Porque não tem outro jeito. Ele quer o controle do artefato e fará de tudo para conseguir sua alma. E se ele realmente conseguir, estará tudo perdido. Mas... Eu não vou deixar ele fazer o que quiser.

Vendo que ele voltou a se esforçar para protegê-la que nem antes, Frisk não sabia o que falar. Mesmo com tanta convicção, ela sentiu que havia algo por trás.

Frisk: Sans... Eu quero acreditar, mas não acho que esse seja o motivo...

Sans: Como não?

Frisk: Pela forma como você o viu... Eu sinto que você está escondendo algo.

Sans: ... Tem razão, e é melhor que não saiba porquê.

Ele continuava não olhando para ela, fazendo de tudo para desviar-se de suas perguntas insistentes. Mas ele sabia que ela não ia desistir facilmente e Frisk mais uma vez foi até a frente dele para encará-lo.

Frisk: ... Por favor, me deixe te ajudar. Eu não quero ser sempre protegida, eu posso...

Sans: O que? Você não pode se defender.

Ao falar aquilo, um silêncio surgiu naquele local e Frisk se sentiu derrotada por suas palavras. Ela se sentiu chateada por concordar, entendendo que não havia nada que ela pudesse fazer.

Frisk: Me desculpe... Não vou mais incomodar.

Vendo a reação dela, Sans ficou assustado e pensou no que havia acabado de falar. Ele sabia que havia sido duro quando ela tocou na sua ferida aberta. Mesmo assim, ele percebeu o pouco de esperança que Frisk tinha para fazer as coisas voltarem ao normal, ela estava decidida a fazer Gaster deixar de ser mau e Sans conhecia tamanha determinação que Frisk tinha. Mas ele conhecia-o de verdade e não acreditava que Gaster mudaria, a razão disso estava em seu passado. Sans temeu ter que contar a verdade a ela, mas ele não tinha outra escolha, ela tinha que entendê-lo. Enquanto ele viu Frisk se virar e ir andando até a porta da saída, ele decidiu impedi-la.

Sans: Espere...

Frisk parou ao encostar a mão na porta quando o ouviu chamar, ela ficou apenas ouvindo-o com um semblante de tristeza.

Sans: Você não veio aqui a toa, não é? ... Eu vou te contar quem foi ele.

Frisk logo se virou, surpresa por vê-lo mudar de ideia e decidir contar sobre ele, de fato esse era o desejo dela. Sans fez um gesto para Frisk se aproximar e ambos foram andando até uma bancada, eles se sentaram um do lado do outro e Sans cruzou as mãos, pensando no que falaria, enquanto Frisk estava prestando atenção nele.

Sans: O que quer saber?

Frisk: ... Como ele era?

Sans: Gaster foi o maior gênio da ciência em todo o subsolo. Graças a ele, toda a tecnologia investida no núcleo trouxe avanço na vida os monstros. Mas quando ele começou a pesquisar sobre o artefato, isso mudou completamente sua vida. Ele ficou obcecado por receber tanto poder, ignorando todos os riscos que podia causar a si mesmo e aqueles ao redor.

Frisk começou a refletir sobre o que Asgore tinha falado junto com a declaração dele, porém algo mais a intrigava.

Frisk: ... Asgore me falou que Gaster havia achado um jeito de conseguí-lo.

Sans: Na verdade não estávamos nem um pouco perto. Para controlar o artefato, precisávamos de uma alma humana. Enquanto estudamos toda a sua estrutura, Gaster criou uma teoria de que era possível combinar parte de uma alma humana com a alma de um monstro, criando uma alma híbrida. Mas isso ficou apenas no papel.

Frisk: Mas e você? ... Foi assistente dele, não é?

Sans: ... Quer mesmo saber?

Ela estava decidida a saber e afirmou para ele. Surpreso, ele respirou fundo e olhou para frente antes de falar.

Sans: Gaster não tinha meios suficientes de testar seus experimentos, ele precisava de corpos vivos e ele não usaria outros monstros se seus experimentos tinham a chance de matá-los... Eu não fui só assistente dele. Na verdade, eu sou uma das criações dele, assim como o Paps.

Ela ficou perplexa ao ouvir isso, pois nunca imaginava ouvir uma coisa dessas.

Frisk: ... Gaster criou vocês para serem cobaias?

Sans: Essa era a intenção. Mas quando eu fui criado, Gaster queria saber como eu iria me desenvolver. Ele passou um tempo ensinando algumas coisas dos monstros afora, inclusive sobre a lenda do artefato. Eu podia aprender rápido, e não foi diferente quando ele me entregou vários livros com pesquisas e matérias avançadas. Eu aprendi ciência e física quântica e comecei a estudar suas pesquisas. Quando Gaster viu que eu era capaz de ajudar, ele fez de mim seu assistente.

Ele contava enquanto as cenas passavam pela sua cabeça, ao mesmo tempo, era como tirar todo o seu peso que ele carregou sozinho. Ele agradecia Frisk por estar somente ouvindo-o.

Sans: Foi aí que Gaster decidiu criar outra cobaia, eu nunca tive a chance de ver meu irmão sendo criado. Mas um dia, eu visitei uma das salas ocultas e eu o vi preso em uma sala, no canto do corredor. Eu nunca tinha visto alguém como eu e me senti curioso em vê-lo. Quando Paps me viu, ele estava com medo, mas eu ganhei sua confiança aos poucos. Eu não queria que ele sofresse nas mãos de Gaster, era puro demais. Eu fiz o possível para passar mais tempo com meu irmão, mas Gaster descobriu o que eu estava fazendo e me viu indo até aquela sala. Ele ficou tão furioso, ele não queria que eu tivesse visto meu irmão. Ele acabou trocando meus estudos para me treinar a lutar, usando como desculpa “você está com tempo livre demais”. Eu não era bom o bastante, mas foi a partir dali que eu senti raiva por ele, e isso... me motivou a ser forte em combate.

Ele travou um pouco antes de prosseguir, virando suas pupilas para ela. Frisk continuava olhando para ele, sentindo sua tristeza.

Sans: ... Como você sabe, houve outros humanos que caíram no subsolo além de você. Gaster viu essa oportunidade e me pediu para vigiar o abismo para procurar humanos. Eu vi vários deles, e todos lutaram contra os monstros das ruínas. Eu pensei que eles eram uma ameaça a todos os monstros. Quando eles tiveram um momento de distração, eu os matei e levei até ele, mas em troca, ele me prometeu que não usaria meu irmão nos testes dele.

Quando Frisk ouviu isso, ela se sentiu triste por ver que os humanos tiveram um fim trágico, dando sentido à frase da lenda que ninguém retornou do monte para contar história. Mas tudo isso houve uma razão, e ele acreditou que estava fazendo o justo.

Sans: Uma vez... Apareceu um humano que era diferente, ele não matou os monstros que viu. Eu não conseguia entender por que ele estava agindo dessa forma... Mas, eu tinha que cumprir com o que prometi...

Uma cena do passado surgiu em sua memória, ele estava vestindo seu disfarce antigo e olhando para a criança, que estava olhando-o assustado. Sans estava se preparando para atacá-lo friamente, mas não deixou de ficar confuso diante dela. De todos os humanos que o encararam, desta vez era uma criança. Ela estava tentando sorrir, mostrando que queria ser amiga dele, mas ela mal sabia que estava de cara com a morte. Sem esperar mais, vários ossos foram invocados pela sua mão, acertando a criança. Ela não fez nada e deixou ser morta pelos ossos cravados em seu peito. Antes de dar seu ultimo suspiro, a criança olhou para ele com um sorriso no rosto e com lágrimas nos olhos.

 “... Eu perdoo você...”.

Quando Sans ouviu isso, imediatamente ele viu seu irmão no lugar daquela criança morta, pensando que o havia matado. Ele havia delirado ao ver Papyrus morto, completamente atordoado. Sans acabou saindo das ruínas para deixar de ver aquilo, se escondendo por vários dias em uma caverna, dentro da floresta de Nevada. Ele desistiu de continuar matando outros humanos e não queria mais pisar dentro do laboratório. Cansado daquela vida que estava levando, ele viu o quanto a ciência era cruel e ele cansou de ser usado para seus trabalhos sujos. A partir dali, ele decidiu abandonar tudo e fazer qualquer coisa para tirar seu irmão de lá, mesmo que tivesse que enfrentar o cientista, mas quando ele voltou ao laboratório, Sans havia visto algo que não esperava ver.

Voltando à realidade, Sans fechou seu punho de raiva enquanto Frisk olhou-o, preocupada.

Sans: ... Eu o vi usando meu irmão e não pude perdoá-lo... ele havia quebrado a promessa. Não consegui me conter e acabamos lutando. Eu não me importava se morresse, desde que levasse ele junto pro inferno... Antes que um de nós morresse, algo aconteceu na máquina e ela explodiu. As almas humanas que ele usou criou um buraco negro e estava engolindo tudo. Por pouco, eu consegui me salvar e sair do laboratório, levando meu irmão, mas Gaster foi engolido pela máquina. Papyrus sofreu um acidente nesse meio tempo e acabou se esquecendo de tudo isso, foi fácil para recomeçar do zero e partir para outra.

Após terminar de falar, houve vários minutos de silêncio enquanto Frisk processava toda aquela história. Ela se sentiu mal por ele, percebendo que as aparências realmente enganavam, atrás daquele rosto sorridente, Sans escondia um passado trágico.

Frisk: Eu realmente... Sinto muito.

Sans: ...É por isso que nada do que você fizer vai mudá-lo, o artefato sempre foi seu objetivo. Depois de tudo que ele fez... Se ele quiser sua alma, deve passar por cima de mim primeiro.

Ouvindo isso, Frisk viu que ele estava sendo vingativo por causa das más lembranças. Apesar de tudo o que Gaster fez, Frisk não desejava ver Sans matando por vingança. Ela sentiu que deveria ajudá-lo a se livrar de seu rancor e continuou decidida a fazer Gaster mudar de ideia. Frisk sutilmente colocou sua mão no ombro dele para confortá-lo. Isso fez Sans virar para vê-la, assustado.

Frisk: Não precisa fazer isso sozinho... Se nos unirmos, eu sei que podemos impedi-lo.

Sans ficou surpreso com a resposta dela. Mesmo com tudo que ele falou, sua resposta enfatizava que ela mantinha um coração puro, igual seu irmão. Ele se perguntava se ela realmente acreditava nisso, se ela achava que era capaz de muda-lo. Sans acabou esboçando um sorriso amarelo, intrigado.

Sans: Heh... Acho que nem eu entendo você.

Frisk ficou um pouco sem graça pela reação dele e tirou sua mão de seu ombro, virando sua cabeça. Porém, ele acabou interrompendo-a mais uma vez.

Sans: Criança... Se você conseguir o artefato e não puder controlar esse poder, temo que algo aconteça a você... Por isso, eu gostaria que continuasse sendo quem você é.

Frisk ficou surpresa ao ouvir seu pedido e mostrou um sorriso sarcástico.

Frisk: ... Isso seria uma promessa?

Sans: Sabe que eu não gosto de fazer promessas.

Ela acabou rindo disso e queria cumprir aquele pedido, não somente por ele, mas por todos os seus amigos com quem contavam com ela. Frisk realmente temia que algo acontecesse já que ela não possuia mais seus poderes, questionando sua capacidade de controlar o artefato, mas ao lado deles que dão a ela todo o apoio, ela acreditava que iria conseguir.

Frisk: ... Seu dedo?

Sans estendeu sua mão e fechou-a, levantando seu ultimo dedo. Frisk fez o mesmo e ambos cruzaram os dedos, olhando um para o outro.

Frisk: ... Eu prometo.

Ele ficou surpreso por vê-la ter vontade de cumprir com o que ele pediu. Sans sabia que podia contar com ela e com isso, ele decidiu fazer sua parte para continuar protegendo-a para garantir que sua promessa continue sendo cumprida. Ambos soltaram os dedos e se sentaram normalmente, olhando o galpão bagunçado. Minutos depois, Frisk notou seu celular tocando e ela pegou para ver quem estava ligando. Ela viu o número de Asgore na sua tela e Frisk olhou-o angustiada, sabendo que ele ia estressar-se com ela.

Frisk: Ah não... Meu pai tá me ligando...

Sans: É melhor atender.

Frisk respirou fundo antes de atender a ligação, sabendo que ia ouvir broncas pelo telefone. Quando ela atendeu, Asgore estava falando alto do outro lado da linha.

Asgore: Minha filha! Você está bem?

Frisk: ... Eu estou conversando com Sans, estou bem.

Asgore: Por céus! Tori tinha ido no seu quarto e viu sua janela aberta. Eu não acreditei que você era capaz disso, Frisk. Mas... é bom saber que está em boas mãos pelo menos... Onde vocês estão?

Frisk: Estamos num galpão atrás da faculdade e já estamos saindo.

Asgore: ... E porque estão num local desses? ... Estão sozinhos?

Frisk ficou vermelha quando ouviu Asgore perguntar isso, certamente não era o que ele estava pensando e Frisk se virou rapidamente para Sans não vê-la corar desse jeito.

Frisk: PAI! Não é isso!

Asgore: ... Eu sei que você já é adulta Frisk, mas eu esperava que você ao menos tivesse me obedecido. Eu irei aí te buscar.

Frisk: Não precisa... Ele pode me levar até em casa.

Asgore: ...Certo, vejo vocês em breve.

Ele desligou a chamada e Frisk guardou o celular, chateada por achar que seu pai desconfiava deles. Eles se levantaram e Sans estendeu a mão para Frisk para que ela segurasse. Por um momento ela ficou olhando a mão dele estendida e pensou que era outra coisa, olhando assustada.

Sans: Como nos velhos tempos?

Frisk: Ah...Tanto tempo que você não fazia isso.

Sans: Relaxa, não estou pedindo sua mão.

Frisk foi surpreendida com esse comentário e jurava que ia mandá-lo pra longe, mas ela se absteve de falar e apenas resmungou, ficando corada e não olhando para ele. Ela segurou sua mão e ambos se teleportaram até a casa dos monstros chefes. 


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