HB - Garotos Heróis escrita por williamquimica


Capítulo 6
Capítulo 05: Victor Zallas - Os Hunters


Notas iniciais do capítulo

Victor Zallas... talvez esse cápítulo seja o melhor que escrevi, dos cinco.
Espero que curtem.

Eu preciso estar sempre lembrando que essa mesma história eu escrevo no site spirit fanfic... É totalmente minha.

https://www.spiritfanfiction.com/historia/hb--os-garotos-herois-12005714



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O homem que corria com uma arma na mão aparentava ter uns trinta e cinco anos de idade. Tinha cometido um assalto naquela noite às nove horas e meia. Ele carregava um saco na mão, onde, provavelmente, colocara o dinheiro que roubara numa loja do posto de gasolina. Havia um garoto que estava o seguindo logo atrás, correndo também. Era Victor Zallas, um habilidoso scatrix que morava na região do Brooklyn de Nova Iorque.

Por mais incrível que pareça, não era estranho um garoto seguindo um homem armado, sobretudo se esse garoto for um scatrix. O bandido sabia que o garoto não era comum. Na primeira oportunidade que teve, apontou a arma na direção do garoto e disparou três tiros. Incrivelmente Victor tinha parado as balas com apenas uma mão. Era muito veloz o garoto, e o seu corpo podia se transformar em um metal bem rígido quando ele quisesse.

O homem entrou em um corredor estreito de grandes edifícios e acabou ficando sem saída. Havia outro edifício bem na sua frente impedindo a sua fuga.

— Malditos scatrix! – O bandido se virou e ficou de frente a frente com Victor – O que você quer, moleque? Quer dinheiro? Eu lhe darei se quiser...

— Dispenso – respondeu Victor com um olhar bem sério.

O bandido apontou sua pistola novamente e disparou cinco tiros. Mais uma vez, em vão. Victor parou todas as balas movimentando suas duas mãos metálicas num piscar de olhos.

— É inútil, ser desprezível! – Disse Victor jogando os restos de balas no chão.

Victor correu na direção do bandido e acertou uma rasteira perfeita nele. Antes dele cair no chão de costas, Victor aproveitou o momento exato e aplicou uma cotovelada na barriga do criminoso. O bandido abriu a boca em uma expressão de dor. Foi uma cotovelada forte, ele acabou desmaiando antes de cair. Não dava para ele se esquivar dos movimentos rápidos de Victor. Apesar do que, o criminoso era apenas um humano comum que vivia dos roubos que fazia com sua gangue. Foi um azar aquela noite ele ter se batido de frente com um cicatryon sozinho. Geralmente quem davam conta dos cicatryons que atrapalhavam seus negócios eram seus dois amigos, que também eram da gangue e estavam sendo perseguidos pela equipe de Victor.

Victor pegou a arma e carregou o corpo do bandido, e voou até o teto do edifício mais alto que existia naquela região. Lá, ele esperava o resto da sua equipe. Colocou o corpo do bandido desacordado no chão e se deitou por ali por perto para repousar as pernas. Só depois de vinte minutos que a sua galera chegou. A equipe Hunter estava completa naquele momento.

A equipe de garotos era composta por membros de treze a quinze anos de idade que combatiam o crime na região do Brooklin, em específico. Capturar os criminosos em flagrante era a tarefa mais esperada pelo grupo. Nesse conjunto de garotos haviam sete: Victor, Glayan, Brad, Ryan, Drake, Paul Smith e Nico. Todos eles cicatryons que gostavam de lutar. Afinal, qual era o cicatryon que não gostava de usar seus poderes? Esse grupo de garotos não era o único. Assim como existiam tais bandos combatentes do crime, existiam também várias gangues de cicatryons que roubavam dinheiro, sequestravam, matavam etc. O pior era quando essas equipes opostas se encontravam, era nesse momento que formava uma maior algazarra nas ruas. Virava uma bagunça. Era necessário chamar a organização controladora dos cicatryons para apartar. Quando apartava, levava os bandidos e penalizavam os combatentes do crime por destruírem as ruas em um confronto direto.

Victor tinha quatorze anos. Era caucasiano, cabelos até os ombros, razoavelmente magro. Tinha um metro e sessenta de altura. Ele controlava o fogo e água – pirocinese e hidrocinese – e possuía as técnicas da super velocidade e a metalocinese – habilidade de transformar o corpo em metal e controlar qualquer tipo de metal já existente, ou até criar metal na mão. Estudava no colégio Center Tecnology. Gostava muito de praticar Kung-fu e surf. Seus pais foram mortos por vampiros quando tinha nove anos de idade. Ele estava vivendo com a sua irmã em uma casa no Brooklyn dos EUA.

Glayan era um hiper-controlador, apesar de ainda não saber; podia controlar todos os elementos– fisiocinese – e usar todas as técnicas de um cicatryon, porém fraca disposição para conjurar as cartas mágicas. Sua vida sempre foi pura adrenalina e curtição, gostava de sentir o perigo, gostava de brigar muito, gostava de correr riscos. Era um tipo de garoto que não respeitava muito os outros em sua volta, um grande exemplo de um ser egoísta. Apesar de ser integrante em um grupo de combate ao crime, não ligava muito para a justiça, nem a paz – ligava mesmo era em fazer seu adversário sangrar. Ele era mau, muito mau. Pisaria nos amigos a qualquer momento, apenas para tirar qualquer vantagem. Ele só demonstrava respeito por Smith do seu grupo, ao qual o considerava seu melhor amigo. Em contrapartida desses defeitos, possuía bonitos cabelos loiros e olhos verdes. Usava muito um gorro azul e um piercing circular no canto direito do lábio inferior, ficava muito estiloso. Era um garoto branco de quatorze anos em que muitas garotas se sentiam atraídas, por exemplo.

Havia um novato no grupo, Drake, que fora indicado por Glayan. Um jovem de quinze anos que não tinha piedade das suas vítimas, se fossem criminosos. Partilhava dos mesmos ideais que Glayan.  Controlava a terra e o ar como elemento, e possuía a capacidade de criar campos eletromagnéticos, podendo assim atrair objetos, repeli-los e até criar barreiras. Usava óculos comuns, possuía cabelo longos e pretos, seus olhos eram puxados. Ele era um descendente de japonês, o mais alto do grupo e curtia rock. Fato que explicava suas roupas pretas e longas, pois andava sempre assim. Namorou por dois anos uma rockeira da sua rua, que também era cicatryon. Eles haviam terminado, e ela ingressou em um grupo rival.

O responsável por procurar criminosos na rua era Ryan, pois dispunha de uma supervisão capaz de atravessar paredes grossas. Um campo de visão gigante. Alcançava uma profundidade de visão em um raio de até cinquenta quilômetros de distância. Ele manipulava o relâmpago, além de ser capaz de transformar seu corpo em metal e mudar a forma de qualquer objeto metálico. Sua idade era de treze anos e a sua pele, caucasiana. Estudava na mesma escola de Victor, local onde se conheceram e se tornaram bons amigos.

Brad era o especialista das cartas, era chamada de técnica das cartas. Ele não sabia usar todas, pois é muito difícil para um jovem cicatryon manipular todas as cem cartas. Só houveram dois cicatryons, conhecidos mundialmente pelo poderio, que conseguiu atingir um nível a ponto de ter a capacidade de fazer qualquer tipo de carta. Eles morreram em um confronto direto. Geralmente é comum a esses manipuladores controlarem quarenta cartas em média. Brad manipulava 15 cartas. Tinha 15 anos, olhos castanhos claros, cabelo ruivo e um corpo razoavelmente magro.

 Dominador do fogo e água, era capaz ainda de poder congelar qualquer matéria através da própria dominação da água e criar paredes de gelo. Ele estava em treinamento ainda com a técnica do tele–transporte, que descobrira a pouco tempo. Tinha cabelos longos e usava gorro também. Era portador de olhos verdes e usava brincos nas orelhas. Ele tinha quatorze anos, mesma idade de Glayan. O seu nome: Paul Smith.

Nico Sparks, irmão por parte de pai do jovem Ítalo Sparks. Com seus quinze anos de idade ele possuía a técnica de regeneração dos tecidos da pele e tinha a capacidade de controlar e criar o elemento terra, incluindo areia, pedras, minerais, rochas ou poeira. Tratava-se da geocinese essa competência. Conseguia conjurar uma das cartas mágicas apenas. A mãe de Ítalo sempre o tratou como um bastardo, por ser filho de Tyler com outra mulher. Isso fez o menino crescer com um certo rancor, pois, também, ele não recebia os mesmos cuidados do pai que Ítalo recebia. Nico morava com sua mãe numa rua nobre da cidade de Nova Iorque. Ele possuía uma certa inveja do irmão, o que o fez perder a sua afeição por Ítalo, mesmo seu irmão sempre o tratando bem. A sua rivalidade com o irmão aumentava a cada dia que se passava.   

— Acorda, Victor! Tenho uma coisa séria para falar com você. – Disse Glayan jogando um outro corpo de bandido em cima do criminoso que Victor capturou. Jogou o corpo sem se importar se  iria quebrar um braço ou uma perna do homem, apenas pouco se lixava ao que ia acontecer aos ossos do insignificante criminoso. 

Victor se sentou e olhou para Glayan esperando ele falar. Glayan usou a arma que estava na sua mão para fazer um sinal para Victor se levantar.

— Pode falar, Glayan! Estou lhe ouvindo – respondeu Victor sem querer levantar.

Ryan se aproximou e colocou o corpo do bandido que ele capturou, também já desacordado, sentado ao lado dos outros dois corpos. Brad, Smith, Nico e Drake capturaram dois cicatryons dessa mesma gangue, os dois desmaiados da surra que levaram dos quatro. Esses dois não possuíam arma nenhuma, eles ameaçavam os outros com suas próprias habilidades. Não eram tão perigosos assim, mas mesmo assim era surpreendente o fato de que quatro jovens cicatryon obtiveram êxito numa luta justa contra dois adultos cicatryons. Eram sem dúvida, garotos habilidosos também.

— Glayan, para com isso. Desista dessa ideia de querer resolver tudo na porrada – disse Ryan afastando Glayan de Victor.

Glayan empurrou Ryan para o lado e disse:

— Se afaste, Ryan. Não se atreva a se meter na minha frente.

Victor se levantou ao mesmo tempo em que Nico e Smith jogaram os dois corpos dos bandidos, em que eles estavam carregando, em cima dos outros corpos dos bandidos . Pareciam vários mortos que estavam sendo empilhados um em cima do outro.

— Glayan, eu já disse a você que eu sou o líder e ponto final. Eu que fundei essa equipe. – Victor levantou as mãos em sinal de dúvida – Onde você estava quando isso aconteceu? Você foi o terceiro membro que eu mesmo recrutei. Cai fora, Glayan! Você quer uma luta, eu te dou. Estou perdendo a minha paciência com você.

— A questão, Victor, é que você não é o mais forte do grupo. O mais forte sou eu. Eu me recuso a participar de uma equipe em que meu líder é mais fraco do que eu – disse Glayan.

— Nós nunca lutamos para saber. Você não pode falar isso sem nem mesmo saber, Glayan.... Dá um tempo...!  – Victor não parecia nervoso, continuava calmo. Era muito difícil algo o irritar – Você quer sua luta? Amanhã resolveremos isso então. Eu não tenho medo de você, Glayan. Sabe disso, não é?

O bandido, que Ryan havia colocado sentado, tinha acordado. Glayan apontou a arma na cabeça desse bandido, mas os seus olhos estavam voltados para Victor.  

  – É melhor abaixar essa arma, Glayan. Nosso foco não é matar – disse Victor em um tom sério.

O rosto de Glayan foi de decepção ao ouvir aquilo.

— É só um bandido qualquer...! É por isso que acho você tão fraco, Victor – Glayan jogou a arma no chão e levitou o seu corpo no ar. – Para mim já basta nesse grupo – aproximou o rosto da orelha de Victor – Eu nunca gostei de você... porque você é fraco.

Glayan voou disparadamente para longe, até não ser mais visto pela equipe. Brad e Drake se aproximaram do grupo. Ryan balançava a cabeça negando a postura de Glayan. Victor olhou para o bandido que resolvera se levantar depois de terem apontado uma arma na sua cabeça e disse:

— Sente-se aí. Você não vai a lugar algum a não ser a prisão agora.

O bandido sabia que não iria conseguir nada se tentasse lutar, apenas se sentou de volta. Victor puxou um saco preto no bolso e começou a recolher as armas, descarregando todas elas. Eram três no total, todas pistolas comuns que os criminosos estavam utilizando para furtarem.         

Victor não parava de pensar no que havia ocorrido com Glayan. De fato, já era esperado isso acontecer. A luta entre eles dois era inevitável, era só questão de tempo.


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Notas finais do capítulo

Eu preciso estar sempre lembrando que essa mesma história eu escrevo no site spirit fanfic... É totalmente minha.

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