Pov. Granger

— Aí que fofo Draco – Gina ria de algo que o Malfoy falou.

— O que é fofo Gina Weasley? – Perguntou o Harry parado atrás do Malfoy – E desde quando ele é Draco para você? – Senti um pouco de ciúmes na voz do Harry.

— Draco estava me contando uma história sobre um menininho no Beco Diagonal e eu achei muito fofo – Gina estava mentindo, eu sabia disso – E eu chamo ele de Draco desde que nos tornamos amigos. Não é loiro? – Gina disse na maior cara de pau.

— Claro ruiva – Malfoy disse dando uma piscadinha a ela – Com todo respeito Potter – Harry olhava ele sério e Gina logo se levantou indo em sua direção e depositando um selinho em seus lábios – Não se preocupe Potter, ruivas não fazem o meu tipo.

— Tudo bem Malfoy. Mas o que você está fazendo aqui?

— Eu vim falar com a Granger.

— Com a Mione? – Perguntou o Rony.

— É. Poderíamos conversar a sós Granger? – Eu sabia que era isso que ele estava fazendo ali, me esperando.

— Claro Malfoy – Disse indo em direção a porta – Vem vamos dar uma volta.

Achei melhor conversarmos no jardim. Sai andando a frete e ele me seguiu até que cheguei em um tronco caído e sentei esperando ele sentar ao meu lado.

— Pode falar Malfoy.

— Queria me desculpar por ter ido embora mais cedo sem me despedir e lhe convidar para passar o dia comigo amanhã – Ele parecia meio nervoso.

— Era só isso Malfoy? Você já tinha dito isso na carta que me enviou – Achei que ele queria falar algo mais. “Você pensou que ele fosse declara todo amor que sente por você?” Zombou minha consciência. Então me levantei para ir embora. Ele segurou me braço me fazendo parar.

— Espera Granger. Tem mais uma coisa – Ele estava em uma luta interna isso era visível.

— O que foi Malfoy? – Sentei de novo e fiquei esperando ele continuar.

— Granger não sei muito bem como te falar isso, mas eu preciso muito que você me escute e não me interrompa porque não sei se terei coragem novamente para falar isso – Não respondi nada – Bom Granger quero que saiba que eu me arrependo por tudo o que já fiz você passar e também por cada vez que lhe insultei. A verdade é que quem deveria ser insultado era eu, porque eu era o errado nessa história, mas muitas coisas que eu fiz foi por amor – Ele fez pausa – Eu amei e ainda amo uma menina que parecia ser impossível de eu tê-la. Mas agora para mim nada mais é impossível. Cada vez que eu a xingava na verdade queria estar elogiando seus belos olhos chocolates, cada vez que a humilhava queria estar falando do meu amor por ela. Tudo que eu fiz foi para protegê-la pois se alguém descobrisse que eu a amava iriam matá-la e eu não podia deixar isso acontecer. Tentei com todas as minhas forças lutar contra esse amor, mas foi em vão, pois cada vez mais ele crescia aqui dentro – Ele colocou a mão sobre o peito. E eu sentia meus olhos marejados – Granger sei que é difícil de acreditar, mas eu sempre te amei e ainda amo. E espero que você possa me perdoar e quem sabe um dia também sentir por mim tudo aquilo que sinto por você – Eu olhava para o chão chorando. Nunca imaginei nada disso, não sabia de tudo que ele tinha passado para poder me proteger, isso era muito surreal. Senti sua mão secando minhas lagrimas e fazendo eu olhar para ele.

Não conseguia controlar minhas lagrimas. Já tive uma apaixonite pelo Malfoy, mas foi a muito tempo. Quando o conheci com todo aquele ar de superioridade e me apaixonei ainda mais no segundo ano quando eu fiquei petrificada na enfermaria sonhei que ele estava lá e que dizia me amar, mas não passou de um sonho.

— Hermione por favor fala comigo – Não sei se foi por ele ter me chamado pelo primeiro nome ou por perceber que ele estava quase chorando que eu levantei o rosto um pouco surpresa.

— Desculpa Malfoy, mas não sei o que dizer. Nunca esperei ouvir nada parecido com isso e agora fui pega de surpresa – Voltei a olhar o chão – Me dê um tempo para pensar em tudo isso, pois agora não sei mesmo o que dizer.

— Diz que vai passar o dia comigo amanhã. Me dê uma chance de te provar que estou mudando. Estou mudando por você – Novamente eu o olhei surpresa – Quero ser alguém melhor para você. Quero ser alguém de que você tenha orgulho.

— Tudo bem Malfoy eu vou, mas não espere nada de mim por enquanto – Me levantei novamente, mas ele ficou ali sentado de cabeça baixa – Vamos Malfoy? – Estendi a mão sem sua direção. Ele segurou minha mão. Ficamos um de frente para o outro e então encontrei seus olhos, aquela tempestade que eu tanto queria desvendar. Um arrepio percorreu o meu corpo e ele me puxou para um abraço. No início eu só fiquei parada sem reação alguma, mas depois de alguns segundos eu correspondi com um abraço forte.

— Eu vou te conquistar Hermione, você vai ver – Ele falou no meu ouvido e eu sorri abertamente. Nos separamos e andamos um ao lado do outro até a casa. Ele parou de andar e me segurou pelo braço.

— Boa noite Hermione – Disse depositando um beijo demorado em minha bochecha – Sonhe comigo

— Boa noite Malfoy. Vou fazer o possível para isso – Falei aquilo com sinceridade.

— Até amanhã. Estou contando os minutos – Ele sorriu aquele sorriso Malfoy que eu tanto gostava.

— Até amanhã Draco – Depositei um beijo em sua bochecha e entrei correndo para dentro de casa antes mesmo que ele pudesse falar qualquer coisa.

Quando fechei a porta me encostei nela e fui escorregando até o chão. Tinha um sorriso maroto no rosto. Eu chamei o Malfoy pelo primeiro nome, dei um beijo em sua bochecha e tudo isso depois de ele ter se declarado para mim. Nossa só posso estar sonhando. Fui tirada de meus devaneios por três pares de olhos me fitando.

— Que sorriso é esse Mione? – Perguntou a Gina maliciosa

— O que o Malfoy queria Mi? – Rony me olhava curioso

— O que ele fez Mi? – Harry com ciúmes do Malfoy? Esse é meu irmãozinho.

— Calma gente. O Dra.... Malfoy só veio me convidar para ir à casa dele amanhã e se desculpar por tudo o que ele fez para mim. Já que eu fui a mais atingida por isso esses anos todos – Isso não deixava de ser verdade.

— Tem certeza que é só isso Mione? – Harry me olhava sério.

— Claro porque não seria. Vou indo para o quarto estou um pouco cansada e com uma dor de cabeça chata.

Por sorte eles não falaram nada e eu subi correndo para o quarto da Gina e fiquei pensando no loiro. Estou confusa com meus sentimentos, será que o que eu já senti pelo Draco está renascendo dentro de mim, mas não pode ser. Aquilo era coisa de criança. Não?

— Pensando no Draco? – Quase dei um pulo da cama quando ouvi a voz da Gina.

— Sim. Não – Me embolei toda. Se concentra Hermione – Claro que não Gina. De onde você tirou essa ideia?

— Não sei acho que um certo loiro me contou uma história sobre uma certa menina castanha de olhos chocolates – Será que eu ouvi bem Draco falou de sobre mim com a Gina.

— Como é essa história Ginevra Weasley, Malfoy falou sobre mim com você e você nem para me falar nada?

— Primeiro é Gina e segundo eu só conto se você me contar o que vocês conversaram – Essa Gina é uma vaca. Mas fazer o que se eu não vivo sem ela.

— Tudo bem Gina eu conto. Mas primeiro você por favor, estou morrendo de curiosidade – Queria muito saber o que esses dois andaram conversando sobre mim.

Ela me contou toda a sua conversa com o Malfoy. E quando ela falou sobre o jeito carinhoso que ele me chamava não pude conter um sorriso, que não passou despercebido pela Gina. Sabia que ela estava mentindo sobre aquela história de garotinho fofo no Beco Diagonal. Então foi minha vez de contar tudo para ela. E rimos muito quando contei que o tinha chamado de Draco e o beijado mesmo sendo na bochecha. Somos melhores amigas, quase irmãs. Não escondemos nada uma da outra.

— E você vai deixar ser conquistada pelo príncipe da Sonserina?

Não tinha parado para pensar nisso ainda. Será que eu deveria deixar-me ser conquistada pelo Príncipe das Serpentes ou não. Se eu quero? É claro que quero, mas e o medo de me machucar.

— Aí Gina não sei. Eu quero, mas tenho medo de machucar.

— Vamos dormir e amanhã você decide isso. Mas saiba que pode contar comigo para qualquer que for sua decisão. Sempre estarei ao seu lado cunhadinha – Gina plantou um beijo nos meus cabelos e foi em direção ao seu guarda-roupas. Cunhadinha é como nós chamamos já que sou considerada irmã do Harry.

Nos arrumamos para dormir e Gina foi para o quarto do Harry. Era sempre assim. Fiquei até tarde pensando em tudo isso quando uma coruja entrou pela minha janela carregando um embrulho. A coruja era linda, com penas tão escuras quanto uma noite sem estrelas. Peguei o embrulho que ela deixou em cima da minha cama. E então percebi de quem era aquela coruja. Draco Malfoy...

Fiz um carinho na coruja que piou baixinho e ficou me olhando como se esperasse alguma coisa. Lhe dei um biscoito e ela ficou me olhando.

Abri o embrulho e para minha surpresa era um lindo dragão de pelúcia. Era muito fofinho e tinha uma carta junto.

Hermione

Oi minha morena. Desculpa se tiver te acordado. Só queria te dar algo que te fizesse se lembrar de mim. Esse aí é o Dragon, ele era meu desde pequeno. Acho que você entendeu o porquê deste nome né. Ele sempre foi meu brinquedo preferido. Por isso guardei ele para dá-lo ao o meu filho e sei que você vai cuidar muito bem dele até nosso filho poder tê-lo.

Boa noite morena já estou com saudades.

Beijos SEU Draco Malfoy

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Não acredito que o Draco fez isso mesmo. Isso muito fofo da parte dele. Me mandar algo de tanta estima, até me emocionou.

Reli a carta prestando mais atenção e não pude segurar um sorriso em pensar em um pequeno serzinho correndo pela casa com Dragon, Draco correndo atrás e eu apavorada com medo dele cair. Um mini Malfoy, tão lindo quanto o pai. Suspirei pensando aonde meus pensamentos me levaram.

Então peguei um pergaminho e uma pena para enviar uma carta a ele. Depois de escrever a carta entreguei a sua coruja mandando algo especial junto. Acariciei suas penas antes dela voar pela janela.

Peguei o Dragon o olhando com extremo carinho. Lavando a pelúcia de encontro ao meu nariz, pude sentir o perfume de Draco impregnado ali.

Como anteriormente, imaginei um menininho loiro brincando com a pelúcia, mas desta vez era Draco que era o peque Malfoy. Deitei em minha cama ainda pensando em como deve ter sido Draco pequeno, acho que era uma criança linda, mas com aquele ar de dono do mundo que ele tem até hoje. Deveria deixar a Senhora Malfoy de cabelos em pé.

Sorri com esses pensamentos. Será que se tivéssemos um filho ele seria mais parecido com o Draco ou comigo? Seria um menino ou uma menina? Seria da Sonserina ou da Grifinória? Será que herdaria minha inteligência? Mas também poderia herdar a do Draco já que ele sempre foi o segundo melhor aluno de Hogwarts, depois de mim é claro. Será que teria medo de voar como eu ou amaria estar nas alturas como o pai?

Em minha cabeça comecei a fantasiar momentos onde Draco estava comigo e um menino brincando em uma campina. Ainda com isso na cabeça, logo cai no mais profundo sono.

Sonhando com momentos felizes de uma família feliz ao lado de um certo Loiro de olhos tempestuosos.