He Is My Captain escrita por Airi


Capítulo 17
Um pouco de Rum, por favor!


Notas iniciais do capítulo

Podem me xingar, ou não ler, mas. . .fico feliz em dizer que: FINALMENTE EU CONSEGUI VOLTAR A ESCREVER, MEU DEUS, QUE ALIVIO.
Espero que goste do capitulo. Boa leitura, e muitos beijos a todos! o/



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Meses. Nós estavamos meses navegando pelo mar e nada de parar. Isso porque Black Bart estava nos perseguindo. Eu sabia que era por isso, Henry não queria admitir, mas estava na cara. Já é de manhã e quase ninguém acordou. O sol mal saiu de perto das ondas mesmo. Realmente devia ser muito cedo. Coçando os olhos, Mercedes passou por mim, mas logo voltou e me olhou de canto.

– O que está fazendo acordada Mary?

– Porque o estranhamento? – dei de ombros. – Estou sem sono.

Ainda com aquele olhar de quem suspeita, Mercedes voltou a andar, tomando seu rumo para a cozinha. Suspirei. Ela não podia nem desconfiar que eu tinha perdido o sono por...ciúmes. Isso, isso mesmo o que você está lendo, e não vem rir não. É isso. Ainda não achei uma forma concreta de enfrentar Carly sem fazer escândalo. Henry já me contou que ela o ameaçou também. Se tinha uma cortesã nesse mundo que nasceu para a pirataria era ela. Mas por causa desse pequeno empasse, mal nos falamos desde que voltei ao barco.

Nos tratamos como estranhos, eu evito até de olhar para ele quando estamos com a tripulação e não sei se ele está fingindo ou não, mas que está nos mil amores com Katherine, está.

E a idiota aqui fica roendo todas as unhas, porque não pode fazer nada. E ainda me sinto culpada por pensar em fazer as coisas escondidas dela. A cortesã aqui é ela, não eu! Aqueles olhinhos de peixinho de estimação me deixam até com ódio de mim só de pensar o que eu poderia fazer com a vida dela em pedir para Henry terminar. E mesmo que nossos sentimentos estivessem mais claros agora, eu não poderia simplesmente pedir para ele assumir. Afinal, assumir o que? Que aqueles olhos cor do mar me pertenciam e que se alguém mais ousasse olha-los da mesma forma, eu mataria?

Eu estou mesmo ficando louca.

Henry passou por mim varias vezes enquanto pensava. Ignorei aqueles olhos curiosos por tempo indeterminado. Até que quando me dei conta, lá estava ele, em pé a minha frente, meio curvado para ficar da minha altura. A cabeça um pouco para o lado, piscando algumas vezes, de modo irritante.

– Que é? – perguntei ríspida, o empurrando um pouco para trás. – Nunca ouviu falar em algo chamado espaço pessoal?

– Sim. – ele respondeu confuso. – Porque?

– Porque você está invadindo ele neste exato momento. – terminei sarcástica, com um pequeno sorriso, que apareceu e sumiu.

– Seu mau humor de manhã me indica que precisará dormir mais do que todos os outros. Kathy me contou que vocês mulheres são muito irritadas quando não dormem.

Ele parecia inocente como uma criança ao falar aquilo. O que me irritou ainda mais.

– Kathy. – fingi desinteresse, olhando as unhas roídas. – Mas vocês tem até apelido agora.

– Como é que é? – ele perguntou ainda mais confuso, me olhando do timão. – Suas palavras são confusas Mary. Você não age assim. Digo, sempre foi grosseira comigo, nem parece uma mulher quando age assim mas—

– Henry, não começa. – aumentei o tom de voz, me aproximando alguns passos dele.– Você sabe muito bem que eu sou mulher.

– Mary. – ele começou com aquele típico tom sedutor barato que eu odiava. – Você esta com ciúmes de mim?

– Nem vem. Sai pra lá. Eu te odeio. – respondi por fim, o afastando e saindo do convés.

Consegui ouvir a risada de satisfação dele ao fundo. Droga. Eu admitira se o cenário fosse outro. Se ele não fosse tão idiota quando se tratasse de sua autoestima em relação a sedução. Ele sabia como conquistar as mulheres. E talvez fosse esse o meu problema, estar apaixonada por um conquistador barato. Meu pai contava essas historias quando eu era menor, para ter cuidado com os piratas, eles eram conquistadores de mão cheia e não amavam nenhuma mulher. Apenas o mar.

O mar. Eu amo o mar. Esse mar que meus olhos captam, balançante, enérgico e sempre mudando. Talvez eu entenda melhor hoje em dia o motivo dos piratas amarem tanto. Estar em constante movimento da uma sensação de liberdade e da pra sentir que nada nos impede de caminhar e descobrir o que tem além daquele horizonte que parece infinito. Não acha? Ri com meu próprio pensamento.

– Mary. – Matt apareceu sonolento. – Acordou mais cedo do que eu nos últimos dias. O que te perturba?

– A forma como você observa as coisas me incomoda as vezes.

– Não posso fazer nada se me importo com o seu estado.

– Meu humor está péssimo. – comentei baixinho. – Mas não existe motivo aparente. – menti.

Matt deu de ombros e saiu. Me deixou sozinha de novo. O sono o deixava assim, mais distraído, mas ainda sim ele tinha percebido minha mudança de comportamento. Eu sou tão previsível assim?

Voltei para o convés e vi que a maioria já estava acordado, fazendo o que devia. Ou queria. Desde quando tudo tinha voltado a ser essa bagunça?

– Bill! – berrei, tirando a garrafa de rum da mão dele. – O que eu disse sobre rum de manhã?

– Mary. – ele disse dengoso, cambaleando. – Faz tempo já. A senhorita Katherine, disse que a gente podia, ela é a mulher do capitão. Falou, está falado.

Meu sangue ferveu. Por vários motivos.

– Sem rum de manhã! Inferno! – berrei novamente. – Eu sou a co-capitã, eu falei, está falando. Estamos entendidos aqui?

Henry acompanhou lá de cima, apenas com os olhos. Coisa incomum, ele sempre vinha comprar briga comigo. E era isso mesmo o que eu queria agora, que ele viesse e que a gente brigasse feito cão e gato. Aquele miserável, irritante, maldito.

– Mary.

Escutei alguém me chamar.

– O que é?! – berrei, jogando a garrafa de rum para cima.

Nesse momento, todos se jogaram para não perder uma única gota. Como cachorros atrás do osso, todos caíram no chão ao mesmo tempo, gritando. O tumulto me fez perder o equilibro e cair, mas graças aos mares algo quentinho e macio fez meu corpo parar e não cair no chão. Parada, levantei o rosto agradecida. Dei de cara com aqueles olhos de peixinho inocente.

– Katherine?

– Esta confortável bebe?

Ela perguntou amorosa, me abraçando. Agora me dei conta de que eu estava de cara nos peitos dela novamente. Enormes. Tão grandes. Isso me irritava. Me afastei e olhei para baixo. Ali deveriam ter ao menos algum volume atraente. Mas tudo o que eu via eram peitos menores do que os dela. Nem que eu quisesse usar um vestido com espartilhos me tirando o ar, teria algo para mostrar. Era irritante. Katherine riu e me abraçou novamente.

– Eu salvei a bebe!

Ela parecia mais uma criança animada, do que uma mulher. Eu era mais séria que ela, e com certeza mais nova. Como aquela mulher poderia ser tão infantil? Suspirei, irritada, enquanto meus olhos corriam de Katherine para Henry. Ele assistia, intrigado. Estava observador demais. Desviando o olhar, me afastei, e no meu pé veio Katherine junto, querendo discutir coisas de mulher, dizendo que agora que existia uma co-capitã mulher no barco ela se sentia melhor e bla bla bla. Eu só conseguia pensar o quanto ela e Henry combinavam por agirem de modo tão caricato e idiota.

– Então, o que acha de pararmos em uma das ilhas por ai e descansar? – ela disse do meu lado, agarrando meu braço. – Poderiamos tomar um banho de maaaar, e brincar na areeeeia.

Afinal, cortesã ou não, do que ela gostava? De homem ou de mulher? Eu juro que as vezes parece que ela esta dando em cima de mim. Andei tanto tempo assim com os piratas que agora estou mais masculina do que feminina? Com uma das mãos no rosto, respondi um sim murcho, e me afastei. Feliz, Katherine foi saltitando até Henry, e de longe, conseguir ouvir a conversa.

– Meu pãozinho de mel? – ela começou, toda melosa.

– Sim, meu pêssego? – ele retribuiu a melosidade, a pegando nos braços, na maior cena.

– Mary concordou comigo que precisamos de um tempo para descansar. Encontre uma ilha e vamos nos divertir um pouco. – ela continuou com a voz manhosa, se pendurando no pescoço dele.

Nesse momento, pude sentir a tensão de Henry. Seus olhos estavam focados no horizonte, em terror. Ele estava mesmo com medo de Black Bart? Piada. E estava na hora de uma pequena vingancinha. Com um sorriso vitorioso, me aproximei, sorrateiramente. Antes de entrar na discussão, olhei para Henry. Ele conhecia aquele meu olhar afiado de quem iria aprontar para cima dele. Podia ver claramente sua cara de pânico.

– Hm. – imitei o tom manhoso de Katherine. – Ela tem razão capitão. Todos nós precisamos nos divertir as vezes. Estamos no mar a meses.

– Eu, eu não sei. – ele começou incerto, se afastando um pouco de Katherine. – Precisamos seguir viagem.

Ainda sim, aquela postura impecável estava lá. Ele insistia em fingir que era o melhor e que não estava com medo. Faça-me rir, Henry Morgan. Mais uns pedidos de Katherine, e logo o ego dele estava inflado. E com o peito estufado, e aquele sorriso sedutor nos lábios, ele começou seu discurso apaixonante e heroico.

– Como posso negar um pedido de tão bela dama, quando suplica com todo seu amor e devoção? Kathy, meu amor, atenderei ao seu pedido, e lhe protegerei de qualquer perigo a vista!

Com um coro e um suspiro amoroso de Katherine, todos aprovaram a ideia de dar uma parada na ilha deserta mais próxima. Geralmente é o melhor para nós. Depois de todas aquelas confusões a marinha tem estado mais presente nos portos. O negocio foi começar a procurar vilarejos para nos ajudar com suprimentos, ou paradas em ilhas desertas para sentir um pouco de terra firme nos pés. E enquanto todos estavam ocupados em achar uma ilha, Henry veio de fininho e me cutucou na cintura. O olhei de canto, desconfiada. Se aproximando um pouco mais, ele sussurrou.

– E ai. O que achou?

Ficamos em silencio por um tempo. Eu sabia do que ele estava falando. Daquela cena ridícula. Não sabia ao certo como me expressar, mas depois de uma intensa troca de olhares, falei o que tinha achado. Sendo bem sincera.

– Você é patético. – respondi com desgosto, saindo de perto dele.

Choroso, Henry correu atrás de mim como um cachorro corre atrás por comida, e perguntava o porque. Ajoelhado, todo escandaloso, ele perguntava o porque eu era tão má. Todos pararam de fazer o que estavam fazendo para olhar. Katherine achou graça, ria lá do fundo.

– Olha, eu acho que tem uma ilha ali! – berrei e apontei para um canto qualquer.

– Mary tem razão Capitão! É uma ilha enorme! – um dos tripulantes berrou.

E não é que eu acertei mesmo?

Aliviada por me livrar daquele constrangimento, sai de fininho, deixando todos ocupados. Corri para a cozinha onde Mercedes estava. Com um sorriso amoroso, ela me recebeu, batendo com uma das mãos ao lado dela.

– Venha minha filha, sente-se ao meu lado.

Me sentei ao lado dela e encostei minha cabeça em seu ombro.

– Acharam uma ilha. Querem parar um pouco lá. Você não quer descansar também?

– Você é sempre tão boa conosco. Se preocupando com nossa saúde. Vejo pelo Bill. Nada de rum. – ela tentou me imitar, e depois riu. – Você trouxe muita ordem e amor para este navio.

– Não é bem verdade. Katherine e Carly também trouxeram.

Mercedes torceu o nariz e balançou a cabeça negativamente.

– Não é como você pensa. O toque feminino não é o corpo, que você tanto compara. – ela apontou para mim, levantando um dedo quando tentei protestar. – Eu sei que se compara. Percebo seu olhar. Só porque usa um par de calças não significa que você é menos mulher que ela. Alias. – ela completou rindo, direcionando as mãos para o próprio busto achatado. – Eles são melhores assim para lutar. Eu te garanto.

Com as bochechas ardendo, ri baixinho. Mercedes sabia. Ela via mais coisas que muitos ali. Claro, mulheres. Minha confiança estava mais restaurada agora. A conversa acabou por não durar muito, fomos chamadas assim que o navio parou na costa da ilha. Um dos tripulantes gritou, dizendo que já estavamos em terra e poderia descer quem quisesse.

Separados os tripulantes, Henry escolheu alguns para ir até dentro da ilha, procurar algum vilarejo ou suprimentos para a próxima viagem. Não disse quanto tempo ficaríamos ali, mas garantiu que não seria mais tempo do que o necessário. E enquanto alguns homens se dirigiam para um lado da praia, eu, Mercedes, Matt e Henry e companhia, fomos para o outro lado. Carly tem estado bem quieta desde que eu voltei. Estamos andando lado a lado, e é como se nada tivesse acontecido a um ano atrás.

– Aqui é lindo. – Katherine comentou, puxando a barra do vestido. – Sinto que descansaremos muito aqui.

– Acho que sim. – concordei, mais calma agora. – Henry, porque não foi com eles?

– Eu já dei a tarefa, agora é a parte deles. – ele respondeu como se fosse obvio.

– Preguiçoso. – falei irritada.

– Aaaah. Mas o meu Henry querido vai ficar comigo e me mimar agora. Não é mesmo? – Katherine voltou a ficar melosa, se jogando contra ele.

Henry riu, e a pegou pela cintura.

– Mas é claro. Hora de descansarmos meu amor.

Revirei os olhos e fui para o lado de Matt. Carly me vigiava de canto. Pude perceber claramente. Ao chegarmos na ponta daquela praia, nos espalhamos. Katherine foi se esconder em cima de uma pedra com Henry, Carly tirou a parte de cima do vestido, ficando somente com o vestido branco e o espartilho, e foi molhar os pés, sozinha. Mercedes encostou em uma arvore mais ao fundo, e Matt e eu fomos para o mais longe que podíamos de Katherine e Henry.

– Eu não quero nem ouvir.

– Achei que vocês tinham se resolvido. – ele brincou.

– Não vem não. – falei irritada, ficando de costas para ele. – Eu não quero falar sobre isso.

– Você quer. – Matt me corrigiu. – Só não tem coragem de admitir isso porque você é a pessoa mais orgulhosa que eu já conheci em toda a minha vida.

Ele tem razão, mas não quero dar o braço a torcer ainda. Admitir que estou com ciúmes é muita humilhação. Então, continuei de costas para Matt sem falar nada. Ele riu, e disse que iria dar uma andada, talvez seguir o exemplo de Carly e molhar os pés. Sozinha, aproveitei para apreciar a vista. As folhas das arvores encobrem o calor do sol, a brisa abafada misturada com a maresia sempre me fez sentir bem. Essa praia é o paraíso. Areia branquinha e solta, que escorrega pelas mãos quando pegamos, o mar com poucas ondas, que quebram ao chegar na praia. Ah, que relaxante.

Até que a ideia de Katherine não era tão ruim assim. Um tempo para cada um ir para uma direção e descansar. E estive precisando disso. Ao longo da tarde, os homens que haviam saído voltaram, um a um, ou em grupos. Com comida, agua fresca ou roupas novas. Fizemos uma fogueira quando a lua já estava no céu, e nos sentamos em volta. Mercedes preparou algo para comermos e fiquei ali sentada, ouvindo as histórias dos homens, já meio bebuns pelo rum, de como entraram para a pirataria. Henry não estava bebendo, o que era estranho.

Entre uma historia e outra, um desafio veio.

– Eu! – Bill começou a falar alto, jogando as mãos para cima, claramente bêbado. – Desafio todos os covardes aqui presentes a um duelo! Ninguém é melhor que eu em uma luta!

– Como é que é? – outro tripulante berrou. – Eu sou muito melhor que você!

Em tentar se matar são todos especialistas, eu diria. Mas fiquei quieta.

– Não! Eu!

E assim foi, um por um, aderindo a ideia. Completamente bêbados e sem ideia de que se fossem competir, todos acabariam feridos, no mínimo.
E então, o pesadelo começou.

– Quem é melhor que o capitão de vocês? Ninguém! – Henry berrou, jogando o copo de rum no chão.

– Oh, meu capitão é tão homem! – Katherine suspirou.

– Tão idiota. – falei baixinho.

– Como é? – Henry berrou ao ouvir o que eu disse e apontou sua espada para mim. – Como ousa falar assim com seu amado capitão?!

Comecei a rir, e me levantei.

– Vai apontar uma espada para mim? Bêbado desse jeito? Henry, me da isso aqui. Você vai se machucar.

– Não encoste em mim! – ele gritou de novo, irritado como uma criança. – Se acha que é melhor do que eu, vamos. Me prove!

Incrédula, ainda continuei tentando tirar a espada da mão dele, mas mesmo bêbado, Henry é bem habilidoso. Ele começou a rir, indo de um lado para o outro, até colocar a espada acima de mim.

– Henry, não estou brincando. Você vai parar com isso agora!

– Você não manda em mim. – ele mostrou a língua e se afastou. – Mulher chata.

– Chata?! – respondi impaciente. Agora tinha sido demais. – Esta bem. Se acordar ferido, o problema é seu. Vamos lá.

– Mary. – Mercedes advertiu. – acho melhor deixar pra lá.

– Não, agora vou ensinar uma lição para ele. Bêbado mesmo. Só para mostrar quem é a mulher chata, indefesa e fraca.

– Aqui. - Matt me entregou uma espada. –

– Matt! – Mercedes falou em tom irritado, reprovando a atitude dele.

– Eu não perco isso por nada Mercedes. Nada. – Matt deu de ombros, rindo.

Ele, assim como todos os outros tripulantes, incluindo Carly e Katherine, que estavam meio alegrinhas pela bebida, ver essa batalha estupida. Movida pela raiva, é obvio que eu quero ganhar e será até bem fácil. Henry bebeu mais do que um homem pode aguentar em pé e será um prazer coloca-lo no chão.

Nos afastamos da rodinha, ainda ficando próximo. Meus movimentos ágeis e firmes e os dele cambaleantes pela bebida. Com um sorriso vitorioso, o provoquei com a mão que não segurava a espada.

– Mary, eu não quero te machucar. – ele falou embolado, indo para frente e para trás.

– Não vai nem encostar em mim. – respondi confiante. – Vem, Henry. Vem. – provoquei.


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