Parker escrita por Fofura


Capítulo 20
O plano de Sara


Notas iniciais do capítulo

Oiii ursinhoooos!
Um mês atrasada, mas tudo bem, já passei mais tempo que isso hsuahsuahsjs
E estou postando num dia muito especial. Além de ser dia da mulher, hoje Parker completa 5 aninhos de vida! Yaaaaay! Penei pra terminar essa história hein, colegas! shuahsajssk mas cá estamos na reta final. Tem só mais uns 4 capítulos pela frente. Esse ano, Parker se encerra (se tudo correr bem suhahsuasj)
Enfim, só queria agradecer a quem continuou aqui mesmo com as atualizações demoradas, que continuaram lendo e desfrutando da companhia dessas personagens que são tudo pra mim ♥
E nada mais especial do que ver o Renê se dando mal nesse dia né? Então bora hahah



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A semana atarefada de Rayle com os ensaios foi, além de cansativa, tensa, com toda essa questão de seu ex estar aos arredores e tudo mais.

Rebecca não viu o pai até um dia que Rayle não conseguiu buscá-la na escola e a tarefa ficou com Amélia, que gentilmente aceitou dar carona para Rebecca ir pra casa.

— É sério, Becca, ele estava olhando pra você, não parava de olhar.- Amy tentava convencê-la enquanto saiam da escola. — É até irritante o jeito que ele fica te olhando.

— Você só pode estar maluca. Eu sou uma menina que anda de skate. Você já viu alguma menina nessa escola andar de skate? Se ele fica olhando, é porque deve achar legal.

— Ah, você é muito ingênua.

— Você está é com ciúme.- Rebecca riu e a puxou pelo braço e bagunçou seu cabelo.

— Para, besta.- Amy riu e afastou a mão da amiga avistando sua carona. — Ah, olha, mamãe está ali com a Anne!  Vamos!- a puxou pela mão, mas antes que pudessem chegar até Amélia, alguém as deteve.

— Rebecca?

A menina se virou e deu de cara com seu projeto de pai.

— O que… faz aqui?- perguntou hesitante. Não devia falar com ele.

Amélia correu até elas quando viu o estranho se aproximar.

— Meninas, se afastem. Com licença, quem é você?

— Está tudo bem, eu sou pai dela. Eu vim buscá-la.

Amélia franziu o cenho, pois pelo que sabia, Rayle era mãe solteira e elas não tinham contato com o pai de Rebecca. Não sabia se era ele ou não, então não podia simplesmente entregá-la a ele.

— É verdade, Becca?

Rebecca não queria dizer que sim, pois ela poderia deixar que ele a levasse pra casa, mas também não queria mentir.

— É sim, ele é meu pai.

— Eu só queria ter certeza de que ela ia chegar bem em casa, e… queria conversar com ela um pouco. Eu liguei pra Rayle, ela disse que eu só conversaria com a Becca se ela quisesse falar comigo, então… o que me diz, filha? Quer dar uma volta?

Rebecca achou aquilo super estranho, estava em pânico por vê-lo tão perto, mas ele parecia amigável e Amélia não viu problema. Olhou direto pra ela, esperando sua resposta.

— Amiga, eu não acho uma boa ideia.- Amy sussurrou em seu ouvido para que os adultos não ouvissem.

Rebecca estava morrendo de medo de ficar sozinha com ele, mas depois de tanto tempo sem tê-lo por perto, queria saber que desculpa ele ia dar, queria saber o que ele tinha a dizer.

— Está tudo bem.- ela sussurrou de volta pra amiga e em seguida respondeu em volta alta. — Tudo bem, tia Amélia, eu vou com ele.

— Vou avisar sua mãe que ele vai te levar pra casa então.

— Não precisa, eu aviso ela.

Se Rayle ficasse sabendo daquilo, ela ia surtar e largar tudo o que estava fazendo pra ir atrás deles. E Rebecca estava curiosa pra saber o que aquele infeliz tinha a dizer. Não que se recusasse a acreditar em tudo o que sua mãe disse sobre ele, acreditava sim! Mas no fundo de seu coração, queria pelo menos falar com seu pai e saber da boca dele o porquê.

Amélia foi para casa com suas filhas — Amy com muito pé atrás — e Rebecca seguiu pela calçada com Renê.

Ele então começou com seu discurso ensaiado.

— Eu sinto muito por não ter sido presente. Sua mãe fugiu de mim.

— Sério que vai começar colocando a culpa nela? Não era isso que eu esperava.

— Não, não, não foi isso que eu quis dizer.- ele quase se enrolou. — Eu não estava pronto pra ser pai, tinha medo disso. Mas eu amadureci, Becca…

— Rebecca.- ela interrompeu. Não era íntimo pra chamá-la assim, e não queria que fosse.

— Desculpe…- abaixou a cabeça e depois de uns segundos de silêncio, ele voltou a falar. — Quero fazer parte da sua vida, Rebecca, quero participar do seu crescimento, das coisas da escola, andar de skate…- ele sorriu.

— Minha mãe já faz essas coisas.- ela estava na defensiva pra ver até onde ele iria, pois não estava sentindo sinceridade nele.

— Tenho certeza que sim, mas… sabe que não é a mesma coisa.- eles pararam de andar e Renê ficou de frente pra ela. — Fala pra mim… quando vê suas amigas com os pais delas… você sente falta, não sente?

Rebecca lembrou da conversa que teve com sua mãe depois do campeonato, quando perguntou onde estava seu pai e descobriu tudo o que ele fez. Queria que seu pai estivesse com ela em muitos momentos, tinha que admitir, mas depois que entendeu tudo, sua mãe esteve lá de um jeito que ele jamais estaria. E como ela ia sentir falta de algo que não teve?

Renê tocou o rosto dela e a olhou demoradamente.

— É igualzinha sua mãe.

Era um toque esquisito, mas Rebecca ficou imóvel. Não era como o toque carinhoso de sua mãe ou de sua tia, estava desconfortável. Vai ver era porque nunca teve o carinho de seu pai, devia ser daquele mesmo, ela só não estava acostumada.

— Você tem todos os traços dela, só falta…- ele se afastou um pouco e segurou sua mão, levantando levemente pra observá-la. —... desenvolver mais o corpo. Quantos anos tem? Quinze?

“Nem a minha idade ele sabe”.

— Doze.

— Nossa, não parece ter doze.

O olhar continuou esquisito e Rebecca soltou sua mão da dele.

— Deve ser porque eu sou alta. Estiquei rápido, igual a mamãe.

— Está bem diferente do que da última vez que cheguei tão perto de você. Sua mãe tinha acabado de se formar, você estava no colo dela, dormindo.

“Pelo menos uma lembrança ele tinha”.

— Eu só queria te abraçar na hora.- mentiu. Ele queria mesmo era abraçar Rayle naquele vestido justo e acinturado.

Ele então a puxou para um abraço. Rebecca quis afastá-lo, mas parecia genuíno, então permitiu e retribuiu, pois era melhor ter o abraço de seu pai uma única vez, do que não ter nunca. Só que ela não sentiu naquele abraço o que sentia quando abraçava sua mãe e todos que ela amava e se importava, não sentiu o amor de um pai ali. Ninguém nunca a abraçou daquele jeito.

— Renê!- ouviram alguém gritar.

Era Rayle acompanhada de Thomas. Com o susto, Rebecca se afastou do abraço de Renê.

— Sai de perto dela!

— Mãe, como…?

— Amy me avisou.- a fotógrafa se adiantou, pois já sabia o que ela ia perguntar. — Não confiou nele, e você também não devia confiar.

— Ela é minha filha, Rayle.- o Chef interveio.

— Não, não é. Você nem sequer registrou ela.

Aquilo pegou forte no coração de Becca e ela se afastou mais um pouco dele.

— Eu vou com a minha mãe…

— Espera aí.- ele pegou no pulso dela. — Pensa no que eu te falei, tá?

Rayle foi até eles rapidamente e arrancou o braço de Becca da mão dele.

— Você não tem esse direito!

— Do que está falando?

— Você não tem o direito de ficar perseguindo ela, você não tem o direito de querer entrar na vida dela doze anos depois como se fosse um santo, fingindo que ela não era indesejada, fingindo que não tentou me convencer várias vezes a abortar. Você nunca a quis, não tenta se fazer de bonzinho como se tivesse mudado, porque NADA muda o que você fez.

— Está fazendo ela chorar.- ele apontou pra filha segurando o choro inutilmente.

— Não, Renê, você quem está.- Rayle pegou a mão da filha e a levou pra longe dele.

No carro, enquanto Tom dirigia, Rayle conversava com Rebecca que secava as lágrimas enquanto se explicava.

— Eu não estou te culpando por querer respostas dele, filha. Mas por que não me avisou? Se Amy não tivesse ligado, sabe-se lá pra onde ele ia te levar, porque pra casa ele não ia. O que ele te disse? Ele fez algo com você?

Rebecca contou tudo o que ele disse, com todos os detalhes.

— Foi estranho quando ele tocou meu rosto e quando ele me abraçou.

— Como assim?

— Não sei, ele… me olhou de um jeito estranho. Ficou, sei lá, me admirando por tempo demais.- Rayle e Tom trocaram um olhar preocupado. — E quando ele me abraçou, não foi igual vocês, sabe? A mão dele desceu mais que o normal.

— Ele apalpou você??

— Não, mas… eu não gostei desse abraço.

— Se não tivesse gritado, Rayle, talvez ele o tivesse feito. Eu disse, eu disse que ele viria atrás da Becca com esse propósito.

Rayle entrou em pânico com a possibilidade novamente e decidiu fazer as malas. Seja lá o que Sara estivesse planejando, tinha que pôr em prática agora.

~  ☺  ~

Sara iria até Las Vegas, mas voltaria a San Diego — onde deixou o barco que estava navegando depois de largar o cargo — no domingo do dia onze de outubro, pois ela e Gil escolheram esse dia pra se casarem novamente e seria na praia perto dali, para já partir de barco ao terminarem. Uma coisa bem simples, só iam trocar as alianças, com os amigos presentes dessa vez pra não ser só os dois de novo. Assim, Rayle também estaria lá e podia apresentar todo mundo pra ela.

Rayle e Rebecca viajaram pra Las Vegas ás pressas. Tom ficou pra cuidar de Pipoca e manter Amy calma. Chegaram antes do casal e ficaram na casa deixando tudo organizado enquanto eles não chegavam. Quando isso aconteceu, Sara foi recepcionada por uma Rebecca entusiasmada.

— Oi, tia Sara!

— Oi, minha princesa!

Grissom por um momento viu Abby menorzinha naquele momento e ficou nostálgico, já que a garotinha também era loira. Só depois que elas desfizeram o abraço Gil notou que era literalmente a cópia da mãe.

— Olha só quem temos aqui!- a fotógrafa se aproximou.

— Eu vou apanhar? Assim, só pra eu saber.

Rayle e Sara deram risada.

— Não, você se livrou. Sorte sua que estava longe quando eu estava no auge da minha ira, senão estaria no hospital.

Grissom arregalou os olhos e elas riram mais uma vez.

— Bom, já que a raiva passou, não se importaria de abraçar um amigo, não é?

Rayle sorriu e foi abraçá-lo forte.

— É bom te ver, Grissom.

— Igualmente. Não envelheceu nada.- desfez o abraço.

— Não posso dizer o mesmo, você está só o pó.- Sara gargalhou junto com Rebecca, e Grissom fez careta. Ela era cheia de gracinhas, mas não tinha mentido né. — Foi o divórcio que fez isso com você?

— Foi. Me descuidei bastante.

— Não está tão ruim assim, vocês estão exagerando.- Sara foi até ele e o abraçou pela cintura.

— Não é nem pelo ganho de peso, Sara, se tem saúde não tem problema. O negócio é que está na cara o quanto prejudicou a saúde dele. Olha essas olheiras, a barba mal feita, o relaxo...

— Pode bater mais, nem está doendo.- comentou Grissom com um sorriso irônico em brincadeira.

— Desculpa, Gil, de verdade. Eu estou falando isso porque a Sara também ficou assim, só que teve o efeito contrário, ela emagreceu muito. Vocês dois sofreram longe um do outro, por isso fiquei tão brava com você.

— Eu entendo, não tem problema, é verdade. Fico feliz que esteve aqui com ela, Rayle, pelo menos por um tempo. Ela sentiu muito sua falta.

As amigas trocaram um sorriso fofo e apertaram suas mãos.

— E essa deve ser Rebecca, não é?

— Finalmente se deram conta da minha presença.- os três adultos sorriram. — Você é o galã da tia Sara? Prazer em conhecer.- ela estendeu a mão pra ele que a olhava em total surpresa.

— Depois dos elogios da sua mãe, "galã" me deixou contente.- brincou fazendo Rayle e Sara rirem. — É um prazer conhecê-la também.- então olhou para Rayle. — Eu fiquei surpreso com a facilidade dela em falar com as pessoas, mas faz sentido.

— Minha filha né, Gil. Felizmente não puxou o pai em quase nada.

— Falando nele, tenho que contar meu plano. Se tudo der certo e ele de fato aparecer por aqui amanhã, no sábado a gente coloca o plano em prática.

E no dia nove, sexta feira, quem Rayle viu do outro lado da rua espreitando como se fosse um assassino prestes a botar fogo na casa? Renê. Ele de fato a seguiu até o aeroporto, pegou o mesmo voo que ela sem que ela percebesse e a seguiu até a casa de Sara. Foi pro hotel e voltou no dia seguinte.

Rayle fingiu que não o viu e avisou a amiga.

O plano de Sara era simples. Confrontar Renê do porquê de estar seguindo elas e ofendê-lo até ele ficar com raiva e partir pra cima dela. Sabia que, pelo histórico, não precisaria de muito.

Sara deixaria que ele lhe desse o primeiro golpe para que assim conseguisse provar que o que ela devolvesse fosse em legítima defesa. Com isso, conseguiria que ele fosse detido e o juíz daria a ordem de restrição.

E com isso também, Renê não chegaria nem perto dela nem de Rayle, pois teria o testemunho dela e de Becca.

— Sara, tem certeza que isso vai dar certo? Você pode se machucar.

— Grissom também não gostou da ideia, mas relaxa, eu sei me cuidar. Já carreguei uma arma, lidei com serial killers, esse babaca doente vai ser o de menos.

~  ☺  ~

Sara observou Rayle e Rebecca o dia inteiro no sábado e viu Renê em todo lugar que elas iam. Filmou tudo enquanto mantinha Rayle atualizada por mensagem. A fotógrafa estava morrendo de medo, mas disfarçava e mantinha naturalidade, pois sabia que Sara estava por perto.

Sara registrou tudo e só agiu quando viu que ele estava chegando mais perto. Sara sabia que ele ia pegar as duas no estacionamento do shopping, que estava praticamente deserto — não havia muitas pessoas perto no momento — e faria Rayle ir com ele sem chamar atenção.

“Vai rápido pro elevador” Sara mandou para Rayle.

Renê quase conseguiu alcançá-la. Quando ele pensou em também pegar o elevador, Sara o encurralou.

— Onde pensa que está indo??

Ele se virou ao ouvir o timbre conhecido.

— Ah! Olá Sara! Faz tempo, não é? Bom te ver.

— Não vem com essa, Renê! Por que está seguindo elas?

— Não sei do que está falando. Eu deveria saber?

— Cara de pau! Seguiu Rayle e Rebecca o dia inteiro. Qual é a sua? Cansou de viver sozinho? A mamãe não apoia mais os seus caprichos? Ou sentiu falta de alguém pra controlar?

— Não é da sua conta!- Renê ficou nervoso. Seu plano estava dando certo.

— Ah claro que não, você se importa bem mais com elas do que eu! É isso que Rebecca diria? Um pai que nem sequer a quis??

— Eu me arrependi! Tenho o direito de ficar perto dela.

— Você não tem merda de direito nenhum! Fica seguindo as duas nas sombras como se fosse o bicho papão. Só esperou sair do México pra dar o bote, né? Pois saiba que as leis de lá são as mesmas daqui. Se chegar perto da Rebecca sem o consentimento dela ou da mãe dela, você vai se dar mal.

— É uma ameaça?

— E se fosse?- afrontou. — É tão covarde assim pra debater com uma mulher? Eu soube que você não aceita “não” como resposta.- Renê não se moveu, mas estava com os punhos cerrados. — Rayle me contou o que fazia com ela. É prazeroso obrigar uma mulher a fazer o que ela não quer? Ficar bravo com as amizades que ela tem? Você deve ser muito mal dotado pra ter que caçar qualquer vagabunda fora de casa porque Rayle disse “não” pra uma carícia. O quão baixa é a sua autoestima?

— Cala essa boca!- aumentou o tom de voz, irritado.

Ela continuou.

— É tão inseguro que nem casar de verdade você quis, tinha medo dela largar você?

— Passei mais tempo com ela do que você! Ela me amava!

Sara gargalhou e isso o deixou mais nervoso ainda.

— Ela achava que te amava. Ela foi enganada. Você só usou ela como objeto de prazer, você é tóxico, Renê! E você nunca mais vai chegar perto dela.

— Não vai me impedir, Sara.

— É? E por que não?- desafiou.

— Porque eu vou acabar com você!- ele mal terminou a frase e já pulou no pescoço de Sara tentando enforcá-la.

Sara, por um momento, achou que não conseguiria se soltar, mas com o treinamento que teve, ela deu um jeito. Com um pouco de dificuldade, ela conseguiu acertar o joelho no estômago dele duas vezes, pois da primeira ele sentiu doer, mas não a soltou. Assim que acertou o segundo chute, sentiu ele afrouxar a mão de seu pescoço e acertou seus antebraços. Tossiu um pouco pela falta de ar, mas não deixou ele endireitar a postura, acertou o joelho em seu nariz e um soco em sua mandíbula.

Renê cambaleou pra trás e Sara viu a oportunidade de derrubá-lo no chão. Ficou por cima dele e acertou seu rosto mais quatro vezes. Renê tentou puxar seu cabelo e conseguiu acertar sua boca, apertando seu braço em seguida para tentar impedi-la de lhe dar mais golpes, mas Sara conseguiu se soltar e levantar. Chutou seu peito e o deixou encolhido no chão enquanto secava o sangue dos lábios.

Algumas pessoas ouviram a briga e foram olhar o que estava acontecendo, mas Sara já estava ligando pra polícia.

Akers chegou com Mitchell rapidinho (os policiais amigos dela). Renê não conseguiu fugir, pois Sara amarrou as mãos dele com um lenço. Sara explicou aos amigos policiais toda a situação e que só o agrediu porque ele agarrou seu pescoço.

Akers prendeu Renê e, Mitch foi com Sara até Rayle e Rebecca na praça de alimentação.

— Que droga, Sara! Eu já ia descer pra te procurar.- Rayle bronqueou até ver o lábio da amiga. — Ele te bateu? Meu Deus, eu sabia! Eu sabia que ele ia te agredir.

— Está tudo bem, já prenderam ele. Tenho que ir até a delegacia pra dar queixa.

— É bom vocês irem também.- disse Mitch. — Sara disse que ele estava perseguindo vocês e disse que tem como provar. Mas mesmo assim preciso do depoimento de vocês. Ele tem dinheiro pra pagar a fiança, eu imagino.

— Tem.- disseram as duas.

— Provavelmente vai estar solto amanhã. O melhor a se fazer é levar pro tribunal.

Rebecca olhava assustada para os três adultos.

— Está tudo bem, meu amor.- Sara a abraçou. — Não precisa ter medo. Não vou deixar ninguém machucar vocês.

Becca retribuiu o abraço com força e chorou nos braços da tia.

Rayle engoliu a seco, estava nervosa. Nunca precisou pisar numa delegacia ou num tribunal de justiça.

~  ☺  ~

Depois de acalmar Rebecca e entregá-la pra mãe, Sara pegou o celular e respondeu as mais de quinze mensagens de Grissom. Disse que estava indo pra delegacia com as meninas e os policiais e que ele já podia encontrá-la lá. Gil estava tão preocupado que só não chegou primeiro que elas por conta do trânsito, pois claramente teria levado uma multa por velocidade.

Já na delegacia, depois de dar seu depoimento e prestar queixa contra Renê, Sara esperou do lado de fora da sala onde Rayle também dava o seu.

— Como ela está?- perguntou Grissom depois de chegar e dar um sermão em Sara pelo risco que correu.

Sara direcionou o olhar pra onde ele estava observando e suspirou.

— Meio em choque ainda. Ela nunca precisou entrar numa delegacia, ficou assustada. A Becca que o diga, pobrezinha.

Com as provas que tinham e as testemunhas, o juiz nem pensou duas vezes e deu a ordem de restrição sem nem precisar de audiência. Foi o mesmo que um maníaco fez com Sara: mostrou que perseguiu, toma aqui o papel. O que importava pra morena é que suas amigas estavam mais seguras e Renê não podia se vingar dela por isso. A ordem valia ali e fora do estado, então em São Francisco elas também podiam ficar tranquilas, Sara já tinha alertado a polícia de lá. E se ele quisesse brigar pela custódia, ia perder num piscar de olhos.


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Notas finais do capítulo

A SARA É A NOSSA HEROÍNAAAAAAA
QUE SURRA GOSTOSA, NÉ?
Vocês também gostaram? kkkkk
Digam aqui o que acharam e até o próximo ♥
Feliz Dia para todas nós ♥♥



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