A leve brisa do mar envolvia as copas das árvores de uma pequena ilha deserta, na qual não se via sinais de animais e nem humanos. Parecia um lugar calmo, assim como qualquer outro local cercado de vegetação e água, mas alguns quilômetros abaixo da superfície diziam o contrário. Um largo espaço com paredes de metal se encontrava abaixo de todo aquele ecossistema, escondido de tudo e todos por uma fina camada de chakra quase imperceptível aos mais desatentos. 

Bem no meio daquela sala havia uma pequena garota de longos cabelos escuros, com vários arranhões no rosto e com aparência de não tomar banho faz muitos dias. Ela estava agachada com os olhos fechados, respirando fortemente enquanto suas mãos agarravam os trapos que eram sua única roupa. Seus pulsos possuíam várias cicatrizes profundas e sangue coagulado, fazendo sua pele clara brilhar até mesmo na pouca luz que iluminava o local. 

— Nossos testes não estão nos levando a lugar nenhum, o que faremos chefe? — um homem escondido pelas sombras sussurrou para o outro ao seu lado. 

— Ainda não podemos desistir, continuem com nossos experimentos — a figura mais imponente deu um passo a frente, fazendo com que a garota de antes abrisse seus olhos lentamente para as duas pessoas em sua frente.  

— Mas olhe essa garota, ela não aguenta nem ficar de pé — o outro sussurrou novamente, colocando seus olhos na pequena figura que aos poucos perdia a consciência. Antes que ele pudesse falar algo, ela dá uma respirada mais forte antes de cair desmaiada no chão. 

— Se ela ainda está viva depois de tudo que fizemos, continue. Iremos parar com esses testes apenas quando conseguirmos criar um novo Juubi — o chefe deu mais alguns passos adiante, se aproximando mais da menina. — Ela ainda está respirando, continue a implementar chakra das bijuu e dos outros sacrifícios como o de costume. 

O homem então se virou de volta para o local onde estavam, deu um breve olhar sério ao seu companheiro e começou a andar em direção à única porta do lugar. — Tenha em mente que se você não fizer isso, outros farão... 

— Sim, chefe — sussurrou de volta, olhando para a garota um pouco apreensivo. Deu um leve suspiro e foi em sua direção, retirando alguns frascos e pergaminhos de sua pequena bolsa que estava escondida em seu quadril em meios às sombras.