In Love With a Ghost escrita por Natur Elv


Capítulo 6
The land between Solar Systems




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A terra entre Sistemas Solares

 

 

A construção e as árvores e arbustos e flores estavam exatamente como no dia anterior. E Makkachin não esperou um segundo sequer para correr para o conjunto mais próximo de flores a fim de examiná-las com seu focinho lindo. 

Sorri, assistindo-a, e mesmo que eu tentasse jamais conseguiria me impedir de pegar o celular do bolso e tirar algumas fotos. "Makka," a chamei, querendo que olhasse para mim – para a câmera. "Makkachin," chamei novamente, mas foi necessário mais uma ou duas tentativas para ela finalmente me dar alguma atenção. Algumas fotos saíram tremidas, mas outras ficaram muito boas. Ofereci mais um sorriso para ela e acariciei seu pelo enroladinho, dizendo o quanto era linda e fotogênica. Ela latiu e lambeu meu rosto algumas vezes. Makkachin adora ser elogiada. 

"Vamos lá, Makka." 

Caminhamos até a entrada da construção e eu fui direto à janela. Estava toda lá, a floresta. E eu sorri um grande sorriso para Makka antes de voltar a olhar. "Makkachin, você vai adorar!" Mas não vi sinal de Yuuri lá dentro. 

E impressionantemente como se sumonado por meus pensamentos, senti sua presença se aproximando antes mesmo de ouvi-lo. "Victor?" 

Imediatamente virei na direção de sua voz. "Yuuri!" Ele abaixou a máscara descartável que cobria metade de seu rosto, olhando-me confuso. "Yuuri," dei um passo em sua direção, mas Makkachin foi muito mais rápida, e no momento seguinte Yuuri estava no chão sob ela, que o lambia incansavelmente, um latido ou outro vindo acompanhar. 

"Makkachin!" Preocupado com Yuuri, não demorei a correr até os dois, mas para grande alívio meu, ele ria enquanto virava o rosto para lá e para cá, tentando conter Makka de alguma forma. "Makkachin!" Ajoelhei-me ao lado deles e levei minhas mãos a ela, a fim de fazê-la parar por um minuto e deixar Yuuri respirar, mas acabei trazendo toda sua atenção para mim, e por atenção entende-se lambidas, latidos e agitação. "Oka- okay, Makka," eu tentava falar. "Makkach-" então de repente sua atenção não estava mais em mim e sim de volta a Yuuri, que havia pelo menos conseguido sentar apropriadamente. 

Enquanto tentava arrumar meu cabelo, fiquei observando os dois: Makkachin distribuindo lambidas pelo rosto de Yuuri, fazendo-o rir, uma feição muito diferente de tudo que ele havia expressado no dia anterior. Tão bonito, tão bonito. 

E apesar da agitação de Makkachin, Yuuri conseguia oferecer a ela um carinho no pescoço. 

"Que linda!" Ouvi Yuuri dizer, esfregando os dedos em cada lado do pescoço felpudo dela. E ela finalmente se acalmou. 

Deixei um breve assovio no ar e dei uma palmadinha na minha coxa ao chamá-la, "Makka," ela latiu e veio até mim, jogando todo seu peso contra minha perna. "Makka, não foi assim que o papai te ensinou a cumprimentar as pessoas, você não pode derrubá-las no chão logo na primeira vez." Um novo latido veio e ela se levantou para deixar uma lambida em meu rosto. "Papai está falando sério, Makka," E ela não estava me levando nenhum pouquinho a sério, se a língua para fora e o rabo abanando animadamente fossem alguma indicação. 

"Pare, não brigue com ela." A voz de Yuuri alcançou meus ouvidos e eu ergui o olhar para encontrar seu sorriso bonito e olhos alegres e encantadores. 

Makkachin voltou para ele, deitando em seus pés, e acho que a possibilidade de Yuuri não oferecer carinho a ela era inexistente, porque ele o fez no mesmo instante. 

Fiquei a observá-los por alguns segundos até finalmente lembrar por que estava ali. "Hm, Yuuri," falei, recebendo seu olhar no mesmo segundo, mas ele estava mais tímido agora, e igualmente adorável. 

"Eu adoro cães." Ele falou, e Makka descansou a cabeça sobre sua perna cruzada e eu tive o imenso prazer de ver seu sorriso crescer, suas mãos se agitarem, e ouvi-lo fazer sons incoerentes, mas compreensíveis de alguma forma, pois eram todos provenientes da fofura de Makka. "Você é a coisa mais fofa do mundo, hm?" Yuuri disse, brincando com as orelhas dela. "É sim!" Então ela ergueu a cabeça e lambeu seu queixo e ele riu e eu podia assisti-los o dia inteiro. 

"Trouxe ela para conhecer sua..." Os olhos de Yuuri descansaram em mim. Do que exatamente eu poderia chamar o que Yuuri tinha? Floricultura? Floresta particular? "Makka adora plantas." Informei a ele como no dia anterior. 

Yuuri fez um som, como se surpreso, e voltou a encarar Makkachin. "Você gosta de plantinhas?" Makka latiu e eu deixei uma risadinha no ar. "Ela é mesmo muito fofa." Yuuri se ergueu do chão, arrumando no ombro a alça da mochila que carregava. "Vamos entrar." Ele falou, sua voz firme apesar de baixa, mas um rosado absolutamente amável sobre suas bochechas cheinhas.


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