Mais uma missão se concluíra e claro, Tony Stark reservou um lugar para comemorarem. Não é novidade para ninguém o quanto o bilionário ama baladas. Música alta, bebida à vontade, brincadeiras, mulheres... Quem não gosta disso?

Contudo, há alguém que não se sente à vontade com isto. Seu nome? Steve Rogers. O grande Capitão América ainda espera por uma mulher em especial, porém, teme que aconteça o mesmo que com Peggy.

Teima que o destino não quer que fique com ninguém. Que é perigoso demais se entregar a um novo amor, sabendo que todos tentariam machucá-la, para atingi-lo também. Pretendentes haviam várias. Todavia, apenas uma pessoa vinha sendo realmente capaz de mexer com sua cabeça.

A mulher ruiva de corpo esbelto aproxima-se saltitante:

— E aí, Capitão! Preparado para a festinha de hoje à noite? — sorri maliciosa.

— Você me conhece o suficiente pra saber que não gosto dessas coisas, Nat. ­— mantém a postura, enquanto caminha lado a lado com ela.

— Deveria aproveitar mais a vida. Querendo ou não, já está com uma idade avançada. Nunca se sabe quando vai partir dessa para melhor. — ergue as sobrancelhas.

— Está desejando minha morte, Romanoff? — franze o cenho com indignação.

— Claro que não! — ri pelo nariz. — Só estou dizendo que você é muito preso ao passado. Está na hora de olhar para o futuro. Existem muitas mulheres que matariam e morreriam para ficarem com você. — encara-o séria, molhando os lábios levemente. — Vou tomar banho e me arrumar. Até mais tarde!

Sai, deixando-o pensativo.

Era mais que perceptível o quanto Natasha estava interessada em Steve há algum tempo. Mesmo que tentasse negar ou esconder, todos da equipe já haviam percebido.

“Amor é coisa de criança!” — sempre repetia para si mesma. No entanto, não se pode controlar o próprio coração.

Os opostos se atraem, é um fato. Rogers e Romanoff não têm nada em comum. Apesar de ser a destemida Viúva Negra, tem medo de se declarar e receber um não. Sabe que ainda nutre um pesar por causa de Peggy Carter, entretanto, precisa saber se o que sente é recíproco.

Decide-se. Hoje à noite tomaria uma atitude durante a festa.

[x]

O Capitão estava sentado solitariamente em uma cadeira, enquanto bebia uma cerveja. Vestia uma camisa azul que facilmente contrastava com seus olhos. O cabelo bem arrumado, a calça preta colada ao corpo; o deixavam ainda mais elegante. Não entendia por que havia se arrumado tanto, já que não estava se divertindo. Pelo menos não até agora.

Natasha surge pela porta do salão usando um vestido vermelho, na altura da metade de suas coxas. O cabelo está perfeitamente ondulado, balançando conforme seu corpo se movimenta. É inevitável não olhá-la boquiaberto, com o coração disparado. Há tempos sentia que ela mexia consigo, mas se negava a acreditar.

Após cumprimentar os outros Vingadores, anda elegantemente em sua direção. Jura que parecia demorar uma eternidade sua chegada, como se tudo estivesse em câmera lenta.

— Olá Capitão. Você está divino! — elogia com seu tom de deboche sempre presente.

— V-Você também está m-maravilhosa! — pigarreia. Xinga-se mentalmente por ter gaguejado.

— Que tal você começar a seguir meu conselho e aproveitar a noite? — passa suas palmas macias sobre as dele.

Engole em seco, assente. Levanta-se da mesa, deixando a cerveja ali mesmo. Entrelaça suas mãos na dela e seguem para a pista de dança.

As músicas contemporâneas ainda lhe causam estranheza. A forma como as pessoas dançam também. Decide balançar seu corpo no ritmo, mas falha. Parece um boneco desengonçado.

Chega mais perto

Faz do jeito certo

Devagarinho, vem comigo

Quero te mostrar

Arranca uma gargalhada de Romanoff. Cora, porém, valeu a pena por ver aquele sorriso lindo.

— Vou te ensinar a dançar, Capitão! Vem cá... — aproximou-o, colocando suas mãos em seus quadris que balançam rapidamente. Aquilo o assusta um pouco, todavia tenta manter a postura.

A tua boca

Encosta em minha boca

Na nossa noite de prazer

Te faço confessar

A ruiva cola seu corpo no dele o máximo que pode. Pela primeira vez, sente-se nervosa em estar próxima àquele homem. Seu desejo é enorme e não pode evitar encostar seus lábios nos dele.

Fita-a confuso, no entanto, continua investindo em seu poder de sedução. Queria ouvi-lo dizer que gostava dela, que os sentimentos eram recíprocos. Depois disso, lhe daria muito prazer. Algo que ele não sentia há tempos.

Eu deixo você ver

Deixo tocar

Eu faço o tempo parar

Afasta-se um pouco e rebola de forma insinuadora para que a olhasse. Mesmo que relute contra isso, seus instintos carnais falam mais alto. Toca os ombros dela, em seguida deslizando as mãos por suas costas. Parecia que o tempo havia parado e naquele momento só haviam eles dois ali.

Me mostro pra você

Te deixo olhar

Deixo você me levar

Ela continua a se exibir para ele. Sua autoconfiança tornava-a ainda mais sedutora. Permite que a olhe, a leve para onde quiser.

Chega mais perto

Faz do jeito certo (chega mais perto)

Devagarinho, vem comigo

Quero te mostrar

Steve a puxa para bem perto novamente, abraçando-a pelas costas. Vagarosamente, leva-a para fora da pista de dança, em direção a um canto mais privado da festa. Quer mostrar sua rendição. Faria o que quisesse.

A tua boca

Encosta em minha boca (na minha boca)

Na nossa noite de prazer

Te faço confessar

Eles novamente se beijam cheios de volúpia, voracidade. Não há mais nada que os impeça de estarem tão próximos.

— Diga o que sente por mim, Rogers! — sussurra em seu ouvido.

— Eu te quero. Eu amo você! — fala próximo ao seu rosto. Ela sorri.

E o desejo que há em mim

Vai te fazer ficar assim

Imaginando e me dizendo loucuras

— E o que mais quer nesse momento? — questiona, cheia de desejo.

— Quero você toda pra mim, de todas as formas possíveis e imagináveis. Quero beijar seu corpo inteiro, morder, chupar... — ri de leve em seguida.

Procurando por amor

Sentindo falta do calor

Deixando o corpo entrar na minha aventura

Era tudo o que Romanoff queria. Deixá-lo buscando por seu amor, desejoso pelo calor de seu corpo, fazendo-o entrar em sua vida, que é uma completa aventura.

Eu danço pra você imaginar

Meu corpo bem devagar

Te faço viajar, faço sonhar

Tiro você pra dançar

Afasta-se um pouco só para dançar sensualmente, a fim de fazê-lo imaginar cada vez mais coisas. Seu corpo se mexe vagarosamente, enquanto ele delira de paixão e desejo.

Inclina-o para dançar agarrado a ela, enquanto voltam a trocar carícias e beijos.

Chega mais perto

Faz do jeito certo (chega mais perto)

Devagarinho, vem comigo

Quero te mostrar

A tua boca

Encosta em minha boca (na minha boca)

Na nossa noite de prazer

Te faço confessar

Ao mesmo tempo em que não se desgrudam, Steve se sente enrijecido. Enquanto Natasha está toda arrepiada, com vontade de provar mais do loiro. Encontram uma porta aberta próxima de onde estão. Abrem-na, veem alguns produtos de limpeza. Entreolham-se e assentem, entrando no local.

Fecham-na. Em seguida, a pressiona contra a mesma, beijando sua boca, descendo pelo seu pescoço, até chegar ao seu decote. Não aguenta mais ser provocada. Arranha seus braços, à medida que desce para a barra de sua camisa, arrancando-a com pressa.

E o desejo que há em mim

Vai te fazer ficar assim

Imaginando e me dizendo loucuras

Procurando por amor

Sentindo falta do calor

Deixando o corpo entrar na minha aventura

A noite está apenas começando. Aproveitariam o quanto pudessem aquele momento de prazer esperado há tempos por ambos.