Sweet Temptation escrita por Julie Kress


Capítulo 33
Sermões


Notas iniciais do capítulo

Heyyy, meus amores!!!

Mais um capítulo quentinho saindo do forno hehehe

Aproveitem e boa leitura!!!



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P.O.V Do Freddie

As duas rolaram pelo chão do ginásio, não havia ninguém por perto para me ajudar a apartá-las. Fiquei observando por um tempinho sem saber o que fazer. Qual das duas eu deveria segurar? E como faria para impedir a outra de avançar? E se elas resolvessem me agredir por acabar com a briga? Ai, de certa forma aquilo era a minha culpa.

— Sam! Mandy! - Tentei chamar a atenção delas.

 Foi em vão.

Elas se estapeavam, puxavam o cabelo uma da outra, se arranhavam, xingando-se aos gritos e giravam pelo piso liso... 

Sam conseguiu ficar por cima, imobilizando a Mandy que naquela hora já tinha perdido os óculos e estava com o uniforme amassado, e toda descabelada.

— Repete se for mesmo mulher, só quero ver se você têm coragem! - Agarrou a mais nova pela gola e rosnou, furiosa.

— Você não merece o amor do Freddie, você não passa de uma vadia sem amor próprio, e eu nem tenho pena de você, sua...

— JÁ CHEGA! PAREM COM ISSO! - Berrei.

A loira manteve o punho fechado e erguido no ar, ela estava prestes à socar a minha amiga. Caminhei firme até elas, e a agarrei pela cintura, tirando-a de cima da Mandy.

— ME SOLTA, EU VOU ACABAR COM ESSA MALDITA PIRRALHA! - Vociferou se debatendo em meus braços.

— Não, não vai não, eu não vou deixar! Para com isso, Sam! Foi você quem começou, quero que deixe a Mandy em paz! E me deixe em paz também! - A virei e ela me encarou.

— Me larga! - Pediu com raiva.

A soltei e fui ajudar a minha amiga a levantar. As duas estavam em estado semelhante. Mandy bufava de raiva.

As duas se encontravam ofegantes, vermelhas, descabeladas, com marcas de arranhões e com os uniformes amarrotados.

— Ele está comigo e você o beijou, depois acha ruim quando é chamada de vadia. - Mandy reclamou e a Sam riu toda debochada.

— Se eu sou vadia, você é um mini-projeto de puta, aposto que está louca para dar pra ele, não é mesmo? - Seu tom maldoso não era nada legal.

— Me respeita, eu não admito que fale assim comigo! - Minha amiga ficou revoltada.

— Nossa! E se...

— Calem a boca, as duas! Isso tudo é ridículo, meninas! Não briguem por mim! Já chega com essa implicância toda! - Eu estava bastante nervoso com aquela situação. - E você também, Mandy, deve respeito à Sam! - Encarei a garota de olhos cor de mel.

— Mas ela...

— Por favor, Amanda, não me faça ficar chateado com você. - Pedi.

Ela bufou e revirou os olhos, assentindo.

Quando me virei para a loira implicante, ela não estava mais ali. Eu sabia que ela estava brava comigo.

[...]

P.O.V Da Sam

"Maldita. Infeliz. Oferecidazinha. Desgraçada. Aquela peste ia me pagar por cada tapa, arranhão e xingamento. Eu vou mostrar para ela se não mereço o amor do Freddie. Ela vai ver só, não perde por esperar..."

Me olhei no espelho do banheiro, fitando o meu reflexo. Meu rosto estava avermelhado, aquela pirralha ia se arrepender. Passei as mãos por meus cachos bagunçados, o meu cabelo tinha ficado uma merda. Respirei fundo, tentando me acalmar.

Lábios inchados, com um corte no cantinho do lábio inferior. Algumas unhas lascadas. O pior de tudo era o arranhão no meu pescoço e outro na maçã do rosto ao lado direito... Meu rosto ardia, dolorido.

— Filha da puta! - Praguejei.

Abri a bolsa que estava em cima da pia de mármore. Peguei minha escova de cabelo, a minha base e o pó compacto.

"Que se dane a próxima aula! Não posso sair assim fodida desse jeito... Não seria nada bom para alguém como eu, uma moça arrumada e impecável. Passei um mês vindo toda desleixada, e agora dei a volta por cima. Não darei mais o gostinho para me verem arruinada."

— Freddie, Freddie... Você também vai se arrepender por defender sua amiguinha... E por ter dito todas aquelas coisas. Não admito que ninguém sinta pena de mim, muito menos você, amor. Sei que você me ama e vai ser meu novamente. - Era loucura falar sozinha? Eu não dava à mínima para aquilo.

Arrumei meu cabelo e refiz minha maquiagem, encobrindo todos os hematomas. Lavei as mãos e as sequei, passei mais perfume e saí do banheiro de cabeça erguida.

Eu estava perdendo a aula de Matemática. Mas que se dane. Eu detestava a matéria mesmo.

— E aí, Puckett, tá perdida, gata? - Um loiro do terceiro ano, da sala 6, me abordou no corredor.

Ele era conhecido por matar aula e por ser um tremenda galinha. Com certeza conhecia a minha fama também. Não perdeu tempo para flertar comigo.

— Talvez, por quê? Tá a fim de me ajudar a encontrar o meu rumo? - Aceitei seu flerte.

— Se você quiser, eu adoraria te ajudar. - Sorriu e mordeu o lábio inferior, encarando meu busto.

Analisei ele. Alto. Atlético. Rosto bonito. Olhos claros.

 – Pensando bem, eu prefiro seguir o seu caminho. Para onde estava indo mesmo? - Eu estava entediada e acabei me interessando.

— Acabei de dar um tapinha num baseado que um amigo me arrumou. Topa uma rapidinha comigo no vestiário masculino? Hoje não tem treino e a cópia da chave está comigo. - Sorriu, malicioso.

Direto e cara de pau. Ui! Até que eu gostava de caras assim.

— Topo! - Aceitei ter uma aventura sexual com um cara que eu nem sabia o nome.

Por quê não? Já fazia um tempinho que eu estava na seca.

 Eu só precisava mesmo esfriar a cabeça e esquecer o Benson por pelo menos alguns minutos. Se ele estava ficando com a Valdez, eu tinha o total direito de ficar com quem eu quisesse.

Comigo a fila sempre andava.

 [...]

Horas depois, às 18h:43min...

P.O.V Da Carly

Quando cheguei em casa, por algum milagre, o meu irmão estava ali, ele quase nunca parava em casa por conta do trabalho. Fiquei feliz em vê-lo, Spencer estava sentado no sofá, fechei a porta e ele levantou, corri para abraçá-lo, e acabei tendo o meu abraço rejeitado, meu irmão mais velho recuou e pelo seu semblante, alguma coisa muito ruim tinha acontecido.

— Algum problema? O que aconteceu, mano? - Indaguei já ficando preocupada.

— O que aconteceu? Vou já te mostrar o que aconteceu, Carly! Olha o que eu encontrei. - Apanhou um papel que estava sobre a mesinha do centro e o desdobrou. - Dá para me explicar isso aqui, maninha? - Soou debochado praticamente jogando o papel em cima de mim.

O peguei e logo vi que era o exame confirmando minha gravidez.

— Eu ia te falar...

— QUANDO IA ME FALAR? QUANDO JÁ ESTIVESSE PERTO DE DAR A LUZ? - Gritou comigo, me assustando.

— Calma, Spencer, também não é pra tanto! - Me encolhi.

— Não é pra tanto? Jura? Ainda quer que eu fique calmo? - Riu sem humor. - Como posso ficar calmo sabendo que a minha irmã de 17 anos engravidou e estava escondendo de mim? Você ainda é menor de idade e está sob minha total responsabilidade. O que você tem na cabeça, Carlotta? Já imaginou como o papai vai reagir quando ficar sabendo? Ele vai me culpar. Eu pensei que fosse mais responsável, meu Deus, Carly, você não pensou nas consequências quando não se preveniu? Como vai cuidar de uma criança se nem ao menos sabe cuidar de si mesma? - Spencer estava muito alterado.

Senti vontade de chorar.

— Foi por um descuido. - Choraminguei.

— Irresponsável, é isso que você e o seu namorado são. Irresponsáveis. Eu nem conheço o sujeito direito, ele pelo menos já sabe? - Perguntou e eu assenti.

— Não acredito que você mexeu nas minhas coisas. - Resmunguei.

— Estava procurando um documento, você costuma guardar os documentos, sabe como eu não tenho muito cuidado com esse tipo de coisa. E foi sem querer que me deparei com esse exame. - Respirou fundo.

— Não era para você saber desse jeito. - Lamentei.

— Pela data do exame já faz um mês, Carly. Um mês! Como pôde esconder isso de mim? - Estava indignado.

— Eu só... Eu não sabia como te dar a notícia. - Meus olhos marejaram.

— Seu namorado trabalha? - Indagou.

— Não! - Respondi.

— Como vão fazer para sustentar essa criança? - Quis saber.

— Daremos um jeito! - Falei.

— Não sei como. Acha que é como brincar de boneca? Você nem sabe lavar uma louça. Como vai cuidar de um filho? E aposto que seu namorado não sabe fazer nada em casa. Você só sabe estourar o limite dos seus cartões fazendo compras! - Nossa! Me senti ofendida.

— Não fale assim comigo! - Pedi.

— Falo sim! Sou seu irmão mais velho! E você mora sob o meu teto! - Apontou o dedo na minha cara.

— Grande merda! Você nem para em casa! Todo dia está com uma mulher diferente. Nunca mais me deu atenção e agora se acha no direito de me dar sermão? - Me indignei.

— Agora você me culpa? Que culpa eu tenho se você foi burra o suficiente para engravidar do primeiro namoradinho? - Ai, aquilo me atingiu em cheio.

— Você não é meu pai! Não têm o direito de jogar as coisas na minha cara! E quer saber? EU VOU EMBORA DESSA MALDITA CASA! - Gritei chorando.

Lhe dei as costas e subi as escadas depressa, eu não ia aturar ser humilhada daquele jeito. Ele nem conhecia o Gibby e disse todas aquelas merdas.

Entrei no meu quarto, arrumei a maior mala que eu tinha, colocando minhas roupas, calçados e ítens pessoais, e guardei meus documentos e toda a minha mesada economizada numa bolsa média.

Troquei de roupa. Desci. Spencer ainda estava na sala. Passei por ele sem olhá-lo, nem ao menos me despedi. Passei por aquela porta e nem olhei para trás, minha decisão já estava tomada.

Pelo menos eu tinha meu carro, um namorado, duas melhores amigas e de uma coisa eu sabia, a criança que eu carregava no ventre não iria morrer de fome. Gibby e eu daríamos algum jeito. Juntos iríamos enfrentar qualquer obstáculo que aparecesse em nosso caminho.


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Notas finais do capítulo

As duas sairam lascadas na briga kkkkkkkkkkkk

Nossa!!! A Sam voltou a praticar certas coisinhas... Veremos onde isso vai dar tcs tcs

Spencer descobriu a gravidez da Carls e deu um baita sermão... Os Shay até discutiram... O que acharam disso??? O Spencer tem razão???

Carls foi embora de casa... Será que foi uma atitude precipitada ou fariam o mesmo???

Bjs e até o próximo.



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