Ele tinha 13 anos quando nos conhecemos, tudo grassas a um grupo do facebook de um anime que tinha lançado na época (até hoje esse anime é importante pra mim). Ele é meu amigo mais antigo, minha amizade mais duradoura, enquanto tantas pessoas foram embora, ele ficou... Além de ser meu melhor amigo, o irmão mais velho que eu nunca tive e meu painho adotivo, ele está a 3119 quilômetros de distancia.

              As pessoas costumam dizer que amizades virtuais não são reais porque é impossível conhecer alguém através de um celular ou computador, ainda mais alguém há mais de três mil quilômetros de você, mas eu sei infinitas coisas sobre ele e não sei outras infinitas coisas, são infinitas coisas pra aprender todos os dias e infinitas coisas pra amar cada vez mais.

              Ele tem 19 anos agora e eu vou fazer 18, e eu nunca dei um abraço nele (nem sequer vi ele), mas eu sei que deve ser o melhor abraço do mundo, porque tudo que fez e faz por mim é bom. Ele me disse que um dia nós vamos no ver, e vamos num parque de diversões, andar nos brinquedos mais insanos e vomitar tudo o que comermos (se não saísse algo do tipo não seria ele)e vai segurar minha mão, porque eu tenho medo de altura.

              Nossa amizade sobrevive há seis anos, eu já vivi os sorrisos dele, assim como ele viveu os meus e eu também já vivi as lagrimas dele, e ele, as minhas. Foi meu primeiro “ombro pra chorar” quando minha avó faleceu, e eu chorei em um ombro a 3119 quilômetros, eu vi ele se afundar em depressão e lutar todos os dias até sair dela, eu o vi evoluir como desenhista, e por mais que diga que eu o superei, vai ser minha eterna inspiração e meu eterno mestre.

              Seria mentira se eu dissesse que eu não chorei escrevendo isso, mas de felicidade, lembrar-me de tudo que já vivemos e pensar em tudo que viveremos me deixa imensamente feliz... Porque ele é meu melhor amigo, meu irmãozinho que de “inho” não tem nada, meu pai adotivo e eu amo ele, com todo meu coração.