Após um ano se passar depois da grande guerra ninja, boatos se espalhavam pelos países de que uma ilha situada entre os países do fogo e água havia surgido no mapa. Um grande pedaço de terra cercado por várias árvores e apenas uma montanha mostrando seu resplendor eram os comentários de alguns pescadores que a acharam. 

— Como uma ilha dessas não foi explorada antes...? — era a pergunta que rondava todos que se aproximavam do local e os passageiros de um pequeno navio. 

— De acordo com as informações que nos passaram, ela possui algum tipo de barreira feita de chakra. E alguns ninjas do país da água relataram que sentiram alguns picos de chakra estranhos nessa direção, foi desse modo que descobriram a existência dessa ilha — um homem de cabelo curto castanho escuro e olhos negros com um protetor de testa comentou para a pessoa que jogou a pergunta no ar. 

— Então essa ilha surgiu depois da grande guerra ninja? Para não se ter registros em nenhum dos países, tanto o fogo quanto a água — um jovem de cabelos curtos negros e olhos no mesmo tom apareceu ao lado do indivíduo, observando um ponto esverdeado ao longe começar a crescer em direção ao navio. 

— Essa é a questão, parece que ela já existia, mas como não havia nada de muito interessante nessa ilha além de ser longe de tudo, nosso país e o país da água acabaram deixando ela de lado, portanto nunca foi colonizada. O Hokage nos enviou para os primeiros reconhecimentos após esses incidentes envolvendo chakra desconhecido — o homem de antes voltou a falar, cruzando seus braços em frente ao seu peito. 

— Capitão Yamato, estamos a poucos metros da ilha, devo já conduzir o barco até a praia? — gritou um tripulante com algumas cordas em mãos. 

— Esperem um momento até que o Sai faça um reconhecimento rápido com suas técnicas — o indivíduo com o protetor de testa respondeu, desviando o olhar para o lado na qual já via o rapaz de antes retirando o pergaminho que estava em suas costas. — Dessa vez serão pássaros... 

— Como não sabemos como é o solo da ilha, um reconhecimento por ar se sairia melhor nessas ocasiões — Sai comentou ao terminar de desenhar alguns pássaros no pergaminho, na qual saíram do papel como se tivessem ganhado vida. 

Os pássaros alçaram voo e seguiram em direção ao pedaço de terra que ficava cada vez maior em relação ao barco onde estavam. Assim que se aproximaram da praia, passaram tranquilamente por uma fina camada de chakra e prosseguiram sem mais problemas. De cima, apenas o verde das folhas das árvores eram vistas até chegarem quase no meio da imensidão de terra. 

— Consegui achar algo interessante, capitão... Localizado no centro da ilha há uma vila, mas não sei ao certo se há sinal de pessoas — o rapaz relatou ao ver seu pergaminho que continha algumas gravuras do que seus pássaros viam. 

— Certo, como os pássaros conseguiram passar facilmente pela barreira e não houve nenhum ataque a eles, vamos desembarcar na praia e começar a explorar essa ilha em busca de pessoas — Yamato gritou a última parte para os outros companheiros, que começaram então a se preparar. 

Depois de feito os últimos preparativos, eles chegaram até a praia, atracando o barco na costa. Assim que estavam todos equipados com seus equipamentos e armas, os cinco homens saem da embarcação colocando seus pés sobre a areia clara. 

— Até aqui, tudo certo. Vamos continuar juntos para caso algo aconteça, fiquem atentos — o capitão alertou, indo em frente juntamente com o garoto que fazia alguns desenhos em seu pergaminho. Assim que acabou, pequenos ratos saem correndo do papel em direção à floresta em sua frente. 

Mas antes mesmo que conseguissem ir muito longe, os pequenos animais desaparecem. — Capitão Yamato, parece que meus ratos para reconhecimento por solo desapareceram, eles não conseguiram ir muito longe, provavelmente iremos encontrar o culpado disso ao passarmos por essas árvores.  

— Vamos ser cuidadosos — foram as únicas palavras do homem, os cinco observam toda a região enquanto adentravam a floresta. Quando estavam sob as árvores, não viam sinais de vida, parecendo que a vegetação toda se encontrava em silêncio absoluto, o que era estranho não acharem nem sinais de animais ou insetos. 

Assim que caminharam por alguns metros, Sai que andava ao lado de Yamato, pisou em falso e afundou seu pé em uma espécie de lama. — Que mudança brusca de solo, parece que pisei em lodo... — comentou, retirando seu pé do local. 

— Oh, tem várias flores de lótus por aqui... — um de seus homens se aproximou lentamente de algumas pequenas flores coloridas situadas sobre folhas circulares. Enquanto seus homens deram uma pausa para admirar a paisagem que as flores lhe davam, o capitão tentava ajudar Sai a tirar de seu pé a lama que havia grudado. 

Eles não perceberam que um indivíduo observava tudo que faziam. Ele estava situado no galho mais alto de uma árvore próxima de onde encontravam, escondido pelas sombras das folhas não seria fácil encontrá-lo ali. Ele então deu um leve suspiro e pulou em direção ao grupo sem se importar com a altura. 

No momento em que os cinco sentiram sua presença, já era tarde demais...