Perdas e Ganhos escrita por Lucca, alegrayson


Capítulo 10
A tênue confiança no amor


Notas iniciais do capítulo

Após os eventos "hot" em WizardVille, Patterson decide confrontar Roman. Enquanto isso, Remi tem que decidir se confiará novamente em Weller e no team para contar tudo que aconteceu entre ela e Nas.
Calma gente, aqui nesse universo alternativo, tudo continua bem com nosso Malvado Favorito.
Grandes revelações te aguardam.
Boa leitura.



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Naquela manhã, após enviar carros de resgate até onde Remi estava e receber de Tasha a confirmação que a amiga estava segura e já a caminho do SIOC, Patterson se jogou numa cadeira de seu laboratório olhando para a tela apagada de seu tablete. Com seus pensamentos ainda levados pela avalanche de sensações físicas e emocionais da noite anterior, ela estava confusa e pensativa. Seu lado racional pedia-lhe uma atitude sobre aqueles acontecimentos. Roman estaria a manipulando como Bordem fez? A ideia de deixar uma versão off line do jogo WizardVille com ele foi dela, mas não era possível negar que a inteligência e sagacidade dele facilmente inverteriam as regras combinadas entre os dois. No fundo ela sabia que a idéia era arriscada, porém algo dentro dela a impelia para atitudes totalmente guiadas pela emoção quando se tratava de Roman. Sua razão dizia que só assim poderiam lhe dar uma segunda chance real para se redimir e construir um futuro sobre os escombros que sobraram de sua vida. Afinal não foi assim que Weller agiu com Jane?

— Há uma lógica nisso. _pensou em voz alta tentando dar um sentindo racional àquela guinada emocional que vivia._ Patterson, Patterson.. espero que você não volte a se meter  em sérios problemas com essa história de joguinho.

Um único objetivo tomou conta de sua mente: por um ponto final em tudo aquilo. Ela não se permitiria correr o risco de ter novamente seus sentimentos manipulados por um sociopata. Em seu laboratório, ela abriu o armário lateral e pegou uma caixa de papelão. Jogos virtuais com Roman não seriam mais um problema a partir daquele dia. Pelo menos era o que ela achava.

Talvez tenha sido novamente o seu instinto falando mais alto ou quem sabe uma válvula de escape para os conflitos internos que a atormentavam desde que ela e Roman tinham vivido aquela estranha experiência de sexo virtual, mas o fato é que ela já andava através do corredor que levava às celas.

Diante da porta de acesso à antessala da cela de Roman, ela parou, depositou a caixa no chão e inspirou fundo, fechando os olhos para alcançar maior concentração:

— Sou uma agente treinada do FBI. Adulta. Histórico com experiências suficientes para saber o que preciso fazer agora. Hora de  acabar com seu  joguinho, Roman! _ repetiu para si mesma antes de apertar o botão que abria a porta_  Não sei nem porque eu fui inventar tamanha maluquice. Deve ter sido o estresse. Só estresse._ e apertou o botão para que a porta se abrisse.

 Seus pensamentos racionais foram interrompidos assim que ela adentrou a antessala e se deparou com uma cena inesperada: Roman sem camisa, sentado sobre a cama com as pernas cruzada  e com o tablet sobre elas.

O olhar dele transmitia surpresa. Sua voz tentou demonstrar o controle de sempre, mas transpareceu um certo constrangimento como quem foi pego despreparado:

— Bom dia, Patterson! Veio jogar comigo?

Sua mente não foi capaz de captar todo o jogo por trás daquelas palavras porque os olhos dela estavam muito ocupados percorrendo cada detalhe do peito nu dele. Mas de repente, ela foi chamada de volta à racionalidade. Desviando o olhar para um ponto aleatório no chão, instintivamente ela levantou a mão como quem quer estabelecer um limite para a aproximação dos corpos dos dois, esquecendo completamente que uma parede de vidro já fazia isso.

— Bom dia, Roman. Sei que é cedo demais... Você sequer terminou de se vestir... Enfim, estou aqui porque pensei melhor e decidi que esse joguinho virtual não é o ideal para acordo que fizemos. Sei muito bem das suas incríveis habilidades com esse lado tecnológico, você se saiu muito bem no jogo...

— Você gostou?

— Gostei... Não! Eu não gostei de nada do que rolou. Aquilo ultrapassou todo e qualquer limite racional.  Nosso objetivo é unicamente conseguir uma forma saudável de ocupar seu tempo aqui. Não há nenhum razão para irmos além disso. Eu agradeço por todas as possibilidade que você demonstrou possíveis dentro do meu aplicativo, mas minha posição no FBI...

— A sua vida é o FBI, Patterson? É só isso que te interessa? O FBI sempre vai impor o “mas” para todo o resto?

— Roman, o que fazemos aqui não é brincadeira. Esse prédio, os programas que eu comando, tudo isso é parte de uma organização muito maior que tem por objetivo proteger a vida de milhões de pessoas. Tudo isso é real, Roman, e preciso que você entenda a importância do meu trabalho. Por mais que eu quisesse continuar toda essa história de joguinho virtual, isso não é o certo a se fazer.

— Não, eu não entendo isso de tudo, Patterson. _ ele se levanta e se aproxima da parede de vidro que separava as salas_ Isso aqui _ ele bate no vidro fazendo eco o som surdo pelo ambiente_  Tudo isso aqui se resume a que? Prender aqueles que oferecem riscos a quem? Puro interesse corporativo! Tudo que eu quis fazer foi ajudar...

— Muita gente perdeu a vida por causa de seus métodos, Roman.

— Muitas mais pereceriam se eu não tivesse agido, Patterson! Crawford era o perigo real, não eu! _Roman volta à cama e pega o tablet para entregá-lo_ Eu não me arrependo do que fiz. Mas acho que apostei todas as minhas fichas nas pessoas erradas. Pensei que éramos amigos. Vejo que me enganei.

— Roman, você não está entendendo, eu..._ela já se sentia completamente errada de novo.

— Eu entendi, Agente ... Eu nem ao menos sei o seu nome. Por favor, me deixe sozinho._ e se virou de costas para ela.

— Eu tenho outra proposta pra você.

Ele permanece imóvel de costas para ela.

— Achou mesmo que eu iria tirar algo que sei que te faz bem e não oferecer nada em troca?

Roman se vira. Ele havia escutado aquela frase, mas ainda estava assimilando as reais intenções escondidas por detrás dela.

— Qual é sua nova proposta, Agente Patterson?

Ela caminhou até a porta e pegou a caixa.

— Jogos de tabuleiro!

Roman bufou um riso que misturava decepção e sarcasmo. Se aproximou da parede de vidro, apoiando a mão nela e soltando o peso do corpo. A rigidez do movimento tornou todos os seus músculos mais visíveis:

— Isso é sério, Patterson? Ou só alguma forma de piada interna do FBI?

Ela se aproximou do vidro e olhou direto para ele:

— Jogos de tabuleiros existem há centenas de anos e são um excelente exercício para estratégias e interação social. Achei que seria bem proveitoso para nós dois.

— Proveitoso?

— Você nem imagina o quanto.

— Tão mais seguro, não, Patterson? Sem encontros virtuais à noite. Mas acho que você falhou num detalhe: jogos de tabuleiro exigem movimentação das peças. E, caso não tenha percebido, existe uma parede de vidro entre nós. Então, qual é o seu plano, movimentar as peças pra mim? Isso vai ser excitante! _ disse de forma sarcástica.

Patterson odiava perder um jogo, odiava mais ainda saber que seu plano tinha falhas desde a concepção. Roman sempre foi um adversário à sua altura e ela não queria desequilibrar isso entre eles. As possibilidades para reverter a situação dançaram em sua mente de forma desafiadora. Todos as variáveis convertiam para um ponto comum entre razão e desejo. Sem quebrar o contato com o olhar dele, ela deu o xeque-mate:

— Você movimenta as peças, Roman. E eu vou entrar pra jogar com você.

Digitando a senha no painel, Patterson liberou a porta da antessala dando acesso à cela de Roman. Na tensão do momento, nenhum dos dois se moveu. Ela resolveu tomar a iniciativa:

— Você aceita um jogo real? Ou ainda acha que jogos de tabuleiro são entediantes?

Roman sorriu estranhamente desconcertado.

— Eu topo qualquer jogo com você. Mas o que seus amigos do FBI vão achar disso?

— Ninguém precisa saber. Depois eu apago o que as câmeras registrarem._ ela sorri tentando disfarçar o desconforto causado por suas atitudes e passa pela porta da cela.

—E... eu vou por a camisa. Só um instante._Roman se vira para a cama.

—Não!_ ela diz imediatamente fazendo Roman voltar a cabeça em sua direção. _ Não se incomode. Você pode ficar... à vontade.

Roman solta a camisa e se aproxima dela devagar ainda um pouco atordoado pelos acontecimentos. Dama? Trilha? Xadrez? Não importava qual era o jogo, ele sabia que seria o mais interessante que já jogou.

Patterson passa pela porta e se senta no chão. Ela de fato não consegue mais negar a atração que sente por Roman. E ele por ela.

Saguão Principal do SIOC

Weller andava de um lado para o outro aguardando que Remi finalmente chegasse. Onde diabos ela tinha ido tão cedo? Em que tipo de encrenca essa versão tão teimosa de Jane havia se metido. Ela havia pedido backup para Patterson. Isso não era de seu perfil. O estômago dele revirava mesmo sem permitir a sua cabeça tecer possibilidades sobre os acontecimentos. Ele não devia tê-la deixado sair sozinha. Ele não devia ter deixado seus sentimentos por ela o guiarem novamente. Inferno! Nem ligar para Tasha pedindo informações ele podia porque isso só deixaria Remi mais irritada ainda com ele.

Ele caminhou até a mesa mais próxima e começou a socar levemente a superfície. A repetição do movimento era uma tentativa de acalmar seus nervos. Droga! Ele era um homem de ação e isso era o que Remi mais roubava dele. Não havia nada que ele pudesse fazer por eles, não havia nada que ele pudesse fazer por ela.

Esperar. Sua vida desde que Remi voltou parecia reduzida a uma espera constante. Esperar que ela acordasse no hospital. Esperar que ela se recuperasse. Esperar que ela se acostumasse com sua nova realidade. Esperar que ela se lembrasse de tudo que viveram...

A verdade. Ele precisava contar toda a verdade para ela. Ele viu a dor por trás da raiva nos olhos dela. Ele viu a solidão que pareceu envolvê-la quando ela descobriu que ele havia omitido o relacionamento dos dois.

A porta do elevador se abriu e Remi entrou acompanhada de Tasha. Sem raciocinar ou medir as consequências Kurt estava ao lado delas assim que colocaram o pé no saquão. Ao perceber os hematomas no seu rosto, foi impossível conter sua mão que alcançou o ombro dela:

— Remi, você está machucada. O que aconteceu?

A reação foi fria, mas a raiva parecia carregar uma solidão ainda mais latente que na noite anterior. Ela se afastou de seu toque:

— Estou bem.

Apesar de esperar a frieza na voz dela e até mesmo a forma como ela se esquivou do toque dele, Kurt não conseguiu silenciar seu instinto protetor sobre ela:

— Você precisa passar por uma avaliação médica. Por favor, Remi, vamos subir até o hospital.

— Esqueça. Já disse que estou bem.

Antes que a conversa evoluísse para uma possível discussão entre os dois, Reade se aproximou e resolveu afastá-los dos olhos curiosos dos agentes no saguão:

— Todos na minha sala agora.

Remi entrou e ocupou a cadeira indicada por Reade sem questionar. Ela precisava de um tempo sozinha para tentar processar todas as descobertas e traçar uma nova estratégia para suas ações a partir de agora. Mas sabia que aquela conversa seria inevitável. Responder o básico encadeando uma história satisfatória era o que ela estava disposta a fazer. Seu olhar não ousava se cruzar com o de nenhum deles naquela sala. Ela cruzou os braços sobre o colo e aguardou as perguntas. Reade tomou a iniciativa:

— O que aconteceu, Remi?

— Saí para correr esta manhã e acabei cercada por alguns pivetes que me acharam uma vítima vulnerável para um assalto. Enfrentei os três e depois eles fugiram.

— Você disse que não sabia se estava segura na ligação para Patterson e pediu backup. Tem certeza que isso foi tudo que aconteceu? _ Kurt não resistiu e a questionou no lugar de Reade. Era obvio que três pivetes não seriam capazes de fazê-la sentir que não estava segura.

Remi acompanhou a pergunta olhando para Weller apenas de forma periférica. Depois torceu a boca para a lateral numa reação que ele conhecia bem e que demostrava desconforto. Mas sua fala veio segura:

— Conviver com vocês deve estar enfraquecendo minhas reações. Solicitei ajuda porque achei que era o que esperavam que eu fizesse. Vocês sempre insistem que não devo tomar providências sozinha.

— Você deve e pode pedir nossa ajuda sempre que achar necessário. _ Reade tentou reforçar o vínculo dela com a equipe.

A argumentação calculista de Remi só deixou Weller ainda mais desconfiado da situação reforçando ainda mais seu nervosismo. Ele estava em pé e se aproximou dela pela lateral.

— Tasha te resgatou há dezenas de quarteirões da sua casa...

Remi nem deixou que ele concluísse:

— Eu corri um pouco além da conta, tá bem! Eu precisava por minha cabeça em ordem. Os últimos tempos tem sido fora do comum. Mas se vocês não confiam em mim, podem começar uma investigação detalhada das minhas corridas matinais.

Tentando demonstrar que não aceitaria mais questionamentos, Remi se levantou repentinamente, mas uma forte tontura a fez vacilar levando a mão até a cabeça. Antes que ela alcançasse algo em que se apoiar, Kurt já tinha o braço ao redor de sua cintura sustentando seu peso e impedindo a queda. Delicadamente, ele a ajudou a se sentar novamente.

— Obrigada _ o agradecimento continuou frio. _ Acho que preciso comer alguma coisa. _ e afastou as mãos de Kurt.

Os olhos de Zapata fulminaram Reade exigindo uma atitude firme com relação a Remi. Isso o fez falar antes que Kurt pudesse dizer alguma coisa:

— Remi, temos um protocolo padrão para seguir nesses casos. Você terá que subir para um checkup médico se quiser continuar prestando serviços nessa equipe.

Remi bufou e se levantou mais devagar dessa vez.

— Eu vou sozinha!

Reade assentiu com a cabeça enquanto Tasha se esforçava em manter o olhar afastado de Kurt. Remi saiu pisando firme e se dirigiu ao andar onde ficava o hospital. Kurt  a acompanhou com o olhar até que ela sumisse no elevador.

— Que tal você sair e comprar alguma coisa pra ela comer depois do check up? _ Zapata tentou oferecer uma forma de Weller ainda proteger sua esposa.

— Para ela jogar no lixo bem na minha frente? _ Kurt respondeu  e fechou os olhos passando a mão pelo cabelo.

— Isso vai te ajudar a passar o tempo até ela estar mais calma, Weller. Eu não sei o que aconteceu, mas ela estava muito tensa quando a alcançamos._ Tasha informou antes que ele perguntasse.

— Vamos observá-la com mais atenção e precisamos pensar em estratégias de aproximação. Parece que ela ainda não confia em nós. _ Reade tentou mostrar um aspecto importante por trás das reações de Remi.

— Até ontem as coisas pareciam estar caminhando bem. Mas com o furacão chamado Remi as coisas mudam rapidamente. _ Zapata tentou aliviar a situação.

Kurt se sentou na cadeira aparentemente exausto. De ontem pra cá muita coisa havia mudado entre Remi e ele. A decisão de se permitir uma noite de amor com ela nunca foi avaliada pelo prisma de afastá-la da equipe também. Então, ele resolveu se abrir com os amigos:

— Nós nos desentendemos ontem à noite... Foi depois que ela descobriu que nós dois já tínhamos dormido juntos...

Zapata falou sem pensar:

— E como ela descobriu isso?

— Tasha!_ foi a vez de Reade fulminá-la com olhar

— Ow, me desculpe, Kurt. Perguntei sem pensar.

— Remi precisa saber a verdade. Descobrir repetidas vezes que omitimos fatos dela só vai afastá-las de nós. _ Reade insistiu.

— Você está certo, Reade. Os acontecimentos dessa manhã não me encorajam para isso. Mas é necessário. Vou falar com os médicos dela e pedir um orientação sobre a forma mais adequada de contar tudo à ela o quanto antes.

Tasha se aproximou e bateu suavemente nas costas do amigo demonstrando apoio.

— Vai dar tudo certo, Kurt. Vocês vão passar por tudo isso e vão ficar bem.

Weller assentiu com a cabeça. Ele queria muito acreditar nas palavras de Tasha, as já não acreditava mais que havia um futuro para ele ao lado de Remi. Mesmo assim, e se apegou a sugestão da amiga:

— Eu vou buscar algo pra ela comer depois do chekup médico. Você e Patterson poderiam fazer companhia pra Remi hoje? Talvez ela ainda confie em vocês duas e se abra mais sobre o que aconteceu.

— Claro, Kurt. Estaremos lá por ela assim que ela voltar.

Kurt foi até uma padaria próxima e providenciou uma série de guloseimas que sabia que Remi gostava. Pelo menos nisso ela e Jane eram totalmente iguais. De volta ao SIOC, deixou tudo sobre a mesa dela e se afastou para o escritório de Reade disposto a dedicar o resto do dia aos tediosos relatórios semanais.

Cerca de uma hora depois, seu celular tocou. Era o médico de Remi. Ele atendeu no primeiro toque.

— Weller.

— Sr. Weller, bom dia. É o Dr. Thompson. Remi passou por um checkup hoje conosco e houve algumas alterações nos exames. Achei melhor entrar em contato com o senhor pois sei o quanto a situação é delicada.

— Claro, eu entendo e agradeço, Dr. Thompson. _ Kurt se esforçou para não transparecer seu nervosismo na voz._ Que tipo de alteração ocorreu? Ela está bem?

— Ela está ótima. Primeiro quero pedir desculpas por não temos feito esse tipo de checagem antes. Não havia qualquer razão para levantarmos essa possibilidade. Mas agora os indícios chamaram nossa atenção. Ela está grávida, Sr. Weller. Décima quinta semana de gestação. O bebê está bem. Jane e seu filho são realmente muito fortes para terem sobrevivido e estarem tão bem até aqui.

Kurt desligou o telefone sem conseguir terminar a conversa.

“Ela está grávida.”

“Jane está grávida.”

“Remi está grávida.”

Como trazer toda a verdade à tona agora?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Obrigada pela leitura.



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