Yoonay escrita por stanoflove


Capítulo 24
Nous appartenons.


Notas iniciais do capítulo

eu sei, o capítulo está enorme e me desculpem, mas aaaaaaaaaaa não desistam de ler, por favor, ele está muuuuuuuuuuito lindinho e tem coisa boa! ♥

boa leitura! ♥



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Sábado, 02 de setembro de 2017.

─ Tem certeza que não quer ir? Ele chamou todo mundo.

Noah estava há horas tentando convencer Lena ir, também, a casa de Seung, no entanto, a mulher estava completamente certa de que não iria, bom, aparentemente.

─ Mãe, por favor. ─ ele insistiu, colocando atrás da orelha de sua mãe uma mecha do cabelo. ─ A Alice vai ficar lá sozinha, a senhora consegue imaginar isso? Enquanto Malu, Nico e Maya ficarão aqui, se divertindo, ela estará lá sozinha.

─ Isso é jogo sujo! ─ ela sussurrou, lhe apontando o dedo indicador e espremendo os olhos em sua direção.

É o que a senhora quer? ─ ele insistiu, recebendo um bufo cansado de sua mãe.

─ Tá! Eu vou, seu insuportavelzinho insistente!

Yasssssssssssss! ─ Noah gritou animado, logo a pegando no colo e rodopiando de maneira rápida. Coitada, Lena era tão baixinha que não tinha nem como se soltar com a pouca força e estatura.

─ Me solta! ─ ela murmurou, segurando uma risada que não demorou a vir.

E, risonho, Noah a soltou ao passo que já caminhava para fora da cozinha, dizendo: ─ Vou arrumar o carro com as cadeirinhas, e depois preciso conversar uma coisa séria com a senhora.

De modo evidente, Lena ficou curiosa, mas assentiu, e dirigiu-se para seu banho enquanto Noah pegava as cadeirinhas que havia lavado um dia antes e as levava para o carro, onde com rapidez, mas certificando-se de que todas estavam corretamente colocadas, ele as posicionou.

Depois, quando já se encontrava dentro de casa, com cuidado para não assustá-los, começou a chamar cada um de seus irmãos, que estavam encolhidinhos no fofinho tapete colocado no centro da sala.

Eles realmente haviam tido um dia divertido. Apesar do tempo ventoso e friento ao lado de fora, quando o mais velho dos irmãos levantara naquela manhã, todos os outros o acompanhou, e para não deixá-los à toa, Noah os incentivou a brincar de várias coisas, pique-pega principalmente, e depois de muita correria, acabaram deitados no chão assistindo a Procurando Dory, enquanto comiam pipoca e bebiam chocolate quente.

Noah! ─ Dona Lena o chamou quando escutou alguns resmungos de Leon, e ele calmamente dirigiu-se ao quarto, logo parando de frente para o berço.

─ Ei meu grandão. ─ Noah sussurrou, pegando o bebê que crescia gordinho e com cabelinhos enrolados. ─ Não chore, huh? Calminho. ─ a voz doce e calma.

Noah já havia decorado as posições que Leon mais gostava de ficar, então com muita calma, o posicionou com a cabeça sobre seu peitoral, e apoiou com cuidado e atenção suas mãos nos lugares certos, para que a coluna não fosse forçada.

Então, após isso, ele novamente voltou à sala e suspirou ao ver que os pequenos continuavam deitados. ─ Vamos, está na hora de acordar seus preguiçosos!

A primeira a se sentar fora Malu, que coçando os olhinhos ainda inchados pelo sono, disse: ─ Eu não acredito que você está me acordando, de verdade. Espero que seja por uma boa causa, se não...

─ Nós vamos na casa do tio Yoon. ─ ele anunciou, e como se num passe de mágica, todos sentaram-se com brusquidão. ─ E aí? Vão levantar ou não?

─ É sério? ─ Maya indagou, com aquele sorriso sapeca, e logo se pôs de pé, cambaleando um pouquinho, devido ao período que ficara deitada.

─ Seriíssimo! ─ respondeu ele, igualmente animado, e acariciou os cabelinhos da moreninha, que dava um singelo beijo no pezinho de Leon. ─ Então vão tomar seus banhos que depois a mãe escolhe as roupas que irão vestir. Corre!

Os três bateram uma continência desajeitada e correram para o banheiro principal, onde sob o olhar do mais velho, tomaram banho juntos, sempre muito divertido e repleto de brincadeiras. Eram, de fato, irmãos muito unidos!

E depois, todos vestidos em seu roupão de banho, caminharam para o quarto, onde encontraram sobre a cama de cada um as roupas que iriam vestir.

Para o pequeno Nico, um jeans escuro que tanto gostava; blusa simples e um casaquinho bem quente do personagem Stitch, o seu preferido; e para a Maya, que era a mais calorenta dos três, havia uma legging grossa com bolinhas coloridas, e um vestidinho preto de mangas longas, que combinava com o casaquinho de mesma cor; e por último, para a Malu tinha jeans escuro, da mesma cor que a de seu irmão, assim como uma blusa estampada por várias pequenas pranchas de surf, que ficaria sob um Doudounes preto, já que dos três pequenos irmãos, ela era a mais frienta.

Mamãe? ─ Maya gritou, enquanto recebia ajuda de Noah para vestir a legging. ─ Eu posso calçar a minha botinha?

─ Eu também quero ir de bota! ─ Malu gritou em seguida, vestindo a blusa e logo puxando o casaco grosso para si.

Tudo bem! ─ Lena, já vestida, gritou de volta, uma vez que se encontrava na cozinha, guardando algumas vasilhas que já havia secado.

Noah olhou os três irmãos, as meninas aparentemente prontas, e depois encarou o Nico, que estava de pé e parado de frente para o globinho de neve.

─ E você Nico, vai calçar o que?

─ Ué, meu all star? ─ o garotinho requestou, como se fosse óbvio.

─ Qual deles? São tantos! ─ e de fato era, o garotinho tinha uns dez pares de all star. Dizia ele que eram os seus calçados preferidos. Tão novinho, mas tão inteligente!

─ Hoje eu quero estar todo de preto! ─ Nico respondeu, com aquela voz fofinha enquanto os olhos se contraiam em um sorrisinho animado.

─ Mas seu casaco é azul, ué. ─ Maya rebateu, e logo seu irmão rolou os olhos, daquele jeito engraçado, já que ele ainda não conseguia fazer direito.

─ Ué, todo de preto da calça pra baixo.

─ Cintura, seu bobo, da cintura pra baixo. ─ Malu o corrigiu, soando divertida enquanto o escutava repetir, numa falha tentativa de gravar.

Noah escutou Lena o chamar do quarto, e então, ainda rindo de seus irmãos, pegou novamente Leon em seu colo e seguiu até sua mãe.

─ Sim? ─ ele indagou, vendo-a ajeitar a alça do vestido que usava. Era um marrom, com estampa indiana e que batia na altura dos joelhos, era muito bonito e o que mais gostava, talvez por ser um antigo presente do falecido Abraham.

─ Sobre o que quer conversar? ─ indagou rapidamente, e com cuidado tomou Leon em seus braços, para começar a vesti-lo, já que o banho havia sido tomado uma hora atrás.

─ Hoje eu irei conversar com o Seung.

─ A respeito do que?

─ Sobre nós, eu e ele. ─ sua voz foi morrendo aos poucos, porque mais do que qualquer um, talvez tanto quanto o próprio Seung, ele estava extremamente nervoso.

E Lena ergueu as sobrancelhas, demonstrando-se surpresa com a fala, assim como sorriu e assentiu, deixando-lhe um carinho na bochecha.

─ Então tudo bem para a senhora voltar dirigindo? ─ ele continuou. ─ Eu... ficarei lá depois da confraternização, mas prometo que volto para casa.

─ Eu não vejo problema. ─ ela assegurou, dando mais um sorriso animado. ─ Por mim você pode dormir por lá se você quiser, e filho, eu fico muito feliz que vocês vão finalmente ter uma conversa séria. ─ Noah positivou. ─ E bom, vejo que o Seung é um homem realmente sério a respeito de seus interesses.

─ Sim mãe, ele é. A senhora pode ter certeza. ─ Noah sussurrou, com uma nostálgica expressão lhe surgindo no rosto, ao passo que um sorriso tímido constelava seus lábios e sua barriga gelava somente em pensar.

Ah, ele estava tão caidinho pelo Seung, uma pena que não percebia o quanto, mas estava completamente embalado na melodia doce e instigante que era o coreano!

─ E que horas é a confraternização? ─ Lena indagou, completando as casinhas do macacão com os botõezinhos azuis do pimpão fofinho.

─ Ah, ─ ele fitou seu relógio, que marcava exatas 18h. ─ Nós podemos sair de casa agora, assim chegaremos num bom horário.

E à vista disso, eles deixaram a casa alguns poucos minutos depois, bem como, sob as coordenadas que Seung havia enviado para Noah horas atrás, através dum aplicativo de mensagens, eles seguiram para o apartamento do moreno, onde já se encontravam algumas pessoas.

Noah apertou a campainha do apartamento, que resoou aquele conhecido ‘ding-dong’, e sorriu. Seung às vezes era tão previsível.

E quando a porta fora aberta pelo moreno, Noah não ousou reprimir o sorriso.

─ Olá. ─ Seung o saudou, e meio incerto, mas desejoso, o deu um breve abraço.

O moreno estava bonito, vestido num jeans larguinho e blusa de mangas longas, todo despojado com os pezinhos descalços e o cabelo bagunçado.

─ Oi... ─ Noah olhou-o com certa expectativas nas orbes esverdeadas.

Pigarreando, Seung não deixou o clima pesar ao dizer: ─ Ah, fiquei sabendo que havia uma certa senhora que não queria vir!

Ele logo se aproximou de Lena para dá-la um abraço, seguido de um beijinho casto no dorso de sua mão e continuou: ─ Que bom que viera, caso contrário, iria buscá-la a força, viu?

Se tinha uma coisa pela qual Lena estava começando a ficar totalmente encantada, essa coisa era todo aquele jeito educado de Seung, fosse dentro ou fora de seu ofício, ele era todo trabalhado naquela formalidade encantadora.

─ Ah meu filho, ─ Lena iniciou, apontando para Noah. ─ esse daqui me sugou a paciência todinha lá em casa, não teria como não vir com as chantagens que ele fez.

Seung acabou gargalhando sob o olhar casto de Noah, e tudo bem, tudo bem, o loiro não era o homem mais romântico em sua rotina, no entanto, quando tinha a oportunidade de ver o moreno interagindo com sua mãe como fazia naquele instante, ah... todas as muralhas se desfaziam. Ele via que dessa vez, talvez, seria compensado os anos de espera pela pessoa que o transbordaria.

─ E vocês? Que saudade! ─ Seung exclamou, olhando para os pequenos que o expectava com os olhinhos arregalados e brilhantes. ─ Vêm, entrem! Alice está lá no sofá esperando vocês para brincar.

Os pequenos olharam brevemente para a matriarca, que com rapidez assentiu, e logo entraram a passos apressados para a casa.

─ Lena! ─ uma voz gostosa fora escutada, esta vinha do lado de dentro, e imediatamente, abrindo um sorrisão após pedir licença à Seung, a mãe Ray entrou e foi recebida por uma Sunhee extremamente alegre.

Noah sentiu a mão de Seung tocar a base de sua coluna e, com um sorrisinho, ele também entrou para o apartamento, escutando em seguia a porta se fechar.

O loiro observou rapidamente os móveis da sala e se encantou, pois todo o ambiente era a cara de Seung. Os móveis, em sua maioria, eram de um mogno claro, e combinavam com o sofá de couro branco, que em seu avanço, tinha aquela habitual mesinha de centro, com vários brinquedos em sua superfície, assim como sob.

─ Seu apartamento é muito bonito, Seung.

─ Ah, você achou? ─ Noah positivou, agora o encarando. ─ Ele é bem antigo na verdade, mas eu realmente gosto dele, e fico feliz que tenhas gostado também.

O olhar do moreno se encontrou com o do loirinho, e Noah acabou sorrindo ao sentir seu dedo mindinho ser enroscado ao indicador do outro, que posicionou-se em sua frente e depositou um beijinho leve em sua testa.

─ Eu senti saudades, meu bem. ─ ele sussurrou, sentindo a cabeça de Noah manear ao contato de seus lábios, e então afastou-se um pouco. ─ Vou à cozinha pegar algo para bebermos, vai escolher o que?

─ Um suquinho está bom.

─ Tem de uva, laranja e pêssego.

─ Uva! ─ ele exclamou como uma criança, e novamente Seung sentiu uma vontade imensa de beijar aqueles lábios tão atrativos e bonitos, mas da mesma forma, mais uma vez se conteve, e assentiu, logo se encaminhando para a cozinha.

Noah ainda o encarou por alguns segundinhos, e assim que a silhueta esbelta deixou sua visão, ele deu as costas com aquele sorrisinho nos lábios, e andou até Alice, que estava envolta das três crianças.

─ Ei! ─ Noah sussurrou, atraindo o olhar dos quatros, e Alice arregalou os olhos, erguendo os bracinhos em sua direção no mesmo instante.

Fofa! ─ Nico sussurrou, recebendo uma positiva de suas irmãs, e logo Noah se curvou para pegá-la, deixando um beijinho suave em sua bochecha gordinha.

─ Oi princesa! Você está bem? ─ ele indagou, ajeitando a blusinha que a mesma vestia, e retirando uns fiozinhos de cabelo que já lhe cobriam a frente de sua face.

A pequena tinha muito cabelo, e eram tão escuros quanto os de seu pai. Alice era Seung de saia, toda a fisionomia do pai estava gravada em seu rosto; os lábios bem desenhados formando um coração gordinho, os olhinhos puxados e as pintinhas no pescoço; e a cor dos olhos, tão negros quanto o céu noturno.

─ Eu... eu estou bem. ─ Alice disse baixinho, dum jeitinho meio arrastado, e o deu um beijinho na bochecha, no mesmo instante que Eunji chegou à sala.

O patriarca da família simplesmente havia se encantado pelo jeito em como sua única neta houvera se dado tão bem com o Noah; era algo tão puro e espontâneo, que isso só fazia crescer em seu interior a sua consideração pelo Noah.

─ Vocês estão jogando? ─ Noah indagou, e logo a viu positivar para a pergunta, olhando os três pequenos sentados no chão. ─ E o que vocês estão jogando?

─ Quebra-cabeça. ─ Alice sussurrou, e deitou a cabecinha no ombro de Noah, fazendo boa parte de seus cabelos tocarem o nariz do outro. ─ Mil peças.

─ Uau! É muita coisa, né? ─ ela positivou. ─ E você costuma montar sozinha?

─ Não, não, não... Appa e Noona Noora me ajudam. ─ contou, e logo levantou sua cabeça para encará-lo novamente. ─ Eu fico muito feliz com vocês aqui em casa, Nono... e papai  também. ─ ela remexeu-se com um sorrisinho nos lábios, e ao ser deixada no chão, sentou-se novamente ao lado dos pequenos, provocando em Noah várias sensações muito engraçadas.

Alice era uma criança encantadora, não muito conversativa, mas extremamente esperta e cativante por completa, idêntica ao seu pai.

─ Noah! ─ a voz grossa de Eunji tomou a total atenção do loirinho, que acabou se virando num pulo de susto. ─ Boa tarde!

─ Oh, olá Eunji. Boa tarde! ─ ele disse apressado, evidenciando seu grande nervosismo por estar de frente para aquele homem. ─ Como o senhor está?

─ Ah, bem, bem, estou bem obrigado. ─ Noah assentiu, meio sem jeito e o escutou prosseguir. ─ Alice gostou muito de você, e isso me alegra demais.

─ Ah, eu fico feliz também... na quarta o Seung me contouvagamente sobre algumas condições dela e eu fico realmente satisfeito com a rápida aceitação dela a mim, assim como fico surpreso também, foi realmente muito rápido. ─ Eunji positivou, com um sorrisinho adorável e o escutou perguntar: ─ A Noora não vem?

─ Ah, infelizmente não. Ela tem um filho, e ele viaja bastante por conta do trabalho, ele é repórter, e como hoje ele está em Sunbury, Noora acabou tirando esse dia para visita-lo, ficará até amanhã.

─ Ah sim, que legal. E a Yuna e Suze?

─ Estão a caminho, também. ─ o loiro somente assentiu, e seus olhos fitaram Seung saindo da cozinha, com dois copos em mãos.

Mais uma vez o loiro o fitou timidamente, pensando em o quão sortudo era por ter aquele homem gostando de si. Não era pelo físico atrativo, pelo rosto bem cuidado e de traços bonitos, ou o charme inegável, não... era bem mais além, era sobre aquilo que não se via e sequer podia tocar. Era sobre o âmago de Seung, sua essência doce e excepcionalmente romântica, apaixonada, sua essência tão arrebatadora quanto o olhar tão intenso e desconcertante. E seu cerne sempre tão brilhante e instigador.

─ Noah, muito obrigado, viu? ─ o loiro, de supetão, voltou seu olhar até Eunji e espremeu os olhos, meio confuso, inclinando sutilmente sua cabeça para o lado.

─ Uh? Pelo o que?

─ Ham... ─ o mais velho titubeou um pouco antes de falar, procurando as melhores palavras e colocações. ─ Você se tornou uma pessoa muito importante para o meu filho, Noah, num momento muito complicado da vida dele, e com isso trouxe também uma vida nova para ele, com novas expectativas e perspectivas, e eu me torno muito grato a ti, de verdade. Não entenda como um puxa-saquismo, até porque eu não gosto dessas coisas, mas veja isso como um singelo reconhecimento, pois creio que se as pessoas são boas, bom... elas merecem sim, serem reconhecidas. ─ ele sorriu. ─ E outra, você é um rapaz muito inteligente, e que sem dúvidas inspira de grande forma o Seung, não sei se você tem o conhecimento disso, mas de verdade, obrigado por todo o cuidado, todo o esforço, todo o incentivo e, principalmente, muito obrigado por sonhar conosco, o mesmo sonho, que é o de ver a Univers crescer.

Noah estava extasiado, com os olhinhos brilhando, tanto em admiração quanto pelas lágrimas que já haviam se formado nas linhas de seus olhos, pois escutar aquelas palavras de um homem extremamente inteligente e brilhante como Eunji era... bom, não era fácil, e tampouco para qualquer um!

─ Ah, eu entendi de quem o Seung puxou essa simpatia. ─ Noah simplesmente disse, soltando um suspiro pesado ao passo que um sorriso formidável começava a estampar seus lábios. ─ Eu não sei o que dizer, não sei se deveria também, mas te agradeço de igual forma Eunji, por ter me recebido de braços abertos à galeria e, também, obrigado por tê-lo tanto o incentivado e ter confiado tanto nele, o Seung é importante num nível indescritível para mim, e completamente preocupado ao que tange incentivos. Então obrigado por ser um paizão para com ele! Ele tem uma admiração muito grande e forte pelo senhor. ─ Noah completou, recebendo um sorriso complacente por parte do mais velho, que logo após se retirou para olhar os alimentos que havia deixado marinar por alguns minutos.

Oh! Noah estava tremendo de tanto nervoso, e à vista disso, puxou seu ar lentamente virando-se para trás na mesma intensidade, encontrando o olhar do moreno sobre si. Ele estava encostado à uma pilastra de laminado que sustentava o fim da escada para o segundo piso, e entretanto, quando Noah fez menção de caminhar até ele, o som da campainha soou, e sob o olhar de seu amado, Seung retirou-se para atender, esboçando um sorrisão ao abrir a porta.

─ Essa barriga vai explodir. ─ ele disse sério, dando um beijo na bochecha de Suze, e depois fazendo o mesmo em Latika e Yuna. ─ E eu nem estou brincando.

─ Calma, calma! Segunda eles já estão aqui. ─ a loira respondeu, soando mais divertida que o amigo, enquanto entrava para o apartamento com aquele andar lento que só as grávidas têm.

─ Você tá falando sério?

─ Sim, a cesárea foi marcada para as sete horas da manhã. ─ ela contou, cansada, já fitando Noah caminhando em suas direções.

O loirinho cumprimentou as três com calma, mas é claro, deu atenção especial à Suze, que não aguentou ficar de pé nem por três minutos, devido ao peso de sua barriga, e logo se sentou, iniciando um longo e confortável bate-papo.

Passado algum tempo, mais amigos da família chegaram, e com euforia Seung apresentou todos os seus para eles, em especial o Noah, é claro. Depois, cada um em seu canto, ele engatou numa conversa com seus melhores amigos, desde que chegara a Melbourne.

─ Mas me diz, já tem planos para agora? ─ Marcus Frost, um homem na faixa etária de Seung, perguntou ao tomar um gole do champanhe em sua taça. ─ Quero dizer, depois da exposição você sabe que não pode parar, não é?

─ Ah sim, tenho planos sim. ─ ele respondeu, animado. ─ Bom, agora em outubro terei uma exposição compartilhada no norte da França!

─ Você tá brincando? ─ Alison Frost, esposa do Marcus, indagou admirada.

─ Nem eu estou acreditando. ─ o moreno respondeu, num tom brincalhão. ─ Foi uma grande coincidência, que realmente me deixou doido. Vocês conhecem o Franco Rosé?

─ O que?! É claro que sim! ─ Marcus respondeu, sendo ele um grande apreciador das artes em geral. ─ O que dizer de Kiss and the Moon? ─ indagou, referindo-se a uma obra renomada do grande Franco. ─ Você se lembra dele, amor?

─ É com ele a parceria? ─ Alison retorquiu, bebericando da bebida de seu esposo. ─ Meu querido, eu só posso dizer que você é da Austrália para o mundo.

─ Deus! Vamos com calma. ─ Seung brincou, coçando a nuca num trejeito embaraçado. ─ Eu comecei agora.

─ Mas ué, você tem uma equipe maravilhosa para isso mesmo! ─ Alison pontuou, dando uma olhadela por toda a sala. ─ Seus pais, seus assistentes e amigos!

─ A gente tá aí para isso mesmo, seu japonês. ─ Marcus brincou, dando um empurrãozinho no braço do moreno, que rapidamente espremeu os olhos em sua direção.

 ─ Japonês é o seu avô! Eu sou coreano. ─ ele retrucou, e observou Alice rapidamente, que estava super entretida com as crianças. ─ E vocês, por qual motivo não trouxeram a Samantha? Vocês sabem, a ‘lili’ ama a ‘sasa’.

─ Ah, ─ Marcus resmungou, depois de um sorrisinho fraco, e puxou o ar de uma maneira lenta logo em seguida. ─ ela foi embora, quer dizer, meu irmão a levou.

─ O que? Por quê? Como assim?

─ Ele disse que agora terá mais tempo para ficar com ela.

─ E se não tiver? ─ Seung indignou-se. ─ Sua sobrinha merece atenção, Marcus.

─ É, eu sei que sim, mas infelizmente a escolha não cabe a mim. ─ ele lamentou. Recebendo em suas costas um afago de Alison. ─ Samantha ainda é menor de idade, Paul e Emmile são pais dela, então... eu não tenho muito o que fazer a não ser aceitar.

E era infelizmente verdade. Enquanto Alison e Marcus moravam com a pequena Samantha, eles tinham certo arbítrio sobre ela, até porque moravam a milhares de quilômetros de Paul e Emmile, e outras questões, mas agora... a garotinha já havia voltado ao Uruguai, e não havia mais discussões sobre isso!

Desde então, algumas horas se passaram.

Os Ray foram os primeiros a irem embora, pois a crianças acabaram dormindo no sofá de tão cansados. E depois foram Alison e Marcus, assim como Suze e Latika, já que a grávida estava cansada demais e com muito sono. Por último Yuna deixou a casa, acompanhada dos Yoon, e é claro que a negra quase explodiu de amor quando, através de uma curta conversa, ficou sabendo que Noah e Seung finalmente iriam esclarecer todos os fatos.

Assim sendo, após a porta ser fechada, Seung sugou o ar paulatinamente.

─ Eu só vou subir a Alice para o quarto, tá bem? ─ o moreno perguntou, vendo Noah simplesmente positivar, com um sorrisinho nos lábios.

A garotinha havia dormido no meio da bagunça também, e enquanto Seung se ocupava com a tarefa de trocá-la e pô-la no quarto, sem muita pressa o Noah retirou alguns utensílios que haviam sido usados na hora dos comes e bebes lá na sala, e os levou para o lixo da cozinha; depois juntou toda a louça, que era pouca, dentro da pia, e caminhou novamente para a sala, onde esperou mais alguns minutinhos por Seung.

─ Me desculpa por ter demorado, ela acabou despertando um pouco, mas consegui colocá-la para dormir de novo. ─ Seung se pronunciou, descendo as escadas.

─ Sem problemas. ─ Noah sorriu, e deu dois tapinhas ao seu lado do sofá, ao ter o moreno em sua frente, aparentando estar nervoso. ─ Você está sóbrio, sim?

─ Estou, sim! ─ Seung respondeu rapidamente, fazendo Noah até se assustar. ─ Eu só tomei duas tacinhas de vinho.

─ Sim, eu sei que sim. Mas tem gente que com uma já está fazendo serenata para meio mundo. ─ o loirinho brincou, mas logo sorriu. ─ Você está nervoso...

─ É você quem me deixa nervoso. ─ Seung soltou, engolindo em seco logo após. ─ Principalmente agora, a respeito da nossa conversa e afins.

─ Ah, não fique. ─ Noah aconselhou, deixando um carinho breve no queixo alheio, que já crescia uma barbinha. ─ Nossa conversa será breve, mas esclarecedora. Serei direto!

─ Está bem!

─ Primeiro, me desculpa por aqueles últimos dias na galeria, ok? Eu não queria ser grosso, frio e muito menos duro com você, de verdade! Mesmo que mantendo o respeito. ─ Noah iniciou, realmente indo direto ao ponto, e Seung assentiu. ─ O problema é que eu notei coisas diferentes no nosso relacionamento “chefe e funcionário”, é claro que algumas, na noite da exposição, já me foram esclarecidas e aceitas, já outras não. ─ Noah suspirou, e percebeu que naquele momento Seung estava totalmente disposto a escutá-lo, tendo o peitoral totalmente virado para si, e o olhar ligado ao seu. ─ Eu sempre fui muito cuidadoso com tudo ao que envolve sentimentos da alma, entende? ─ o moreno assentiu. ─ E eu de fato, não tinha propósito algum de gostar de pessoa alguma ainda esse ano, pois o meu foco era só trabalhar. E eu vou ser sincero com você, quando eu entrei na Univers, com certeza não imaginei que um dia estaria na sala do meu chefe conversando sobre isso!

Seung acabou sorrindo, e logo também riu, aproveitando para apoiar a lateral de sua cabeça no encosto do sofá, deixando Noah encantadinho com aquela cabeleira escura lhe caindo sobre a bochecha.

─ Eu tive uma fase na minha vida não muito agradável, sabe? Apesar de que eu nunca tenha sido uma pessoa namoradeira, na verdade só estive em dois relacionamentos amorosos, e um deles literalmente me tirou o chão quando chegou ao fim, ─ ele riu de nervoso. ─ eu me relacionei com as pessoas, só que isso acabou me assustando e tirou todo aquele encanto à la Encantada, da minha mente. ─ Seung acabou soltando uma risada, diante a referência, mas logo ficou sério.

Quem em sã consciência teria coragem de machucar o loirinho? Noah, depois de sua filha, era o ser mais belo que Seung já havia conhecido, por fora e, principalmente, por dentro. O rapaz era como ouro, um diamante lapidado, que não se jogava fora ou se quebrava, muito pelo contrário, o cuidava com esmero!

─ Seung, eu não imaginava nada disso porque para mim estava fora de cogitação a possibilidade de sentir, pelo meu chefe, qualquer tipo de sentimento que fugisse da realidade profissional. ─ ele engoliu em seco, e umedeceu os lábios, puxando o ar com calma logo em seguida ao entrar naquela parte da conversa, a mais importante e o pilar de tudo. ─ Sabe, eu achava normal a questão do “te admirar”, pois você é realmente um profissional com competência. Sério quando precisa, cabeça-fria e dominador em suas especialidades, no entanto, eu percebi que essa admiração ia muito além da admiração profissional, e... depois de um tempo trabalhando com você, eu acabei, mesmo que sem querer, começar a te olhar com outros olhos. ─ Seung percebeu o rubor se formando nas duas maçãs gordinhas de seu semelhante, e sorriu, se aproximando um pouco só para conseguir apertá-las.

─ Fofo. ─ ele sussurrou, acariciando-lhe a bochecha direita, ao passo que Noah acomodou seu peso na palma lisa e se moveu como um gatinho, sentindo mais daquele carinho. ─ Lindo.

─ E aí você também entrou com todas essas suas atitudes afetuosas e simplesmente me tomou, mesmo que sem a consciência disso, me tomou. Porque eu sou de atitudes, e você... ─ ele sentiu os olhos queimarem, e nesse mesmo instante, percebeu que de fato estava emocionado. Céus! Há quanto tempo não sentia isso? ─ Você fez tudo tão direitinho que parecia até me conhecer há anos. ─ ele riu, aquele riso falhado uma vez que a vontade de chorar já embargava sua garganta. ─ Os cafés, eu sei que não eram premeditados, mas sim, até os cafés da manhã foram capazes de me encantar, assim como o seu modo de tratar a sua família, a Yuna e a Suze, mesmo depois de afastada, e principalmente a minha família. Isso para mim é muito importante, e você fez acontecer de maneira que parecesse os conhecer há anos.

─ Mesmo? ─ Seung indagou, sentindo sua canhota ser laçada à do mais novo. ─ Isso para mim é importante também, meu bem... vê-lo se dar tão bem com todos da minha família, a Alice principalmente, para mim é muito importante.

Noah mordiscou o cantinho de seus lábios inferior e sorriu, sem mostrar os dentinhos, subindo, em seguida, sua mão livre pelo braço direito do moreno e pausando em seu queixo, onde fez um carinho.

─ Então você estava todo estranho daquele jeito porque eu sou seu chefe, e você nutre sentimentos por mim? ─ ele indagou, com um sorriso divertido.

─ Eu gosto de você, Seung. ─ Noah o respondeu, num sussurro, e observou o olhar do mais velho tornar-se iluminado.

Assim sendo, sem muito relutar, aproximou-se calmo, mas com certa urgência de seu rosto, e com carinho, tocou-lhe os fios escuros, penteando-os para trás.

─ Você tem certeza de que gosta de mim, Noah? ─ ele indagou, deixando claro sua pequena, mas existente insegurança. E Noah tornou-se sério de repente, encarando-o rapidamente no fundo daqueles orbes escuros.

Noah tremia de medo só de pensar em magoar uma outra pessoa. Sentimentos eram muito especiais para levarem na brincadeira, e Seung... Seung era especial demais, único demais, necessário demais para ser levado como uma brincadeira. Não podia falhar com Seung!

─ Seung, você é extraordinário. Seria impossível não gostar de você! ─ ele confessou, e o ajudou a se acomodar melhor no sofá, já que estavam num posição desconfortável. ─ E eu tenho aquela gostosa sensação de que esses sentimentos que nutro por você irão somente aumentar, e melhorar, e evoluir. Porque eu estou sucumbido por você, pela sua essência, e eu sou completamente devoto à ideia de tê-lo.

Seung sorriu, completamente apaixonado, antes de dizer: ─ Você é o ser mais incrível que eu já pude contemplar...

─ Sou? ─ Noah, fechando os olhos diante aquela sensação avassaladora que lhe consumira diante aquela fala que o transbordava, sussurrou de volta, o sentindo subir com uma mão pela lateral de seu corpo e pairar na nuca, lhe deixando um carinho gostoso.

─ Sim, você é incrível, e também é maravilhoso, e me instiga a cada vez mais querer conhecê-lo! ─ Noah sorriu, pois sabia ao que Seung fazia menção, e sem mais tardar, foi ele mesmo quem inclinou-se mais um pouquinho, deixando com que seus lábios tocassem suavemente o do mais velho. ─ Você não vai virar agora?

─ Me beija, Seung. ─ ele sussurrou, sentindo a mão livre do moreno pausar em seu quadril, com delicadeza e firmeza, enquanto direcionou suas próprias mãos ao colarinho da camisa alheia. ─ Por favor!

Escutando aquele pedido tão baixinho, e observando aquele belo rosto próximo do seu, Seung puxou-o com sutileza pela nuca, e juntou seus lábios num toque singelo, simples, um toque que fez Noah suspirar e se ajeitar entre as pernas do moreno.

A junção daqueles lábios parecia à combinação perfeita, pois enquanto os lábios de Noah eram um pouco ressecados e quentinhos, macio numa pequena contradição, os de Seung eram geladinhos, macios, e essa combinação era maravilhosa para ambos.

O toque úmido que Noah teve em seu lábio inferior, o fez instintivamente dar espaço para sentir o contato quente da língua de Seung à sua, e céus! Era um palato bom, unido ao sabor do vinho doce tomado alguns minutos atrás e o natural.

O beijo era calmo, mas tão desejoso que Noah poderia entrar numa combustão espontânea.

Os corpos flamejavam, e nem era no sentido sexual, mas sim no mais amoroso possível, e Seung o tocava com cuidado, não ultrapassando a linha da cintura.

Noah já fora tocado muitas vezes nessa vida, e em nenhuma delas, porém, ele foi tocado daquele jeito como Seung o tocava, esbanjando cuidado e devoção, pois para Seung, tocar Noah era como tocar uma rica escultura marmoreada, necessitava cuidado. Assim como as sensações eram indescritíveis.

Aquele rapaz de sangue quente e com detalhes avassaladores, o tirava de sua órbita no mais alto grau, o transportando facilmente de encontro a vários outros universos, os quais naquele mesmo átomo de segundo, ‘Noahs’ e ‘Seungs’ se encontravam daquele mesmo jeito, criando laços sentimentais ainda mais intensos.

E quando o ar faltou, Seung suspirou com certa fraqueza, leve demais depois daquele beijo maravilhoso, e o selou na bochecha, na testa, onde segundo depois apoiou a sua, sentindo a respiração suave de seu semelhante tocar os seus olhos.

─ Foi bom? ─ Seung sussurrou, com um casto sorriso, o qual Noah não pode ver, por ainda estar de olhos fechados.

─ Eu não sei, acho que deveríamos repetir mais umas mil vezes para eu ter a total certeza. ─ Noah respondeu, soando brincalhão, e o deu um selinho carinhoso antes de se posicionar melhor naquele acento, sentando-se entre as pernas de Seung, de frente para o mesmo, com as perninhas flexionadas e as laterais de seus joelhos sobre as coxas torneadas do moreno.

Noah pairou as mãozinhas gordas sobre as mandíbulas bem marcadas do moreno, e roçou seus lábios sem pressa.

─ Eu sinceramente não sei se aguentaria passar mais tanto tempo te tendo tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. ─ Seung confessou, o dando um beijo no dorso da mão de Noah, contato que o fizera quase derreter de amor.

─ Então, a partir de agora não passe. ─ Seung, curioso, espremeu o olhar em sua direção e logo perguntou:

─ O que quer dizer com isso, loirinho?

─ Não está óbvio, Seung? ─ o moreno somente negativou. ─ Você tem passe-livre para me beijar, me abraçar, onde e como quiser, e não é como que se eu fosse sua posse, mas eu com certeza quero só você!


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Notas finais do capítulo

AEEEEEEEEEEE! SAIU O TÃO ESPERADO BEIJO KKKKKKKKK e eu sei, talvez não tenha sido o que vocês esperavam, mas foi o que eu imaginei em todo o tempo, e apresentou o curso que todo o roteiro dessa estória em especial tem: amor, carinho, respeito, paixão, cuidado e centenas de outros sentimentos maravilhosos.

espero que tenham gostado, e eu volto logo! beijinhos e abraços ♥



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