Bolinhos escrita por KarinLima, TatyNamikaze


Capítulo 19
XIX - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem com vocês?
Nem tô acreditando que esse já é o epílogo. Karin e eu estamos muito ansiosas, animadas e um pouco tristes pelo fim dessa fanfic. Nem tô acreditando que já estamos concluindo Bolinhos...
Esperamos que tenham gostado dessa fanfic que escrevemos com muito carinho e que gostem desse epílogo.
Obrigada por tudo, vocês são demais!
Boa leitura!



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Bolinhos

Epílogo


         — Mexe isso direito, Sasuke!

Ok. Ele não sabia o que estava fazendo de errado. Estava mexendo, o que ele tinha que fazer mais? Era algum segredo de como se mexe a massa?

— Estou mexendo, Sakura.

— Uma criança mexe essa massa melhor que você!

Ele parou.

— Sério?

— Só continua a mexer, esses bolinhos têm que ficar prontos até a noite!

— Tá, tá bom! — Ele respondeu e voltou a mexer a massa.

Ele não deveria ter se oferecido para ajudá-la!

Queria ser prestativo, além disso, imaginou que ela realmente iria precisar de alguma ajuda, mas ela era tão impaciente que só sabia brigar com ele por qualquer coisinha que ele fazia de errado.

Mas, por hoje, ele iria relevar, era Natal e, além disso, ela estava naqueles dias malucos que as mulheres têm e que ele tem trauma.

Voltou sua atenção totalmente para a vasilha em sua mão, mexendo a massa mais rapidamente enquanto Sakura untava mais fôrmas para assar os bolinhos.

Alguns minutos depois, ela pegou a massa das mãos de Sasuke, cuja consistência estava boa — o que era uma surpresa — e despejou nas fôrmas. Enquanto ela ajeitava essa nova remessa de bolos para assar no último tabuleiro vazio, Sasuke colocou luvas para proteger as mãos e tirou o tabuleiro que já estava no forno, com os bolinhos já prontos e colocou sobre a bancada.

Os doces estavam bonitos mesmo sem o chantilly por cima e pareciam bons também. Sorrindo satisfeito com o trabalho dos dois, Sasuke retirou as luvas e colocou o último tabuleiro de alumínio, o qual Sakura havia acabado de ajeitar, no forno e ficou observando a Haruno decorar os bolinhos já prontos com chantilly tingido com corante vermelho.

Após uma hora, todos os doces estavam prontos e embalados para as crianças do orfanato, mas a cozinha estava uma bagunça. Sakura olhou para os lados, pensando por onde começar. Haviam vasilhas sujas, farinha no chão, chantilly na mesa… Dessa vez, eles se superaram na bagunça.

— Que sujeira. — reclamou, cansada, atraindo a atenção de Sasuke para si, e se jogou na cadeira mais próxima, esgotada.

— Ah, nem foi tanto assim. — Sasuke riu, chegando ao lado da namorada.

— Não? Olha o estado da cozinha. — ela apontou para a mesa, a pia, o chão e, em seguida, colocou a mão no rosto. — Preguiça de arrumar…

Retirou a mão da face sob os olhos atentos e divertidos de Sasuke.

— Eu te ajudo, relaxa. — sorriu de canto e, em seguida, riu divertido. — Você sujou aqui. — apontou para o rosto da Haruno.

— Onde? — ela passou a mão na face, tentando limpar o que quer que havia lhe sujado.

— Aqui. — com a mão ainda suja de chantilly, Sasuke passou os dedos sobre o nariz dela, manchando-o de vermelho.

— Sasuke! — ela reclamou pela atitude dele, tentando se limpar, mas isso só estava lhe sujando mais ao espalhar a pasta pelo rosto.

Ele caiu na gargalhada ao ver, não só o nariz, mas as bochechas dela manchadas de chantilly também. Era engraçado vê-la coberta com o doce. Sakura o encarou, Sasuke estava quase chorando de tanto rir, o que lhe fez estreitar os olhos.

Sem pensar duas vezes, ela passou a mão sobre o chantilly entornado na mesa e se aproximou do namorado, que só notou o que estava acontecendo quando sentiu o rosto lambuzado com o doce. Ele abriu a boca, surpreso pela atitude dela e passou as mãos na face para limpar o nariz e olhos.

— Sakura!

Agora foi a hora dela de rir descontroladamente do namorado atônito e manchado com a pasta colorida.

— Você fica bem de vermelho. — riu novamente após o comentário, o que só fez Sasuke lhe encarar de forma séria e pegar o resto de farinha que sobrou no pacote, o que não era muito, nas mãos. Ela olhou as mãos dele todas cheias do pó branco e arregalou os olhos ao entender o que ele pretendia fazer. — Não, Sasuke. — pediu, já se afastando dele.

— Agora, você vai ver. — ele seguiu até ela, que começou a correr ao redor da mesa para se manter distante do Uchiha.

— Para, Sasuke! — disse, dando voltas no móvel para fugir, mas ele era mais rápido e a alcançou rápido, bloqueando seu caminho. — Não! — gritou ao sentir a farinha sobre seus cabelos e rosto ao mesmo tempo em que ele ria da face dela. — Fala sério…

Bateu as mãos nos fios cor-de-rosa, vendo o pó esbranquiçado voar conforme tentava se limpar, porém sabia que não estava adiantando muito.

— Isso não vai ficar assim! — ela gritou ao dar-se por vencida, desistindo de se limpar e repetiu o mesmo ato que ele, pegando farinha e lhe tacando em seguida.

O que desencadeou uma disputa de quem conseguia sujar mais o outro.

Ambos pareciam duas crianças brincando e fazendo ainda mais sujeira naquela cozinha, mas nenhum quis parar. Era divertido apesar da bagunça.

E a tarde passou-se assim, até os dois se darem conta de que não eram mais crianças arteiras e se assustarem com o estado da cozinha e da aparência dos dois, que era uma mistura do branco da farinha com o vermelho do chantilly.

Os fios de cabelo nem se fala! Pareciam um grude com a mescla da pasta doce com o pó esbranquiçado.

Por fim, ambos limparam a cozinha, o que demorou mais que o normal devido ao estado que deixaram o cômodo com a guerrinha e foram tomar um banho demorado, já que sair na rua assim estava fora de cogitação.

E, mesmo que Sakura reclamasse do trabalho que tiveram para arrumar a cozinha e deixando claro que a bagunça era culpa de Sasuke, ele sabia muito bem que ela havia gostado, e a Haruno, por sua vez, tinha que admitir que nunca fazer os seus amados bolinhos fora tão divertido.

De fato, a vida com Sasuke ao lado era uma experiência totalmente nova e sempre um tanto quanto inesperada, mas, mesmo que a ideia do inesperado e novo ainda lhe assustasse às vezes, admitia que estava gostando.

Era bom ser surpreendida de vez em quando.

 

. . .

 

O orfanato estava extremamente agitado, até mais do que o normal para uma noite de Natal, Shizune e Tsunade tinham que admitir, mas também pudera, era a primeira vez que as crianças teriam uma festa de Natal com tudo que tem direito: doces, presentes, uma grande ceia e o principal… Cheio de amor e carinho.

E tudo por causa da determinação dos novos — e velhos — visitantes, que fizeram de tudo para que aquele dia fosse perfeito para aquelas crianças.

Foi ideia de Sakura fazer a ceia de Natal com as crianças do orfanato, mas foi por pedido de Sasuke que todos estavam ali, juntos, para fazer aquela comemoração ainda mais incrível. Os amigos da faculdade, que aceitaram na hora compartilhar dessa experiência nova, estavam sentados ao redor de uma das grandes mesas ali presentes, ao lado das crianças pequenas, que comiam animadas os doces de Sakura. Já a família de Sasuke estava na ponta da mesa contrária, junto com as crianças maiores, ambos conversando sobre a vida no orfanato e aquela noite animada.

Nas superfícies das três grandes mesas, haviam sucos e refrigerantes dos mais diversos sabores e muitas bandejas com o típico prato natalino: frango frito do Kentucky, além de vários tabuleiros com o tradicional bolo de creme com morangos, ambos os alimentos doados pela família de Sasuke, que fez questão de bancar a ceia para as crianças.

No canto do grande pátio, uma árvore enorme estava decorada com enfeites natalinos e, embaixo dela, vários embrulhos de presentes, todos doados pelos amigos de faculdade e Sasuke.

Era o primeiro Natal que aquelas crianças carentes de amor e carinho se sentiram realmente felizes, não pelos presentes ou pelas comidas, mas pelo carinho que recebiam de todas as pessoas ali.

Sakura e Sasuke sorriam orgulhosos ao observar a interação dos amigos e familiares com as crianças e o quanto aquela simples ideia dos dois pôde deixar a noite de todos eles mais feliz do que nunca, porque não era só as crianças que estavam adorando, os adultos também estavam aproveitando muito aquele momento de amor e carinho.

De fato, aquela seria uma noite inesquecível para todos, mas, para o casal de namorados, seria ainda mais, Sasuke possuía certeza disso.

Algumas horas depois e após um discurso acalorado de Tsunade, — que encheu a todos de agradecimentos, e a Sakura, de elogios —,  a ceia foi servida, os adultos serviram primeiro as crianças, que sentaram-se juntamente com todas as pessoas presentes, separados entre as três mesas colocadas no pátio.

Foi engraçado ver Fugaku em uma conversa acalorada com o pequeno Satoshi, Sasuke imaginou a situação de deslumbramento que o pequeno estaria, com Fugaku contando suas aventuras ao salvar vidas. Acontecia o mesmo com ele quando era criança.

As horas se passaram devagar depois que todos estavam alimentados. Logo, os presentes foram distribuídos, e as crianças pulavam e sorriam felizes pelo que ganharam.

Os adultos também trocaram presentes e foi com alegria que receberam os desenhos feitos por cada criança ali. Foi uma ideia de Shizune, que pediu que desenhassem o natal dos sonhos de cada um.

Sakura adorou o dela e, quando fora guardar na bolsa, que havia deixado em uma das salas, foi surpreendida com o puxão repentino de Sasuke, que a fez entrar na sala rapidamente.

— Sasuke! Que susto! — Sakura reclamou, levando a mão ao peito.

— Desculpa, sabia que você viria aqui em algum momento e, por isso, vim atrás — Ele respondeu, conduzindo-a delicadamente até uma das carteiras da classe, erguendo-a pela cintura e colocando-a sentada em cima da mesa.

— O que você está aprontando? — Questionou, desconfiada.

— Vim dar seu presente de Natal — Justificou, erguendo os ombros em um gesto de desinteresse.

— Ah, é, então você lembrou… Depois de me deixar esperando igual uma tonta na frente de todo mundo depois de entregar o meu? — Perguntou, retoricamente.

— Sua expressão raivosa está tentadora, mas eu não havia esquecido, apenas… Queria entregar em particular.

— Ah, sério? Então cadê?

— Apressadinha, espera aqui e fecha os olhos — Sasuke respondeu e, antes de se afastar, depositou um beijo rápido nos lábios rosados.

Pegou o embrulho escondido no fundo da sala e voltou até a Haruno rapidamente, colocando o presente em seu colo.

— Prontinho, está aí.

Sakura arfou em surpresa quando abriu os olhos.

A caixinha preta, aberta em cima de uma caixa retangular maior embrulhada em um papel prateado, tomou toda a sua atenção, e o brilho prateado da aliança a fez querer chorar.

— Sasuke… — Ela estava sem palavras.

— Eu pensei que deveríamos ter algo que simbolizasse compromisso, já que estamos pra valer, e não vou mentir, tive que pedir ajuda a minha mãe para escolher algo legal. — Sasuke falou, pegando a caixinha da jóia e retirando o anel, para, em seguida, pegar a mão da Haruno e deslizar lentamente o anel pelo dedo anelar.

— Não vai chorar, hein? — Sasuke disse, levantando o olhar que, antes, estava focado em colocar o anel e, agora, fitava o rosto corado de Sakura, e sorri em seguida.

— Eu não vou chorar, seu idiota — Sakura retrucou, rindo, mesmo que os olhos estivessem cheio de lágrimas.

Quando o anel estava todo em seu dedo, Sakura ergueu a mão para observar a aliança.

— E onde está o seu? — Perguntou curiosa quando não viu nada nas mãos do Uchiha.

Sasuke apenas levou a mão ao pescoço, puxando uma corrente prateada, que tinha como pingente um grande anel também prateado.

— Ele ficou um pouco pequeno, por isso, coloquei aqui por enquanto, vou levar para arrumar logo depois que passar esses feriados — Ele justificou, levemente envergonhado — Era o último que fazia par com esse.

— É lindo também, ande com ele sempre a mostra. — Sakura gracejou, e Sasuke acenou, sorrindo minimamente.

— Não vai abrir o outro? — Perguntou e riu misterioso, e só então que Sakura se deu conta que ainda tinha o embrulho prateado em seu colo.

— Oh, é mesmo!

Ela abriu rapidamente, rindo quando teve que rasgar o embrulho.

— É grande, parece… — Ela observou e, pela segunda vez naquela noite, ela arfou em surpresa. — Um tênis? Sério? — Perguntou, olhando-o, incrédula.

Ela não estava acreditando que ele havia lhe dado aquele presente.

— Não gostou? — perguntou, receoso, porém, ao ver o sorriso dela, ele teve a certeza de que havia acertado.

— Claro que gostei, só…

— Já que eu estraguei o seu antigo, que era o seu favorito, pensei que era, nada mais justo, eu lhe dar um novo.

— Realmente, obrigada. — sorriu, feliz. — E tenta não estragar esse também, por favor.

— Nossa, você é má.

— Mas você me ama mesmo assim — Ela respondeu e arrependeu-se, no segundo seguinte, de ter usado a palavrinha.

Mas ele não se incomodou, realmente a amava, assim como sabia que ela sentia o mesmo.

Sasuke a olhou, fitando os olhos verdes brilhantes e sorriu levemente antes de puxá-la para um beijo e sussurrar:

— É, no fim, eu não odeio doce tanto assim.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram do epílogo? Da fanfic? Deixem nos comentários a opinião de vocês, é muito importante para a gente.

Obrigada novamente por nos acompanharem nessa aventura emocionante — que nos causou risadas, lágrimas e outras inúmeras emoções. Obrigada por todos os favoritos, pelos comentários motivadores e por lerem até aqui.
Vocês são maravilhosos!

Enfim, é com o coração cheio de alegria que nos despedimos dessa história maravilhosa.

Beijinhos e até um novo projeto.



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