Shoganai escrita por Kei


Capítulo 3
Capítulo 3 — FORÇA


Notas iniciais do capítulo

Mês de abril tá na área ♥ um dia eu não serei tão enrolada (esse dia claramente não é hoje)

O desafio do mês três era mentiras. Deveria existir alguma mentira no capítulo e deveríamos deixar claro, pros personagens ou somente pro leitor, que era uma mentira. Espero que gostem.

JÁ PEÇO DESCULPAS COM ANTECEDÊNCIA pela escrita ruim, talvez um dos meus piores capítulos mas é o que temos pra viver nesse momento :( espero que não esteja ficando OOC.... se tiver, me avisem, que vou tentando deixar na personalidade deles nos próximos



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“o que é mais forte
que um coração humano
que se despedaça uma e outra vez
e continua vivendo”
— Rupi Kaur

 

♠♠♠

 

Os dias passaram-se lentamente, mas não por falta de progresso em sua condição. Após um tempo deitado naquela cama, olhando para o mesmo teto de pedra, não aguentou mais. Sakura o pegou no flagra, tentando levantar-se para sair da cama.

Nunca a tinha visto tão irritada e, por um momento, ficou com medo pelo próprio bem-estar. Achou realmente que fosse morrer, pois ela conseguia ser bem assustadora quando queria. Concluiu, então, que deveria evitar aborrecê-la.

Apesar disso, após gritar com ele até sua garganta reclamar, a médica suspirou. Pesadamente. Havia percebido a impaciência no olhar do marinheiro e percebeu que, mesmo se Shikamaru prometesse nunca mais ir contra suas recomendações, estaria mentindo. Para ela e para si. Faria novamente quando estivesse entediado e sem ninguém olhando.

Então, a contragosto, mudou o protocolo de tratamento. Era um bastante especial para pouquíssimos pacientes, únicos, que não conseguiam obedecer. Pessoas normais não aguentariam o processo e, na maioria delas, isso poderia causar mais prejuízo que benefício. Porém, se era isso que Shikamaru queria...

Quem quer que fosse o paciente, tinha um enorme apetite. O marinheiro começou a se alimentar, pelo menos, cinco vezes ao dia. E cada refeição vinha em grandes quantidades. Era obrigado a comer tudo, mesmo se estivesse lotado, Sakura certificava-se de fazer com que ele limpasse os pratos.

Logo depois, a fisioterapia começou. Ou era assim que a médica chamada. Para ele, era mais parecido com tortura. Ela exercitava com as mãos todos os músculos de seu corpo, sem se importar com a dor intensa que o exercício causava. Parava somente quando manchas de sangue apareciam nas gazes, significando que algum machucado abrira. Trocava com rapidez e eficiência os curativos, para logo depois voltar para o exercício.

As dores que ele sentia triplicaram de intensidade. Além dos ferimentos, agora sentia os músculos reclamarem pelo esforço excessivo. Até lugares que ele nem sabia que existia, começaram a doer. A barriga, também, doía pela comida em excesso. Sakura não parava, mesmo quando ele reclamou, somente dava de ombros para continuar o trabalho.

Concluiu, então, que ela tinha uma personalidade pior que a de sua mãe.

Sakura era um monstro.

Foi quando começou a sentir falta da moça bruta e desengonçada que o salvou. Ela, pelo menos, tentava ser delicada. Desejou que a mulher estivesse ali, para tirá-lo das garras daquela torturadora. Apesar disso, sabia que ninguém o salvaria. Fazia tempo que sua salvadora não aparecia em seus aposentos, e o marinheiro se perguntava sobre o motivo. Possivelmente estaria ocupada, ou longe. Talvez fosse pelo melhor. Não acreditava que outra pessoa no mundo conseguisse suportar o que a médica à sua frente suportou com ele.

Então, no que ele achou ser o fim do quarto dia, Shikamaru conseguiu ficar em pé por alguns minutos. E um sorriso verdadeiramente feliz escapou de seus lábios. Realmente aquela tortura de tratamento funcionava, trazendo algum efeito. Não era algo para o forçar a contar segredos da Marinha, como ele começou a imaginar.

— Eu posso andar agora — exclamou, surpreso, virando-se para a médica que servia como apoio.

— Não — sorriu, calma. — Amanhã você vai poder andar — corrigiu, o forçando a sentar novamente na cama. — Hoje este foi o seu máximo. Agora você vai descansar o corpo e dormir.

Fez um muxoxo de desapontamento, mas aceitou a decisão da médica sem reclamações. O olhar sério de Sakura o alertou do perigo que sofreria se a desobedecesse novamente. Como de costume, a médica o ajudou a deitar-se. Trocou e limpou os ferimentos abertos pelo esforço. Ficaria, então, com seu paciente até que ele adormecesse e...

— Você tem problema em ficar sozinho hoje? — perguntou, incerta, pegando-o de surpresa. Estava encostado na cabeceira de sua cama, lendo um dos muitos livros médicos emprestados da mulher, enquanto a mesma enfaixava sua perna esquerda. Largou o livro ao seu lado, olhando-a, aturdido. Sakura deu de ombros, sem graça. Havia algo que estava deixando-a inquieta, pode perceber. — Chegou um navio e... há alguns suprimentos que eu preciso pegar. — A rouquidão, quase desaparecida, de sua voz reapareceu por um momento e Shikamaru entendeu o que ela escondia de si.

Sakura esperava algo sobre o homem que amava. Uma carta, uma lembrança ou qualquer notícia de que ainda se encontrava vivo.

Naquele momento, o marinheiro sentiu seu coração ser invadido por uma tristeza que nunca havia sentido. Sentia em seu peito que havia algo errado. Estranhou o mau presságio, afinal, nunca havia sido uma pessoa supersticiosa. Guiava-se pela lógica e confiava somente em seu conhecimento. Por isso, com toda sua compaixão pela médica, assentiu, esperando que tudo corresse bem. Sakura merecia.

Ela praticamente saiu correndo, atrapalhando-se para arrumar suas coisas. Essa cena fez Shikamaru sorrir. Mesmo assim, sentiu-se solitário. Fazia tempo que não ficava sozinho, e havia aprendido a apreciar a presença da nova amiga. Era esquisito, afinal, antes do acidente, preferia sua própria companhia à dos outros. Começou, então, a sentir ciúmes do homem e, por um momento, ficou com raiva. Desejou que algo lhe acontecesse, por fazer sua amiga sofrer.

Tirou da cabeça o pensamento, com a mesma rapidez que ele apareceu, pegando um dos livros que ela havia emprestado. Era um sobre plantas exóticas e suas particularidades. Ao abrir, encontrou uma das muitas dedicatórias que ele já havia visto. Em uma letra simples, porém limpa e sofisticada.

“Era esse o livro que pediu? — S.”

Fechou a capa com força, nervoso. Preferiu se deitar. Estava sendo muito idiota e precisava se acalmar. Respirou fundo, mentalizando alguns pesamentos mais importantes. Sentia que estava perdendo o foco. Precisava sair daquele lugar com rapidez e resolver seus....

— Não, não... NÃO! — um grito estridente cortou sua linha de pensamento, o fazendo abrir os olhos com rapidez.

Reconheceu a voz imediatamente.

Sakura estava com problemas.

Levantou da cama com violência, ignorando todos os machucados. Saiu correndo porta afora, com uma onda de adrenalina bombeando em seu sangue e servindo de energia. Seguiu pelo corredor, por um caminho que deduziu ter sido de onde vinha o grito. Agradeceu mentalmente por aquele lugar não ser um labirinto.

Encontrou-a jogada ao chão, o rosto em uma expressão de dor enquanto lágrimas rolavam sem cerimônia. Nunca a tinha visto tão descontrolada. A médica parecia não ter mais forças para o seu autocontrole emocional, o que fez Shikamaru concluir que era algo envolvendo seu namorado.

Em pé, na frente de Sakura, de braços cruzados e claramente desconfortável, estava a mulher mais perigosa que ele já encontrara. Todos os pelos de seu corpo se arrepiaram em alerta, fazendo seu instinto de sobrevivência gritar para que fugisse. Ao seu lado, Shikamaru reconheceu quase que imediatamente, estava um dos criminosos mais procurados do mundo. O primeiro jinchuurikis e segundo Kage, Sabaku no Gaara.

E, então, como um clique, todas as suas suspeitas foram comprovadas.

Aonde quer que estivesse, aquele Vice-Almirante havia caído nas mãos do Exército Revolucionário.

Merda.

— Sakura, por favor... — implorou a mulher, fazendo-o voltar a realidade. Reconheceu o rosto de outro cartaz de procurado que ficava preso em uma parede da sede. Aquela era Temari, a “Filha do Vento”. — Não há nada que possamos fazer.

— Seja razoável — disse o comandante, frio.

— Cale a boca! — O rugido raivoso saiu do seu âmago e, naquele momento, sabia que a médica era a pessoa mais ameaçadora naquele ambiente. Poderia ser considerada mais perigosa que os dois revolucionários juntos. Notou o losango de sua testa brilhando de poder, mas ninguém parecia preocupar-se.

Segundos após, Shikamaru notou toda a raiva do rosto de Sakura sumir na mesma rapidez que apareceu. Toda cor de eu rosto desapareceu, juntamente com o brilho único do losango. O único indício de sua humanidade, naquele momento, era o rastro das lágrimas em seu rosto.
Estava em choque.

— Sakura? — chamou, nervoso, ao arrastar-se para próximo da mulher. Ignorou os olhares de choque, raiva e perigo dos outros dois. Precisava ajudá-la. — O que houve?

— O que é isso, Temari?! — Notou a irritação na voz de Gaara, concluindo que ele não sabia de sua existência naquele local. — O que ele faz aqui?!

— Você sabe exatamente o que... — Tentou se justificar, nervosa.

— Não foi isso o que perguntei! — interrompeu, elevando o tom de voz. — Você desobedeceu uma ordem direta! Sabe o que isso significa?!

— Você sabe exatamente que eu não poderia... — exaltou-se, impaciente.

— EI! — Shikamaru chamou, irritado. — Agora não é hora — alertou, observando a amiga, que começava a hiperventilar.

— Ela vai desmaiar. — ouviu Gaara dizer, rapidamente.

— Bem, a culpa é sua. — Temari rosnou, irritada. — Faça alguma coisa.
Ambos ajoelharam-se próximos à médica, enquanto debatiam como proceder. Estavam perdidos, afinal, não eram médicos. Eram soldados.

— Tire-o daqui — ordenou o comandante, ao notar a presença do marinheiro que finalmente havia conseguido se aproximar. Agora que a adrenalina havia passado, sentia como se todas as suas feridas estivessem aberto ao mesmo tempo.

— Eu sei como ajudar! — apressou-se em dizer, quando a mão de Temari fechou-se em seu braço. Ela o puxou para o chão, com rapidez, trazendo-o para frente da médica. — Sakura? — chamou, inseguro, ao notar que não houve resposta. — Se você estiver me ouvindo... — continuou, pegando a pequena e delicada mão entre as suas duas. Estavam muito frias. — Ouça meu coração. Sinta minha respiração — pediu, colocando a mão da mulher em seu peito. — Foque em minha voz. Em mim. Porque eu estou aqui.

Colocou a própria mão no peito dela, para que entendesse que estava próximo. Percebeu, então, quando os batimentos acelerados foram diminuindo aos poucos, normalizando-se na mesma frequência que os seus. A respiração começou a sincronizar com a sua. Porém, somente suspirou de alívio quando Sakura finalmente piscou os olhos, focando seu olhar no rosto masculino à sua frente. Precisaria agradecê-la depois por todos aqueles livros médicos.

Os outros dois também suspiraram, juntos, de alívio.

— Sasuke? — perguntou, acariciando o rosto marcado de Shikamaru. — Você finalmente voltou... — murmurou, dando-lhe o sorriso mais doce que a vira fazer. — Bem vindo de volta.

E, depois, desmaiou em seus braços.

Sakura era pesada, notou, e estava fraco demais para suportar o peso de seu corpo. Por isso, caiu no chão logo após e sentiu tudo que havia conseguido ignorar até aquele momento. Não conseguiu segurar o grito de dor, ficando aliviado quando o peso da médica saiu de cima.

— Eu vou levá-la — ouviu Gaara dizer ao fundo — Você, tire-o daqui. E dê um jeito nele! — ordenou, levemente irritado.

Sentiu Temari puxando seu braço por cima do próprio pescoço com toda delicadeza que reuniu. Puxou a cintura do marinheiro com a mão livre, para cima, sustentando-o com o corpo. Levou-o com firmeza de volta ao quarto, quase jogando Shikamaru na cama quando chegou.

— Eu não sou a Sakura — tratou de falar, como se pedisse desculpas. E rapidamente começou a trabalhar.

Realmente, a mulher não era médica, mas conhecia o mínimo. Tirou suas ataduras sujas com calma, apesar de faltar delicadeza. Pressionou os sangramentos mais feios, e fez com que ele fizesse o mesmo em outros. Quando o sangue foi diminuindo, Temari começou a limpar as feridas.

— Você parece... menos pior — comentou, incerta.

Isso o fez rir um pouco, mesmo que doesse.

— Graças à Sakura.

— É... — murmurou. — Acho que temos sorte em tê-la.

— Tem mesmo — admitiu, abrindo os olhos para encará-la. — Você consegue entender o futuro que Sakura teria, se não estivesse aqui, com vocês?

Temari levantou as sobrancelhas, surpresa com a admiração que ele demonstrava. O marinheiro engoliu em seco, enquanto observava a loira limpar as próprias mãos com o restante da gaze limpa. Ela parecia calma, mas algo em sua postura rígida fazia seu instinto de sobrevivência alertá-lo do perigo.

— Eu não sou burra, Shikamaru — respondeu, impaciente. — Na realidade, posso afirmar que sou melhor informada do que você neste momento — completou, levantando-se para pegar algo nos armários do cômodo.

Não era necessário dizer mais, pois ele havia entendido a mensagem. Shikamaru poderia conhecer o passado público de Sakura, mas não conhecia seus motivos ou o que havia acontecido com ela. Não a conhecia como pessoa. Shikamaru não sabia de nada.

Temari sabia.

Fechou os olhos, preferindo o silêncio. Deixou que ela terminasse de limpar seus ferimentos. Sentiu o quão nervosa a tenente estava ficando, e percebeu que Temari não era nada parecida com Sakura. Ela odiava a calmaria e o silêncio que a médica e o marinheiro tanto prezavam.

Quando finalmente terminou de enfaixá-lo, Shikamaru abriu novamente os olhos cansados e observou o rosto duro da mulher. Era bonito. Não a beleza delicada de Sakura, mas tinha seu charme. Em outras circunstâncias, talvez admitisse que se sentia atraído por ela.

— Por que não me deixou morrer? — perguntou. Temari o encarou, sem reação. — Pelo o que notei, você arrumou um problema com seu superior por minha causa. E eu não valho tanto assim — mentiu, rezando para que ela não o reconhecesse.

— Eu me resolvo com Gaara — respondeu rapidamente. — E você é um Vice-Almirante, não seja humilde — sorriu, provocativa, fazendo os pelos da nuca do marinheiro se arrepiarem novamente. — Mas... — suspirou, desviando o olhar. — Não foi por isso que te salvei.

Observou o semblante de Temari mudar drasticamente. A perigosa procurada, a soldado forte sentada na cadeira deu lugar à uma frágil garotinha. Se viu, então, inundado com um grande desejo em protegê-la. Agradeceu pelas dores, que tornavam difícil sua aproximação. Sem elas, talvez a abracasse antes que pudesse se controlar.

— Você salvou minha vida, a de minha irmã e a de meus irmãos — desabafou, finalmente tirando de seu peito aquilo que a angustiava. — Então eu te devo, pelo menos, o equivalente a quatro vidas humanas — fungou. — E, apesar deles preferirem esquecer, eu não gosto de ter dívidas com alguém. Foi por isso — concluiu, decidida, levantando o rosto e mostrando novamente a máscara dura e imbatível que possuía.

— Desculpe — disse simplesmente, olhando-a confuso. — Acho que pegou o cara errado.

Fechou os olhos antes que pudesse vislumbrar a expressão de choque no rosto da revolucionária. Virou o próprio corpo para a parede, para adormecer. Não queria ver o que suas palavras haviam trazido à mulher. Ouviu, aos poucos, enquanto ela arrumava a própria bagunça. Quando achou que o havia deixado sozinho no quarto, saído pela porta, sentiu seu hálito próximo à própria bochecha.

— Tudo bem... — sussurrou, calma. — Eu lembro.

Não tinha problema se Shikamaru esquecesse.

Pois ela não iria.

E isso bastava.


♠♠♠

 

Shikamaru acordou horas depois em outro ambiente. Sabia disso antes de abrir os olhos, por conta da maior iluminação. Era um ambiente bastante claro e não tinha mais o ar de improvisação que a antiga caverna dava. Era uma pequena enfermaria, concluiu, ao observar as três camas alinhadas.

E então, arfou.

Encostada na cama ao lado da sua, olhando para o nada, estava Sakura.
Ela não estava nem um pouco bem, pode perceber. Os cabelos rosas estavam presos em um coque muito mal feito. Vestia um blusão claro e estava completamente ereta, parecia uma estátua. Não mexia nenhum músculo enquanto olhava para a parede à sua frente, apesar de saber que ela não via nada.

— Você está bem? — perguntou, preocupado com o bem-estar da amiga. Ela franziu levemente as sobrancelhas.

— Você mentiu — reclamou, levemente, quase sussurrando. — Para Temari — continuou, virando o rosto para encará-lo. Seus olhos verdes não possuíam brilho algum. — Você mentiu.

— Não sei do que está falando — mentiu, virando o rosto para o outro lado do quarto. Havia passado muito tempo com a médica, fazendo-o temer que ela conhecesse suas expressões. Era difícil enganá-la e quase impossível mentir para ela.

Sakura suspirou, em decepção, voltando o rosto para frente.

— Temari é forte — falou, fracamente — Mais forque do que todas as mulheres - e homens - que já passaram em minha vida.

— Você é bem forte, Sakura — admitiu, a contragosto.

— Os sofrimentos e dificuldades que passei não podem ser comparados aos dela — retrucou, com força. — Além disso, ela suporta tudo por todo mundo que lhe é querido, a ponto de esquecer-se de viver a própria vida.

— O que quer dizer?

— Tudo o que ela queria era conhecer o homem que salvou sua vida, entender o porquê — explicou, cada vez mais fraca. — Na única vez que se abriu para mim sobre seu passado, disse-me que naquele dia havia desistido de própria vida, mas estava procurando um meio de salvar os irmãos e a criança. Pois eles confiavam e dependiam dela. E então, você apareceu. E deu a ela uma segunda oportunidade de um futuro com eles que Temari achou que não teria mais.

— Sim... — suspirou, cansado. — Salvei a vida de uma pessoa que se tornou uma das grandes cabeças do Exército Revolucionário. Qual nível de traição isso seria considerado?

— Não sei — respondeu, satisfeita por ter finalmente admitido a verdade. — Traição é traição, acho. — continuou, pensativa. — Somente não acho que deveria pensar desse jeito.

Levantou as sobrancelhas, esperando que a médica continuasse.

— Se não fosse por Temari, você não estaria aqui hoje — respondeu, friamente — Estaria morto em uma praia, servindo de comida para parasitas. Ela te deu uma segunda oportunidade de um futuro.

“Se mostre agradecido.”


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Notas finais do capítulo

Notem que eu usei expressões de Naruto (como jinchuurikis e kages), pois irei adequá-las ao universo e à minha história. Possivelmente será explicado nos próximos capítulos...

Não, Shikamaru não terá paixãozinha pela Sakura. Não se desesperem. Até porque, inclusive, ela vai aparecer menos agora que teve um colapso nervoso (a ser explicado nos próximos capítulos). Agora trabalharemos mais com a aproximação do nosso casal ♥



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