Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 18
Uma manhã de compras




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Estava profundamente adormecida quando senti leves beijos sendo distribuídos por meu braço direito, indo em direção ao meu ombro, tal ação me fez acordar assustada e peguei meu travesseiro para poder me defender.

—Está tudo bem Liv, sou eu.- Alejandro disse depois que o atingi com meu travesseiro.

—E isso lá é jeito de acordar alguém?- questionei tentando acalmar a minha respiração e meus batimentos.

—Pensei que ia ser romântico e também achei que você iria gostar.-ele se desculpou sem jeito.

—Vou gostar quando estiver acordada, e não tente isso de novo.- pedi seria e ele me olhou confuso.

—Porque não?- ele questionou preocupado e suspirei.

—Só esqueça o que houve. Me desculpe.

—Olívia.- ele pediu a verdade e suspirei , afinal era vergonhoso admitir.

—Desde que sai da cadeia tenho pesadelos com aquele local, é como se nunca tivesse saído de lá.- disse envergonhada por ter que admitir minha fraqueza.

—Me desculpe, se soubesse não teria feito isso.- ele admitiu envergonhado.- Parece que não estou acertando uma com você.

—Está tudo bem.- disse e olhei para o meu celular e eram nove horas da manhã.- Meu Deus, esqueci de levar o Vinicius para a escola. Onde ele está?

—Está tudo bem. Sabia que você estaria cansada depois de ontem, então passei aqui e peguei o Vinicius e o levei para a escola.- ele explicou e sorri agradecida, afinal não tinha que dar aula hoje.

—E o meu pai sabe que você veio para o meu quarto?

—Ele deixou, disse que já sou da família.- Alejandro disse se deitando ao meu lado.

—Ele disse isso?-questionei desconfiada.

—Disse, seu pai me adora Liv.- ele segredou e sorrimos.

—Sei. Mas ao que devo a honra da sua visita ao meu quarto?- questionei confusa.

—Já que você não vai trabalhar hoje, pensei em fazermos algo especial, e também preciso da sua ajuda.

—Do que precisa?

—Minha filha vai fazer sete anos no sábado que vem e tenho que organizar uma festa na piscina, exigência da Luna. E  nem mamá ou Abuela poderão me ajudar porque estão ocupadas organizando o recital da escola de dança. Por favor, Liv só me restou você.- Alejandro implorou me olhando com aqueles olhos de cachorro que caiu da mudança.

—Tudo bem, eu ajudo você. Temo algum limite de gasto?- questionei e ele revirou os olhos.

—Quanto custa a felicidade de um filho?- ele questionou e sorri.

—Não tem preço.

—Esse é o nosso limite, querida.

—Tudo bem. Vou tomar um banho enquanto você me esperar lá em baixo.- disse me levantando da cama.

—Liv, não tem nada em você que eu já não tenha visto ou beijado.- ele disse me olhando de cima a abaixo, se divertindo com a visão da minha camisola preta.

—Eu cresci Alejandro, tenho certeza que não estou igual a ultima vez.- disse e ele me olhou divertido.

—Tudo bem, você tem razão. Vou sair só porque sou cavalheiro.

—E é por isso que te amo.- disse antes de lhe dar um beijo e lhe empurrar para fora do meu quarto.

Assim que estava devidamente arrumada desci as escadas e encontrei Alejandro me esperando sentando no sofá enquanto falava ao telefone.

—Eu sei filha, o papai promete que será a melhor festa que você já teve. Claro que enviei os convites Luna, não se preocupe. Eu pedi ajude para a tia Olívia sim.- ele disse carinhoso para a filha e sorri, pois sabia que Alejandro era daquele tipo de pai que fazia tudo pela filha.- Agora, volte para a sua sala  e não se preocupe porque  vou cuidar de tudo. Te amo mucho, hasta luego.

—Então, a idéia de me chamar para ajudar foi da Luna.- disse assim que ele desligou o celular.

—Para você ver como mi hija está desesperada. Ela acha que vou acabar com a festa.-ele disse e ri.

—Por acaso ela não sabe que as suas festas de aniversario eram as melhores de Coleman?

—Acho que não.

—Não se preocupe, vou ajudá-lo a fazer a melhor festa de piscina que Coleman já viu. Mas antes preciso tomar meu café da manhã.- disse indo para a cozinha, mas Alejandro me impediu.

—Você toma no caminho, temos muito o que fazer.- ele disse me levando para fora da minha casa.

Depois que entramos no carro, Alejandro dirigiu para a confeitaria da cidade, onde pode pedir um expresso e um pedaço de bolo de queijo, o meu favorito.

Tomei meu café rapidamente, pois sabia que Alejandro estava preocupado em comprar tudo que fosse necessário para a festa da filha, além de passar na loja de doces e salgados da cidade, para encomendar as guloseimas da festa.

Ajudei Alejandro a comprar todas a decoração  necessárias para a festa além de assegurar a ele durante cada compra que Luna iria gostar de tudo. Passamos a manhã toda andando de um lado para a outro, mas conseguimos organizar tudo para a festa.

Foi uma tarefa árdua proibir Alejandro de comprar um presente para mim, pois assim que passamos em frente a loja de artes, ele disse que deveríamos entrar e eu disse que não. Afinal, ele já havia me dando um estojo de pintura caríssimo. Acabamos brigando por causa disso e decide que seria melhor se almoçarmos, e ele escolheu um restaurante francês que havia acabado de inaugurar em Coleman.

—Não entendo porque você não quer que eu lhe dê um presente.Pensei que fossemos namorados. Ou não somos?- Alejandro questionou serio assim que nos sentamos em nossa mesa e logo o garçom nos entregou nossos pedidos.

— Claro que somos, e além do mais você me deu um estojo de pintura caríssimo, o qual ainda nem usei. E o que o fato de sermos namorados tem haver com presentes?

—Porque isso me dá o direito de lhe dá quantos presentes eu quiser. E quero ter o direito de fazer isso.- ele reivindicou e revirei os olhos fazendo-o rir.

—Tudo bem, você pode me dar apenas no dia do meu aniversario.- disse e ele me olhou desgostoso.

—Seu aniversario já passou Liv.

E ele tinha razão, afinal eu fazia aniversario em abril e estávamos em junho.

—Quem sabe no próximo?- questionei e ele desistiu, começando a reclamar a espanhol e suspirei antes de segurar a sua mão.

—Alejandro,  não preciso de presentes ou coisas caras, já tive isso tudo por uma vida inteira. Tudo que desejo de você é o seu amor, nada mais me importa além disso. Você é capaz de fazer apenas isso?- questionei olhando em seus olhos e ele suspirou resignado.

—Sou, e me desculpe por ser chato. Só queria agradar você.- ele  se desculpou e concordei.

—Eu sei amor, mas você já faz isso quando fica ao meu lado sem exigir nada em troca.- disse e ele sorriu antes de beijar a minha mão.

—Acho que agora que resolvemos nossas diferenças podemos fazer nossos pedidos, o que acha?- ele questionou e concordei.

Quando estávamos na sobremesa o celular de Alejandro começou a tocar e ele se desculpou , pois ele não poderia ignorar porque era o toque de Sylvia.

—Boa tarde Sylvia, aconteceu alguma coisa?- ele questionou confuso.

—Entendo, tudo bem. Não se preocupe, estou  perto, só estou terminando de almoçar e vou até ai. Até daqui a pouco.- Alejandro disse antes de desligar.

—Preciso ir para a empresa resolver alguns problemas de ultima hora. Você se importa de irmos até a A. C. Motors?- ele questionou preocupado.

—Não tudo bem. Mas quem é Sylvia?- questionei curiosa e ele sorriu.

—Isso é seu ciúme falando ou a sua curiosidade, mi amor?- ele questionou brincando.

—Um pouco dos dois.- disse dando de ombros.

—Ela é a minha assistente/anjo da guarda/braço direito.- ele disse e pisquei confusa.- Se não fosse pela Sylvia, não teria tanto tempo livre para ficar com a Luna e agora com você.

—Pelo jeito que você fala, devem se conhecer a anos.- disse enquanto Alejandro pedia a conta.

—Sim desde a faculdade. Ela está comigo desde o começo da empresa.- ele disse entregando seu cartão ao garçom que logo concluiu o pagamento e entregou um recibo para Alejandro.

Como o restaurante ficava próximo a saída da cidade não demorarmos para chegar a A.C. Motors, Alejandro estacionou  na vaga reservada ao CEO da empresa antes de pegar um crachá.

Andamos até a entrada da empresa em silencio, o prédio da A.C. Motors era uma mistura de vidro e aço que se completavam de maneira harmônica deixando a luz do sol iluminar seu interior.

—Boa tarde Alejandro.- um segurança armado cumprimentou meu  namorado assim que a porta automática abriu para nos.

—Boa tarde Armando.- ele disse sorrindo antes de irmos em direção a um grande balcão que possuía inúmeras catracas ao seu lado.

—Boa tarde Alejandro.- um homem atrás do balcão disse assim que o viu.-Pensei que não viesse hoje.

—Boa tarde Teo. E não vinha, mas tivemos problemas na construção de um protótipo e tenho que dar uma olhada. Teo, preciso de um crachá de visitante para a minha namorada.- Alejandro disse e Teo olhou para ele surpreso antes de me entregar um crachá.

Em seguida encostamos os crachás nas catracas que se liberaram e nos permitiram passar para a segunda etapa da segurança, composta por detectores de metais  os quais eram controlados por homens que deviam ter quase dois metros de altura.

—Você não deve trazer muitas visitas aqui. Afinal, o Teo estranhou seu pedido de crachá. E como você sabe o nome de todos os seus funcionários?-questionei após sermos liberados novamente pelos seguranças.

— É meu dever saber o nome de quem trabalha comigo, e além dos mais eles não são meus funcionários, os considero como meus amigos. Somos como uma família aqui. E além do mais, Teo não estranhou o meu pedido.  Ele estranhou porque disse que você é a minha namorada, e desde que Teo trabalha aqui nunca tive uma namorada.- ele disse e segurei seu braço nos impedindo de continuar.

—Você nunca mais se relacionou com alguém depois de mim ou da Nicole?- questionei culpada.

—Não posso considerar que tive um relacionamento com ela. Mas sim, desde que terminamos, e depois do que aconteceu com a Nicole, achei melhor fechar essa área da minha vida, e me dedicar a mi hija e a minha empresa.

—Você não devia ter feito isso. Devia ter tentando de novo.- disse suave enquanto olhava em seus olhos.- Me desculpe por isso.

—Você não teve culpa de nada amor, não me envolver com ninguém foi escolha minha e não quero que fique se culpando por causa disso.- ele pediu e concordei antes de olhar ao redor e perceber que no hall de entrada havia mais seguranças.

—Você tem certeza que fabrica motores e não dinheiro ou armas nucleares?- questionei brincando e ele me olhou confuso.

—Porque a pergunta Liv?

—Porque nunca vi tanta segurança para uma empresa de motores.- disse e ele sorriu divertido.

—É porque temos protótipos que valem bilhões e preciso proteger a segurança dos meus clientes, afinal eles pagam por exclusividade.- ele explicou e concordei.

—Que bom que veio rápido.- uma mulher deslumbrante disse saindo do elevador e caminhando em nossa direção.- Me desculpe atrapalhar a sua folga.

—Tudo bem. Sylvia, essa é a minha namorada Olívia. Olívia, essa é a minha assistente Sylvia Abbott.- Alejandro disse nos apresentando.

—É um prazer finalmente conhecer a famosa Olívia.- ela disse sorrindo feliz enquanto apertávamos as mãos.

—Porque famosa?- questionei confusa e ela olhou para Alejandro antes de ser interrompida por ele.

—Porque vivo falando de você, e Sylvia, pode levá-la para a minha sala e fazer companhia para a Liv enquanto vou ao laboratório.- Alejandro pediu e ela concordou.

Alejandro me deu um beijo de despedida e prometeu que não iria demorar muito, eu concordei e segui Sylvia para o elevador, mas algo me dizia que Alejandro a proibiu de me contar algo, mas eu iria descobrir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo de hoje, e não se preocupe porque manterei as postagens de forma normal nesse feriado.
Um bom feriados para todos.



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