Yoonay escrita por stanoflove


Capítulo 21
Exposition d'art - partie I.


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeee ♥ então, chegamos ao tão desejado dia da Exposição da Univers aaaaaaaaaaaaaaa fico tão feliz pelo nosso bebê Seung, M A S tenho um aviso importante, esse dia será dividido em dois capítulos, pois ficou muuuuuito grande e se eu deixasse como estava, apesar de maravilhosos, ia de fato ficar cansativo!!

O capítulo de agora será voltado para o dia inteiro do Seung até a chegada à Cathedral, o próximo que terá o foque nela (exposição) AAAAA ansiosa! ♥

No mais, comentem e: boa leitura!



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Sexta-feira, 25 de agosto de 2017.

O grande dia, após muita ânsia, havia chegado.

Seung, que se encontrava acordado há um tempo, ainda se via deitado em seu colchão. Com os braços e pernas esticados, ele fitava sem parar o teto branco do quarto.

Seu primeiro pensamento pela manhã fora mais como um lembrete de que aquele dia seria o marco de sua ascensão, e ele acreditou, pois aquelas pequenas palavras ficaram perdurando por sua mente durante o tempo que ficara deitado.

Ele girou milimetricamente sua cabeça e fitou o relógio ao lado da cama, sobre o criado-mudo. Havia dormido demais para um dia como aquele, então sentando-se no colchão macio, ele esfregou o rosto num ato sonolento.

Eram 11h30, e apesar de que tivesse dormido prazerosas doze horas de sono, Seung tinha a dolorosa sensação de que um caminhão havia passado por cima de seu corpo várias vezes seguidas e, após isso, uma bigorna houvesse caído em sua cabeça.

O corpo inteiro doía, e sua cabeça parecia querer explodir a qualquer momento, mas o moreno ignorou os efeitos de uma semana inteira mal dormida e detidamente levantou-se, sentindo os músculos tencionarem em dor.

Lá de seu quarto, apesar de que esse fosse no segundo andar, conseguia escutar as gargalhadas de sua mãe e dona Noora ecoar até aos seus ouvidos, deixando ainda mais claro o quão feliz elas estavam.

Então o moreno caminhou até uma caixa de medicações que havia em seu guarda-roupa, de lá pegou dois comprimidos e, sem água mesmo, os engoliu.

Logo após escovar os dentes no banheiro de seu quarto, lesto, ele abriu as cortinas do aposento e soltou um resmungo ao que a luz matinal chegou em sua retina, fazendo algumas estruturas internas de sua cabeça dar vários loops.

Ainda entre resmungos, Seung vestiu um bermudão largo e deixou seu quarto, traçando o corredor até as escadas.

Se sentindo péssimo, ao chegar no primeiro degrau ele estancou embasbacado quando viu a figura loira de pé ao lado de seu sofá.

Compartilhavam em suas veias o mesmo sangue, mas não se viam há tempos, e isso, para ambos, era doloroso.

─ Caramba Seung, achei que tivesse entrado em coma! ─ abrindo os braços, com os olhos saltados e sorriso escancarado em completo pasmo, ele a recebeu com um abraço nostálgico.

─ Eu não acredito que você veio. ─ sua voz saiu quase inaudível, enquanto deixava um beijo suave nos cabelos alheios, assim como um afago.

─ Eu senti saudades também. ─ a loira complementou, e mergulhado em descrença, Seung afastou-a milimetricamente de seu corpo para observa-la melhor e a puxou novamente para o abraço, apertando com mais força.

─ Caramba Eunbi, eu estava crente de que você me apareceria com uns quatro metros de altura, mas percebo que eu estava redondamente enganado. ─ Seung, não perdendo a oportunidade de fazer da altura alheia o centro de suas piadas, provocou.

Mas a loira não querendo ficar para trás, com uma risada debochada ela afastou-se do corpo de seu primo, e com uma careta, ela soltou: ─ Caramba Seung, eu estava crente de que você iria evoluir com suas piadas, mas percebo que eu estava redondamente enganada.

E Seung, ao passo que seguiu pela sala com um sorriso animado, exclamou um “bom dia mãe, bom dia noona” para as duas mulheres que se encontravam apoiadas no balcão divisório da cozinha.

Mas, no instante seguinte, seu olhar foi de encontro ao pontinho branco sentado numa cadeirinha de leão de frente para uma mesinha verde. Então, ele agachou-se calmamente até se encontrar de frente para a pequena Alice, que tinha sua atenção voltada para um pratinho com bananas amassadas.

O moreno a espectou com um sorriso afável, e, esperou que a mesma focasse o olhar em si, e quando essa o fez, ele tomou-lhe delicadamente a destra, que estava desocupada, e gentilmente levou-a até seus lábios, selando sutilmente o dorso de sua mão.

─ E não menos importante, bom dia minha princesa.

O simples ato arrancou de Alice um sorriso, um com janelinhas encantadoras, então a pequena o envolveu num abraço rápido e deixou um selar estalado em sua bochecha direita.

Bom dia appa! ─ ela manhou, deitando a cabeça em seu ombro.

Seung, direcionando um olhar para as duas mais velhas, afastou-se com a pequena em seu colo, até o interior da cozinha e a sentou sobre o balcão de centro.

─ Tesourinho, você está bem? ─ sua voz sempre mansa, agora tinha uma pontada de preocupação e a baixinha deu de ombros, não sabendo definir o que sentia.

A pequena Alice, assim como não se comunicava tão bem, tinha constantes mudanças de humor, e esse fator alterava, algumas vezes, em questão de minutos.

 ─ Está sentindo alguma dor? ─ ela negou com a cabeça, soltando um pesado suspiro pelos lábios que logo em seguida formaram um bico choroso.

Quando a primeira lágrimas escorreu do olho esquerdo, Seung a tomou rapidamente para um abraço e afagou a cabeleira castanhas, iniciando poucos instantes depois o canto da música Bem-Vindo do filme Irmão Urso, em seu ouvido.

Essa fora uma das técnicas que ele havia adquirido com o passar do tempo, no intuito de acalmar sua filha. Simplesmente cantava trechos de músicas dos filmes que ela mais gostava, dançava com Alice em seus braços, ou a abraçava.

Do seu lado estou, você do meu está também. Então vem! ─ ela o ajudou, com a voz entrecortada, numa parte em que acabou por se atrapalhar, e sorriu, levantando o rostinho que brilhava em lágrimas.

Sutilmente Seung limpou as bochechas de sua filha e a encarou, ainda com aquele olhar zeloso, a pegando novamente no colo, e direcionando seus passos para a sala enquanto dizia:

─ Meu anjo, hoje à noite nós vamos na galeria, você se lembra? ─ Alice, com o olhar atento, somente assentiu. ─ E adivinha? A prima Eunbi também estará lá, isso não é ótimo? ─ não esperando pelo ato seguinte, a pequena o surpreendeu quando espremeu os olhinhos num sorriso largo.

Alice, normalmente, também não tendo facilidade, não expressava constantemente suas emoções, e quando esses momentos aconteciam, Seung aproveitava com grande devoção.

─ Vai ficar por quanto tempo, loira? ─ ele se pronunciou, acariciando os cabelos da filha, que já havia se entretido com o borbulhar da água em seu aquário.

─ Não sei, mas não muito. Talvez uma semana somente, a companhia do avô está tendo alguns problemas e ele recorreu logo a quem? É, isso mesmo, a mim.

─ Eu te disse que Advocacia era furada, Eunbi. ─ ele a provocou, se esforçando em conter uma risada gostosa quando a loira quase levantou o dedo do médio em sua direção.

Num pedido rápido de licença, Noora deixou a sala para atender uma ligação.

─ Você vai deixar tia? ─ contrariada, ela virou-se para Sunhee, que somente assistia o momento com um sorriso nos lábios.

Como defesa, a morena só levantou as mãos num curto sinal e disse: ─ Eu? Eu me abstenho de comentários.

─ Sabe por que ela se abstém? Porque ela sabe que estou certo. ─ enquanto sentava Alice no sofá, Seung deu continuidade à provocação. ─ Mas tá bem, o que houve com a companhia?

Uma lufada pesada deixou sua boca, e num ato de fúria, a loira espremeu os olhos.

─ Você acredita que vovô está metido com lavagem de dinheiro? ─ Sunhee puxou o ar com força, e inclinou levemente sua cabeça para trás, soltando uma risada incrédula.

Seung não se encontrava diferente. Incrédulo, ele pôs-se de pé e olhou para a loira, logo a indagando: ─ Como assim metido com lavagem de dinheiro?

─ Ok, isso é uma conversa longa primo. Não é algo que irá durar somente dez minutinhos!

─ Tá, tá, tá! Não me importa, mas você não vai acobertar ele, né? ─ ele perguntou, e percebendo o olhar vacilante da garota, seus olhos quase saltaram com a possibilidade. ─ Eunbi! Isso é errado pra caramba, você não pode aceitar esse tipo de coisa. ─ mas ele sabia, sabia perfeitamente a pressão que sua semelhante sentia.

─ Eu ainda estou tentando encontrar uma saída quanto a isso.

Sunhee, não querendo se pronunciar tanto ao assunto que tangia sua parte da família, inquietou-se na banqueta, mas suspirou e soltou: ─ Eunbi, você é uma garota muito sábia para estar se deixando ser influenciada por esse tipo de assunto. O que eu te disse logo que formou-se em direito? ─ a morena deu-lhe um curto toque e piscou-lhe, voltando a sua fala: ─ Você sabia desde o início que essa família iria montar sobre as suas costas, e eu sinto muito em lhe dizer, mas enquanto você não deixar aquele lugar, isso vai acontecer muito mais vezes.

Exausta, só de pensar no assunto a dor de cabeça lhe afligia, a loira jogou-se no sofá, ao lado da pequena Alice, que ajeitava numa pequena tábua em seu colo, um jogo multicolorido.

─ Alice? ─ Eunbi a chamou, e esperou receber o olhar que chegou alguns segundos depois. ─ Não seja uma pessoa má quando crescer.

Seung riu da atitude de sua prima, e caminhou até a mesma, sentando-se no braço do sofá, bem ao seu lado, e deixou-lhe um afago nos cabelos.

─ Você vai se sair bem dessa situação. E se eles te expulsarem de casa, você tem a nós. ─ Eunbi arregalou os olhos com a possibilidades e não relaxou quando viu Sunhee assentir, percebendo que eles falavam sério, mas muito sério.

Entretanto, infelizmente, sua linhagem era realmente de uma família ruim.

Seung soltou um pigarro, querendo soar o mais casual possível ao entrar num outro assunto, e disse: ─ Mãe, Yuna ou Noah deram algum sinal de vida?

─ A Yuna sim, ela fez uma vídeo chamada logo cedo, toda animada. ─ antes de continuar, Sunhee fez uma breve pausa, e pendeu a cabeça para o lado, dizendo de modo sugestivo: ─ Bom, ela estava com o Noah no vídeo, só o vi naquele momento.

─ Com o Noah? O que eles faziam juntos?

─ Ah, Yuna foi buscar o vestido no atelier e Noah foi comprar alguma coisa, roupa, eu acho. ─ não querendo transpassar frustração, o moreno somente assentiu e forçou um sorriso em seu lábios, um que não enganou a ninguém.

─ Bom, eu vou ajeitar o meu quarto e daqui a pouco eu desço.

Eunbi esperou que o moreno subisse toda a escada, e quando já não mais escutou seus passos, ela virou sua cabeça como Regan MacNeil em O Exorcista.

─ É impressão minha ou ele ficou todo afetado quando o nome desse tal Noah foi mencionado, huh?

─ Não... não é impressão. ─ Sunhee disse com pesar, vendo Noora retornar a sala e sentar-se ao seu lado, noutra banqueta ─ O Noah é um rapaz que contratou há uns três meses para ajuda-lo nos afazeres da galeria, mas Seung arranjou um carinho por ele que é intenso! ─ Eunbi ergueu as sobrancelhas, surpresa com a fala e soltou um sorriso em seguida.

─ Seung gosta de homens também? Uau, eu sinto que já deu match.

─ Não é bem assim, Eunbi. ─ Sunhee a advertiu, negativando com a cabeça enquanto deixava um sorriso escapar. ─ Eu não diria que ele exatamente gosta do Noah, mas... ai, não sei! ─ exclamou por fim, levantando as duas mãos em exaspero.

─ Mas e esse Noah, demonstra alguma coisa?

─ Ai é que tá! Eles estavam se dando tão bem, e do nada o loiro passou a repeli-lo, isso já vem acontecendo há quase duas semanas, o Seung está tão caidinho.

─ É, o loiro parece ser alguém bem especial. ─ Eunbi ciciou, e encarou Alice. ─ Não é não, Alice? ─ a moreninha, sem encara-la, ainda entretida em seu jogo, somente confirmou com a cabeça.

─ Mas o Noah é bem especial mesmo, um rapaz engenhoso e de muito empenho. Vocês irão conhecê-lo hoje. ─ tanto Noora quanto Eunbi deram de ombros, concordando com a situação.

E durante toda o dia as senhoritas passaram jogando baralho e conversa fora. Há tantos não tinham aquele momento delas. Noora, Sunhee e Eunbi sempre foram muito próximas. As duas última tinham Noora até como mãe, pois essa as cuidava tão bem e sempre lhes preparava um bolo delicioso, que já haviam comido enquanto assistiam à mais uma de suas novelas mexicanas.

E as três gastaram toda a tarde assim, aproveitando suas companhias da melhor forma.

Alice não demorou para pegar no sono, naquele período, e um pouco depois Eunji chegou ao apartamento do filho.

Estava tão animado com as conquistas de seu descendente que o sorrisão em seus lábios o denunciava com facilidade. Sentia-se muito orgulhoso do unigênito, pois para ele, vê-lo alcançando seus triunfos de forma limpa e respeitosa era o seu maior anseio se tornando realidade.

Era claro que Eunji não se apresentava como um homem de muitas demonstrações, não com palavras, mas sempre deixava claro o quão ufano estava através de seus atos.

E depois de cumprimentar Noora e Eunbi, essa com um afago na cabeça e um curto abraço, ele deixou seu terno encapado sobre o braço da poltrona, assim como os dois pares de sapatos, seu e de Seung, perfeitamente polidos.

E em seguida chamou por sua esposa, que o acompanhou até a cozinha.

─ Você está bem? ─ Sunhee indagou, acariciando lestamente a face direita de seu esposo, mas foi surpreendida ao ser puxada para um abraço, e logo em seguida, teve seus lábios tocados num beijo longo.

Apesar de surpresa, a matriarca somente sorriu largamente e o envolveu num outro abraço mais forte, deixando-lhe um beijo casto na ponta do nariz.

─ O que foi isso? ─ ela indagou risonha, ao se afastar somente para se sentar numa das banquetas que rodeavam o balcão de centro.

─ Saudades. ─ o grisalho, a fazendo esboçar um sorriso totalmente apaixonado, soltou sem cerimônias, e tamborilou os dedos sobre a pedra de mármore. ─ E Seung, onde está?

─ Ah, ele está no quarto, não acordou se sentindo muito bem.

─ Logo hoje? ─ Eunji lamentou, e viu a esposa assentir. ─ Mas o que ele tem?

─ Agora a pouco fui em seu quarto e ele me contou que desde cedo está tendo dor de cabeça, os músculos estão tensos e começou a ter febre.

─ Mas por que ele não foi ao hospital para ver isso logo? Eu já cansei de dizer a ele que com saúde não se brinca. ─ irritado, Eunji ralhou, escutando um tempo seguinte a voz de seu filho ecoar pelos cômodos.

─ Calma meu senhor, não é nada demais.

Trajando somente uma samba-canção, sem vergonha alguma, Seung atravessou a sala e riu ao ver Eunbi e Noora tampando suas visões e abaixando a cabeça somente para tirar uma com sua cara.

─ Yoon Seung! Vá vestir uma roupa mais decente, temos madames nessa sala! ─ Noora exclamou, deixando uma riso escapar e escutando a gargalhada do moreno se tornar mais baixa de acordo com que ele avançava para a cozinha.

Seung estava se sentindo inteiramente péssimo, mas como sempre, querendo transparecer força e vigor ao seus pais, ele somente tentou ao máximo ignorar todas as dores.

─ Yoon Seung, por que não procurou um médico? ─ Eunji, antes de qualquer coisa, o cobrou.

Mas o moreno calmamente abriu a geladeira, pegou uma garrafa de água e despejou o líquido no copo de vidro, tomou tudo, sentindo a sequidão de sua boca tornar-se escassa, e enfim virou-se para o patriarca.

─ Pai, pai... não é nada demais, sério. Só acordei com algumas dores incômodas, mas nada que venha me atrapalhar. ─ ele assegurou e o deu um meio abraço. ─ É hoje hein, vai estar tudo muito incrível, do jeito que o senhor me instruiu, sim?

─ Sim! ─ Eunji respondeu sem delongas, deixando dois afáveis tapinhas em suas costas, cheio de orgulho. ─ Como se sente?

─ Me sinto o melhor do mundo. ─ respondeu sincero, soltando aquele sorrisão que sua mãe tanto gostava.

E Sunhee retirou-se em seguida, na correria, quando Eunbi quase engasgou-se com o amendoim ao avisa-la de que uma das personagens havia sido pega no flagra, arrancando Eunji e Seung risadas silenciosas.

Mas o grisalho logo voltou seu olhar para o filho e retomou a conversa.

─ Você já ligou para saber se já está tudo ok? Eu passei lá mais cedo, porém foi bem rápido.

─ Sim, Yuna também havia passado por lá mais cedo e me avisou de que tudo já estava devidamente organizado.

─ Ok, sua roupa? ─ Seung positivou com a cabeça, assim como fez para as duas próximas perguntas sobre o horário para a Alice voltar e se ele já havia conversado com ela sobre a saída.

Eunji era o designado avô babão.

Sempre que a pequena Alice estava por perto, apesar de que essa não se comunicasse com constância, ele a enchia de carinhos e tentava ensinar coisas novas, algumas comemorava com jubilo quando ela aprendia, já outras ele só tinha paciência para continuar explicando e explicando.

Eunji e sua esposa eram muito gratos pela neta que tinham, a única também. Eles costumavam dizer que Alice tinha pego todo o brilho e pureza do mundo só para si, por isso era tão especial.

E, de fato, a garotinha, que era portadora da síndrome de Asperger, podia facilmente ser tida como o humano mais puro desse universo.

É claro que ela tinha as explosivas reações muitas das vezes, era natural de seu corpo, e nunca, jamais, seu pai, avós ou até mesmo a Noora ousou levantar a voz. Eles entendiam que eram as reações que o seu corpo projetava quando muitas informações se acumulavam, então somente a puxavam para um abraço, coisa que ela muito amava, ou só esperavam o momento passar, sempre ao lado dela, como guardiões constantes.

E Alice, apesar de que não soubesse se expressar, amava o cuidado de seus familiares; amava o modo como era amada e tinhas suas particularidades como pedras preciosas para aqueles que estavam ao seu redor, apesar de que não compreendesse perfeitamente.

Alice era um ser cativante, em seu tempo, sempre surpreendendo ao pai quando avançava mais algumas pequenas casas nas seções de terapia. E Seung acompanhou cada passo da garotinha.

Quando Dakota fez descaso, Seung somente amou mais e mais aquela por quem tinha o maior amor do mundo. Às vezes mimava Alice em minuciosas situações, mas também discernia quando tinha de ter um pouco mais de pulso.

Seung era um paizão, e ela o amava da forma mais doce que qualquer um poderia amar. Alice, não só a ele, sempre oferecia o amor mais puro que as pessoas poderiam experimentar, e talvez, fosse por isso que, apesar de suas agitações, pessoas aleatórias se pegavam apaixonadas pela pequena garotinha de quatro anos.

E depois deles tanto papearem, Seung retirou-se para acordar a Alice. A deu um banho com muita espuma, como pedido, e logo após, com ela vestida num hobby preto e toalha branca no cabelo, ela sentou-se na cama de frente para o seu guarda-roupa.

─ Appa? ─ ela ciciou, segurando a toalha que quase escorregava por seu cabelo.

─ Sim?

─ O vestido agora? ─ ela continuou, recebendo um olhar confuso de seu pai que se agachou a sua frente em seguida. ─ Eu vou comer, talvez vou me sujar.

O moreno, que inflou as bochechas com ar e o soltou, deixou um riso soprado escapar.

─ É claro que o appa sabia, só estava te testando para ver se você também se lembrava. ─ brincalhão, ele deixou um beijo na ponta do nariz afilado de Alice, e pôs-se de pé, escutando o riso fofo da baixinha. ─ Mas então, vamos lá tomar sua vitamina e comer uns cereais, huh?

Alice segurou a mão que lhe estava estendida e desceram para a cozinha.

Todas as mulheres e Eunji já haviam ido se arrumar, Seung deveria estar fazendo o mesmo, mas preferia primeiro dar atenção a Alice.

─ Vai querer quais frutas?

─ Hum... leite, morango, banana e biscoito. ─ balançando os bracinhos e sorrindo largamente, ela apontou para os respectivos alimentos.

Não é como se fosse difícil ver a pequena sempre tão expressiva em suas emoções, mas hoje ela estava tão diferente, e Seung só podia aproveitar ao máximo aquele momento.

O moreno então fez uma vitamina com tudo o que ela pediu e depositou o conteúdo num copo de unicórnio, com canudinho, que ela tanto amava, e depois na tigela ele despejou vários tipos de cereais.

─ Seung, o que você está fazendo desarrumado ainda? ─ Sunhee, chegando a sala, perguntou já vestida.

Ela usava uma pantacourt de alfaiataria na cor vermelha, e uma blusa ombro a ombro na cor branca, e seus pés calçavam um salto fino, de tira única, na cor preta. Ela estava linda.

─ Vai, vai se arrumar logo que eu fico com o meu bebê. ─ e o empurrando, sem dar-lhe a oportunidade de ir contra, ele por fim subiu.

Mas Seung sabia de seus compromissos, e sabia bem que deveria estar na galeria a menos duas horas antes da exposição, então foi rápido em seu banho.

E no quarto, ele vestiu a boxer cinza, e fez o mesmo com a calça social azul-marinho plissada, que caiu perfeitamente nas pernas torneadas. Olhando-se brevemente no espelho, Seung colocou a camisa social branca, slim e de mangas longas, por baixo de um paletó azul-marinho, de corte italiano e com dois botões, apresentando uma fenda única na parte traseira.

Por último, depois das meias, ele calçou seu Oxford preto, que havia sido polido mais cedo com muito esmero, e arrumou seu cabelo num topete invejável, não muito alto. Envolveu seu pulso esquerdo com o relógio de correias e visor escuro, e borrifou sobre si uma essência doce, bem gostosa.

Olhando-se no espelho pela última vez, o moreno deu de ombros, admitindo para si mesmo que estava lindo para um cacete, e rindo do próprio pensamento, ele retirou-se do quarto, caminhando todo confiante pelo corredor e descendo as escadas em seguida.

─ Misericórdia hein, que demora. ─ Eunbi ralhou, e já foi logo recebendo um peteleco no meio da tesa, soltando um resmungo de dor.

Ela estava linda também. Usava um tubinho midi na cor perola, com alguns detalhes em um bordado minucioso, que contrastava perfeitamente com o Louboutin preto e assustadoramente alto que calçava.

─ Onde está a Alice e a Noora? ─ ele indagou, olhando para seu pai antes de conferir o horário em seu relógio.

─ Alice está com Sunhee, ela subiu para arruma-la, e Noora está se aprontando também. ─ o moreno então deu um breve aceno, e apressou-se em perguntar para Eunbi se estava bonito.

─ Bonito? Meu irmão, você está espetacular. ─ “sorte do tal Noah”, ela pensou, e deixou um sorrisinho escapar num pulinho animado que dera.

─ Você não cai com essa coisa? É tão alto e fino. ─ Eunbi só negativou com a cabeça, jogando os cabelos longos para trás do ombro, num gesto convencido. ─ Pois bem, tenho que ir agora.

A frase fez Eunji murmurar um “até que fim”, e puxar seu filho para um abraço rápido, vendo-o fazer o mesmo com Eunbi, e em seguida gritar um “tchau filha, tchau mães!”, deixando, finalmente, o apartamento.

No caminho até o carro, ele sentia-se animado e confiante como nunca.

Quando entrou no automóvel, a primeira coisa que fizera fora colocar Jailhouse do rei Elvis Presley para tocar, e seguiu assim até a Arcade, que ainda não tinha pessoa alguma em seu interior, somente os organizadores e os seguranças.

─ Boa noite, senhores. O senhor Ray ou a senhora Williams já chegaram? ─ ele disse após cumprimentar os dois homens altos, posicionados ao centro da porta alta e convexa da catedral.

─ Boa noite, senhor Yoon. ─ ambos disseram num belo coro, assentindo com a cabeça e aprumando ainda mais a postura, o rapaz negro, que atendia pelo nome de Carlos, deu continuidade: ─ Nenhum dos dois ainda chegaram, mas estiveram aqui mais cedo.

─ Ok, acho que eles lhes passaram algumas orientações, mas só para resguardar, fiquem tranquilos que no horário certo eu lhes dou um sinal. Tudo bem? ─ os dois grandões assentiram, dizendo um breve ‘sim, senhor’ logo após. ─ Então está ótimo, tenham um bom trabalho e uma boa noite!

─ Igualmente. ─ eles novamente responderam num belo coro, vendo Seung pisar para dentro da Arcade no momento seguinte.

─ Educado, né? ─ um deles, o que era branco e mais forte, perguntou.

─ Gente fina demais. ─ Carlos complementou, ajeitando logo sua postura.

Seung sentiu as pelugens de seu corpo se arrepiarem totalmente quando por fim atravessou a longa cortina preta e sedosa, que servia de divisão para os ambientes da entrada e a área de exposição.

O ambiente estava tão elegante, e todas aquelas belas obras, que com muita honra podia chamar de suas, pareciam ter sido feitas para aquele local.

As esculturas estavam organizadas em um seguimento de espaçamento bem calculado, o que daria aos apreciadores maior comodidade na hora de observar as obras e cruzar entre elas. Bem como, o corredor principal era de pouco distanciamento, todos haviam decidido que assim seria a melhor disposição, e de fato havia ficado elegante e confortável em todos os aspectos.

A Catedral era provida de cinco, amplos, pavimentos, dando à Seung a interessante ideia de dispor todas as suas obras por esses andares, explorando com sabedoria cada extensão daquele ambiente.

No entanto, antes de o fazer, quis ter a certeza de que as escadas poderiam sofrer algumas reformas, apesar de que provisórias, e com uma conversa quase que irrevogável com o prefeito, conseguiu a ajuda para a aplicação de rampas bem elaboradas.

O desejo de Seung não se tratava somente de fama, longe disso, tratava-se de algo muito além. O moreno nutria o grande desejo de que todas as pessoas, independentemente de qualquer situação, tivesse acesso à suas criações.

Ele havia dado muito duro na elaboração daquele projeto, era uma parte grande de sua vida sendo exposta da forma mais pura e concreta que poderia.

E sim, Seung desejava muito que pessoas variadas apreciassem suas indescritíveis obras, sem impedimento algum.


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