O que o amor não faz escrita por Luciana Lins


Capítulo 3
Capítulo 3 - Coisas Inacreditáveis




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Acordo por causa de um barulho de movimentação de carros que não sei da onde que esta vindo . Quando finalmente resolvo abrir os olhos , me deparo com uns raios de sol estourando na minha cara . Levanto meio desnorteado , depois de organizar a minha visão novamente , percebo que estou num beco e vejo que tem ate alguns sacos de lixo espalhados .

— Mas que merda , onde porra eu estou

É só então que começo a me sentir estranho , como se tudo que eu visse parecesse grande demais pra mim . Mas é aí que começo a prestar atenção nas minhas mãos . Minhas mãos estão MUITO PEQUENAS , mas não só minhas mãos , quando percebo que MEU CORPO TODO ESTÁ PEQUENO .

— Meu deus , o que aquele velho desgraçado fez comigo , o que ta acontecendo

Mas é aí que percebo também que não estou mais vestido o meu terno da Gucci de 5 mil doláres , e sim uma camisa verde escura que tem a aparência de velha e calça de moletom pequena na cor preta .

— Meu deus , isso não pode estar acontecendo , isso é um sonho , só pode ser um sonho , aquele velho me aplicou uma droga e estou dormindo até agora  sonhando que sou criança  , só pode ser isso .

Por fim , resolvo sair do beco , e ver aonde realmente estou . Estou numa calçada com uma multidão de pessoas indo e vindo de varias direções diferentes . Isso é muito estranho pra mim , parece que as pessoas estão ENORMES .

Não sei o que fazer , quero pedir para as pessoas me ajudarem , mas o que eu iria falar ´´ Oi , você pode me ajudar , é que ontem eu era um homem e conheci um velho muito estranho chamado Tarak e que quando ele tocou na minha cabeça eu desmaiei , e agora acordei no corpo em que eu tinha 4 anos de idade`` . To achando que ninguém vai creditar nisso .

É aí que então  vejo uns caras me olhando meio estranho , eles usavam uma regata branca com uma jaqueta de couro preta em cima , estilo barra pesada  . Senti que aquilo não era coisa boa , na verdade senti um medo que só deus sabe , então a única coisa que fiz foi CORRER . Corri o mais rápido possível , só corria , não sabia nem para onde eu estava indo , mas o que eu fazia era somente correr , esbarrando por varias pessoas em minha volta , alguns até gritavam comigo se perguntando o que uma criança fazia sozinha e correndo por aquela multidão .

Até que então , olho pra trás rapidamente para ver se ainda estão me perseguindo , mas quando olho pra frente de novo , eu esbarro com tudo em uma perna e caio .

— Oh meu deus , você esta bem

Quando olho pra cima e já pronto para reclamar para o poste em que eu bati , vejo uma pessoa , uma pessoa não e sim um anjo , olhando com uma expressão preocupada pra mim . Ela tinha longos cabelos castanhos com uma franja na frente , uma pele  pálida de olhos azuis marcantes .Ela era bem jovem , parecia ter no máximo 19 anos. Olho pasmo pra ela , não sei o que dizer . Então ela pergunta :

— Você se machucou (pergunta)

— Não, eu estou bem

— Cadê seus pais (pergunta)

— Eu não sei

Ela me olha estranho . Mas é aí que percebo uma coisa , eu realmente não sei quem são meus pais , nem de onde eu vim , não sei nem aonde eu trabalho , só sei que ontem eu estava num rua com um velho e que sou rico . Ah meu deus , era só o que me faltava.

— Você esta perdido (pergunta)

— Acho que sim

— Qual o seu nome (pergunta)

— Christian

— Christian o que , qual o seu sobrenome (pergunta)

— Eu acho que tenho , mas eu não sei

Ela me olha desconfiada mas eu realmente não sei o meu sobrenome , só sei que é Christian . Então ela começa a me olhar com um olhar perdido , como se não soubesse o que fazer comigo . De repente a minha barriga começa a roncar , só então percebo que estou fome ;

— Esta com fome (pergunta)

— Estou

— Tudo bem olha , meu nome é Anastasia , tenho um apartamento pequeno perto daqui , se você quiser pode vir comigo .

— Tudo bem

Ela ainda me olhou meio desconfiada , mas por fim estendeu a mão , achei estranho porque nunca tinha andado de mãos dadas com ninguém , mas dei a minha mão assim mesmo . E então caminhamos até o seu apartamento . E por incrível que pareça , depois que demos as mãos , não senti mais medo como eu estava antes , na verdade me senti bem confortável , me senti seguro . 


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