Em meus sonhos, você permanece escrita por ImperatorForsaken


Capítulo 1
Diga-me que ainda precisa de mim...


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas. Ando bem ativa, não é mesmo?
Pena que só trago shipp flop que pouca gente conhece, mas, mesmo assim, amo muito ♥
Dessa vez, não resisti e trouxe mais uma história de Kakashi e Yamato e isso não é novidade.
Enfim, essa é uma história mais íntima e pessoal, mostra pensamentos bem íntimos do Kakashi e as sensações que seu corpo corresponde. Espero que gostem, boa leitura.



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O sol brilhava intenso do lado de fora, mas também esquentava o quarto abafado. Era mais um daqueles dias quentes, que deixavam o corpo mole e fazer nada era a melhor opção. Não parecia ventar, havia apenas o brilho ofuscante do sol.

Kakashi fechou os olhos, repelindo a claridade. Seu corpo estava suado, mas ainda era mais fresco permanecer deitado do que tentar fazer qualquer outra coisa. E Kakashi estava tomado pela preguiça. Apenas permanecia deitado, com o corpo quase todo nu, somente um short largo e curto cobria sua intimidade. O costumeiro livro pendia sobre seus lábios, descobertos da máscara. Até mesmo o livro parecia massante em um dia como aquele.

O quarto estava bagunçado. Havia livros e peças de roupas jogadas pelo chão, algumas não eram suas e sim, de outra pessoa. O lençol escorregava do colchão para o chão e ele parecia não se importar. Preocupou-se somente em espreguiçar e relaxar o corpo. Abriu as pernas e pôs as mãos por baixo da cabeça, oferecendo suporte. Seus olhos vagaram pelo ambiente, observando a luz do sol iluminar a madeira. Ele suspirou. Havia um cheiro no quarto, um cheiro que Kakashi conhecia muito bem.

Dias como aquele pareciam um longo déjà vu. O cheiro, as cores, o calor, a preguiça. Tudo parecia o roteiro de um filme já visto, até mesmo a posição em que Kakashi estava. Porém, faltava algo. Ou melhor, alguém. Quando Kakashi olhava pelo colchão e via apenas o seu corpo seminu, sentia falta do corpo de mais alguém. Então, esperava ouvir o ranger da porta se abrindo e som daquela risada grossa e tímida. Mas nada disso aconteceu e só restava-lhe fechar os olhos e sonhar.

Havia dias em que Kakashi simplesmente se recusava a levantar da cama e esse era um desses dias. Pela manhã inteira seu corpo ficava despojado sobre a cama, coberto apenas pelo short largo de pijama que, conforme cada movimentação, escorregava um pouco mais para baixo. Seus olhos percorriam preguiçosos pela leitura do livro. E, enquanto a preguiça possuía cada músculo do corpo de Kakashi, Tenzou era o oposto.

Quando Kakashi abriu os olhos, ele já não estava mais na cama. Era reconfortante perceber o barulho dos seus passos pela casa, apesar de preferi-lo ao seu lado, pois sem ele, a cama parecia imensa. Provavelmente, Tenzou cuidava das plantas. Era como um ritual; ele começava pela varanda até os cômodos internos e, então, o quarto de Kakashi. Por isso, Kakashi aproveitava para ler seus livros, apenas esperando o momento em que ele retornaria ao quarto.

Nesse dia, ele parecia demorar mais que o normal para retornar. Kakashi desviou os olhos preguiçosos para as plantas em sua janela, pensando se ele já havia regado-as, porém elas continuavam ressecadas. Ele fitou a claridade abafada de um dia de verão e sentiu os olhos queimarem.

Assim que seus ouvidos captaram o som do ranger da porta, Kakashi escondeu o rosto sob o livro. Era o que sempre fazia para poder observar Tenzou sem suspeitas, embora soubesse que, no fundo, era inútil.

Ele estava vestido com calça e blusa comprida. Kakashi não gostava de toda aquela roupa cobrindo seu corpo. Gostava de ver o sol iluminando sua pele bronzeada e delineando os músculos de seu corpo, cada vez mais fortes e másculos. Um suspiro insatisfeito escapou de seus lábios descobertos.

Tenzou pareceu ignorar a visão do homem seminu na cama. Poderia parecer tentador, mas sabia que era uma armadilha. Entretanto, ainda assim, sua vista deliciava-se com aquela cena. Kakashi com as pernas abertas e espalhadas pela cama, revelando suas coxas grossas. O tronco nu, exibindo uma porção de cicatrizes que desenhavam por cima de seus músculos. Tenzou evitava olhar demais, pois era uma presa fácil para aquela armadilha.

Kakashi acompanhou seus movimentos pelo quarto, observando-o como um gato observa sua presa. Esperou até que ele chegasse até a janela, que ficava bem próxima a cama, e esticou o pé direito até ele, alcançando seu corpo. Tenzou já estava ansioso, imaginando quando ele tomaria aquela atitude, como sempre fazia.

Seu pé deslizou pela lateral do corpo dele, começando pelo quadril até próximo ao braço. Depois, tornou a deslizar por suas costas e alcançar a abertura de sua blusa. Sentir a pele quente do dorso de Tenzou contra seu pé, fez Kakashi morder os lábios. Ele era sempre tão quente e tão convidativo. Não era para menos a sua excitação esticar o tecido da bermuda.

Sentiu a pele dele arrepiar-se com seu toque e sorriu, deixando o livro escapar, um pouco, de seu rosto. Satisfeito com a reação, Kakashi deslizou o pé para fora de sua blusa. Tenzou parecia imóvel, mas Kakashi sabia que sua provocação estava funcionando. Por isso, continuou. Trouxe o pé mais para baixo, tocando o seu traseiro. Um sorriso zombeteiro brilhou em seu rosto. Porém, ele continuou a descer até que seu pé encaixasse entre as pernas de Tenzou. Então, ele sabia que a vitória era sua.

Só precisou escorregar os dedos de sua coxa para entre elas e escutou a risada grossa de Tenzou. A risada tão característica, que soava como um acalento para seus ouvidos. Kakashi insistiu, roçando o pé na parte interna de suas coxas até a risada se transformar em um suspiro derrotado. Escutou o barulho do regador pousando sobre a mesa e, satisfeito, afastou o pé do corpo dele.

Observou o sorriso malicioso que pendia dos lábios dele conforme se aproximava. Kakashi apoiou as mãos sobre o abdômen, esperando o momento para segurar o corpo dele. Seu corpo também ansiava por aquele encontro e isso era evidenciado pelo volume na bermuda.

Tenzou ajoelhou sobre o colchão, que cedeu sob seu peso. As pernas de Kakashi rodeavam as suas, quase envolvendo-nas. Sem resistir, sua mão tocou a coxa grossa do parceiro, sentindo sua carne quente. Seus dedos deslizaram pela pele alva até a bainha da bermuda. Tenzou teve o prazer de ver o corpo de Kakashi contrair e o sorriso de seus lábios sumir, ficando apenas entreabertos. Então, aproximou a boca da dele, satisfazendo a vontade de ambos por um beijo.

Kakashi não conseguia conter a vontade de Tenzou diante daquele beijo. Era sempre tão intenso e quando ficava lento era como uma tortura prazerosa. Parecia sedento, respirando ofegante em apenas um beijo. Entretanto, a mão de Tenzou que tocava sua coxa, agora apertava sua cintura.

Os lábios de Tenzou começaram a descer para o pescoço de Kakashi, para o seu delírio. Tenzou mordeu seu queixo e encostou os lábios em seu pescoço, marcando-o com um leve chupão. Kakashi fechou os olhos e respirou fundo, mas era difícil permanecer são diante daquelas investidas. Tenzou sempre sabia o que fazer para deixá-lo derretido. Era como se fosse capaz de ler Kakashi como um pergaminho. No entanto, Kakashi também sabia o que revidar.

Ele erguia os quadris, fazendo seu corpo roçar ao dele. Tenzou sentia a ereção de Kakashi contra sua barriga e o traseiro dele em suas coxas. Era como um ponto fraco, pois soava como um apelação para que o possuísse. E Tenzou poderia fazê-lo naquele exato momento, mas preferia torturá-lo um pouco mais.

Parando de beijá-lo por um momento, Tenzou voltou a erguer o tronco. Suas mãos deslizaram pela cintura de Kakashi até seus quadris enquanto podia observar aquele corpo. Um suspiro apaixonado escapou de sua boca diante daquele homem deitado à sua frente.

Afastando-se um pouco do corpo de Kakashi, ele segurou sua perna esquerda pelo joelho, mantendo-a suspensa. Não fez nada por uns segundos, apenas fitou os olhos acalorados de Kakashi. Eram caídos e sonolentos, mas Tenzou conseguia ler o prazer ali como uma estampa. Então, sua boca encostou na lateral de joelho dele, depositando um beijo. Sem perceber, Kakashi prendeu a respiração.

Era a melhor visão que podia ter, ver Tenzou beijando ao longo de sua coxa. E também, a melhor sensação. Cada beijo era como uma explosão de prazer, que fazia seu coração acelerar e a ereção em sua bermuda pulsar. Conforme a boca dele se aproximava mais de sua intimidade, Kakashi sentia seu corpo derreter. Até que ele beijou, exatamente, em cima de sua virilha, ainda por cima do tecido e Kakashi pode sentir a bochecha dele encostar em sua ereção.

Como quem acorda de susto, Kakashi recobrou os sentidos. Provavelmente, havia pego no sono enquanto relembrava momentos íntimos com Tenzou. Mas era possível sonhar com a realidade? Ele se questionava.

O livro ainda pendia sobre seus lábios e Kakashi o empurrou para a cama, deixando sua boca livre para recuperar o fôlego. Seu corpo estava ainda mais suado do que antes. Seu coração estava acelerado. E seu short mostrava a reação que aquela lembrança causava. Kakashi queria que não fosse apenas uma lembrança, mas quando olhava ao redor, sua cama estava imensa sem o corpo de Tenzou.

Ele esfregou a mão sobre o rosto, um pouco irritado com a realidade. Antes continuasse sonhando, pois em seus sonhos, Tenzou permanecia ao seu lado.

Um pouco desolado, Kakashi escorregou os dedos pelo próprio corpo, sentindo as ondulações de seus músculos. Deslizou a mão até sua coxa e, então, sua virilha. Não era o mesmo de quando Tenzou o fazia. Kakashi sentia falta de sentir a mão dele sobre seu corpo, tocando com o conhecimento que só ele tinha.

Kakashi remexeu-se na cama, sentindo a bermuda escorregar mais alguns centímetros para baixo. Deitou-se de bruços, afogando o rosto no colchão. Os músculos de suas costas ressaltaram conforme espreguiçou. Seu traseiro ficou parcialmente à mostra, por conta do short largo. Ele rastejou pela cama até suas mãos alcançarem o chão e uma peça de roupa.

O cheiro era como um entorpecente. Kakashi afogou o rosto na blusa de Tenzou, que estava há muito tempo esquecida em seu quarto. Quando a saudade apertava, em dia como aqueles, aquela blusa era seu refúgio. Esfregá-la no rosto, no entanto, não parecia mais o suficiente. O cheiro era bom, afinal era o cheiro de Tenzou, mas não era Tenzou.

Kakashi, você tem 46 anos e continua agindo como um garoto de 20, pensou ele ao roçar o nariz no tecido, satisfazendo-se com o cheiro de uma camisa como quando era incapaz de tomar qualquer atitude quanto àquele sentimento. Ele vestiu a blusa sobre a cabeça, apenas. Bem, continuo sendo aquele garoto de 20 anos sem coragem de tomar uma atitude.

A escuridão e o cheiro dentro da camisa era reconfortante. Era bom, mas não era o suficiente. Eu preciso de você como nunca precisei de ninguém e eu jamais encontraria outro alguém, suplicou. Eu só queria que você soubesse. Eu só queria que você...

Um momento de silêncio. Os pensamentos de Kakashi foram interrompidos. E, então, o som de ranger da porta abrindo soou, novamente, pelo quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam de explorar uma parte mais íntima do Kakashi? Um homão desse, não tem como não gostar, né? Que homem, meus amigos, que homem!
Eu gosto de trazer essa face mais íntima e pessoal do Kakashi, porque ele é sempre tão reservado quanto a isso. Então, imaginar como é ele mais aberto, mais entregue... é muito bom :3
Espero que tenham gostado. xx



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