Vida Nova escrita por juuh godoy


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Esse ficou curtinho, mas eu fiz com amor, juro! É só para mostrar como são os primeiros momentos dela na Inglaterra mesmo. E eu não vou colocar as falas em inglês, só anuncio quando Helena está falando inglês, e quando é português, ok?



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Eu não vou narrar para vocês toda a chatice do vôo (eu não consegui pregar os olhos, juro! Assisti Gilmore Girls, Glee, Riverdale e The Vampire Diaries) e muito menos a imigração. Depois que saímos do aeroporto, havia uma mulher da agência me esperando, com um carro, e ela nos levou direto para casa, e no caminho foi me apontando as principais atrações.
        A casa é uma gracinha. É um sobrado, com um pequeno jardim em frente, e um bem maior atrás. Por dentro, é toda decorada e fofinha. Logo que abrimos a porta, entramos na sala, e temos uma parede que a separa da cozinha, de modo com que você precise passar por um mini corredor que tem um banheiro e um local debaixo a escada.

A lavanderia fica ao lado da cozinha, mas sua entrada fica no jardim. A parte de cima da casa tem dois quartos e um escritório. Escolhi o quarto com suíte, e tentei organizar minhas coisas. 

O outro quarto ficaria como de hóspedes (se eu decidir ficar mais tempo, minha família virá passar o Natal e Ano Novo comigo). No escritório adicionei coisas como notebook, tablet, cadernos e meus livrinhos.

Quando finalmente consegui tirar tudo da mala, abri meu aplicativo de localização, e joguei em um supermercado que a agência me recomendou (a casa estava totalmente vazia em questão de comida, e eu estava esfomeada!).Como eu trouxe ração para o Brownie, eu o deixei comer e saí. O mercado era pertinho de casa, então fui a pé mesmo. Comprei produtos de limpeza, arroz, massa pronta para macarrão, papel higiênico, shampoo, sabonete, e muitas outras coisas. Para o Brownie, comprei 5kg de ração, brinquedinhos para ele morder e uma caminha, para ele ficar mais confortável. Só consegui voltar para casa três horas depois, e tive que ir de táxi, pela quantidade de compras.

Novamente, organizei tudo e fiz a janta. Brinquei um pouco com o Brownie, e depois fomos dormir. O coloquei no meu quarto, mas não na minha cama, e sim na dele.

Acordei tarde no domingo, com aquele bebê latindo, e tentando pular na cama (ele ainda era muito pequeno para alcançar uma cama daquele tamanho).


Resolvi deixar o dia apenas para ficar tranquila em casa. Consegui ensinar Brownie a fazer xixi e cocô no jornal, o que foi uma grande vitória.

Já na segunda-feira, andei de bicicleta com Brownie de manhã, almoçamos, e fomos conhecer a praia. A única palavra que eu tenho a dizer é: linda!

O resto da semana foi bem calminho. Estabeleci a rotina de andar de bicicleta com Brownie de manhã, almoçar em casa, e conhecer pontos turísticos da cidade, que dependendo de qual era, eu levava meu cachorro.

A segunda-feira chegou, e eu quase tremia de ansiedade...era meu primeiro dia de aula. Como eu estudava só no período matutino, eu deixei para andar com Brownie a tarde.

A aula foi muito boa, e eu me apaixonei pela minha professora. Ela é muito simpática e fofa! Conheci as pessoas que estudavam comigo, e todos eram estrangeiros. Uma japonesa, um coreano, uma francesa, uma portuguesa, três brasileiros (sim!!) e um espanhol.

No final da aula, conversei com a francesa (seu nome é Anne-Marie), e descobri que era o primeiro dia dela também. Ela estava morando com uma família muito fofa, e estava muito animada. Chamei ela para ir a praia mais tarde, e ela topou!

A japonesa (Naomi) ouviu a conversa e perguntou se podia ir conosco, pois estava se sentindo meio deslocada, já que havia chegado no dia anterior. Aceitamos na hora, e marcamos de nos encontrar no pier às quatro da tarde.

Voltei para casa de ônibus (ai, que orgulho) e Brownie fez a maior festa ao me ver. Coloquei ração para ele, e depois fomos ver TV (sim, ele viu também! Ele deitou ao meu lado e ficou assistindo, mas depois acabou apagando).

Passei um tempo depois conversando por via chamada com meus pais, e depois com umas amigas. Elas foram me contando como foi a primeira semana de aula, e quase morreram de amores ao ver Brownie (elas não o conhecem pessoalmente, nem por foto).

Quando deu o horário, tomei banho, peguei minha bicicleta e a coleira do Brownie e fomos a caminho do pier. A Naomi já estava lá, e inicialmente ficou com medo do meu cachorro, mas quando ele lambeu a mão dela, ela se derreteu.

Ficamos conversando, e eu contei para ela que estava morando sozinha aqui, e ela me disse que está morando em um apartamento pequeno. O intercâmbio dela só duraria 3 meses, já que ela tinha compromissos no Japão depois.

A Anne-Marie chegou depois do que pareceu 5 minutos, mas na realidade foram 30 minutos. Ela se desculpou, e explicou que acabou caindo no sono e consequentemente perdeu o horário.

Ficamos dando voltas na praia, e nos revesamos para correr com o peludinho. Até brincamos com aquele disco de brinquedo, que ele ficava louco para pegar.

A semana correu rapidamente, e na sexta, depois da aula, levei Brownie para um veterinário brasileiro que a Roberta me recomendou. Estava tudo bem com Brownie (contei para vocês que ele fez quatro meses dia 12?), mas vai que ele fica mal por não se adaptar, ou algo assim.

O veterinário fez todos os exames, e graças a Deus, não tinha nada de errado com o meu bebê.

—Pelo contrário, ele está muito saudável -o doutor disse em português. -Eu gostaria de te fazer uma proposta.

—Pode falar -respondi, preocupada.

—Eu tenho uma Husky Siberiano também. Ela é prata, e linda. Você pensa em Brownie ter filhotes?

—Não, ainda não. Não é meio cedo para isso?

—Não realmente. Para a fêmea sim, seria cedo, mas com ele é macho...em novembro a Camie vai ter o segundo cio, e eu acho que já está na hora dela ter filhotes. O Brownie pode cruzar com ela?

Cogitei a ideia. Eu gostaria de ter mais um filhotinho, dessa vez fêmea. Chamaria Maya. Mas novembro?

—Eu volto para o Brasil em janeiro. Ela vai ter neném em janeiro. Seria muito cedo para tirar um filhote dela, não seria?

—Sim, precisa de pelo menos dois meses para tirar. Você não poderia ficar um pouco mais? Minha esposa quer ter mais três, e eu confesso que estou animado com essa ideia também.

—Eu posso pensar? Volto aqui semana que vem, com a sua resposta, pode ser?

—Sim, isso seria ótimo. Obrigado -ele apertou minha mão. -Pense com carinho.

—Eu vou. -e voltei para casa com Brownie.


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Notas finais do capítulo

Deixem comentários, sejam eles críticas construtivas, elogios, sugestões! Amei escrever e espero que tenham amado ler!



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