A Origem escrita por Álex Henrique


Capítulo 12
Capítulo 12 – Lendas da Criação (parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, encerra-se o estudo de Kêndo sobre a origem de duas das principais civilizações da LT27. Seu conhecimento se amplia de maneira que será necessário lembrar desses estudos no futuro para tomar suas decisões.



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Dentre todas as lendas, a Origem dos Heroicos era a que mais continha evidências e fatos concretos, então para os heroicos desde a antiguidade até aos descendentes do futuro distante, era algo tido como real. Kêndo ficara impressionado com cada detalhe e cada mistério que havia sobre essa história.

                A Deusa e suas 4 Entidades Criadoras

                A lenda contava que Aya teria criado o universo, ela era inimaginável, um ser concreto e abstrato, um paradoxo, não intervia na realidade dos seres vivos; era o destino. Após a criação, a deusa decidiu dar vida a 4 seres extraordinários que ajudariam na construção do universo nos termos que ela desejasse. Estes seriam Entidades Criadoras pois, segundo a história, se responsabilizariam em dar vida às várias espécies existentes no universo e criariam os respectivos planetas que as espécies viveriam, principalmente na região LT27. Eram eles: Urah, Aragon, Kayron e Morag.

                Urah, O Guerreiro, era uma entidade que se personificava em um exuberante guerreiro samurai com armadura õ-yoroi com uma personalidade passiva, nobre, e principalmente, heroica. Era um ser justo, glorioso, fiel à deusa. Criou exclusivamente o Planeta Solitário e a civilização dos heroicos. Conta-se que Urah criou primeiramente 3 ancestrais samurais conhecidos como Filhos de Urah e depois deu vida a 5 homens e 5 mulheres deixando-os no planeta para sobreviver. Os Filhos de Urah foram encarregados da missão dada pela própria entidade de criar 3 templos entre o grande planeta formando um triângulo de proteção, e na criação destes, seriam encontrados aprendizes (um para cada templo) com a ajuda de Urah, tendo o objetivo de proteger cada construção. Esses ancestrais nada mais eram que as personificações dos 3-S, então cada um seria responsável por procurar seus sucessores sendo os primeiros ou os segundos a nascerem com a essência da capacidade máxima de um determinado S. A entidade porém, deu uma escolha a ser feita pelos ancestrais: ter primogênitos ou não. Nesse tempo, o primeiro sucessor de algum dos 3-S poderia ou não nascer; era imprevisível.

                Kyo – Zen (ancestral do Samurai-X) decidiu não ter filhos e passou o tempo meditando para compreender como deveria ser o templo, estudando sua capacidade máxima de S-X que esbanjava de sua essência e sentiu que não era ele que conseguiria construir o templo como deveria ser, mas sim o (a) descendente. Este ancestral era sério, de poucas palavras, sem muitos afetos, focado apenas em seu dever. Era dito que tinha cabelos brancos e longos, olhos sem pupila e alto, mas nunca soube-se factualmente as características físicas de nenhum ancestral. Quando procurou o descendente no vilarejo que Urah lhe mostrou, achou então uma garotinha feliz de uma família simples, que não entenderam o porquê do velho encarar a menina. Kyo então pediu ajuda à entidade que apagou da memória dos pais da garota quem era ela. A menina ficou confusa ao ouvir de suas costas uma pergunta:
                - Quem é você?
Kyo respondeu que ela era a neta dele e pegou-a pelo pulso e saiu andando enquanto a garota chorava e pedia ajuda. Apesar de todo o vilarejo ficar com pena da garota pela estranha situação, o grande samurai incapacitava-os mentalmente de pensar em socorrer a garota bloqueando qualquer pensamento de interferência na missão de Kyo.

                Ay Shi – Zen (ancestral do Samurai-UP) decidiu descansar um pouco e teve duas filhas com uma pirata espacial belíssima. A primeira nasceu com a essência da capacidade máxima do S-UP enquanto a segunda a nascer era uma pirata espacial com pouco poder heroico. Viveu uma vida inteira e viu sua companheira morrer, e, abalado com o sentimento que tivera, sentiu-se incapaz de criar as duas filhas e então as deixou no planeta solitário protegidas até se tornarem jovens por monstros criados da essência do seu S-UP. Este velho era calmo, simples e paciente, entendia sua missão com perfeição e não deixou a vida que viveu interferir em seu objetivo maior. Ao ir para o vilarejo que Urah lhe indicou ser onde estava a segunda representante nascida com a capacidade máxima do S-UP, Ay Shi encontrou uma criança ladra de frutas e ornamentos dos cidadãos, estes que não alcançavam-na em uma fuga sequer. O ancestral não tinha ideia de que sua aprendiz seria a mais ativa e rebelde. Convenceu-a que onde ele vivia tinha muitos alimentos para comer e coisas para brincar (esta última era mentira). A garota não tinha pais, morreram ou abandonaram ela, não tinha como saber, não tinha ninguém próximo a ela. Acreditou na conversa do velho e o acompanhou.

                Shio Kurai – Zen (ancestral do Samurai-POWER) viveu a vida inteira pensando em como seria seu templo, estava ansioso e faria de tudo para que se tornasse o maior feito da sua vida. Tanto tempo se passou que já havia nascido o primeiro descendente com a essência da capacidade máxima do S-POWER. O ancestral tinha o melhor dos outros dois, um equilíbrio na mente e uma paz constante no espírito sem romantizar sua seriedade com a missão. Ao ir para o vilarejo indicado por Urah para encontrar o segundo descendente, se deparou numa área isolada com uma garotinha deitada apenas com roupas rasgadas, um cobertor em seu corpo e uma vasilha vazia, com farelos de um pão tão velho quanto o ancestral. Apesar da clara miséria, os olhos de Kurai eram capazes de enxergar 3 dragões espirituais de sentinela protegendo a menina contra perigos, reparando também que não havia danos na vila, significando que eram dragões espirituais de defesa. Acordou levemente a garotinha e pediu que ela o acompanhasse, iria dar abrigo a ela. Diferente da S-UP 2, esta sabia onde estavam seus pais: mortos. Ela então o acompanhou.

Assim se deu origem à civilização heroica.

                Aragon, O Dragão Celestial, era uma entidade que se personificava em um imenso dragão vermelho de longos chifres e asas possuindo uma personalidade tempestuosa, voraz e atroz. Como dito antes (capítulo 2), havia criado os 3 reinos do Norte ao Oeste: dos Nobres, dos Honrosos e dos Guardiões.

                Kayron, O Leão dos Universos, era uma entidade que se personificava em um magnífico leão dourado de olhos verdes de personalidade justa, honrada e corajosa. Foi responsável por criar um sistema solar inteiro ao Noroeste da região e deu vida à várias espécies distintas. Atendendo ao pedido de Aya, este ser criador deu vida a 11 de 12 representantes dos sentimentos universais, sendo que o 12º iria nascer no próprio tempo que Aya desejasse.

                Morag, O Monstro Celestial, era uma entidade que se personificava em um titã bípede bestial com chifres e presas gigantes, um rosto reptiliano com uma garganta flamejante que era possível notar a todo momento em que abria a boca, armadura que possuía apenas ombreira esquerda mas que compensava com grandes rochas pontudas que tinha em seus ombros, colete e cinturão medievais e patas de touro. Sua pele era vermelha e constantemente fervorosa, como se aparentasse poder explodir no momento em que achasse conveniente e a personalidade era sombria, amedrontadora e duvidosa. O grande e tempestuoso ser criou várias espécies de monstros e planetas diferentes espalhados pela LT27 e fora daquela região. Tinha ódio de Urah por ser o mais pacífico entre os 4 seres e invejou Aragon quando este deu vida a Jack Devil, e do fruto desta inveja, criou Alpharus, que seria o Rei dos Monstros, tão forte quanto o vampiro.

                Uma parte desta lenda conta que antes de cada entidade sumir pelo universo, quando Urah e Aragon souberam da atitude de Morag, ficaram decepcionados e perceberam que ele não poderia mais pertencer ao mundo verdadeiro, tendo que ser expulso para o mundo corrompido, porém Morag se negou a ir por conta própria e estava prestes a enfrentar o guerreiro e o dragão. A batalha apenas não aconteceu porque Kayron interrompeu o conflito com um rugido que alcançou todos os universos existentes além daquele e com um olhar sério e decisivo, exigiu que Morag fosse logo para o mundo corrompido e, por respeito ao grande leão, o Monstro Celestial se foi. Nunca mais se soube sobre as entidades, apenas suas criações deixadas pelo universo espalhadas por aí.


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Notas finais do capítulo

Tendo estudado a origem destas civilizações e muito mais dentro da biblioteca do Universo, Kêndo estará pronto para o que o destino irá lhe proporcionar?



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