Quatro anos se passaram desde as tragédias. A kunoichi seguia cuidando de seu filho, a quem deu o nome de Boruto. O garoto era bem alegre e energético. Sempre estava brincando e pulando por aí. Ela sempre ficava atrás dele cuidando para que não se machucasse. Porém, hoje ele saiu de casa sozinho e foi brincar no parque perto de casa.

Chegando lá, encontrou uma garota, sentada em um balanço sozinha. Ela não parecia se importar de brincar sozinha, mas Boruto foi até ela mesmo assim. Se ela não se importava em ficar só, ele se importava. Chegou perto da garota e começou um diálogo, com um enorme sorriso no rosto.

— Oi! Quem é você? - O loiro perguntou alegre.

— Hm… - A garota não respondeu de primeira.

— Não sabe falar ainda? - Perguntou o pequeno inocente.

— É claro que sei falar. Sou Sarada. - A garota respondeu, franzindo a testa.

— Nome legal! Eu sou Boruto! Posso brincar com você? - Boruto perguntou animado.

— Bem… - Sarada falou pensativa.

— Por que está pensando tanto? - O loiro questionou confuso.

— É que meu pai falou pra não falar com gente estranha… - A morena respondeu.

— Mas não somos estranhos. Você me conhece agora! Eu sou Boruto. Você é Sarada. Podemos brincar sem preocupações! - Boruto falou sorrindo.

— Sabe, você tem razão…! Vamos brincar então! - Sarada respondeu sorrindo um pouco.

As crianças brincaram a tarde toda. Brincaram de balanço, gangorra, escorregador, ninjas, pega-pega e várias outras brincadeiras. Ambos brincavam sem preocupações. Se divertiam mais do que quando estavam sozinhos.

O entardecer foi chegando, mas eles nem notaram. De repente, uma mulher chega correndo no parque. Era a mãe de Boruto.

— Sarada, minha mãe chegou…! - O loiro falou cabisbaixo.

— Essa é sua mãe? Ela é bonita! Qual o nome dela? - Sarada perguntou, olhando a moça se aproximar.

— Ela se chama Tsubaki! - Boruto respondeu sorrindo.

— Um bonito nome! - A morena elogiou.

— Boruto! Quantas vezes falei para não sair de casa assim? Te procurei por toda parte! - A mulher falou abaixando-se e dando um abraço no garoto.

— Não se preocupe mãe! Eu só estava brincando com a Sarada! - Boruto falou despreocupado.

— Sarada…? Ah! Desculpe-me criança…! Estava tão desesperada que não notei você. - Tsubaki disse, olhando para a garota.

— Não faz mal. Meu pai deve estar preocupado também. Faz um tempinho que saí de casa já. - Sarada respondeu, olhando para trás.

— Quer ajuda para voltar pra casa? Esse horário é um pouco perigoso para uma criança ficar sozinha na rua. - Tsubaki ofereceu ajuda.

— Bem… Acho que não precisa… - Sarada respondeu, ainda olhando pra trás.

— Não precisa ter medo, Sarada! Ela é minha mãe, não é uma estranha! - Boruto falou, notando a preocupação da nova amiga.

— Tem razão… Vou aceitar a sua ajuda então! - Sarada respondeu sorrindo.

Os três caminharam por um tempo. Sarada parecia saber muito bem o caminho de casa, pois virava as esquinas com a certeza de quem sabe onde está indo. Estavam chegando próximos do escritório Hokage, quando alguém entrou no caminho.

A figura era um pouco mais alta que Tsubaki. Parecia ser bem ágil e, com certeza, tinha alguns truques guardados na manga. Tsubaki entrou na frente das crianças, como forma de protegê-las. Sacou uma kunai de sua bolsa e ficou em posição de ataque. Porém, a pessoa não demonstrou querer atacar. Foi quando Sarada viu direito quem era.

— Papa! - Sarada exclamou, indo em direção a pessoa.

— Papa? - Tsubaki e Boruto indagaram confusos.

— Sarada, quantas vezes falei para não sair de casa sozinha? - A voz masculina bradou seriamente.

— Desculpe papa. Estava entediada em casa, então resolvi sair pra brincar, já que você vive ocupado agora. - A garota reclamou, cruzando os braços.

— Por favor, não faça mais isso. - O homem falou, abaixando e abraçando a menina.

— Ahn… Ela estava brincando comigo, então não precisa se preocupar, moço! - O loiro falou um pouco tímido.

— Quem são vocês? - O homem questionou seriamente.

— P-perdão pela má educação! Eu sou Tsubaki e esse é meu filho, Boruto. - Tsubaki falou, guardando a kunai.

— Entendo. Desculpe aparecer de repente também. Sou Konohamaru. Obrigado por trazerem minha filha em segurança até aqui. - O moreno agradeceu.

— N-não foi nada…! Eu achei perigoso ela vir sozinha… Ainda mais com essa crise que o mundo está tendo… - Tsubaki respondeu.

— Muito obrigado. Agora, vamos Sarada. Precisamos conversar. - Konohamaru falou, pegando na mão da morena.

— O-ok papa… - Sarada respondeu com a cabeça baixa.

— Hey pai da Sarada! - Boruto o chamou.

— Sim? - Konohamaru virou-se novamente para encarar o pequeno.

— Sarada pode ir ao parque amanhã também? - O loiro perguntou.

— Amanhã eu não sei se vai dar, Boruto. Tenho muito trabalho para fazer. Não gosto que ela saia sozinha. - Konohamaru respondeu, abaixando-se a pousando uma de suas mãos na cabeça de Boruto.

— Ahn… Ah! Por que não leva ela em casa? - Boruto questionou, achando sua ideia brilhante.

— Bem, isso vai dar trabalho à sua mãe. - O moreno respondeu, sorrindo um pouco.

— Ah mãe, deixa vai…? - Boruto virou-se para a mãe, que até então observava a cena.

— Bem, não me importo que Sarada vá brincar em casa. Eu cuido dela pra você, se quiser…! - Tsubaki respondeu sorrindo.

— Não vai ser um problema pra você? - Konohamaru questionou.

— Nada disso! Ela parece ser tranquila, o contrário do meu filho. - Tsubaki falou, rindo um pouco.

— Ei mãe, não me deixe encrencado na frente dos outros! - O loiro emburrou, cruzando os braços.

— Entendo. Sabe, não costumo confiar nos outros de primeira. Mas, você ajudou minha filha a voltar pra casa. Vejo que gosta muito de seu filho também. Então, irei dar um voto de confiança à você, Tsubaki. - Konohamaru levantou-se e encarou a moça seriamente.

— Também não confio muito em pessoas que se aproximam de Boruto. Mas, sua filha é muito educada. Também brincou com meu filho a tarde toda, sem dar preocupações. E você parece se importar muito com ela. Prometo que irei cuidar dela sempre que precisar, ok? - A kunoichi respondeu seriamente.

— Então, temos um trato? - O ninja indagou, suavizando a expressão séria.

— Claro. Por mim, sua filha pode ir em casa sempre que quiser. Ela parece ficar muito presa em casa. Isso não é bom para uma criança. - Tsubaki respondeu.

— Não é bom pra uma criança? Então, por que você não sai mais comigo? - O loro questionou.

— Boruto, já conversamos sobre isso! - A morena respondeu, sentindo o rosto queimar.

— Papa, amanhã eu posso ir a casa do meu amigo então? - Sarada perguntou.

— Eu levo você amanhã. - Konohamaru respondeu.

— Oba! - A menina exclamou alegre.

— Mama, me responde! - O loiro gritava, querendo explicações.

— V-vamos para casa! A gente conversa quando chegarmos! - Tsubaki exclamou, ainda sem jeito.

— Antes… Pode me passar seu endereço e número de telefone? - Konohamaru pediu.

— Ah sim, claro! - Tsubaki, atrapalhada, pegou um bloquinho e uma caneta que carregava na bolsa. Anotou endereço e telefone.

— Se precisarem de algo, é só ligar! - A kunoichi falou, entregando o papel.

— Espere um pouco. - Konohamaru falou, pegando o bloquinho das mãos de Tsubaki. Lá, anotou seu endereço e número de telefone também. - Se precisar, é só ligar. - O moreno respondeu, sorrindo.

— O-ok…! - Tsubaki falou, pegando o bloquinho e a caneta, guardando na bolsa logo em seguida.

— Vamos pra casa mãe…? Estou ficando com fome e com sono. - Boruto reclamou, coçando um dos olhos.

— Vamos sim, meu filho. Até amanhã, Konohamaru, Sarada…! - Tsubaki falou, pegando na mão de seu filho e se despedindo.

— Até amanhã, Tsubaki, Boruto. - Konohamaru falou, virando-se e pegando na mão de sua filha.