Scarlet Blood escrita por Alien do Hobi


Capítulo 12
XI


Notas iniciais do capítulo

Herou amorus, finalmente voltamos não é?
O edits da Foutris Forever ( ♥ ♥ ) voltaram também eeeeeeee *empolgada*
Dessa vez é do nosso raio de sol, Hoseok *-*
Boa leitura ^^

PODERES CITADOS:
Calafrio: podem congelar as coisas.
Observador: podem ver o futuro próximo.



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Se eu morri com esse edit?? COM CERTEZAAAAAA

NaRi está des-mai-a-da! ♥

 

*Narrador on*

—Eu estava certo! – Tiberias Calore II esbraveja para o pai. – E agora eles fugiram!

—Reúna todos os comandantes disponíveis. – Ordena o rei com um tom que faz seu filho recuar um pouco.

—Sim, senhor. – O príncipe herdeiro se retira com um meio sorriso no rosto.

*

Tiberias anda de um lado para o outro em seu escritório, não concorda em nada com seu pai. Podiam ser quem fossem, traidores não têm direito de viver. Acha seu pai muito mole por ordenar que Jungkook e seus amigos fossem trazidos com vida, quem sabe exilaria eles.

Mesmo sendo um rei sensato, Tiberias sabe que seu pai nunca mataria um filho, principalmente se fosse o filho preferido de sua amada esposa.

Não! Ele precisa fazer algo, tal absurdo nunca poderá acontecer, não em seu futuro reino.

—Me chamou, Alteza? – Julius, um dos comandantes, entra no escritório.

—Eu quero... lhe pedir um favor.

O príncipe então deposita um saco com moedas em cima da mesa.

—Do que precisa, Alteza?

—Mate-os.

—Mas... e seu irmão, o príncipe...

—Mate a todos! – Ele vocifera com raiva.

*

Seokjung corre pelos corredores a procura de seu superior.

—Arven! – Ele ouve o comandante Julius Samos o chamar.

—Sim, senhor. – Responde o silenciador endireitando sua postura.

—Você é nossa melhor chance de encontrá-los. Tem alguma ideia?

Seokjung pensa por um tempo, ele havia ouvido da boca do próprio rei que deveriam trazer os garotos com vida. Isso já era um bom sinal, precisavam achá-los logo, antes que aquilo tomasse proporções extremas.

—Sim senhor, acho que sei onde estão, e também imagino que não tenham saído há muito tempo. Ainda podemos encontrá-los no caminho.

*

—NARA! – Grita uma das criadas. Ela cuida do príncipe herdeiro, portanto, na pequena hierarquia dali, é quase a chefe.

A pobre vermelha mal tem tempo de chegar e retomar o ar quando sua superior sai a arrastando corredor a fora.

—O-o que está acontecendo? – Pergunta sem lembrar de nada que tivesse feito de errado.

—Sua Alteza quer vê-la.

Nara é praticamente jogada no escritório do príncipe.

—Ora, ora. Veja quem deu o ar de sua graça... acho que temos assuntos para conversar, Nara.

O sorriso maligno do príncipe a faz paralisar de medo. Seu coração aperta ao se dar conta do que acontecerá. Espera mais do que tudo que Arya já esteja bem longe dali, pois, para ela, o jogo havia acabado.

 

*Hoseok on*

Eu e Taehyung estamos na entrada do bosque esperando os outros meninos que foram esconder o carro.

—Por que são tão lerdos? – Tae reclama.

—Aish! Vou lá para ver o que aconteceu.

—Vou com você.

Assim que chegamos ao local onde os meninos deveriam estar percebo, com total espanto, o motivo da demora.

De alguma forma os soldados nos encontraram. Jin e Yoongi hyung estão tentando pará-los enquanto Jungkook queima todos que se aproximam de mais.

Percebo um corpo inerte no chão. Não pode ser...

—Jiminie! – Taehyung grita em desespero.

Isso faz com que Jungkook vire para nós com uma expressão preocupada. Ele está a ponto de nos dizer alguma coisa quando uma estaca de gelo de um dos calafrios transpassa seu corpo.

Simplesmente não consigo me mover.

—NÃO! – Tae grita. – JUNGKOOK!

O silfo corre até o corpo do Calore já sem vida e o agarra.

—Por favor, Jungkook! Acorde! ACORDE! JUNGKOOK! – Ele chora como louco.

Taehyung o solta quando olha novamente para o corpo do Osanos.

—Jimin! – Ele o sacode. – Hyung... HYUNG! LEVANTE! HYUNG!

Ele continua chacoalhando-o, como se fosse possível reanimá-lo.

—HOSEOK! – Escuto o grito de Jin hyung. – VOCÊ PRECISA AVISAR A ARYA E NAMJOON! NÓS VAMOS SEGURÁ-LOS!

Meus pés ainda não conseguem se mover.

—VÃO! – O grito de Yoongi me tira do torpor.

Corro até Taehyung e agarro sua camisa o arrastando para longe.

—Não hyung... eu não posso deixá-los... não posso deixá-los...

 

*Arya on*

—Será que eles vão demorar? – Pergunto sentando no sofá.

Namjoon senta ao meu lado.

—Eles devem chegar a qualquer momento.

Como se obedecesse aos pensamentos do Rhambos, a porta repentinamente é escancarada.

O susto pelo barulho dá lugar ao choque ao ver Hoseok e Taehyung naquele estado. Ambos estão com as roupas rasgadas, ofegantes e cheios de cortes, provavelmente vieram correndo sem prestar atenção em desviar dos espinhos e galhos na trilha.

Mas o que mais me preocupa é não ver os outros meninos e o sangue prateado que cobre as mãos de Tae e suja a maior parte de sua camisa.

—Vão embora! – Hoseok ordena para nós. – Precisamos correr, eles estão vindo.

—Onde estão os outros? – Namjoon pergunta.

—Jungkook-ah... – Tae murmura. – E Jiminnie...

—Nam, não temos tempo de explicar agora. – Diz Hobi e ouvimos alguns gritos vindos da trilha. – Vão agora para os fundos! – Ele ordena. – E levem o Tae.

O silfo começa a balançar freneticamente a cabeça.

—Eu vou ficar com você, hyung. – Decide.

—Ok, então vamos dar tempo para que vocês fujam. – Hoseok nos olha de forma séria. – Serei a esperança de vocês, agora VÃO!

Namjoon está paralisado e dessa vez sou eu quem tem que puxá-lo.

Corremos em direção à porta dos fundos, meu coração pesa por deixar os meninos para trás, mas isso é necessário no momento.

De repente um pensamento terrível vem à minha mente.

Yoongi...

—Não, Arya... ele prometeu que não morreria, ele ainda está vivo... – Murmuro para mim mesma.

Atravessamos a porta e corremos floresta a dentro, mas não vamos muito longe.

Sinto um peso se apoderar do meu corpo e acabo desabando no chão quase sufocando. O forçador se abaixa ao meu lado preocupado. Um pouco mais ao fundo vejo um silenciador que o encara.

Namjoon também o vê, mas parece não se sentir ameaçado.

—Ah, Seokjung hyung... – Ele quase sorri. – Você veio nos ajudar? Estão nos perseguindo e...

O Rhambos para olhando do Arven para mim e depois para o Arven novamente.

—Hyung, o que...

Então outro silenciador aparece e Namjoon, assim como eu, cai no chão.

Logo vários guardas prateados nos rodeiam e somos algemados com pedra silenciosa.

O silenciador, Seokjung, parece procurar por alguém.

—Onde está meu irmão? – Ele vira para nós.

Namjoon olha para ele e, por um momento, parece que foi possuído pela raiva.

—Você não tem o direito de chamá-lo assim. – Ele cospe e logo em seguida leva uma bofetada de um dos guardas.

Um grito de agonia reverbera por todo lado e faz com que meu corpo seja acometido por um calafrio terrível. O grito vem da cabana não muito distante.

—Nam... – Murmuro sentindo as lágrimas chegarem aos meus olhos.

—O... o que está acontecendo? – Seokjung pergunta num misto de confusão e desespero. – Nossa ordem não é matá-los! Onde está o Jin?! – Ele nos olha esperando uma resposta, mas assim como nós ele sabe exatamente qual é. – ONDE ESTÁ O MEU IRMÃO?! – Ele grita agarrando um dos guardas.

Eu e Namjoon somos obrigados a levantar e nos levam até um carro.

Não consigo conter os arrepios que percorrem meu corpo a cada vez que ouço os gritos do silenciador caído chamando por Jin.

 

*Taehyung on*

Assim que Arya e Namjoon saem da sala Hoseok começa a me chacoalhar.

—Tae, por favor, volte a si. – Ele pede.

Me forço ao máximo para esquecer a imagem de meus amigos mortos, preciso lutar agora, preciso proteger os que me restaram.

Hobi se esconde e eu faço o mesmo. Assim que os guardas passam pela porta tudo fica escuro.

Eu sei o que o sombrio está fazendo, já treinamos tantas vezes juntos que até parece que sei seus pensamentos. Cada passo que ele vai dar está guardado na minha memória e logo começo a dar meus próprios passos.

Somos apenas dois, contra mais ou menos nove, não é impossível.

Pego a faca da bainha de um dos guardas sem que ele perceba e começo meu trabalho.

Enquanto eles tentam se achar em meio ao breu, eu saio colocando o plano em ação.

Conheço todos eles, sei suas ambições, sei seus medos. Já tive vários turnos em dupla com cada um. Não posso simplesmente matá-los, então apenas os machuco o suficiente para que não sejam uma ameaça.

Seis já estão fora, faltam apenas mais três.

De repente meus olhos são atingidos pela luz repentina. Tudo volta ao normal.

Viro desesperado à procura de Hoseok e vejo o mesmo caído no chão aos pés de um observador.

Corro até ele e me abaixo. Os outros três guardas estão paralisados.

—Hobi, o que... – Sussurro.

Ele apenas tira a mão de cima de seu peito e posso ver o terrível ferimento.

Tento estancar o sangramento com minhas mãos, quero dizer que tudo ficará bem, mas minhas lágrimas descem descontroladamente.

É aí que a ficha cai. Meus amigos... eu perdi a todos eles. Jin e Yoongi com certeza não sobreviveram. Namjoon e Arya não têm chance. Hoseok está morrendo nos meus braços.

O peso daquela dor é tão grande que não posso suportar, ela simplesmente extravasa de dentro de mim na forma do grito mais terrível de toda a minha vida. Agora está tudo acabado.

Os guardas olham para mim assustados.

—O QUE AINDA ESTÃO FAZENDO?! – Grito para eles. – POR QUÊ?! Por que estão aí parados?!

—Sinto muito Tae... – Diz o observador e aponta sua adaga para mim. Posso ver suas lágrimas escorrerem, o seu olhar angustiado, parece que todo o seu corpo é contra seus movimentos. Então foi isso o que Namjoon hyung sentiu...

— Seja rápido. – Fecho os olhos.

— Sinto muito... – Ele murmura novamente e sinto a lâmina penetrar meu peito.

 

*Narrador on*

—Tiberias, você desobedeceu minhas ordens! – O rei esbraveja.

—Traidores não tem o direito de viver! Meu reino não pode ter tal escândalo! – O príncipe vocifera.

—Você ainda não é o rei! Mande cancelar a execução e apenas exile os prisioneiros!

—Pai, você não entende! – O herdeiro exclama.

—São minhas ordens!

—Se eu cancelar a execução meu reinado não será bem visto pelas pessoas. Você quer isso?!

—Você não vai matar meu filho!

—Meus soldados foram enviados com um único propósito, pai!

O rei por sua vez bate com força no rosto de seu herdeiro.

—Tiberias você é um tirano!

Um dos guardas adentra a sala.

—Todos foram mortos, menos Namjoon e Arya, senhor. – Ele informa. – Os mesmos estão a caminho e serão preparados para a execução.

O Calore encara o filho com um olhar fulminante, sua mão flameja, mas o mesmo se controla.

Ele se levanta do trono e vai até o príncipe.

—Tiberias, espero não viver o suficiente para ver meu povo ir a ruína em suas mãos. – Ele apenas deixa a sala.

 

*Namjoon on*

Nos colocam em carros diferentes, uma angústia me toma por completo.

Agora é o fim! Penso.

Só o que eu quero mesmo é ver Arya, quero conferir se está bem, mais do que tudo desejo não estar sozinho.

*

Sou atirado em um cárcere úmido e frio, dois silenciadores me cercam. Mas, por que dois?

Afasto minhas dúvidas e me encolho no canto da parede. Minha mãe... meus amigos... Só queria pelo menos ter conseguido salvar quem amo.

Volto à consciência quando escuto um choro, olho para o lado e vejo Arya ser jogada na mesma cela que eu.

Vou até ela e a envolvo em meus braços. Solto um suspiro ao tê-la.

—Você está bem? – Pergunto.

A mesma só concorda com a cabeça e me abraça forte.

Ficamos ali aparentemente por horas, até que os guardas nos chamam. Somos levados à praça central de Norta, onde toda a corte está reunida e mais várias pessoas nos observam.

Nos colocam de joelhos no meio da praça, o príncipe herdeiro está fazendo um discurso sobre traição, exatamente como aconteceu na execução de minha mãe.

Seguro a mão de Arya, sou incapaz de passar por isso sozinho.

—Tragam os outros. – Tiberias II ordena e, por um instante, tenho esperanças de ainda ver um de meus amigos com vida.

Mas minhas expectativas são lançadas ao léu quando sete cadáveres são jogados em frente a nós. Horrorizado percebo a crueldade estampada no corpo de Yoongi, no pequeno monte que fizeram com os corpos posso ver claramente os sinais de tortura.

Arya solta um grito de espanto ao ver a cena. Até mesmo o corpo da criada vermelha, Nara, está lá.

—Nam eu estou... – Ela sussurra tentando conter as lágrimas. – Estou com medo.

—Estou aqui com você Arya, ficaremos juntos até o fim, lembra? – Deslizo meu dedo por sua mão e acabo por raspar levemente na cicatriz em seu pulso. – Ary eu... não quero morrer sem que você saiba que eu... que eu te amo.

As lágrimas começam a escorrer descontroladamente por seu rosto e logo ela está soluçando baixinho.

O príncipe herdeiro proclama a sentença, decapitação. Não posso deixar de lembrar de Jhonan, e do que fui obrigado a fazer...

—Não olhe para mim... – Arya tenta se recuperar e sei exatamente o que ela está pedindo.

Fecho os meus olhos, mas continuo segurando firmemente sua mão. Escuto os passos do guarda que se aproxima, não preciso de muito para saber quem é: Julius Samos.

Um leve silvo soa, um som conhecido, é a lâmina cortando o ar. Logo líquido quente atinge meu rosto e o corpo de Arya cai puxando violentamente meu braço, mas não solto sua mão.

Sei que sou o próximo, e, pela primeira vez, deixo que minhas lágrimas escorram em púbico. Apesar de tudo, não me arrependo de ter conhecido Arya, certamente gostaria de ter conseguido escapar, como no plano de Tae. Mas cada segundo passado com ela, cada lágrima, cada sorriso... eu passaria por tudo novamente.

Sua imagem é o eu quero guardar e visualizo-a com os garotos, todos alegres e sorridentes.

É reconfortante e, segundos antes da lâmina descer em meu pescoço, sinto uma paz eu jamais havia sentido antes.

Nada pode nos separar agora.


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Notas finais do capítulo

Bem, foi isso amores, pretendemos postar o último capítulo logo
Beijos bem grandes, espero que não queiram matar a gente agora hehe
Até mais ♥



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