Um Recomeço Para Nós - Dramione escrita por Hayley Elijah


Capítulo 16
16- Viagem




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15-Viagem

Pov. Hermione

O dia logo amanheceu e com ele veio a ansiedade por chegar no acampamento. Sei que parece bobo mas sinto como se algo me chamasse para esse lugar, como que se chegando lá minha vida inteira fosse mudar da noite para o dia.

Terminei de arrumar minhas coisas e desci para a cozinha para ajudar o Mostro com o preparo do café. Logo o povo começou a descer e se sentar à mesa para o café, mas faltava uma pessoa ainda. Draco Malfoy.

— Gina. Cadê o Malfoy? - Perguntei em seu ouvido.

— Ele não estava mais em casa quando levantamos. O Blás falou algo com Harry sobre ele ter recebido uma carta do Ministério.

Uma carta do Ministério? O que será que aconteceu?

— Vamos pessoal senão chegaremos atrasados. - Chamou Harry já saindo da sala de jantar.

— Mas e o Draco? - Perguntou Luna.

— Ele vai nos encontrar no acampamento Luna. As coisas dele já foram enviadas para lá.

Seguimos para os quartos para pegar nossas coisas. Depois de todos prontos fomos para a estação King's Cross plataforma 9 3/4. A plataforma estava cheia. Todos os alunos dos últimos anos estavam lá e pareciam ansiosos com a viagem. Eu estava nervosa por dois motivos: Primeiro iriamos para um lugar novo e segundo porque não sabia nada sobre esse sumiço do Malfoy. Esse segundo ainda me deixava mais nervosa.

— Vamos procurar uma cabine antes que não achemos mais nada. - Disse Rony.

— É melhor mesmo - Concordei.

— Eu ajudo você com suas coisas Gina - Disse Harry pegando as malas da namorada. E os meninos fizeram o mesmo com as coisas das namoradas/ficantes/peguetes. Eu teria que carregar tudo sozinha.

— Deixe-me ajuda-la Senhorita - Falou alguém atrás de mim. quando virei para responder fiquei sem reação. Ele era lindo.

alec cooper

— Não precisa se incomodar - Falei constrangida.

— Não será incomodo. Aliás meu nome é Alec Cooper - Ele estendeu a mão para mim.

— Prazer Hermione Granger.

— Deixa que eu pego suas coisas - Quando ele foi pegar, ouvi aquela voz que fazer meu coração parar.

— Não é necessário Senhor Cooper. Eu já estou aqui para isso.

— Draco Malfoy. Quanto tempo?

— Muito menos do que eu gostaria - Draco me encarrou e pegou minhas coisas - Vamos Hermione.

O segui em silêncio, pois não sabia o que falar.

— Hermione fique longe do Cooper.

— Mas porquê? ele foi tão gentil.

— Só faça isso que estou pedindo tudo bem?

— Tanto faz - Porque será que o Draco não me queria perto do Cooper?

— Ei porque demoraram tanto? - Perguntou Gina.

— Encontramos o Cooper no caminho - Respondeu Draco.

— Cooper? Alec Cooper? - Perguntou Pansy.

— Ele mesmo.

— O que será que ele está fazendo aqui? – Questionou Blás.

— Provavelmente ele irá estudar aqui – Deduzi

Todos ficaram em silêncio só trocando olhares. Isso está cada vez mais estranho. Aí lembrei do sumiço do Draco e resolvi perguntar. Mas o apito soou avisando que o trem estava para sair. Nos apresamos em sentar todo numa mesma cabine. A antiga cabine da Sonserina.

— Malfoy o que o Ministério queria com você? - Perguntou Luna.

— Nada demais. Vocês saberão quando chegarmos. Agora vou tentar dormir um pouco - Como eu estava sentada sozinha em um banco ele se deitou em minhas pernas sem cerimônia nenhuma. Quem nos visse poderia achar que éramos um casal de namorados.

— O que você está fazendo Malfoy? - Perguntei o empurrando.

— Só quero descaçar Hermione e assim terei certeza que você não irá sair daqui e encontrar com o Cooper no caminho - Ele falou sério.

— Tudo bem Malfoy, mas você fica me devendo uma.

— Quantas você quiser morena. Você que manda - Disse ele se deitando novamente.

 

 

Pov. Draco

Acordei cedo com o pio de uma coruja.

 

Draco Malfoy

Caro Senhor Malfoy, é por meio deste que peço sua presença no Ministério da Magia o mais rápido possível.

Att. Ministro da Magia.

 

Fiz minha higiene rapidamente e segui para o Ministério. O que será que queriam comigo?

Não demorei a chegar e fui direto para a sala do Ministro que já me aguardava na porta da sala.

— Bom dia Senhor Ministro.

— Bom dia Senhor Malfoy. Entre.

Ele me deu passagem e entrei me sentando a frente de sua mesa. Fiquei aguardando ele falar algo.

— Bom deve estar se perguntando o porquê de ter lhe chamado aqui - Ele nem esperou eu falar e continuou - Senhor Malfoy como sabe os Comensais mataram muitas pessoas nesse tempo de guerra. Muitos deles eram trouxas com filhos bruxos. Só que eles ainda não sabiam disso pois as crianças são muito pequenas. O Ministério conseguiu esconder algumas dessas crianças, mas a questão é senhor Malfoy que eles não têm mais ninguém.

— Senhor não estou entendendo o que isso tem a ver comigo?

— Deixe-me explicar. Entre essas crianças estão um casal de gêmeos cujo os pais foram mortos pelo Comensal Lúcio Malfoy - Assim que ele pronunciou o nome do meu pai fiquei em choque. Duas crianças estavam sozinhas no mundo e a culpa era do meu pai - Senhor Malfoy o que quero tratar com você e também com os outros alunos mais velhos, é que fiquem responsáveis por essas crianças por um tempo.

— Ministro como o Senhor quer que façamos isso? Não somos responsáveis nem por nós mesmos e outra estamos indo para um acampamento estudar. Não estou entendendo o porquê de o Senhor só ter chamado a mim aqui.

— Entendo tudo isso Senhor Malfoy. A questão de ter chamado só você é que o Senhor está ligado ao que aconteceu aos pais dos gêmeos. Pois eles foram mortos na sua iniciação aos Comensais da Morte.

Não queria acreditar no que estava ouvindo. Por minha culpa duas crianças estavam sozinhas e abandonas no mundo. Por minha culpa eles não teriam o carinho e amor de seus pais. Por minha culpa. Talvez eu seja o que Lúcio uma vez me disse. Um nada foi isso que ele disse e talvez eu seja isso mesmo.

— Senhor Malfoy por favor me acompanhe.

Segui o Ministro até uma sala de vidro cheia de crianças e brinquedos. Todos dentro dela pareciam estar se divertindo menos duas crianças sentadas lado a lado em um canto da sala.

Meu coração no mesmo momento soube que eram eles, as crianças que sofriam por minha culpa.

— Se quiser entrar fique à vontade. Eles adoram receber visitas. Terei que voltar aos meus afazeres agora, mas estarei aguardando a sua resposta.

— Minha resposta?

— Sim. De que irá juntamente com os outros cuidar desses pequeninos.

Não falei absolutamente nada. O Ministro se retirou me deixando ali olhando cada criança que estava naquela sala. Eles brincavam, mas faltava aquele brilho no olhar.

Como se eu fosse puxado por uma força invisível me dirigi até a porta da sala. Meu coração parecia querer saltar fora do peito. Eu tremia e suava. Entrei na sala e todas as crianças pararam o que estavam fazendo e me olharam.

No exato momento que aquelas duas crianças que estavam no canto da sala me olharam, tive a impressão de que meu mundo parou e tudo perdeu o sentindo. Aqueles olhos, o sorriso, os cabelos, tudo igual ao meu sonho.

 

 

Pov. Hermione

Já havia passado uma hora desde que saímos da estação. Draco continuava a dormir em minhas pernas. Estava ficando cansada, então resolvi o acordar, era a vez de ele cuidar do meu sono.

— Draco acorda - O chamei baixinho, pois não queria acordar os outros – Draco?

— O que foi Hermione?

— Levanta. Estou cansada e preciso descansar também.

— OK - Disse se sentando.

Coloquei meu travesseiro em suas pernas e me deitei ali. Senti um cafuné muito delicado em meus cabelos e adormeci.

 

SONHO ON

Estava sentada em uma toalha de piquenique a beira de um lago. O lugar era lindo. Foi quando ouvi uma vozinha infantil chamando alguém, mas não virei para olhar.

— Mamãe to chamando você!

Senti um corpinho se chocando contra o meu e bracinhos me abraçando o pescoço bem apertado. Virei-me pra lhe dizer que estava enganada e que eu não era sua mãe, mas assim que virei fiquei surpresa com a linda garotinha abraçada a mim.

— Oi princesa - Foi tudo o que consegui dizer.

— Mamãe o papai e o Thony foi joga quadibol e eu não quis.

— Porque você não quis querida?

— Polque eu tenho medo da vasola!

— Há. Quer saber de um segredo? - Ela assentiu - Eu também tenho medo da vassoura.

— Vedade? - Seus olhinhos brilhavam com a novidade. Assenti. – Então nozis é igual mamãe? - Ri do seu jeitinho de falar.

— Sim princesa. Somos iguais.

— Mamãe, posso pegunta uma coza?

— Claro amor. Tudo que você quiser!

— Você blinca de muneca com eu?

— Claro que sim princesa.

Ela saiu correndo até uma mochila que está em baixo de uma árvore ali perto e logo voltou trazendo duas bonecas e uma bolsinha com roupinhas e coisas para cabelo.

— Pronto mamãe. Você fica com a Babi e eu com a Poly ta.

— Ok querida - Peguei a boneca que me foi oferecida e começamos a brincar.

Brincamos de boneca, salão de beleza, de boneca de novo. Brincamos por um bom tempo até minha barriga reclamar de fome.

— Vamos fazer um lanche Princesa?

— Sim. Vou chama o papai e o Thony ta.

Ela nem esperou eu responder e já estava correndo. Fiquei sentada ali guardando os brinquedos e pensando em o quanto fui abençoada por ter aquela pequena, mas quem seria o papai e o Thony? Quem seria o homem que me deu aquela fofura que era minha filha? Minha filha. Era estranho pensar em mim como mãe.

Ouvi vozes se aproximando deveria ser eles. Virei-me e a minha surpresa não poderia ser maior. O pai da minha filha era ninguém mais, ninguém menos que Draco Malfoy.

— Mamãe? - Gritou um menininho que só agora percebi estar junto a Draco e minha filha. Espera! Eu tenho dois filhos e pelo visto gêmeos. Ele veio correndo ao meu encontro e eu me abaixei para recebê-lo em meus braços e o enchi de beijos.

Peguei meu príncipe no colo e fui andando em direção aos outros amores da minha vida. Cheguei bem perto do Draco e...

SONHO OFF

 

Acordei com Draco me chamando ao pé do ouvido.

— Hermione acorda. Já chegamos.

— Obrigada - Falei me sentando ao seu lado e me espreguiçando.

— Teve um sonho bom? - Ele perguntou sorrindo.

— Como?

— Se você teve um sonho bom, pois estava com um enorme sorriso enquanto dormia.

— Há. Sim! Tive um sonho muito bom.

— Posso saber?

— Desculpe, mas não Malfoy - Levantei pegando minha bolsa e me dirigindo até a saída da cabine. Acabei trombando com alguém.

— Senhorita Hermione que prazer em revela - Não acreditei quando vi Victor Krun em minha frente e falando perfeitamente bem sem o seu costumeiro sotaque.

— Victor - Exclamei o abraçando fortemente. Ouvi um rosnado e resmungos atrás de mim, mas não dei bola.

— O que você faz aqui Victor?

— Serei o novo professor de voo e juiz dos jogos de Quadribol.

— Nossa que legal.

— Agora preciso ir. Nos vemos no acampamento e nas aulas Mione - Ele me deu um beijo na bochecha e saiu.

— Quem esse mané pensa que é? - Falou Draco atrás de mim.

— Esse mané Malfoy é meu amigo, meu ex-namorado e nosso novo professor. Então mais respeito.

Não fiquei para ouvir o que ele iria falar. Segui até a saída do tem. Havia muitas carruagens esperando para nos levar até o local do acampamento. Entrei em uma que vi Harry e Gina entrando antes.

— Cadê o Draco Mione? - Perguntou Gina.

— Ficou pra trás. Não quis esperar aquele mal educado.

— O que houve? - Harry perguntou arrumando os óculos.

— Ele ficou falando mal do Victor.

— Victor Krun?

— Sim Harry. Ele será nosso novo professor de voo e juiz do Quadribol.

— Está contando sobre seu admirador? - Perguntou o Malfoy entrando na carruagem.

— Isso tudo é ciúmes fuinha? - Harry tentava segurar o riso.

— Vai se ferrar cicatriz.

— Calma Draco - Gina o abraçou – Não precisa ficar com ciúmes. Até porque a Mione não quis nada com o Victor antes por ele morar tão longe.

— Só que agora ele está bem perto Gina - Lembrou Harry.

Draco ficou vermelho e saiu da carruagem batendo o pé.

— Para gente. Eu não quis nada com o Victor antes e não quero nada agora também. Foi só um namoro adolescente. E deixem de incomodar o Malfoy por isso.

Ninguém disse nada mais. Sentei ao lado do Harry e fiquei olhando a paisagem do lado de fora. Seria mais meia hora até chegar ao acampamento.

Sentia dentro de mim como se tudo fosse mudar com a chegada nesse acampamento. E aquele sonho não saia da minha cabeça. Será que foi só um sonho ou eu vou mesmo ter algo assim com o Draco. Minha cabeça está tão confusa com tudo isso. Queria tanto aquelas crianças. Queria ter uma família, uma casa grande com jardim e um cachorro. Um marido que me ame e ame os filhos acima de tudo. Uma profissão, fama e sucesso em minha careira. Não é pedir demais? Acho que depois de tudo que passei mereço algo de bom. Ainda queria recuperar a memória dos meus pais. Isso me deixaria muito feliz. Sentia muito a falta deles. O ministério da magia está procurando, mas até agora não tiveram nenhum resultado.

Sai dos meus devaneios quando a carruagem parou. Havíamos chegado.

Um novo começo nos aguardava.


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