Uma noite fria, sem nada pra fazer, estava eu observando pela sacada de meu quarto, o pouco movimento que havia pelas ruas de Hamburgo. Ventos gélidos batiam em meu rosto, fazendo com que a única parte descoberta de meu corpo, se arrepiasse.

  Fitando o nada, distraída, avistei um lindo rapaz. Alto, de cabelos negros e compridos, num moekano alto bem excêntrico, o mesmo usa roupas coladas e escuras, e parecia estar me observando com um olhar fuzilante. Assustei-me... Poderia ser um ladrão, observando, pronto pra ta dar o bote! Porém, algo em dizia que não. Resolvi descer até la, fui andando lentamente até ele.

-- Pois não? -- Perguntei ainda nervosa.

-- Ola Brysa! Não se lembra de mim?– Perguntou o rapaz num olhar mutilador.

-- e deveria me lembrar? E como você sabe meu nome? -- Perguntei, tropeçando nas palavras.

-- Posha’ Brysinha!  Você é bem esquecida em! -- Ironizou ele.                                 

-- quem é você? -- perguntei por fim.

-- me deixa tentar refrescar sua memória! Colegial, Ouran high school, um emo, esquisito, magrelo, que não pegava ninguém porque não sabia beijar... -- disse ele debochado.

-- Bill Kaulitz!? – Respondi. Fiquei um pouco assustada, sem saber o que fazer ou falar, então lancei ao ar, algo que pairava em minha mente. - como descobriu onde eu morava? Desde em que entrei para a faculdade, não moro no mesmo lugar.

-- eu tenho meus contatos - Explicou o jovem.

-- Mas afinal, porque você me procurou? Ignorava-te tanto no colegial! -- Disse confusa.

-- lembro de ter dito que iria se arrepender. – disse Bill segurando-me fortemente, para que não escapasse.

-- Bill o que vai fazer? – perguntei assustada – solta meu braço, ta doendo! Por favor!

Porém, Bill não soltou. E sim me puxou com força, fazendo com meu corpo colasse com o dele, logo após selando nossos lábios em um beijo quente, e rápido.

--E aii o que acha... Daquela pessoa que você tanto menosprezou – disse o jovem num tom bravo e ao mesmo tempo triste.

--Bill eu gostava de você eu... – disse sendo interronpida

--não você não gostava de mim, pra me desprezar tanto daquele jeito, eu gostava muito de você Brysa, ainda gosto.

--eu ficava com medo de aqueles valentões fizessem algo com você – tentei explicar

-- não você ficava com medo, ou melhor, com vergonha de debocharem de você, e pra continuar a patrícinha mais popular do colégio não é.

--mais eu...

--mais você se arrependeu né!? É eu sabia... E você ainda zombou da minha cara quando eu disse isso não é? como sempre. Ta mas agora eu vou indo consegui o que queria, ou pelo menos uma parte. - disse Bill num sorriso debochante.

-- mas... Você vai voltar? – perguntei esperançosa

--Talvez... – disse o jovem se distanciando cada vez mais.... E lá se foi àquele jovem cujo eu desprezava tanto, que depois de tantos anos me fez sentir uma culpa que nunca havia sentido antes. Fiquei fitando o caminho em que jovem percorreu para ir embora, resolvi entrar para dormir, para ver se esquecia tudo isso que acontecera nessa noite. Deitei-me e me revirei à noite inteira, nunca em minha vida um homem me deixou assim, o que ele tem de especial? Pensei! A noite pareceu ter sido longa, acordei e fui tomar um banho quente, coloquei uma roupa quentinha, pois fazia frio ainda, desci para tomar o café da manhã e ainda com aquilo na cabeça.

  Dias... Semanas... Ou talvez meses se passaram não sei ao certo, e Bill Kaulitz não voltara. O que acontecera com ele? Fazia-me essa pergunta a cada instante que se passava. Então resolvi sair um pouco, arejar a cabeça, para ver se esquecia aquilo tudo por um momento. Andava eu pelo centro da cidade, sem rumo, bate um pressentimento de alguém me seguindo, e então resolvi entrar em uma lanchonete ao lado, sentei-me em uma mesa pedi um chocolate quente, enquanto avisto um rapaz de moekano, magro, sentado numa mesa distante da minha, Bill...? Pensei alto!  Fui até lá em passos curtos até que esse rapaz se vira para chamar a garçonete, e eu perco as esperanças vendo q era só um gótico de bem com a vida. Voltei ao meu lugar, e logo recebendo meu chocolate quente que eu teria pedido. Fui surpreendida por um susto, quando alguém chegou por traz de mim e beijou meu pescoço suavemente. Virei-me e fui surpreendida mais uma vez... Era ele Bill Kaulitz.  

--pensei que não iria mais voltar – indaguei

-- Porque ficou preocupada? – disse num tom de deboche.

--não... É... É que... Nada - nada consegui falar.

-- mas eu vim... – disse ele chamando uma garçonete – então, sentiu minha falta?

--Não... Quer dizer Sim... Quer dizer... – corei tentando dizer e mais uma vez tropeçando nas palavras... Odeio quando eu faço isso.

--você fica tão linda vermelha... – disse ele me fazendo corar ainda mais. E então ali ficamos conversando.

  Cinco dias... Uma semana se passaram não sei ao certo, que eu e Bill estávamos juntos, nunca alguém tinha me feito tão feliz assim....

Certo dia Bill e eu resolvemos jantar fora, num restaurante italiano cujo eu escolhi um restaurante um pouco longe, mas que valia a pena chegamos, e Bill foi logo estacionar o carro, déssemos do mesmo e seguimos para dentro do restaurante, mas antes Bill se pronunciou.

--estou com uma sensação ruim – indagou

--não deve ser nada – tentei animá-lo

--é... Disse ele puxando-me contra seu corpo fazendo com que os mesmos se colidissem, e iniciando um beijo calmo, e apaixonado e por fim um abraço apertado, abraço esse que me fazia sentir-me protegida. Enquanto íamos a direção do restaurante fomos surpreendidos por um barulho no estacionamento ficamos assustados e continuamos andando e de repente surge um carro em alta velocidade passando por nos e em seguida outro Bill e eu aceleramos os passos, disparos foram escutados num barulho vago... Mais um carro aparece correndo dessa vez Bill olhara para traz e viu que um homem moreno com um capuz preto cobrindo o rosto  aponta uma arma a uma outra pessoa que estará atrás de mim, em seguida escuta um disparo e se coloca na minha frente recebendo o tiro que acertaria a mim.

--Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiill – gritei, assustada colocando-o em meu colo vendo aqueles bandidos fugindo, e logo vendo algumas pessoas que se encontravam ali ligando para a emergência – Bill fala comigo, por favor...

--Brysa... – disse o jovem com dificuldade

--Bill?!

--Brysa eu te amo muito, muito mesmo – disse ele ainda com dificuldades.

--eu também te amo muito, muito, muito mesmo....

--posso te pedir um favor?

--claro meu amor...

-- prometa que vai ser feliz sempre?

--o que esta dizendo? Eu sou feliz... Você me faz feliz...

--prometa...

--ta eu prometo, mas...

--estarei sempre cuidando de você minha anjinha, meu amor...

--Bill? Bill por favor, não... NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO...

 As ultimas palavras saíram da boca de Bill e ali ele morreu em meu colo, naquele instante única coisa que consegui fazer foi desabar em choro abraçando a pessoa que mais me fez feliz, a pessoa que me fez sonhar mais alto, a pessoa cujo fizia com que meu coração disparasse, essa pessoa ali se foi levando tudo isso com ela, me deixando desconsolada querendo ir junto. E hoje aqui estou no enterro de Bill Kaulitz fazendo minhas ultimas despedidas a aquela pessoa que me fez a mulher mais especial do mundo. E ali....

                                      MEU AMOR SE FOI .