Fuga em nome do amor escrita por Denise Reis


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Estou cada vez mais apaixonada pelos comentários!!! Obrigada!! ❤❤❤

Boa leitura!



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Kate e Castle ficaram um mês em Boston para se adaptarem com o filho e também fazê-lo entender e aceitar que iriam morar em outra cidade.

Na verdade, o garoto se apegou muito rapidamente com seus pais biológicos, tanto que a partir do quinto dia, já dormia com eles no hotel e não chorava em momento algum e passou a chamar o Castle de “papai” mais rápido do que todos imaginavam.

..... ..... ..... ..... ....

 No mesmo dia em que conhecera o filho, Castle solicitara no hotel a mudança de suíte.

À noite, assim que retornaram da casa de Nick e Alice, Castle não cabia em si de tanta felicidade e telefonou para a administração do hotel e pediu uma suíte mais completa que aquela que eles estavam, ou seja, ao invés de apenas um, ele queria dois quartos com banheiros privativos.

Assim que o marido terminara de falar com a administração do hotel, Kate o chamou para conversar.

— Amor, para que dois quartos? O Flynn pode dormir com a gente na nossa cama.

— Eu sei que ele pode dormir com a gente, querida, mas ele tem que ter a opção de ter a sua própria cama no seu próprio quarto. Se ele se sentir confiante em dormir sozinho no quarto dele, ótimo, mas se ele se sentir sozinho ou amedrontado, ele ficará na nossa cama, entendeu, amorzinho? Veja bem, ele tem o quarto dele lá com o Nick e a Alice, então, porque ele não teria um quarto também aqui, já que podemos fazer isso? – Ele a abraçou carinhosamente e falava de forma amorosa – Se não tivéssemos condições, ok, ok!! Mas não é o caso, então, amor da minha vida, vamos mudar de quarto. – ele a abraçou e lhe deu um selinho.

— Entendi e aceitei! – Kate sorriu de volta – E o que foi que o hotel respondeu, Rick? Eles já confirmaram se tem ou se não tem uma suíte do jeito que você pediu?

— Sim, eles têm. Falei que não quero um quarto impessoal. Óbvio que não precisa ser aquele quarto dos sonhos de menino... Não é isso, eu apenas pedi para arrumar o segundo quarto com a cara do nosso filhinho de dois anos, ou seja, com roupa de cama e quadros na parede com cara de menino, para ele se sentir em casa. Eu disse que não precisava tema infantil, apenas cores alegres. Eles entenderam o que eu pedi e disseram que iriam retirar todos os elementos de decoração perigosos, como por exemplo, os vasos de cristais e os de cerâmicas. Eles afirmaram que amanhã à tarde eles fazem a nossa mudança.

— Eu já te disse hoje que te amo? – Kate perguntou se jogando nos braços do marido.

Ele fez cara de inocente – Já disse, sim, mas pode repetir que eu juro que não vou reclamar.

— Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! E eu nunca encontraria um pai melhor para meus filhos.

— Obrigada!! Mas você falou “filhos”, quer dizer que a senhora tem projetos para outros filhos e aumentar a nossa família? Hummm! Fiquei interessado. – Ele mordiscava a orelha dela. – Eu topo!

— Tenho, sim, projetos para aumentar nossa família. Estou fazendo planos, com certeza. Ah, Rick... – Kate se sentiu abalada com o que ele pensava. Ficou emocionada – É porque mesmo sem saber, eu saí do loft grávida do Flynn e não tive o prazer de descobrir isso junto com você... A minha gravidez... A nossa gravidez.... Isto foi frustrante! Foi muito emocionante ver o Flynn pegar aquela fotografia minha com aquele barrigão... Você não participou de nada disso e minha tristeza é imensurável.

— Não sei como eu consegui segurar minha emoção ao ver aquela foto de você grávida, Kate... Meu coração quase explodiu... Sempre foi o meu sonho ver você grávida, com barrigão... Esperando um filho meu.

— Eu não tive o prazer de ficar grávida ao seu lado, Rick. Eu não tive o prazer de te ver curtir a minha gestação... Você não viu a minha barriga crescer e, o principal, eu não tive o prazer de ter você na sala de parto para receber o nosso bebê. Eu não tive o prazer de nada disso. Ah, Rick, você não faz ideia de como eu fiquei carente de você durante e depois da gravidez do Flynn, eu quero, na próxima gravidez, aproveitar você o máximo que eu puder.

— Ah, quer dizer que você ficou carente de mim durante e depois da gravidez, foi? – Ele deu um selinho nela.

— Foi, amor. Eu fiquei carente de você, da sua voz, dos seus carinhos, do seu beijo, dos seus abraços, senti falta de fazer amor com você, eu senti falta das suas brincadeiras e até das suas zoações. Pode acreditar, amor..

— Estou adorando essa ideia de você querer se aproveitar de mim. – Ele fez um jeito travesso no rosto e ela riu muito – Então, que tal se você começar a se aproveitar de mim agora, eihm? A gente poderia começar a treinar fazer bebês... Já treinamos hoje pela manhã... E poderemos treinar mais agora e à noite e amanhã pela manhã...

— Eu topo! Mas quero que saiba que não estou botando muita fé...

— Como é que é? – Ele ficou atordoado com aquela dúvida dela e fez cócegas nela – A senhora não está botando muita fé em mim, é, Sra. Castle? Está me desconhecendo, é? – Ele a carregou e a levou para cama e a encheu de beijos e mordiscadas.

Rindo muito com a provocação dele, ela retificou – Ai, socorro! Não é isso, amor, claro que eu boto fé em você em TODOS os sentidos... – ela riu e acariciou o membro dele já ereto e volumoso sob a calça social – Eu não estou botando muita fé é em mim...

Com cara de curioso ele a aprisionou na cama, mesmo que de brincadeira – A senhora tem dois minutos para se explicar, mocinha.

— Vou explicar. – Ela afirmou – Por eu ter ficado sem me alimentar direito durante um ano lá no cativeiro, eu fiquei muito fraca e o meu ciclo menstrual ficou irregular por conta da fraqueza, como você mesmo ouviu o médico dizer lá no posto médico da delegacia. Às vezes eu ficava dois ou três meses sem menstruar, entendeu, amorzinho?

— Sim, entendi. Agora entendi. E seu organismo está debilitado e carente de vitaminas. – Ele entendeu a gravidade do assunto e até parou as brincadeiras – Mas, falando sério, então é melhor evitarmos...

— Evitar o que? Evitar fazer amor? Eu e você sem fazer sexo? – Kate demonstrou estar incrédula – Sério?

— Não, mocinha! Jamais! Isto está fora de questão! – Eles riram – O que eu estou dizendo é que já que queremos outro bebê, seria melhor você procurar sua médica assim que retornarmos para Nova York. Daí, depois de muitos exames, com certeza ela vai te prescrever vitaminas e ácido fólico. Enquanto isso a gente fica treinando, mas com segurança. Em outras palavras, já que você está fraquinha, seria melhor usarmos contraceptivos, entende? – ele falava e já avançava nas carícias íntimas. – Mas ficar sem fazer amor, mocinha, jamais!

— Mas eu não tenho nada aqui comigo... Você tem?

— Não tenho nada comigo...

— Eu levei muitos anos longe de você e ainda não consigo pensar na possibilidade de você sair sem mim, ou seja, acho que virei um grude... – ela riu – E não vou deixar você sair de perto de mim nem mesmo para comprar preservativo... – ela já mudou o tom de voz para mais leve e zombeteiro, fazendo, inclusive, um trejeito divertido no rosto – e não consigo imaginar você telefonando para a administração para pedir isso – Kate o provocou.

Kate começou a rir e quase nem conseguia falar direito – Ah, Rick, eu já estou imaginando você telefonando para a Administração: “Boa noite, aqui é o Richard Castle, mande para a minha suíte uma caixa com preservativos resistentes, tamanho grande... Não! Não precisa ser colorido, basta ter vários sabores...”. – Kate ria muito – No dia seguinte, Rick, os tabloides e os sites de fofoca...

Ela não conseguiu terminar de falar porque ele a silenciou com um beijo – Você é tão engraçadinha... – ele ironizou e ambos riram muito.

Kate começou a se despir e a mordiscar o queixo, os lábios e a orelha do marido – Amor, vamos esquecer um pouco a parte médica e científica do sexo e nos preocupar somente com a nossa química? Eu estou com um desejo de você que estou quase louca.

— Eu já ia propor a mesma coisa para você, querida. – Ele a ajudava a se despir e também arrancava suas próprias roupas – Eu quero você todinha, inteirinha.

As roupas foram jogadas longe e rapidamente os corpos já se tocavam, se buscavam, se beijavam, se preenchiam e se movimentavam. O colchão sacudia e o prazer acontecia até que a satisfação máxima os atingiu.

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O domingo amanheceu lindo. Castle e Kate eram só sorrisos e assim que o casal chegou à casa de Nick e Alice, o menino vibrou com a chegada da mãe e correu para os braços dela e Kate o carregou. Era lindo ver a afinidade entre mãe e filho que nem mesmo a distância foi capaz de apagar.

Ele já estava lindo com uma roupa própria para um passeio dominical, pois os adultos se comunicaram cedo pelo celular.

Feliz da vida, o garotinho passou os bracinhos em volta do pescoço de Kate e o apertou – Oi, mamãe! Eu já estava com saudades. A Alice disse que você vinha brincar comigo hoje.

Além de lindo e esperto, Flynn era um menino muito fofo e tinha a espontaneidade de uma criança feliz. Apesar de não saber pronunciar corretamente algumas palavras, seu vocabulário era vasto para uma criança de apenas dois aninhos – Você veio brincar comigo, não foi, mamãe?

Castle e Kate estavam em pé, um do lado do outro, mas o garotinho só tinha olhos para a mãe.

— Oi, Flynn! – Castle cumprimentou o filho, percebendo que ele só dava atenção para a mãe. Analisando minuciosamente ele percebeu que no lugar do filho ele faria o mesmo, pois além de linda, Kate também era muito doce e carismática.

— Oi! Que bom que você também veio. Vamos brincar também? – O garotinho convidou o pai.

— Eu tenho uma ideia melhor. – Castle propôs – Que tal nós irmos ao Parque da Cidade, eihm? Lá tem um lago lindo e tem pedalinhos. Você já viu pedalinhos?

— Eu não estou lembrado aonde é o Parque da Cidade nem sei o que são esses tais de pedalinhos.

— Ah, então chegou o dia de você conhecer isso tudo. Hoje é o dia! – Castle deliberou e o menino sorriu.

— Êba! Êba! – Ainda nos braços da mãe, Flynn girou o corpinho para conseguir ver Alice e Nick – Vamos passear, vamos! – O menino convidou os pais de criação.

— Ah, não poderemos ir, meu anjinho. Eu tenho que arrumar a casa.

— E eu vou cortar a grama do jardim e só posso fazer isso hoje porque é domingo. – Alice e Nick inventaram desculpas com o objetivo de deixar o menino sozinho com seus pais biológicos.

Por mais que Flynn fosse doce e carinhoso com todos, ele não se abalou diante da negativa de Nick e Alice – Então vamos passear? Vamos para o parque da... – ainda nos braços da mãe, o menino ficou confuso e tocou o ombro do Castle, chamando sua atenção – Como é mesmo o nome do lugar?

Contente pelo filho querer sua atenção, Castle explicou e rapidamente o pegou dos braços de Kate e o carregou - Nós iremos ao parque da cidade. Lá tem um lago muito bonito e muito grande, e tem pedalinhos. Tem também pipoca, algodão doce e muitas outras coisas que crianças gostam. E eu vou te confessar, Flynn que eu também adoro e sua mamãe também. – Castle olhou para Nick e Alice – O Flynn tem alergia a algum alimento?

— Não! Ele é completamente saudável e não tem alergia a nada. – Nick respondeu prontamente.

Kate e Castle passariam o domingo todo passeando com o filhinho.

Após ver o garotinho loirinho de olhos azuis sair com seus pais biológicos, Nick e Alice se abraçaram – É triste ver o nosso bebezinho ir embora, não é, Nick? Mas a gente sabe que o Castle e a Kate estão no direito deles.

— É, meu amor. – Nick concordou.

— Por mais que eu esteja sofrendo com a falta que eu vou sentir do meu bebezinho, eu, como mãe postiça, me ponho no lugar da Kate. Ah, meu Deus! A gente sabe que a Kate não o abandonou e o Castle, então, coitado, ele nem sabia da existência do Flynn, ou seja, nada no mundo pode impedir com que eles fiquem com o filhinho.

Ainda abraçada ao marido ela se esforçou para parar de chorar e faz carinho no rosto dele – Que tal assistirmos alguns filmes, eihm? Estamos sem fazer programa de casal a algum tempo porque todo tempo livre a gente usa com o Flynn. E daqui a algum tempo – ela acariciou sua barriga ainda plana – voltaremos a não ter tempo para namorar... – ela riu feliz com a gravidez.

— Esta gravidez chegou em boa hora, não foi, amor? – Nick admitiu.

— Ah, sim... Eu sempre fui muito maternal e vi no Flynn meu desejo realizado, então eu mergulhei de cabeça no papel de mãe, mas aí, ele vai embora... Vai para seus pais biológicos... Eu sei que um filho não substitui outro, não é, mas sabendo que sempre veremos o Flynn e sabemos ainda que ele estará muito bem, então este bebê chegou para alegrar ainda mais a nossa vida.

— Você é um amor, Alice! – Nick deu um selinho na esposa.

Eles se afastaram e se dirigiram à sala de TV e Nick abriu uma gaveta cheia de DVDs e de pen-drives carregados com filmes. – Eu escolho um e você escolhe outro, que tal?

Muito rapidamente Alice escolheu – Aqui! Eu quero este!

— Que filme é esse, Alice?

— É um filme lindo e romântico de 2011... – vendo a cara de aversão do marido àquele tipo de filme, ela o advertiu – E você vai ter que assistir comigo, amor. O nome do filme é “For Lovers Only”. A história se passa na França. Um homem e uma mulher estão viajando à trabalho e se encontram ao acaso e revivem uma linda história de amor que viveram no passado. Eles não se viam há muitos anos e ambos já estão casados com outras pessoas, ele, inclusive tem uma filha já grandinha. Só que ao se olharem, a paixão reacende e daí eles deixam de seguir suas agendas profissionais e viajam por lugares paradisíacos na França. Eles vão de trem, de carro e de moto e reescrevem o caso de amor deles. Apesar de versar sobre uma relação extraconjugal, que eu não aprovo, é um filme muito romântico.

— Ah, tá... Você já contou o filme todo, agora conte o final. – Nick ralhou e ironizou.

— Não, seu bobinho! Isso é só o começo. Vamos assistir e depois você me fala o que você achou. Ah, Nick, e o casal do filme é muito fofo. A atriz é a Stana Katic e o ator é o Mark Polish. Eles são ótimos atores e já ganharam muitos prêmios. A Stana Katic é lindíssima e o Polish, meu amor, com todo respeito, é um belíssimo exemplar da raça humana, só perde para o Nathan Fillion!

— Hummm!! Você está muito atrevida, eihm, mocinha! – Ele fingiu ciúmes e deu risada - Ok! Vamos ver.

— Faltou eu dizer que esses dois só perdem para você, amor... – Alice brinca com o marido.

— Ah, a senhora está tentando me engabelar, né? – Nick riu – Ah, deixa prá lá...

 - E você, Nick, qual o filme que você escolheu?

Nick procurou até que encontrou o que queria – Aqui! “Liga da Justiça”, um filme de 2017... Você deve saber a sinopse porque não é um filme tão antigo...

— Ok! Eu lembro... eu ouvi um comentário sobre este filme outro dia em um programa na TV. É um bom filme e o elenco é maravilhoso. Ótima escolha, amor! – Ela se levantou e avisou – Eu vou fazer pipoca e já volto.

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Na segunda-feira, por volta das nove horas da manhã, Kate e Castle pegaram o filho para passear e, mais uma vez, Alice novamente inventou uma desculpa para não ir, a fim de deixar os três mais à vontade, pois precisavam se conhecer melhor. Nick disse que não iria porque tinha que trabalhar.

O clima de harmonia entre os dois casais era excelente.

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Sem ter conhecimento do que se passava, Flynn estava amando aqueles passeios com Kate e com o Castle. O entrosamento entre eles era algo incrível, pois quem presenciava de longe, não percebia que estavam apenas se conhecendo, tendo em vista que quando se cansava de caminhar, Flynn levantava os bracinhos e pedia para o Castle carrega-lo ou, quando ele tropeçava nas próprias perninhas e machucava o joelho, ele entortava os lábios levemente para baixo para começar a chorar, mas o Castle ou a Kate corria e o acalentava e logo ele parava de chorar, recostando a cabeça nos ombros do pai ou da mãe. Flynn se apegou muito facilmente ao Castle e à Kate.

Logo no terceiro dia, com muito jeito, Castle e Kate explicaram ao filho, de uma forma bem leve, tranquila e fácil que o Castle era o papai dele. Explicaram que do mesmo modo que a Alice era a outra mamãe, o Nick era o outro papai.

Como um bom contador de histórias e sendo uma pessoa muito carismática e sensível, Castle foi muito amoroso na sua explicação para o filho, que, mesmo com apenas dois aninhos, não só entendeu, mas também aceitou tudo com muita facilidade e naquele mesmo dia, o Castle quase morreu do coração quando Flynn comprovou que entendeu tudo o que o Castle e a Kate lhe contarem.

Foi uma cena muito emocionante! Fui durante o almoço... Assim que se sentaram à mesa, o garçom colocou o cadeirão de bebê para o Flynn se sentar, só que a própria criança tomou a iniciativa e se dirigiu ao garçom em uma linguagem própria de um menino de dois anos – Eu não quero sentar aí não, moço. – No colo do Castle, o garotinho agarrou pescoço do pai e, sem fazer birra, se recusou a ir – Eu quero ficar com o meu papai.

Ao ouvir aquela declaração, cheia de certeza e carinho, Castle sentiu seu coração quase sair pela boca e um amor transbordou. Ele olhou para a esposa e ela estava emocionada.

— Ah, moço, obrigada, mas não precisamos do cadeirão. – Castle agradeceu ao garçom – Outro dia, quem sabe...

Se o contexto não fosse aquele, Castle até insistiria com o filho para ele ir para o cadeirão próprio para bebês, pois seria mais confortável não só para ele, mas também para o próprio garotinho, pois comeriam com mais tranquilidade. No entanto, naquele momento, nada do mundo seria capaz de fazer com que ele colocasse seu filho no cadeirão.

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Em pouco tempo, eles já se conheciam o bastante. Flynn se adaptou muito facilmente aos seus pais biológicos e a cada minuto se apegava mais a eles.

No quarto dia, Kate e Rick foram com o filho para ver o hotel e a suíte onde eles estavam hospedados e o levaram para ele conhecer os quartos e Flynn se encantou com o “seu quartinho”.

Como o hotel havia se comprometido, decoraram o quarto do menino com edredom e almofadas com cores fortes próprias para crianças. Colocaram quadros na parede com desenhos bem coloridos de animais. E na bancada, ao invés de vasos de cristais, o próprio Castle providenciou brinquedos. Ele comprara um carro grande de polícia, branco com duas listras laterais azuis com as letras NYPD e um caminhão de bombeiro completamente vermelho, com escadas laterais e uma bem grande na parte de trás. Em ambos carros de brinquedo havia o famoso giroflex tão desejado pelas crianças e, claro, pelo Castle.

Flynn ficou em êxtase quando viu os dois carros e logo pediu para o pai colocar os carros no chão.

— Papai, pega aí, pega... – Flynn apontou para os dois carros e logo veio se sentar sobre um tapete, onde o pai colocou os dois brinquedos. O garotinho então estendeu a mão direita na direção do pai, com a palma para cima, fechando e abrindo a mãozinha, convidou o pai – vem brincar comigo, vem, papai.

Sem esperar um segundo convite, Castle atendeu a solicitação do filho e logo acionou o giroflex para acender as tais luzes.

 

Juntos, iam começar a brincar com os carros, quando ouviram a primeira coisa que o menininho falou todo contente – Olha, papai, o carro da polícia e do bombeiro tem as “lampadinhas  vermelhas”, olha! – O garoto apontou para o dispositivo giroflex sobre os carros.

Kate, que estava sentada na poltrona assistindo a tudo, zoou com o marido – É, Rick, se você tivesse dúvidas..., era o momento de mandar suspender o exame de DNA porque é mesmo seu filho... – ela começou a rir e não conseguia parar e o Castle logicamente entendeu a brincadeira dela e ficou todo contente porque o filho também chamava “giroflex” de “lampadinhas vermelhas”.

— Que bacana, filho, você também adora brincar de carro de polícia, né, e adora essas “lampadinhas vermelhas”... – Castle estava eufórico de alegria e parecia criança.

— Ensine a ele o nome certo, Castle. – Kate sussurrou bem baixinho, orientando o marido.

— Não precisa, Kate... Pra que?

Esperto, Flyn perguntou à mãe – O nome certo de que, mamãe?

— Meu bebê sabe o nome desta lampadinha vermelha?

— Eu não sou mais bebê, mamãe... Eu já sou “gande” e quando eu “quescer” (tradução: crescer), eu vou ficar “gandão” igual ao papai.

— Ah, tá... – Kate prendeu o riso – Ok! Mas você sabe o nome destas lampadinhas aí em cima do carro da polícia e do carro do bombeiro?

— Sei, sim, mamãe, claro que eu sei.... O nome disso é “lampadinha”.

Ao ouvir a resposta do filho, Castle olhou a esposa com ar de vitória – Eu te disse! Para que complicar... Ele tem só dois aninhos.

— E você, tem quantos aninhos mesmo, eihm, Rick? - Kate zombou e riu muito.

— Ih, lá vem você... Você nem tem senso de humor... – ele brincou com a esposa.

Não se dando por vencida, Kate tentou ensinar ao filho – Meu amorzinho, o nome dessa lampadinha é giroflex. Repita aí: giroflex.

— "Jifex" – Flynn repetiu ao seu modo.

— Filho, é melhor falar “lampadinha” mesmo, viu? – Castle recomendou.

— Tá certo, papai... “Lampadinha”.

Feliz por ver os dois homens de sua vida felizes, Kate se levantou da poltrona e antes de deixar o quarto do filho, ela se abaixou e deu um selinho no marido – Eu te amo, amor, exatamente do jeito que você é. Lindo, maravilhoso e muito traquinas.

— Eu também te amo, amor, exatamente do jeito que você é, linda, maravilhosa e birrenta.

Rindo para o marido, de um jeito maroto, ela beijou a testa do Flynn – Eu também te amo, filho.

— Flynn também ama a mamãe. – Ele girou o corpo e agarrou com força o pescoço da mãe, fazendo-a perder o equilíbrio, pois não esperava aquele gesto amoroso e espontâneo do filho e ela caiu no tapete felpudo e o menino ficou agarrado a ela e todos gargalharam felizes pelo momento descontraído e até o Castle se juntou no abraço da queda.

Depois de alguns minutos Kate se levantou – Rick, eu vou lá para a sala. Eu vou falar novamente com a Martha e com a Alexis sobre o quarto do Flynn lá no loft. As duas me mandaram mensagens pelo WhatsApp porque a Decoradora e a Arquiteta estão lá agora e eu também quero mostrar aquelas fotos bacanas que eu e você encontramos na internet.

— Não se esqueça de pedir pressa.

Antes de sair ela piscou o olho para o marido e jogou-lhe um beijo no ar e ele o pegou e o colocou nos próprios lábios.

Kate saiu sorrindo do quarto. Ela se sentia a mulher mais feliz do mundo.

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Flynn era um garotinho com apenas dois aninhos e, apesar de Nick e Alice não serem ricos, ele fora criado com muito conforto, além, claro de muito amor e carinho, então, nada estava sendo estranho para ele, ou seja, os passeios e tudo o mais, nada para ele era novidade.

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O tempo que Kate e Castle usavam para o filho se adaptar a eles também era empregado para organizar, via internet, o novo quarto do Flynn no loft, para quando eles chegassem em Nova York o garotinho já tivesse seu próprio quarto, com uma decoração adequada para a idade dele, inclusive com brinquedos e roupas do seu tamanho a fim de que ele tivesse a certeza que ali era seu lugar, ou seja, ele se sentiria parte integrante daquela linda família.

Kate também combinou com o Castle que comprariam roupas para o filho sem a presença da criança, pois essa tarefa é muito cansativa para um garoto da idade dele.

Martha pediu a Kate que ela também queria comprar roupinhas para o netinho e a Alexis, do mesmo modo, disse que também queria comprar roupa para seu irmãozinho, e Kate, obviamente, não viu nenhum impedimento nisso e até ficou contente, pois era sinal de que as duas a perdoaram pelo seu desaparecimento e por ter feito o Castle sofrer, pois sabiam que ele não sofrera sozinho, afinal de contas, ela sofrera muito também.

Neste período em que estava em Boston com o marido, Kate mantinha contato com o Jim, com a Martha, com a Alexis e com a Lanie, por telefone, mas os assuntos eram sempre leves.. No entanto, a primeira vez que falou com cada um deles, a comunicação se deu por videoconferência, pois, assim, olho no olho, a conversa fluiu com mais emoção, tendo em vista a singularidade do momento.

Foi perceptível a felicidade deles ao verem Kate viva, conversando com eles, sã e salva e a emoção dela não foi diferente ao ver pessoas a quem amava e pensava nunca mais encontrar. Muitas perguntas foram feitas e respondidas, sempre com muita verdade e amor, mas nada de profundo, sempre tudo muito leve. O que mais a emocionou foi o fato de nenhum deles tê-la condenado pelo fato dela ter ido embora. Muito pelo contrário, todos ficaram muito preocupados com o que ela passara e aliviados por tudo ter terminado bem, apesar de ela ter passado um ano em poder dos criminosos.

Nesse meio-tempo, o advogado de Castle e Kate ingressou com um pedido formal junto ao FBI, justificando a criação da nova identidade, como Emily Byrne, por medo do grupo de LokSat, indicando acerca do sequestro, anexando cópia do caso existente na Delegacia de Boston, inclusive todos os depoimentos, fotografias e os nomes dos criminosos.

Usando os mesmos documentos do caso do sequestro, o advogado entrou também com o pedido de anulação do casamento entre Emily e Nick e solicitando ainda a guarda definitiva de Flynn e a alteração da certidão de nascimento do garoto, para fazer constar os corretos e completos nomes de Kate e Castle. Para este processo, também foi anexada a declaração feita por Nick, onde ele isentava Kate de qualquer crime neste sentido e que também não via problema em que os pais biológicos ficassem com a guarda definitiva do filho, reconhecendo ser direito deles obter a guarda do Flynn.


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Notas finais do capítulo

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