Devaneios De Um Poeta Sem Renome escrita por Dank


Capítulo 2
Há Tempos




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Há tempos que entro aqui

Começo a escrever

Nunca termino

Nada se concretiza

Acaba tudo do mesmo jeito.

 

Já não sei fazer parágrafos

Nem divisões

Está tudo uma coisa só

Não sei sequer distinguir as mais simples...

 

Escrever sobre o romance que já é antigo

Sobre o novo romance que agora já é antigo também

Paranoias e mais paranoias

Por que escrever tanta badalhoca?

 

Uma pontuação por vez

Um capítulo por vez

Faz tempo que não escrevo

Até metalinguagem foi recorrida!

 

Faz tempo!

Faz tempo?

Faz tempo...

Faz tempo.

 

 

As galáxias eu já vejo

O novo cheiro do novo perfume

Os mais vorazes peixes no rio 

Tantos sentimentos e pensamentos

Serão escritos

Em memória a uma memória

Tudo em seu tempo.

Sou o mestre da procrastinação, baby.

Oh, como eu odeio isso!

Seria uma dádiva mal compreendida?

Faz tempo que tento ter tempo.

E ao mesmo tempo tenho tanto tempo...


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