Humanidade: A Queda escrita por Daniel A Soares


Capítulo 18
(Bônus) Teaser Vol. 2


Notas iniciais do capítulo

Voltei só para trazer mais esse bônus, espero que gostem e até a próxima gente. Bjs :3



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“— Onde está meu pai? Papai vem me buscar.

A mulher se aproximou cuidadosamente da garotinha que soluçava de tanto chorar, encolhida na penumbra do estacionamento daquele imenso supermercado.

Ela tinha visto uma grande horda se aproximar e correu para o subsolo, era idiotice, ela sabia. Ali poderia ficar encurralada, mas era melhor fugir e se esconder do que enfrentar aquele imenso número de criaturas. Sua surpresa se deu quando ouviu aquele choro infantil e viu aquela pobre criança ruiva chorando, encolhida no escuro e terrivelmente assustada.

— Menina. — a mulher chamou com ternura. — Se acalme, tente não fazer muito barulho. Os monstros estão lá em cima, mas eu vou proteger você.

— Você também vai tentar me matar! — a garotinha se encolheu ainda mais olhando a pistola na mão da mulher.

Uma difícil escolha foi feita, sem movimentos bruscos a mulher colocou a pistola no chão e ergueu os braços esboçando um sorriso gentil. E então aconteceu, mais rápido do que seus olhos podiam ver algo caiu do teto em cima dela, logo em seguida mais criaturas saíram das sombras e enquanto sentia mordidas em várias partes de seu corpo, pode ver a criança sair da sombra, o cabelo pingando não era ruivo, mas estava cheio de sangue. Olhos brancos adornavam a face infantil, havia uma tira de pele pendendo do pescoço e por alguns segundos a imagem dela oscilou entre um zumbi e a imagem de uma garota comum, a mesma que a mulher antes via na penumbra. Um sorriso carregado de crueldade estava presente nas duas faces e a mulher entendeu, viu as crianças zumbis que a atacavam com ferocidade e se perguntou se eram reais ou eram ilusões também. A dor era tão real, ela não conseguiu resistir, alcançou a pistola e ergueu em direção a sua cabeça enquanto sentia sua outra mão ser arrancada pela mordida de uma criança zumbi.

Existia uma bala naquela pistola, ela poderia matar a criança de cabelos vermelhos, mas tinha guardado aquela bala para si mesma, tinha suportado tempo demais os horrores daquele mundo apocalíptico. O barulho do tiro foi a última coisa que ouviu em vida.”

****

“Sinto que estou flutuando, algo dói, mas é algo tão distante que nem sei se realmente é real. Eu lembro do tiro, lembro do vírus tomando o controle, lembro da dor da bala atravessando meu corpo, lembro que eu deveria estar morto. E estou morto? Cercado por uma imensa escuridão, não sinto meu corpo, não sinto nada. Apenas aquela dor distante e um zumbido estranho, uma vez que não pareço ter ouvidos, aparentemente eu faço parte da escuridão e não sei o que houve. De repente eu sinto, não é tão forte, mas eu reconheço essa sensação e tenho vontade de chorar, mas nem disso mais eu tenho controle. Eu pensei que se eu morresse, o vírus morreria e eu já tinha tentado uma vez, não sei o motivo de eu ter achado que daria certo dessa vez. Eu achava que o vírus não poderia fazer mais nada, quando fechei os olhos, achei que todo sofrimento tinha terminado e eu poderia descansar em paz. Eu estava complementamente errado. O vírus evoluía rapidamente e eu podia sentir algo na minha mente quebrar ou talvez começar a funcionar e isso me assustava, pois a humanidade corria um perigo ainda maior, talvez eu não consiga impedir isso, talvez ninguém consiga, talvez este seja o fim, é chegada a hora do extermínio, o fim da humanidade sou eu, e eu sinto muito por isso. Perdão.”


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Esses bônus são para um possível continuação (caso eu consiga produzir) e se tudo der certo postarei aqui em primeira mão para vocês. Foi ótimo escrever essa história aqui e espero poder compartilhar ainda mais com vocês. Bjão e até a próxima. Xoxo



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