Cartas escrita por Jack O Frost


Capítulo 5
Parte II; Quinto Capítulo: Leitura solitária


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde ou boa noite.
É, pois é, eu demorei a postar dessa vez e peço mil desculpas, mas pretendo dar uma explicação sobre isso.
1) Tive um pequeno (quase grande) bloqueio criativo sobre como prosseguir, pois a ideia que eu queria não estava ficando bom e estive fugindo do lado fofo para o lado mais dramático. E essa fanfic NÃO é para ser levado ao dramático.
2) Estive ocupado com tarefas de casa e viagens para minha mãe, então me desculpem.
3) Quando me sentei para começar (recomeçar, no caso) a escrever o capítulo, meu marido ficou doente e apenas por ontem que ele melhorou. Tonturas e vômitos o atacaram e eu não tive como ter um tempo para escrever.
Sinto muito por isso, mas quis explicar logo no começo.
Sem mais delongas, vamos a leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/756687/chapter/5

Existe momentos em nossas vidas que o mais sábio é sentar e escutar as palavras que são jogadas contra sua audição, mas não quer dizer que seja para você. O exemplo mais comum que darei agora (escreverei, no caso) é quando Kondou-san e você se sentam para conversar quando estou perto. Vocês não falam de mim - e as vezes acredito que nem me notam no momento -, mas é cada coisa importante e diferente, como se ambos fossem de um universo diferente, com pensamentos mais avançados e menos egoístas.

Não o tendo achado e acabado por se sentar em uma mesa de rua de uma cafeteiria em frente a faculdade, Hajime segurava a carta e a lia repetidas vezes. 

1) Queria decorar as palavras.

2) Queria entender o porquê.

E por último...

3) Queria poder imaginar Okita-san dizendo tais coisas.

Como havia dito anteriormente, no começo da carta, confiança é a palavra mais bonito para mim, depois de tanto pensar e repensar sobre qual seria a minha escolha. E sabe qual foi a base para poder usá-la nesse termo? Você. Porque, em algum momento, as coisas voltam para você e para suas atitudes. E parece que o mundo - o meu mundo - passou a girar em torno de você e de todas as coisas que você disse ou irá dizer; Em algum momento que não sei dizer qual fora exatamente, passei a parar de fugir de conversas sobre questões ao qual não são de minha zona e por muitos momentos, quis ser tão sábio quanto Kondou-san e você são. Não é algo que posso querer de um dia para o outro, ou de um batimento cardíaco para o outro, mas é algo ao qual posso alcançar estudando e conversando com vocês.

Levemente, Hajime sorria para as letras.

Existe momentos que também devemos saber a hora de parar e mudar o assunto, ou o encerrar. E por isso o faço agora. E por isso termino a primeira carta com minha saudosa gratidão por a tê-la aceito e ainda por cimo, tirado um tempo para lê-la. Obrigado, Saitou-kun.

Para Hajime, era uma surpresa ser chamado de "Saitou" quando todos sempre o trataram como Hajime-san, Hajime-kun ou Hajime-chan. Os sufixos mudavam de pessoa a pessoa e de momentos para momentos, mas sempre fora o Hajime. E algumas vezes houvera apelidos como "canhoto" e "nerd", mas nada que havia durado muito.

Cansado de estar sentado no mesmo local e com sons em excesso o cercando, ergueu-se e passou a caminhar em direção ao estacionamento da faculdade, do outro lado da rua, e apressou o passo quando avistou o autor da carta. Na verdade, quase correu, mas detalhes são detalhes. Chegando perto do moreno, sorriu levemente ao ver que havia detalhes de um bronzeamento sobre a nunca dele, dando pistas de onde estivera anteriormente - e a resposta para não o ter achado.

— Não sabia que ainda estava aqui. - Ele não havia virado para lhe dirigir a palavra, apenas abria a porta do carona e o convidava a entrar. — Entre, Hajime-kun.

Sem dizer uma palavra, Hajime caminhou em direção ao local indicado e se espremeu entre a porta e o corpo masculino, se sentindo estranho pela proximidade do mais velho, mesmo não sabendo o porque. Sentava-se sobre o banco estofado do lado direito, mas seus olhos azuis acabavam por se focar na carta em suas mãos, no papel amarelado do envelope e nas letras que marcavam o papel da carta. E então ele corou, tão vermelho quanto um tomante.

— Havia passado em sua última aula, mas não o achei por lá, então corri para ver Sanosuke e Shinpachi competir em uma partida de tênis. - O moreno continuava dizendo, mas as palavras não pareciam chegar até o mais novo.

De certo modo, Hajime se preocupou com o fato se ele repararia no seu silêncio, ou do modo como não olhava para o vidro e apreciava a mudança acelerada do cenário... 

— Alias, eles comentavam sobre uma reunião na casa de Kondou-san, mas nada sabia sobre isso. E você?

— Não sabia que havia pego o carro de seus pais, hoje. - Quebrou o próprio silêncio, mas lamentou ao não responder a pergunta. — Quer dizer, achei que ia vir a de trem.

Hajime notou a mudança na expressão do mais velho; do animado Souji mudou para uma expressão estranha, mas não menos do que uma curiosidade. 

— Por quê? - Ele dizia.

Palavras... Palavras são boas e ele as adorava, mas porque as sentia presas na garganta? 

— Não houve uma mensagem de texto. - Se lembrava, rapidamente, de que havia um tempo que o moreno se mantinha mais afastado, isolando-se. — Na verdade, você tem andado um pouco estranho... Não me diga que vá querer bater no Heisuke-kun outra vez! - O mais novo o olhava assustado, cogitando a ideia de que ambos fossem realmente brigar.

— Na verdade, não. - Souji tirava a mão do volante rapidamente, para tocar nos cabelos castanhos, e a colocava no mesmo novamente. Os olhos verdes estavam focados na estrada. 

De tempo em tempo, Souji parava o carro para obedecer aos sinais de trânsito e a conversa logo começava a fluir normalmente, mas quando o rapaz de cabelos arroxeados baixava o olhar para as mãos novamente, a enfiava sobre o bolso do casaco tão rapidamente quanto possível. Se antes quisera perguntar o motivo da carta, agora queria esconder. Focando-se em outras coisas além do papel sobre o bolso, embolotado no mesmo, erguia a mão esquerda para o rádio e o ligava, procurando uma estação boa.

— Ah não, canhoto! - Souji começava dizendo, mas ria baixo e o olhava rapidamente. — Todo mundo sabe o quão ruim seu gosto musical é. Nada de clássicos!

Hajime dava de ombros, colocando em uma estação ao qual a musica era suave, mas não necessariamente música clássica. 

O motorista olhava pelo retrovisor para fazer o retorno e acabar por entrar na garagem do próprio prédio, e segundos antes de fazer a curva, os olhos verdes se focavam contra o rosto pálido do mais novo.

E ali, naquele segundo, o mundo pareceu parar.

Estagnar.

Congelar. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, mereço comentários?
Se conter algum erro, me avisem.
Então, próximo capítulo é o final... Pois é.
Até breve.
Ciao, ciao.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.