Disney History escrita por Lily Hime


Capítulo 8
Na aula de Magia Musical


Notas iniciais do capítulo

OIE PESSOAS!
Então, sábado eu postei todos os capítulos postados até agora no SS, pra ver se eu consigo as fichas que me faltam, e hoje também estou postando esse. Eles vão ter a mesma programação aqui, então, ninguém tá recebendo capítulos antes~
Claro, ainda tem muita vaga, então lembrem que você podem mandar até 4 fichas.

Espero que gostem!
Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/757237/chapter/8

Park JinHwan

JinHwan sabia que não era particularmente bom no quesito magia, descobrindo isso facilmente com as aulas de Magia na Academia — que só conseguiu entrar porque a família de sua mãe tinha uma quantidade considerável de renda — onde só passou nessas aulas com as notas mínimas necessárias, mas seu gosto pela música tornava esse tipo de magia em específico muito mais fácil.

Por isso, quando a aula de Magia Musical apareceu como obrigatória no curso de música da Universidade Dewey ele não achou que teria muitos problemas. Bem, ele não tinha. Não muito. Algumas vezes tocando um feitiço específico e isso estava resolvido.

Infelizmente não podia se dizer que isso era o mesmo com Jamile Agrabadiah.

Ramy, como a garota insistiu em ser chamada, não fazia curso de Música na faculdade e sim Arquitetura, mas a aula de Magia Musical também estava disponível como Hora Complementar para os outros cursos. Visto como Ramy gostava tanto de música quanto Hwan, ela não piscou duas vezes antes de escolher essa aula como parte do seu currículo.

Ramy era muito boa com música, errar não era o problema, já que ela raramente cometia erros com a música. Ela simplesmente não conseguia juntar isso com sua coordenação de magia. 2 a cada 8 tentativas dela realizavam o que era realmente para realizar, se mais fraco ou mais forte que o ideal, mas as outras 6 tentativas… Com sorte, elas simplesmente falhavam, com a “teia” da magia se partindo e o encantamento se dissipando. Mas na maioria das vezes, a “teia” se embaralhava e a magia se transformava em alguma coisa completamente diferente do objetivo. Então, o problema não era a música, mas a maneira como Ramy manipulava sua magia.

Aliás, esse sempre foi o problema de Ramy. Ela sempre acertava os movimentos e as falas nos feitiços ensinados na Academia, mas ela quase nunca acertava. Hwan se lembrava muito bem das aulas que ele teve a infelicidade de compartilhar com a garota na Academia… Se JinHwan era ruim com magia, Ramy era um desastre.

Certamente não ajuda nada que Edlyn e Ramy compartilhem a aula de Música Mágica na faculdade também. Edlyn era o total oposto de Ramy nesse quesito (e talvez essa fosse uma das razões que Ramy a evitava a todo custo).

Edlyn…

Edlyn era fantástica com qualquer tipo de magia. Magia Musical, Magia Luz, Magia Sombra, Poções, Objetos encantados, Transformações, Manipulações elementares… Parte disso certamente era por ser filha de uma gênio, mas… Bem, ninguém pode negar que a… genialidade da garota com magia não pode vir totalmente do pai dela.

(Hwan sabia que isso era um trocadilho ruim. Mas ele não se importa)

Todos os feitiços e encantamentos realizados por Edlyn nas aulas aconteciam corretamente no instante em que a menina terminava-os de tocar em sua Ney. Honestamente? Hwan tinha um pouco de inveja dessa habilidade, mas ele estava feliz com seu desempenho.

Mas Hwan era o único que tinha que lidar diretamente com a tensão entre as duas garotas.

Edlyn era muito metódica, e os erros desastrosos de Ramy a incomodavam. Já Ramy era muito competitiva, por isso se irritava facilmente quando Edlyn se mostrava muito melhor que ela com magia. Elas não se falavam, em nenhum momento, mas estavam sempre se encarando.

 

E Hwan sempre acaba sentado entre as duas na sala.

 

Sempre.




Por que eu?

 

Hwan encarou quando as duas meninas se fuzilavam com olhares, cada uma de um lado dele.

Ramy tinha acabado de errar um encantamento de invocação de água, trazendo uma chuva de pedras magmáticas no lugar das gotas do líquido da vida.

Edlyn tinha rapidamente feito o encantamento de proteção sobre todos, salvando-os de receberem pedradas nas cabeças.

Todos os outros alunos estavam concentrados demais, recolhendo as pedras e vendo o que havia sido destruído e precisava ser substituído para notar a terrível pressão que ocorria entre as duas garotas.

— Por quê… — Começou Edlyn devagar — você continua nessa aula?

— Porque eu quero.

— Você é um desastre nisso! — Exclamou Edlyn claramente irritada

— Quem se importa?!

— Eu! Todos nessa turma! Qualquer um aqui que quer ficar vivo e saudável! — Edlyn quase gritou — Porque você não vai aprender a controlar sua magia antes de tentar algo mais avançado?!

— Eu passei nas aulas de Magia da Academia e do Colégio! Isso é tudo o que pede pra essa aula! Não preciso da sua autorização! — Ramy gritou irritada, finalmente chamando a atenção de todos.

— Sim, claro. Isso não te impede de ser um desastre ambulante. —  Edlyn murmurou.

— Ser boa com magia não te impede de ser uma vadia — Murmurou Ray de volta

— Como é?! — Edlyn estava ficando  azul. Iss significava que ela estava ficando muito irritada…

Oh… Isso vai ser tão ruim…

— Isso mesmo que você ouviu!

— Ah! Claro, sem boas argumentações, e estando claramente errada aqui

— Eu não estou errada. Fale pra ela Hwan! — Ramy gritou pra ele

— Não, eu que estou certa aqui. Diga pra ela, Hwan! — Edlyn gritou para ele em seguida.

 

Por que eu? Eu, de todas as pessoas? A gente mal se falou todos esses anos que nos conhecemos!!! Por que eu?!

 

Hã…. — Nossa, Park JinHwan, tão articulado da sua parte…

O sinal de fim da aula tocou, e Hwan não exitou de pegar suas coisas e se levantar.

— Olha só a hora, eu tenho aula de História da Música agora! Tchau! — E Hwan correu como se sua vida dependesse disso.




.

 

.

 

.

 

E talvez dependesse.



Ele não tinha certeza.



Hwan só esperava que na aula da semana seguinte elas tivessem se acalmado sobre o assunto o suficiente para esquecer que ele correu sem responder.

O jovem Chìnès, meio Amabiliano, suspirou assim que entrou na aula de História da Música. Essa era a aula mais chata para ele, tão apaixonado por música quanto ele era.

Assim que a aula acabou, Hwan juntou suas coisas calmamente e decidiu que iria comer um lanche no Palace Firefly, que ficava a meio do caminho da sua casa e da Universidade.

Sua mãe, Park Jinah, uma bailarina de sucesso, não estaria em casa — de novo — por estar se apresentando em um show em Freezenberg, e seu tio-pai-de-consideração, Park Minho, voltou a Chìnà por conta de negócios e só voltaria na semana seguinte. Ele estaria sozinho, e não estava muito afim de lembrar disso.

Assim que pagou por seu lanche, ele notou um conhecido em uma das mesas, e então sorriu travesso. Talvez ele não acabasse sozinho hoje à noite, afinal.

— Hey, Yang! — Ele chamou pelo amigo… Que não reagiu.

Yang parecia estar vagando no mundo dentro da cabeça dele. Então, ele decidiu chamar de novo, se sentando na mesa.

— Yaaaaang!

Nada.

— Yaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaang!!!

Ainda nenhuma reação.

— Lee Yang!

E o outro continua olhando para o vazio.

— Você vai comer esse hambúrguer ou vai só encarar o nada mesmo? — Finalmente Yang olhou para Hwan, notando que o mais novo estava sentado em sua frente — Eu to aqui te chamando a 5 minutos, sabe.

Hwan viu Yang piscar rapidamente, como se para dissipar qualquer que fossem seus pensamentos enquanto ele encarava o amigo com sua própria bandeja com um lanche meio comido, sentado na cadeira da frente e um sorriso provocador.

— Eu estava distraído — Yang respondeu, voltando a comer seu lanche

— Não me diga! Eu não tinha reparado ainda, Xiao Láng! — Hwan respondeu ainda com o sorriso irritante que era sua marca registrada estampando o rosto.

Era divertido irritar Yang. Aquele bobo inocente…

— Você é capaz de abrir a boca sem ser irritante, Xiao gou? — Yang respondeu.

— Claro! Mas assim não tem graça — Hwan preferiu ignorar completamente como foi chamado, sabendo que era só provocação amigável, e alegremente piscou para Yang, que só revirou os olhos exasperado.

— Gostando do curso de música? — Yang iniciou uma conversa.

E claro que ele iria fazer isso com um tema tão… certinho? Responsável? “Soando como se fosse o pai dele” talvez seja a melhor descrição.

— Oh~ É claro que essa é a primeira coisa que você pergunta! — Hwan fala mergulhando a batata frita no ketchup e em seguida a comendo. — Mas sim, eu estou gostando, Sr. Responsável.

— Um de nós tem que ser responsável. Você definitivamente não é o que tem esse papel.

— Owt! Isso doeu! Você é um Nappeun Neugdae isso sim! — Hwan colocou a mão sobre o coração, num ato dramático.

Pelo canto do olho, Hwan notou seu amigo se segurando para não revirar os olhos exasperado, novamente. Nah… não era tão legal quando ele conseguia se segurar.

— Eu tenho que ir — Yang falou se levantando quando terminou de comer — A minha aula começa logo.

— E eu volto pra casa — Hwan suspirou dramático — Vou ficar sozinho! Meu tio está de volta pra Chìnà essa semana, minha mãe ainda está em Freezenberg e vai ficar lá até o fim do mês e-

— Pare de ser dramático, Hwan — Yang o interrompeu — Eu passo na sua casa mais tarde, se você quer tanto não ficar sozinho. Eu tenho só duas aulas hoje de qualquer forma.

— YES! — Hwan pulou da cadeira onde estava sentado fazendo drama — Eu sabia que tinha um bom motivo para eu gostar tanto de você! Você é o melhor amigo de todos os tempos! Te vejo hoje a noite Lang!

— E você é um puxa-saco quando quer — Yang sorria claramente divertido para ele — Se queria tanto só tinha que pedir, não precisava de tanto drama

— Assim não tem graça — Hwan saltou de seu lugar e abraçou Yang fortemente. O garoto mais velho corou um pouco, mas antes que pudesse falar qualquer coisa Hwan já tinha o soltado.

Hwan partiu, acenando e saltando alegremente. Seu plano deu certo.

Bem, claro que deu. Sempre dava. Yang era um coração mole, então era fácil manipulá-lo para fazer certas coisas, e Hwan tirava o maior proveito disso. Claro, ele era seu melhor amigo, e Hwan se importava muito com Yang, mas ainda era divertido. Especialmente porque Yang sabia disso e não se incomodava.

Agora ele só tinha que esperar por Yang, e eles poderiam passar a noite assistindo filmes. Fazia algum tempo que eles faziam algo juntos, então seria divertido e ele não passaria a noite sozinho.

Se ele sobreviver a semana seguinte sem aquelas duas garotas o matando, ele poderia morrer feliz.

Bem, pelo menos, por agora ele achava que sim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

- Chìnès é alguém que nasceu na Chìnà. Lembrando que esse é um país fictício criado por mim que mistura China, Japão e Coréia. É onde se passa o filme da Mulan
— Amabiliano é alguém que nasceu em Amabilia, que junto com Laetus, forma o Reino Unido de Furence, e são países fictícios em uma referência à França. Amabilia é onde se passa o filme da Bela e a Fera. Laetus é do filme da Cinderella.
— Freezenberg é um país fictício que aparece em Princesinha Sofia. Muito provavelmente representa a Rússia.


— Xiao Láng significa "pequeno lobo" em chinês
— Xiao gou é "pequeno cachorro/filhote de cachorro" em chinês
— Nappeun Neugdae é "Lobo mau" em coreano

— Ney é um tipo de flauta, um instrumento típico da arábia. Se quiserem ouvir um:
https://youtu.be/nXaNfLV4cac


Acho que isso é tudo? A maioria dessas palavras já foi dita em capítulos anteriores.

Então, gostaram?
Comentários, pra me alegrar?

Arrivederci! =3