As lágrimas deslizavam rapidamente na face da loira como se dançassem indo a direção ao chão já molhado de um liquido vermelho que deixava o corpo do menino que estava desacordado nos braços de sua parceira, A mesma soltou um grito de tal horror que foi estridente a ponto de espantar alguns passarinhos que cantavam ali mesmo, no dia belo até sol se entristeceu com a visão que tinha,  o vento soprava pela floresta fazendo as folhas das arvores balançarem enquanto a menina chorava pelo seu amigo.

- Soul, não me deixe agora. – Disse enxugando as lágrimas com a manga de sua camisa.

Havia mais uma pessoa no lugar, ao ver a cena, soltou uma gargalhada que era de desagrado aos ouvidos da menina ali presente.

- Haha, pobrezinho... Terá sorte se sobreviver, Vejamos, tenho que ir tenho outros negócios para cuidar. – Disse a loira sorrindo e desaparecendo da vista da menina. A mesma colocou-se a chorar mais ainda, pensamentos de terror e tristeza invadiam sua mente de tal forma que ficou desorientada, abraçando seu parceiro com tal força como se fosse para ele nunca sair de seu lado, pensando nisso cada vez mais chorava e se lamentava.

- Se você se for, eu não terei mais motivos para continuar... Soul! SOUL!! – Gritava seu nome tão alto que aonde quer que o garoto estivesse ele a ouviria.

Soltou seu corpo sobre o chão, e se debruçou sobre o mesmo repousando sua cabeça no peitoral do menino.

- Vamos Soul, você é mais forte do que isso... – Apesar de acreditar que milagres pudessem acontecer, o seu pessimismo era de força maior no momento, rezava para que seu parceiro acordasse.

Notou sombras ao redor dela, era seu professor, Stein.

- Maka, temos que levar ele daqui. – Alertou.

- Cala a boca! Ninguém toca nele, ele é só meu. – gritava como se fosse adiantar para algo. Seu egoísmo  culpa e também amor, não deixavam que nada além dela mesma, pudesse retirar ele de seus braços.

- Vamos acorda, insistia. – Falava baixinho no ouvido dele.

Tais milagres que disse antes realmente aconteciam, ela percebeu que sua mão se mexeu e repousou em seus cabelos loiros. Agora mais que nunca, chorava mas de felicidade ao invés da dor que sentia antes.

- Ei, calma... não precisa se preocupar, não vou deixar minha dama sozinha, isso não seria maneiro. – Disse, levando o sorriso ao rosto daquela que tanto gostava.

A loira o abraçou com tanta força que fez com que ele gritasse de dor.

- Meu ferimento, vai com calma Maka. – Disse entre dentes.

- Desculpa, mas não consigo te soltar, eu nunca mais vou deixar nada de mal te acontecer. – Passou suas mãos macias no rosto do parceiro, com tal olhar terno que o fez derreter. Logo ele lhe deu um pequeno beijo, no canto da bochecha, se levantando e segurando seu ferimento para que não sangrasse mais.

- Vamos, temos coisas a fazer. – Sorriu para ela, lhe estendendo a mão.

A mesma aceitou seu pedido e no aperto de mão simples e típico ela o envolveu num abraço forte.

- Não, eu não deixarei que você se machuque, não por minha culpa. – Disse em seu ouvido.

- É deixem comigo que eu cuido de tudo! – O professor, saindo correndo então, deixou os parceiros a sós Que não deixaram de abraçar um ao outro. E, não era somente seus corpos que estavam conectados, e sim suas almas e também, corações.