Fly Catherine escrita por Tatytebbayo


Capítulo 3
Capítulo 3 - Sonhos e mais sonhos




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— Sim,eu sou louca.É isso que está pensando não é?Estou acostumada com as reações -Suspirei.

— Apenas não entendi o por quê de ter ficado assim Catherine. -Disse ele tentando me acalmar.

Depois de uma curta conversa a respeito,pegamos outro táxi e seguimos pra casa da mãe dele.Quando chegamos a rua da casa da própria,senti algo estranho.Meu coração começou a palpitar,como se tivesse levado um baita susto.Olhei através da janela do carro e fiquei paralisada quando vi que,a rua em que eu me encontrava,era a rua em que eu sonhava todas as noites.Pedi pro taxista parar o carro e já fui saindo do mesmo.

Um bairro mediano,sobrados e casas bonitas,lojas,coisas normais..Tirando o fato que,era exatamente a rua que eu via a mulher gritando.Victor perguntou se eu estava bem,disse a ele que não sabia.Então ele me levou a casa da mãe dele e deu três batidas seguidas na porta.Ví a fechadura sendo destrancada e atrás da porta uma linda criança.Victor a apresentou como Brenda;a caçulinha da família.Ela pôs seus braços entorno de minha fina cintura e disse em um inglês que eu não entendi direito:

— Prazer em te conhecer.Você é tão linda!

— Obrigada,mas a princesa mesmo é você. -Elogiei-a

— Vamos entrar,vamos! -Disse ela puxando-me pela mão,claramente empolgada.

Caminhei até onde Brenda me levara,e avistei ao longe uma mulher de meia idade,que ia ao encontro de Victor.

— Catherine,essa é minha mãe.Mãe,essa é minha Catherine.Espera,acho que confundi um pouco ai. -Brincou Victor depois de ter abraçado sua mãe.

A mãe dele me olhou com curiosidade e disse que eu lhe era bastante familiar.Estranhei e fui logo falando:

— A senhora me conhece de algum lugar?

— Não,talvez.Seu rosto me lembra vagamente alguém,me falha a memória agora.E esse nome..Catherine,Catherine..tenho certeza que me é familiar. -Explicou a senhora

Victor abriu a situação para a mãe que no início achou que eu estava com amnésia mas foi entendendo a situação ao decorrer das explicações do filho,e logo já concordou em me hospedar.Ao entrar na casa,não me surpreendi,afinal,minha família era rica e a casa era cerca de cinco vezes maior do que a de dona Andréia,a mãe de Victor.Ela se dirigiu até um quarto e disse que Brenda dormia ali,porém eu poderia ficar quanto tempo eu precisasse.Fui persuadida a me banhar,depois de um banho quente,me ofereci a fazer o jantar,dona Andréia não permitiu.Nos alimentamos,me ofereci para lavar as louças,novamente,dona Andréia não permitiu.Disse que já foi doméstica de uma casa de ricos e já estava acostumada com tal coisa.Então despedi de todos e me dirigi ao quarto em que ficaria.Era pequeno,mas confortável.Havia escritas na parede lilás,de Brenda,eu presumo.Deitei na cama,me cobri com o edredom azul e logo me veio a falta de Milk,meu gato que sempre  me consolava quando eu estava abatida.Fiquei extremamente mal ao cair na real e ver que eu o tinha deixado no Brasil.Mas sei que ele ficaria bem graças a Sarah,que com certeza o alimentaria e prestaria cuidados ao felino.De tanto pensar,adormeci.

— Rose,Rose -Ouvi alguém chamar diversas vezes uma tal de Rose.Uma voz longínqua e fina,provavelmente de uma criança.Ví um menino parado em minha frente,não conseguia ver o rosto muito bem,porém ele me puxou pela mão e disse para brincarmos.Não sei o por quê,mas segui o menino e brincamos.No sonho,eu também era uma criança.Senti como se conhecesse o garoto.Mas não entendia o por quê de chamar tantas vezes por "Rose".

Quando perguntei quem era Rose,senti uma mão pequena me balançando;Era Brenda me chamando pra tomar o café da manhã.Troquei a roupa,escovei os dentes e desci para comer.Victor se levantou da mesa pra pegar mais café,e tive uma vaga lembrança do sonho.De costas,Victor era idêntico ao garoto do sonho.Depois disso,não conseguia tirar os olhos dele,claramente,ele reparou.

— Meu Deus,parece que viu um fantasma! -Exclamou ele

— Você.. -disse pensativa

— Eu

— Por acaso conhece alguém que se chama Rose? -continuei

— Acho que não.Caso queira saber se eu namoro,a resposta também é não. -Brincou Victor

— De onde conhece Rose? -Indagou dona Andréia com a expressão séria e pensativa.

— Um garoto no meu sonho,que se parecia com Victor,não parava de repetir esse nome. -expliquei

— Quem é você? -Interrogou a senhora

— Já te disse mãe.Ela é a Catherine -Disse Victor gesticulando com a mão.

— Catherine o que? -Perguntou ela franzindo as sobrancelhas.

— Catherine Deville.Mas por que isso importa? -Indaguei

Sua expressão séria se transfigurou para um semblante melancólico e assustado,cobriu a boca com a mão e sussurrou:

— Ah meu Deus..como sabia onde eu estava?Eles te mandaram aqui?Se tudo foi uma coincidência,me desculpe mas tem que sair logo daqui.Graças a você,estamos correndo um perigo inimaginável.

— Do que está falando mãe?Não pode expulsar Catherine assim,ela é minha amig-

— Essa mulher..Não é Catherine Deville. -Interrompeu dona Andréia

— Claro que sou.Como diz que não sou Catherine Deville se só nos conhecemos ontem? -Perguntei indignada.

— Tem razão,só te conheci ontem,mas se tenho certeza de algo,é que você pode ser qualquer pessoa nesse mundo..mas certamente não é Catherine Deville.E também..precisa sair daqui,procure ajuda em outro lugar. -Expulsou ela

Indignada,subi,juntei minhas coisas,agradeci a hospitalidade e abracei Brenda,que insistia para que eu ficasse.Porém eu parti.Victor me seguiu e se desculpou pela atitude imprevisível da mãe.Disse que ela não era assim e que algo acontecera para essa reação.Disse que eu o entendia e agradeci pela consideração e continuaria a tentar descobrir do que ela falava,então,ele se ofereceu a me ajudar,entramos no carro dele,e fomos para o cartório,ver se tinha registrado alguma Rose que morasse perto da casa de dona Andréia.Achamos milhares de "Roses",porém,nenhuma que morasse na região.Saindo do prédio do cartório,frustrada,ergui os olhos e avistei de longe o homem que aparecera no meu sonho,o tal taxista que dizia que eu era Catherine Deville.Imediatamente,anotei a placa do carro e chamei a polícia para segui-lo.Não podia de forma alguma perder ele dessa vez,sentia que ele tinha uma parte gigantesca na história.Então,sem seu conhecimento,o seguimos até sua casa.

 

 


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