Laranjinha na Terra do Nunca escrita por SnowShy


Capítulo 6
Teorias


Notas iniciais do capítulo

Olar! I hope you like! :)



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Tinker Bell costurou uma linda roupinha de inverno para Laranjinha. Como dava muito trabalho ir ao Bosque, a fada não pediu que suas amigas fossem guias novamente, até porque, quem guiaria a menina no Bosque do Inverno seriam as próprias fadas do inverno. Mesmo assim, Rosetta insistiu em ir junto porque queria ver Sled, seu crush.

Chegando lá, Laranjinha foi apresentada a Periwinkle e seus amigos e todos começaram a se divertir, andando de trenó e de patins no gelo, por exemplo.

— Tink, quando você me contou sobre a Lizzy — disse Peri à irmã em determinado momento quando patinavam —, não disse que ela não conseguia entender você?

— Isso. Por quê?

— E como a Laranjinha entende?

— Boa pergunta... Eu nem tinha pensado nisso... Ela fala a mesma língua da Lizzy, então não devia me entender... LARANJINHA!

— Oi!

— Como você entende o que eu falo?

— Ué... Pelas palavras, eu acho haha.

— Você não me ouve tilintar?

— Tipo um sino? Não...

— Como não? Meu nome é Tinker BELL, você devia ouvir sinos...

— Eu hein... Você é a Tinker Berry do Fruta Pan? Hahaha!

— Do que ela tá falando? — Periwinkle perguntou, cochichando, para Tink.

— Eu não tenho a menor ideia... Acho melhor a gente deixar pra lá.

— Não sei por que, mas tem alguma coisa que eu acho tão familiar no que ela disse...

— A AMORA IA ADORAR ISSO!!! UUUUUHH — Gritou Laranjinha, voltando a patinar. Gliss, a fada do inverno mais doidinha, começou a gritar com ela.

— Deixa eu ver se consigo acertar — disse Tinker Bell para Laranjinha. — Amora é a que gosta de livros?

— Se algum dia você for à Cidade Tutti Frutti, eu aposto que vai reconhecer cada uma das minhas amigas sem que eu precise apresentá-las! Hahaha. Acertou, Amora é a que gosta de livros. E ela também adora patinar no inverno.

— Ei, falando em livros — disse Peri. — Você ainda não conheceu o Dewey!

— Quem é ele?

— É o guardião do conhecimento das fadas. Ele já escreveu vários livros!

— Que legal!

— Ah! Quem sabe o Dewey não pode te ajudar a voltar para casa? — Disse Tink.

As três ficaram animadas com a ideia e foram ao salão de Dewey.

Enquanto isso, do outro lado da divisa, Zarina perambulava pelo Refúgio em busca de ingredientes inusitados para seu novo pó. Lembra que eu disse que ela começou a pensar em algo para ajudar com o problema de Laranjinha desde que o soube? Pois é, esse "algo" era um novo pozinho mágico. O que a fada queria era que, de algum jeito, ele pudesse transportar uma pessoa para o lugar no qual estivesse pensando, ou seja, se Laranjinha pensasse na Cidade Tutti Frutti, voltaria para lá.

O único problema era que Zarina ainda não sabia como fazer isso acontecer, por isso estava andando e observando atentamente cada cantinho do Refúgio das Fadas. Até que se deparou com uma das Bagas Brilhantes que Berry Bitty plantava por lá. Como a fada alquimista andava muito ocupada e mal saía de casa, ainda não tinha visto nenhuma delas de perto. A fruta a encantou! Ou melhor, o brilho dela... O que aconteceria se ele fosse misturado com pozinho mágico???

**

— "Quando um bebê tutti frutti ri pela primeira vez, uma fada nasce." — Mirtilo lia a frase de J.M. Berry sobre o nascimento das fadas. — Vocês sabem se algum tutti frutti nasceu recentemente aqui na Cidade Tutti Frutti?

— Até onde eu sei, não nasceu nenhum. — Afirmou Moranguinho.

— Então como a Laranjinha voou com a fada? — Questionou Cachinho de Framboesa. — Quer dizer, se isso tiver mesmo acontecido...

— Talvez... com riso de algum bebê de uma cidade próxima? — Sugeriu Uvinha.

Azedinha, que só observava a maluquice dos amigos, resolveu se manifestar:

— Olha, mesmo que todas essas abobrinhas sejam reais, o que eu acho tutti difícil, não ia ter como a gente trazer a Laranjinha de volta! Ou alguém aqui sabe como ir à Fruta do Nunca?

— Na verdade, tem um jeito...

— Ah! Claro, Mirtilo, como eu pude me esquecer? Podemos ir voando com o Fruta Pan! — Disse Azedinha, sarcástica. — Vou até deixar a janela do meu quarto aberta hoje à noite pra ver se ele aparece.

— O caminho que Fruta Pan ensina — Mirtilo continuou, ignorando o comentário de Azedinha — é seguindo a segunda estrela à direita até o amanhecer. Se a gente encontrar um jeito de segui-la...

— Isso ia dar tanto trabalho! — Disse Framboesa e os outros concordaram.

Em seguida, Amora Linda, Cerejinha e Gotinha de Limão entraram na livraria com Marmelada e os materiais que tinham levado para pesquisas.

— Descobriram alguma coisa sobre o dente-de-leão? — Perguntou Moranguinho, esperançosa.

— Só que ninguém nunca viu nem ouviu falar num dente-de-leão como aquele — respondeu Limão.

— Ele não é nada parecido com os outros e não há nenhum tipo de informação sobre ele em livro algum... — Amora complementou.

— Parece de outro mundo! — Disse Cerejinha.

Aqueles que estavam com a ideia fixa sobre fadas e Fruta do Nunca se olharam.

— O que foi? — Perguntou Limão, estranhando a atitude dos amigos.

— Vocês acham que tem alguma possibilidade dele ser mágico? — Assim, Moranguinho começou a contar a teoria deles e, por incrível que pareça, as três meninas até acharam que fazia sentido.

— Vocês só podem tá brincando, né? — Disse Azedinha, surpresa. — Eu tô rodeada de gente maluca...

— Agora a gente só precisa pensar em um jeito de trazer ela de volta — disse Moranguinho, finalizando.

— É, mas será que não é melhor a gente deixar pra depois? — Sugeriu Mirtilo. — É que já tá escurecendo e a gente não comeu a tarde toda! Vocês também não tão morrendo de fome?

Todas as meninas concordaram e também acharam que pensariam melhor de barriga cheia (Azedinha, particularmente, achou que poderiam parar de delirar quando estivessem de barriga cheia), então foram todos lanchar na Cafeteria Tutti Frutti.

Enquanto o faziam, Ameixinha apareceu.

— Ai que bom que estão aqui! Tô morrendo de fome — disse e pediu um pudim de ameixa.

— A Maçãzinha não estava com você? — Perguntou Moranguinho.

— É, estava — respondeu, sentando-se. — E continuou lá no laboratório. A gente ficou um século pesquisando sobre máquinas do tempo até termos certeza de que a da Laranjinha não funciona. Mas a Maçãzinha quis parar por aí? Não! Ela colocou na cabeça que se a máquina não faz o que devia fazer, ela com certeza faz alguma outra coisa, e agora quer porque quer descobrir que "outra coisa" é essa e disse que não vai sair de lá até encontrar todas as respostas — Ameixinha falou tudo bem rápido, quase sem respirar. Depois de uma pequena pausa para recuperar o fôlego, disse: — Moranguinho, você é boa em convencer pessoas, será que pode dizer pra Maçãzinha parar com isso? Até eu já desisti daquela teoria de que a máquina tem alguma coisa a ver com o sumiço da Laranjinha e ela continua nessa...

— Olha, eu posso até falar com ela, mas não significa que vou convencê-la. Você sabe como a Maçãzinha é insistente, principalmente em se tratando de concertar coisas... Mas eu vou tentar.

**

Após Laranjinha e Dewey terem sido apresentados, as meninas iam começar a contar a história de como a garotinha foi parar na Terra do Nunca, quando o Guardião disse que já havia tomado conhecimento. Ele era uma das fadas às quais rainha Clarion pedira para ajudar com o caso. Infelizmente, assim como as outras, Dewey ainda não havia encontrado uma solução.

Tinker Bell, então, lembrou de quando ele mostrou o nascimento dela e de Periwinkle quando se conheceram.

— Não poderia fazer o mesmo com a Berry Bitty, se ela viesse aqui? Assim a gente vai poder ver o caminho que ela percorreu.

— Como eu não pensei nisso antes? — Disse o Guardião. — É claro que eu poderia!

— Legal! Podem ficar aqui, que vou chamar ela — disse Laranjinha.

— Tem certeza? E se você se perder? — Perguntou Tink, receosa.

— Sei exatamente como chegar ao Vale da Primavera. Confiem em mim, eu tenho uma memória boa. Além disso, não quero dar ainda mais trabalho pra vocês...

— Se você está dizendo...

Era verdade o que Laranjinha dizia, não tinha risco de ela se perder. Enquanto isso, as fadinhas começaram a falar com Dewey.

— Sabe, tem muitas coisas sobre a Laranjinha que eu não entendo... — começou Tinker Bell.

— É. Será que você pode nos tirar algumas dúvidas? — Perguntou Peri.

— O que querem saber exatamente? Ah! Só não me perguntem sobre o mundo dela porque eu creio que nunca ouvi falar dele.

— Tá bom, pra começar: como ela consegue entender a gente? — Perguntou Tink.

— Também estranhei isso, mas a resposta é simples: magia.

— A Laranjinha é mágica?

— Não é isso que eu estou dizendo. Algum tipo de mágica faz com que ela nos entenda.

— Por quê? — Perguntou a fada da geada.

— Não sei exatamente, mas, segundo as pesquisas que andei fazendo desde que ela chegou, percebi que há muita magia envolvida na jornada dela, bem mais do que a gente pensa. Talvez até mais do que a gente conheça...

As irmãs estavam intrigadas com aquela informação.

— Tipo... uma mistura da magia do mundo dela com a da Terra do Nunca? — Perguntou Periwinkle.

— Bom, é o que acho. E, às vezes, também acho que só uma magia tão forte poderia levá-la de volta...

— Ah! Acabei de me lembrar de outra coisa esquisita: ela comparou a Tink com uma tal de Tinker Berry e também falou de um... como era mesmo? Ah é! Fruta Pan.

— Verdade, foi bem esquisito — concordou a irmã.

— Ela disse Pan? — Perguntou Dewey

— É. Você sabe de onde ela tirou isso?

— De onde ela tirou, eu não sei. Mas me impressiona que você não tenha reconhecido!

— Eu achei familiar, mas não lembro onde ouvi esse nome...

— Você não ouviu, leu sobre ele em um dos meus livros: Peter Pan.

— Ah, é claro! Eu tinha me esquecido completamente...

— Quem é Peter Pan? — Perguntou Tinker Bell.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Muita brisa, né? Kkk
Aposto que você nunca viu uma história em que todo mundo sabe quem é o Peter Pan, menos a própria Sininho kkk



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