Avenida Brasil- 25 dias e 8 horas antes

A Baker não demonstrou nenhuma reação desde que entrou no carro. Seus olhos verdes estão mais verdes e intensos que o normal, Jéssica tinha certeza disso. Se perturbava mentalmente, enquanto dirigia se havia algo errado com garota e como só havia notado agora. Observando a garota novamente e se lembrando do dia que foi buscá-la na escola.

Flashback on : Uma semana atrás

A morena esperava pacientemente a sua garota de olhos verdes no portão da escola, encostada no seu carro. Atraia vários olhares sob si, tanto de meninos quanto de meninas, poderia até tentar algo com algum deles se não fosse apaixonada pela pequena gênio de olhos verdes.
Pensando nela, a mesma passa correndo por ela e se senta no carro.

— Emily, o que houve?- preocupada com garota que nunca agia dessa maneira.

— Nada.- desvia o olhar de sua amiga. Jéssica sabia que estava mentindo.

— Sei quando está mentindo, amor.- diz confusa pelo olhar da sua garota.

— Só trabalho. Você sabe, né? Está cada dia mais difícil manter aquela promessa.- fala a verdade pelo menos parte dela.

— Ok. Se quiser podemos cancelar esse almoço e te levo direito para o Instituto. Você precisa salvar o mundo.- responde desanimada, mas compreende a situação.

— Prometo te recompensar.- sorri.

A  morena não diz nada apenas sorri

Flashback off

— Sabe, Emily, você poderia me dizer exatamente o que aconteceu naquele dia.- fala despertando a mais nova que observava a irmã dormindo no de trás.

— Do que está falando?- fala sem entender a amiga.
— Estou perguntou sobre o dia no qual busquei você na escola.- responde apertando o volante em suas mãos. Estava com medo da próxima revelação.

— Sobre isso?- a voz carregada de ironia. Jéssica apenas arqueia a sobrancelha para a menina.- Ok. Vou contar.- a garota suspira.- Na madrugada desse dia o Dr. me ligou, dizendo que tinha alguém suspeito nas câmaras de segurança que leva ao laboratório, desde que ele me contou isso fiquei preocupada com a arma biológica que estava no laboratório.- a morena a observava horrorizada.

— Como você cria uma arma dessa?- balança a cabeça sorrindo assustada com as palavras da menina.

— Me deixe concluir. Essa foi feita pelo pai, a pedido do governo. Porém, após a entrada do suspeito no laboratório a arma sumiu.- responde suspirando.

— Então como essa merda aconteceu? Pelo o que você me disse não criou nenhuma mutação e sim, uma célula que defende a pessoa contra o câncer.- para o carro em frente ao Instituto e pega a pequena Charlie.

—  Tia Laura me ligou na escola antes de você me buscar.- caminha em direção ao Instituto que estranhamente está silêncio.

— A Dra.?- a menina concorda com a cabeça.

— Emm. Cadê a mamãe?- a pequena pergunta com a voz sonolenta.

— Ela está ocupada salvando vidas, pequena, mas logo ela estará com a gente.- diz tentando não chorar.- E também naquele dia, eu beijei a Alex.- solta tentando amenizar o clima, sem notar os efeitos que causa na amiga.

Jéssica apenas tentado  focar sua atenção no volante, tentando esquecer tais palavras.

— Ela tá no hospital cuidado dessas pessoas monstros?- fala se entregando ao sono.

— Sim.- fecha os olhos sorrindo docemente para sua garotinha que agora está dormindo novamente.

— Emily, sinto muito.- a garota ia responder mas escutou passos se aproximando de onde elas estavam.

— Vamos. Tenho que pegar uma coisa.- sorri para garota.

No caminho notaram uma movimentação estranha nos corredores da direita na ala oeste do laboratório.

— Jéssica, fica no carro e quando eu der o sinal saía e vá até a uma quadra antes da escola, os meninos estarão lá. - desvia o olhar para Charlie.

— Não vou te deixar aqui. Ficou louca ou- fala nervosa.

— Sim, você vai. Eu encontro vocês em frente ao hospital da minha mãe.- caminha em direção ao laboratório sem ouvir sua resposta.

— Ok. Parece que somos só eu e você pequena. Vamos.- volta para carro e vai na direção da escola.

A garota caminha com medo, mas ao mesmo tempo curiosa em relação ao Pro- 13. Parando para pensar, nunca imaginou que as palavras de sua mãe faria tão sentido agora. O que seu pai estava pensando quando criou a arma?

Agora isso não importa mais e sim proteger seus amigos e sua irmã. Pegou seu celular e mandou uma mensagem para Lucca, mandando que levasse todos para o hospital, inclusiva a Alex. Sabia que se não falasse isso ele iria deixa-lá.

Alex. Seus pensamentos sempre iriam para a garota loira que beijou semana passada. Mesmo não sendo o momento para pensar nessas coisas, Alex a deixava mais calma, sempre soube que gostava, na verdade está apaixonada por ela.

Logo no corredor do laboratório apareceu um zumbi. Emily rapidamente sacou a arma, porém o mesmo apenas a olhou e seguiu em frente.

A Baker não entendia o que a acabou de acontecer. Por que o zumbi não atacou ela? Talvez tivesse relação com que sua mãe contaria mais cedo?
Tem algo muito suspeito em toda essa história. Mas a única pessoa que teria a resposta está morta.

Balançou a cabeça tentando esquecer isso um pouco e entrou na sala.

Estava tudo revirado. Havia sumido todas as seringas de testes, mas havia um recado em cima da mesa.

" Pequena Baker, não está cansada de ser apenas nossa cobaia de testes? Ou de ser apenas a sombra de seu pai? Se junte a nós. Será uma grande salvadora da humanidade, porém somente se estiver do nosso lado.
                                        Ass: Plague "

Ela apenas sorriu e saiu do local.

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Barra da Tijuca- 25 dias e 6 horas e 25 minutos

Alex se encontrava impaciente no banco de trás do ônibus. Está preocupada com Emily.
Perguntava a todo momento para Sophia sobre ela e mesma respondia que está tudo bem, que logo ela estará aqui.

Lucca já estava irritado com garota e, principalmente com Emily. Por que razão tinha levar consigo essa menina chata e mimada?
Como combinado, parou o ônibus na esquina e esperaram por longos minutos a garota.
Até que ouviram gritos.

— Abre a porta. Agora, Lucca.- Jéssica gritando desesperadamente com a garotinha em seus braços  chorando, com medo dos zumbis.

— Jéssica?! Cadê a Emily?- Sophia levanta estranhando vendo só Jéssica e a Charlie no ônibus.

— Ela não vem.- se senta e coloca a pequena deitada nos bancos junto com as bolsas.

— Como assim ela não vem?! Vamos busca-lá agora.-  estava prestes a descer do ônibus, porém o garoto a segura. O que não passou despercebido a ação do menino.

— Iremos nos encontrar com no hospital.- diz irritada com a garota na sua frente e se perguntando como Emily gosta dessa menina.

— Mas ela tá bem? Me diz que sim, por favor!- para em sua frente chorando.  A morena só revira os olhos e a ruiva a sua prende o riso.

— Maninha tá bem. Ela foi encontrar com mamãe, não precisa se preocupada, namorada da Em.- fala com um sorriso sapeca e a ruiva explode em risos, acompanhada pelos demais, exceto Lucca e Jessica, pela vermelhidão da loira.

— Charlie, eu adoro você mas não força, tá?!- revira os olhos o garoto

— Por que?? Maninha ama a Alexi. Elas são namoradas e vão se casar e eu vou ser a daminha.- fala com os olhos brilhando, imaginando a cena.

— Tá bom pequena, mas antes temos que pegar sua mãe e irmã.- a ruiva responde quase chorando de rir.

— Sobre isso...- a morena faz gestos como se isso não fosse possível.

— A tia morreu?!- Melissa como sempre fala demais.

— NÃO. Em falou que a mamãe está sendo uma herói.- fala emburrada.

— É heroína pequena. E se sua irmã falou é verdade.- Elena fala fazendo cafuné na pequena.

— Da próxima vez não abra a boca.- Lucca se senta no banco, pensando em como a Melissa pode ser tão idiota.

— Melhor íamos logo, Emily precisa da gente.- o nerd mais ao fundo diz colocando a mão no ombro de Alex, tentando passar conforto a ela.