Yoonay escrita por stanoflove


Capítulo 13
Bonheur momentané.


Notas iniciais do capítulo

oi, oi genteeeeeeeeeeeee! como cês tão? eu tô bem porque Deus é bom demais! ♥

o capítulo que se segue é um pouco triste, e como eu disse: OS PERSONAGENS TÊM FAMÍLIA, e eu vou escrever, sim, momentos com eles.

mas eu espero que curtam o capítulo, e boa leitura! ♥



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Quinta-feira, 08 de junho de 2017.

Noah encontrava-se de pé à frente do janelão de vidro quando Seung voltou da cafeteria com as habituais sacolinhas de papel e repousou-as sobre a mesa.

Os ipês na mata a baixo estavam cobertos do orvalho matinal, e a vidraçaria encontrava-se embaçada pelo ar gelado, deixando Noah todo sorridente enquanto desenhava uma carinha feliz no vitral.

─ Fica bonito, né? Essas arvorezinhas todas cobertas por orvalho. Você precisa de ver quando estão com neve. ─ Seung se pronunciou, percebendo o olhar de admiração do loiro para o externo. ─ Comprei um café para você.

─ Elas são bonitas mesmo, você é muito abençoado por ter um escritório tão arrumado e bonitinho de frente para uma vista dessas. Eu me acharia o mais feliz do mundo. ─ o loiro fez uma pausa, enquanto sentava-se em sua cadeira. ─ Sabe, quando você se sente estressado e tudo que deseja é a paz? E aí você olha para trás e pode ver todo esse arco-íris de ipês, misturado ao verde vívido das outras árvores. ─ dando um curto gole em seu café forte, Noah o olhou por sobre a borda do copo para logo depois o perguntar: ─ Você nunca fez isso, Seung? A propósito, obrigado pelo café.

─ ... ─ ele havia sido pego de surpresa, tratando logo de ajeitar sua postura. ─ Na verdade eu nunca tentei, acho que não conseguiria.

─ Não conseguiria o que? Relaxar?

─ É, em partes. ─ confessou, antes de morder um pedaço do donuts recheado com creme branco. ─ Eu me desconcentro fácil demais.

─ Ah, é tudo questão de praticar, sim?, quando você chegar antes de mim, ou sair, sente-se de frente para esse janelão e só tente esvaziar a sua mente de qualquer coisa que possa estar lhe transbordando de uma forma ruim. ─ Seung o observava com intensa atenção, sequer piscava, e Noah achava isso uma graça. ─ Lá em casa nós temos uma área verde e é bem gostoso. Às vezes eu só coloco uma música boa, deito na grama e fico viajando, olhando aquele céu estrelado, é realmente bonito e relaxante. ─ bem como Noah nem percebeu a feição boba que havia se formado em sua face enquanto falava, ele corou bruscamente quando percebeu que Seung ria de si.

Mas na verdade Seung não estava rindo, e sim sorrindo, daquele jeito todo zen de seu semelhante. Aquele jeito que com pouco mais de um mês, já se via atraído.

─ ‘Tá, qualquer dia eu tentarei relaxar. ─ ele finalizou divagante, e ambos escutaram a porta ser aberta no instante seguinte, vendo a figura de Sunhee entrar na saleta.

Noah encarou seu chefe rapidamente e acabou ficando desconcertado quando percebeu que este ainda, também, o encarava, e então logo voltou-se para Sunhee, que mexia afobada no interior da grande bolsa.

E a matriarca realmente estava radiante naquela manhã, com as bochechas coradas por conta do frio ao lado de fora e contrastando dum jeito fofo com o cabelo, que já crescia, preso numa metadinha. E ela estava trajada num conjunto social preto, de calça bem justa à suas pernas finas e harmonizando com o Pigalle alto, que tilintava no chão de mármore enquanto via os dois jovens levantarem-se para a cumprimentar.

─ Bom dia, anjinho. ─ ela sussurrou amorosa, abraçando primeiro a Seung para depois envolver a Noah. ─ Bom dia, prodígio.

─ Sem puxa-saquismo por aqui, hein. ─ Seung resmungou impassível, assentando-se de volta em sua cadeira, e observando o loiro reprimir uma vontade insana de rir.

─ O que? Mas você mesmo me disse que ele é um prodígio, somente imitei sua fala. ─ Noah ficou completamente sem graça com aquela revelação da parte de Sunhee, e acabou sentindo o rosto esquentar um pouco, nas bochechas e ponta do nariz.

─ Ya, eu posso chama-lo assim, você não. A senhora sequer o conhece direito. ─ Seung retorquiu, fazendo Sunhee no instante seguinte levantar seus antebraços em sinal de rendição, causando em Noah uma risada breve e silenciosa.

─ Mas ‘tá bom, vamos logo que eu não tenho o dia todo, huh? ─ repousando sua Chanel sobre a cadeira que sequer sentara, Sunhee segurou a alça de seu tubo telescópico e tilintou o salto contra o chão.

─ Então mãe, a ideia do Noah sobre fazer a exposição lá embaixo é tentadora, mas levaríamos tempo demais para reconstruir todo o pavimento. Então eu estava pensando em, por enquanto, alugar um salão.

Sunhee considerou a opção antes de responde-lo. Realmente, a proposta de Noah era boa, mas o espaço era pequeno para uma exposição como a de Seung.

─ Eu acho uma boa. ─ Sunhee disse ─ Só precisamos fazer uma busca logo, para não tardarmos na elaboração da arquitetura.

─ Sim. ─ Seung disse antes de se virar para Noah. ─ Amanhã sairemos cedo para olharmos alguns locais. Pode ser?

Noah somente assentiu, e sentou-se em sua cadeira, vendo Sunhee fazer o mesmo no assento ao lado.

─ Enquanto isso nós podemos fazer a buscar pelo pessoal que cuidará da parte sonora, a questão da iluminação. Segurança. ─ Noah sugeriu, abrindo a tela de seu notebook.

─ Sim! ─ Sunhee exclamou animada, retirando o tubo telescópico de suas costas e o repousando sobre a mesa. ─ E a parte da fotografia?

─ Uns amigos de Noah ficarão responsáveis por isso. ─ Seung se pronunciou, levantando, também, a tela de seu dispositivo. ─ E sim, eles são mais que bons.

─ Olha lá, hein Noah! ─ Sunhee advertiu, vendo-o deslizar o dedo pelo touchpad.

─ Calma, dona Sunhee, eles são realmente bons. Ontem eu trouxe alguns trabalhos deles para Seung ver. ─ ao que deu uma pausa, ela assentiu para que continuasse. ─ Eu não traria algo ruim para a Univers, jamais. Se os indiquei, é porque sei que eles tem muita qualidade e são capazes de lidar com um evento desse porte. ─ ele finalizou olhando ao fundo dos olhos de Seung, deixando um sorriso ladino escapar.

O moreno coçou levemente a nuca, desconcertado, e assentiu, engolindo brevemente um bolo de saliva e voltando seu olhar para a tela do notebook, totalmente afetado com o olhar do loiro.

Sunhee, que não prestava muita atenção nas reações, porém, se pronunciou em seguida, levantando seu olhar até Seung e dizendo: ─ Sabe o que estive pensando? Pilares de vidro.

─ Ah sim, é bem sofisticado, vai ficar bonito. ─ Seung a respondeu, simplista ─ Aliás, é bem diferente do que costumamos ver, né?

─ É sim, mas como disse, muito sofisticado. Vai ficar divino!

Seung assentiu, com um sorriso reprimido, e virando-se para Noah, perguntou: ─ E você Ray, o que acha?

─ Eu? ─ ele indagou meio acanhado, e pigarreou antes de responder ao ver seu chefe assentir. ─ Eu acho que é uma boa, mas temos que saber qual é a proposta da exposição. Se for uma coisa leve, por exemplo, combinará, porém, se for algo mais indelicado, nem tanto.

Seung o encarava ligeiramente boquiaberto. Não era como se Noah tivesse poetizado as melhores frases a sua frente ou coisa parecida, no entanto, para Seung, todo pensamento mais iluminado que o normal, e que partia do jovem Noah, para ele sempre seria uma novidade.

─ Sim, e isso nós podemos resolver depois de amanhã. Pode ser, mãe? ─ Sunhee somente assentiu, e tamborilou os dedos na mesa.

─ E a sua ideia para a exposição já está elaborada? Um roteiro legal? ─ Noah indagou, apoiando a bochecha na palma de sua destra, sustentada pelo cotovelo sobre a mesa.

─ Sim, mas até agora só tenho o tema central definido.

─ Ah não, isso já é um bom começo. Normalmente a parte do “o que será feito” que é a mais difícil, então palmas para você que já tem meio caminho andado. ─ Noah disse brincalhão, batendo três palminhas rápidas, sendo imitado por Sunhee e arrancando um gesto tímido de Seung.

─ Ao que tange os outros conteúdos, como, por exemplo, escolha das obras, a divulgação através de vários veículos de comunicação e afins, eu vou precisar da sua ajuda, ok? ─ Noah positivou.

─ E você irá vender as suas obras?

─ Não! ─ Seung respondeu rápido, assustando a Noah e Sunhee, que franziu o cenho, colocando um bico engraçado e exagerado nos lábios. ─ Quero dizer, não agora, por esse não ser o foco da exposição, mas na próxima com certeza irei!

Noah abriu o semblante e todo sorridente disse: ─ Então quer dizer que o senhor que antes se encontrava todo pessimista agora já está pensando numa segunda exposição?

─ É claro que sim! ─ ele exclamou, umedecendo o lábio inferior num aparente nervosismo. ─ Há um certo rapaz que pega muito no meu pé, e aí você já sabe, não tem como lançar mão daquilo que já me prontifiquei a fazer. ─ finalizou, olhando Noah por curtos segundos e voltando seu olhar para a tela do notebook.

No entanto, Sunhee assistia àquele momento sentindo-se ligeiramente aliviada, e apesar de que não soubesse o motivo exato por sentir todo aquela sensação prazerosa ante o adorável momento, ela simplesmente não conseguia conter os bobinhos sorrisos que em seus lábios finos se formaram.

Porém, ela foi puxada de seu momento de estimo quando sentiu seu celular vibrar dentro da bolsa, e logo o pegou, respondeu rapidamente a mensagem, soltou um suspiro e pôs-se de pé, arrumando a alça fina no ombro.

─ O que houve? ─ Seung rapidamente perguntou.

─ Eles irão precisar de orientação na edificação do projeto, então, a construtora me chamou para dar a assistência necessária. ─ Seung somente assentiu, e levantou-se para abraça-la, assim como Noah, que logo a acompanhou até a porta e em seguida fechou.

Desse ponto em diante, eles continuaram com a conversa e a elaboração de boa parte do projeto da exposição, assim como Noah recebeu três interessantes ligações que tratavam da compra de algumas esculturas, marcando logo uma reunião com Seung e os negociantes para o dia seguinte, na parte da tarde.

E ao fim daquela manhã entusiástica, enquanto divagava sobre algumas coisas, Noah ia caminhando a passos lentos em direção à sua casa, ao mesmo tempo em que sentia-se leve, sentia-se também ansioso.

Lembrou-se de Malu, que no dia anterior com aquela voz manhosa, havia pedido a ele que passasse numa padaria que ficava bem próxima da casa deles e comprasse vários doces e pãezinhos recheados, e não resistindo aos pedidos da pequena, lá estava ele saindo de dentro do comércio com algumas sacolas de papel em mãos, levando também guloseimas para Maya, Nico e dona Lena, que tinha uma ânsia maior a cada dia por doces.

E quando o loiro pousou seus pés dentro de casa, logo foi estranhando aquele ambiente silencioso demais. Nunca era sim, somente quando todos estavam dormindo.

Em dias normais, quando ele chegava, sempre encontrava Malu gritando feito uma doidinha, correndo pela casa, com Maya e Nico em seu encalço, rindo e entrando nas palhaçadas da irmã mais velha. Mas ali, naquele momento, o silêncio era angustiante.

─ Mãe? ─ o loiro gritou enquanto caminhava até a cozinha, onde deixou as sacolas sobre o balcão, e no trajeto de volta jogou a bolsa de couro no sofá, rumando em seguida para passagem dos quartos.

A imagem que viu, dentro do banheiro, lhe cortou o coração, e desviando das poças de vômito que haviam pelo corredor, ele adiantou-se até o cômodo.

Malu, tomada por completa agonia e dor, soltou um grito estridente, quando novamente a substância espessa lhe passou rasgando pela garganta e ela vomitou, quase caindo fraca no colo de sua mãe.

─ Calma meu amor. Respire fundo, levante a cabeça. ─ a matriarca sussurrou enquanto tentava transparecer calmaria, vendo por sua periférica, Maya e Nico a encararem com os olhos arregalados.

O mais velho deu a volta pelas costas de seus irmãos e agachou-se, ficando na altura da mais nova, que tinha lágrimas pesadas escorrendo por suas bochechas gordinhas, enquanto choramingava dolorosamente.

─ Ela levantou e foi para a escola bem, mas quase três horas depois, me ligaram de lá avisando que ela estava passando muito mal. A Dara, que ainda estava em casa no horário, foi até lá busca-los para mim.

─ Você sabe se ela comeu algo que a fez mal? Ou algum alimento que passou da validade e não vimos? ─ ele indagou apressado, depois de puxar Malu para seu colo e a instruir em fazer um gargarejo com água.

Dona Lena negou, e em suma era verdade, a matriarca sempre fazia questão de checar os alimentos antes prepará-los ou dá-los aos seus filhos.

─ Vou levá-la ao hospital. ─ e nesse momento Malu agarrou-lhe a blusa com força, encarando-o com uma feição de espanto.

─ Não, não, não. Eu já estou mal, não quero ficar pior. Por favorzinho, Nonô, não faz isso comigo. ─ implorou com a voz toda embargada, fazendo-o negativar, totalmente preocupado.

─ Mãe, você veste uma roupa nela e arruma os documentos, fazendo favor? Eu vou só limpar o banheiro e a levarei ao hospital. ─ disse rapidamente, saindo do banheiro para pegar os produtos de limpeza, sendo acompanhado por Nico e Maya, que estavam com chupetas iguais em suas boquinhas.

Primeiro ele limpou o corredor, e em seguida limpou o banheiro, deixando os dois ambientes com um aroma agradável e refrescante.

─ Eu te mantenho informada, está bem? ─ indagou, caminhando para a cozinha e pegando duas sacolas grossas de plástico.

─ Ok, dirija com calma. ─ o loiro assentiu, deixou um beijo na cabeça de sua mãe, assim como na de seus três irmãos, e tomou Malu, já agasalhada, em seu colo, caminhando com ela para fora de casa até o carro, onde sentou-a na cadeirinha e a envolveu com o cinto de segurança.

─ Toma, isso aqui é para caso você sinta vontade de vomitar. ─ com o semblante caído, Malu assentiu, pegando as sacolas de suas mãos e repousando-as em seu colo.

Caminhando para o outro lado, Noah entrou no carro, deixou os documentos da mais nova ao lado, assim como uma mochila pequena, e partiu em direção ao hospital, chegando lá a cerca de trinta minutos, período em que novamente Malu vomitou, três vezes num intervalo de cinco minutos, e começou a ter febre.

O loiro saiu do carro, após estacionar à frente do hospital pediátrico, e jogou as sacolas sujas no cesto de lixo.

Passou a alça da mochila por seu antebraço e tomou a pasta em mão, pegando, em seguida, a mais nova em seu colo, essa chorava baixinho, medrosa e assustada.

Noah travou o carro e caminhou para dentro do hospital.

─ Bom tarde. Posso ver os documentos dela e o cartão, por favor? ─ achegando-se ao balcão de recepção, um rapaz jovem, de jaleco verde e óculo de grau, logo o perguntou.

Noah assim o fez, rapidamente entregando-lhe o que fora solicitado.

─ Ok, o que a pequena apresenta?

─ É... ela acordou vomitando bastante, está com dor no estômago e começou a ter febre. ─ o jovem ia digitando tudo com muita atenção, fazendo o relatório.

─ Começou por essa manhã? Tem alergia a algum remédio? ─ o loiro confirmou a primeira pergunta, mas negou a segunda, vendo-o repetir o ato e demorar mais uns dois minutos para entregar-lhe a folha e envolver o pulso de Malu com uma pulseira para identifica-la como a paciente, entregando-lhe também uma ficha com uma série de números e letras. ─ Seu código será chamado no visor daqui um instante para que ela passe pela triagem, e em seguida será atendida.

─ Está bem, obrigado. ─ o jovem somente sorriu e direcionou o olhar para a pequena.

─ Melhoras, baixinha. ─ Malu só sorriu, fracamente, e foi carregada no colo até que Noah se sentou numa das cadeiras acolchoadas.

─ Eu vou ter que tomar soro?

─ Só se for algo grave.

─ Mas eu não quero, Nonô.

─ Ei, eu vou estar aqui bebê, prometo que não vai doer. E se doer, vai ser rapidinho, mas é só para você ficar melhor, você sabe. ─ ainda que desgostosa com a resposta, ela assentiu.

O número foi chamado, Malu passou pela triagem e quinze minutos depois ela já estava sendo consultada.

Tudo que fora passado para o recepcionista, fora passado também para a pediatra, que atendia a ambos com muito esmero.

Ela aferiu a temperatura da mais nova, essa já atingia os quarenta graus, e mandou-a para um exame de sangue, sendo que logo depois seria necessário ficar no soro, com alguns medicamentos.

─ Você tem a mão leve? Vai com calma para não deixa-la marcada. ─ Noah, já pela terceira vez, pediu ao enfermeiro que, após realizar a retirada do sangue, a guiava para a sala de medicação.

O mais velho deixou um riso escapar por seus lábios e positivou com a cabeça.

Malu não havia chorado na hora de tirar sangue, somente resmungara um pouco, mas depois, com a ajuda de Noah, conseguira controlar a situação.

O enfermeiro, após sentá-la na poltrona, realizou todo o procedimento de encontrar a veia, o que não foi tão difícil, e inseriu a agulha com muito cuidado, arrancando de Malu, uma careta.

Ele regulou a passagem do fluído, tomou uma seringa com agulha encaixada em mãos, e virou-se novamente para Malu, que arregalou os olhos.

─ Calma. ─ ele disse risonho, embalando a Noah ─ Esse remédio se chama Dipirona, que vai ajudar a diminuir sua temperatura e a dor, e esse daqui ─ ele apontou para uma outra seringa que estava na bandeja. ─ É o Domperidona, que vai retirar essa vontade de vomitar da sua barriguinha, tudo bem? Elas vão ser colocadas para correr no mesmo tubo que o soro. Sem mais picadas.

─ Sem mais picadas. ─ Malu sussurrou.

─ Pai, caso ela venha sentir alguma ardência, e essa ardência não passe, me avise imediatamente, está bem? ─ os irmãos acabaram por rir, e o loiro positivou.

─ Mas eu não sou o pai dela, sou só o irmão mais velho. ─ o enfermeiro acabou por corar, e envergonhado, assentiu, pegando rapidamente a bandeja para descartar os materiais que já haviam sido usados.

─ Bom, preciso ir. Como serão três bolsas de soro, quando essa acabar, me chame para pôr outra. ─ Noah assentiu, assim como Malu, que agradeceu, e o viu sair de seu campo de visão.

Noah virou-se para sua irmã, deixou um beijinho nas costas de sua mão, e disse em seguida: ─ Tente dormir um pouquinho, e caso sinta vontade de vomitar, me avise, ‘tá bom?

─ ‘Tá! ─ ela respondeu, vendo-o retirar uma manta lilás de dentro da pequena mochila holográfica e repousa-la sobre suas pernas.

─ Faz cafuné, Nonô? Por favor. ─ ela pediu chorosa, sorrindo largamente ao sentir os dedos gordinhos de Noah invadirem seu emaranhado de fios castanhos e iniciar carinhos leves e duráveis.

No decorrer do tempo, período em que Malu acabou vomitando outra vez, o enfermeiro voltou para a troca das bolsinhas, acatando, também, ao pedido de acréscimo para mais duas, da pediatra.

Somente duas horas depois da última troca, quando Noah buscou os resultados dos exames para a pediatra avaliar e Malu ter ficado mais um tempo em observação, que eles foram liberados.

Os exames constataram uma intoxicação alimentar decorrente de uma bactéria, logo foi passado alguns antibióticos para aplicar ao longo da semana, voltando na seguinte para um exame de revisão.

Quando chegaram em casa, entorno das 21h, Noah banhou Malu na água morna e a colocou para dormir em sua cama, caminhando até a sala em seguida.

─ Ela teve um intoxicação alimentar, provavelmente deve ter comido algo na creche que a fez mal. ─ ele se pronunciou assim que encontrou Lena passando pela porta da cozinha. ─ Ela teve que fazer uns exames e também tomará alguns antibióticos ao longo da semana.

Lena soltou um suspiro pesado, e acariciou a pequena destra de Leon, que ressonava sereno em seus braços.

─ Ah, como é ruim vê a minha pequena assim. Ela ficou desesperada.

─ Ah, eu imagino. ─ Noah acrescentou, passando a palma da mão sobre o próprio rosto, num gesto fadigado. ─ Semana que vem é para voltar com ela lá, somente para um exame de revisão.

Depois disso, Noah foi até a cozinha, tomou um pouco de água e voltou a sala, encontrando Lena sentada na cadeira de balanço.

─ Agora me dê ele um pouco e vá descansar.

─ Mas eu descansei a tarde toda. ─ sua mãe rebateu, e acabou rindo ao vê-lo suspirar com uma carranca enfadonha. ─ Toma, seu birretinho! ─ ela continuou, implicante, levantando Leon, que foi pego em seguida.

Noah avisou que iria para a área verde, atrás da casa, e logo caminhou para lá.

─ Ei coisa fofa. ─ ele sussurrou, alisando as bochechas gordinhas e vermelhinhas de seu irmão.

Noah puxou uma cadeira baixa e acolchoada para o centro, e sentou-se, deitando o corpo de Leon contra seu peitoral.

O recém-nascido era tão calmo que se tornava quase inacreditável.

Claro, ele chorava como toda criança, mas seus choros, mais parecidos com resmungos, eram sempre, e somente, pelos mesmo motivos: o leite materno, e quando havia feitos suas necessidades fisiológicas.

Leon, porém, era um bebê de muitos sorrisos na maior parte do tempo.

De certo ele nem sabia o que estava fazendo, mas sua família e Gabriel e Camila simplesmente amavam aquelas gengivinhas, até então, despidas de dentes. Amavam o modo como esfregava as mãozinhas e os pezinhos, todo agitado, olhando o ambiente e piscando os olhinhos lentamente.

Malu, Maya e Nico não desgrudavam dele um segundo sequer.

Ficavam eufóricos quando Lena os colocavam sentados no sofá e deitava Leon em seus colos por alguns minutos, sentiam-se os maiores super-heróis, prometendo ao pequeno que jamais deixariam nenhum mal lhe acontecer.

E Lena? Se acabava em amor e risadas com a inocência de seus filhos, sempre se surpreendendo da forma mais gostosa.

Bem como, na área verde, cansado e pego pelo conforto noturno, Noah também dormiu.


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Notas finais do capítulo

tadinha da nossa baby Malu, que ela melhore logo! ♥

e é isso gente. beijos e até logo! ♥



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