A Difícil Arte de Amar escrita por Isabelle


Capítulo 12
A Difícil Arte da Paternidade




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Capítulo 12-

                      A Difícil Arte da Paternidade

Com Severus de volta à ativa, Slytherin tinha a cadeira de diretor dividida entre o casal. Severus colocou isso como condição para voltar a ser o professor de poções de Hogwarts. O contato com a medibruxa era cada vez mais necessário, ele não se imaginava sem a presença dela.

Severus havia se adaptado a rotina de Hogwarts novamente, com uma diferença, agora tinha algo que poderia chamar de família, com problemas que todas elas tinham. Foi assim que encontrou os aposentos que dividia com Dryade e Nina – mergulhado no mais puro caos. Respirou fundo. Tinha um olhar cínico no rosto, com uma ruga de preocupação. Draco e Nina estavam em uma discussão acalorada. Não. Eles estavam aos berros um com o outro.

- ISSO TUDO É CULPA SUA!!!  MIMOU O GAROTO AO INVEZ DE DAR EDUCAÇAO. TAMBÉM O QUE PODERIA SE ESPERAR DA EDUCAÇÃO TROUXA?

- NÃO OUSE ME DIZER QUE SOU UMA PROFISSIONAL NEGLIGENTE! E NÃO FUI EU QUE MANDEI UM FILHO PARA O MUNDO TROUXA! – rebateu a garota com fúria.

- EU NÃO PERDI MEU FILHO! EU PROCUREI POR ELE DURANTE CINCO ANOS! – Draco estava cada vez mais furioso.

- INCOMPETENTE! ONDE VOCÊ ESTAVA QUANDO ELE ESTAVA PERDIDO NA MADRUGADA? ONDE VOCÊ ESTAVA QUANDO EU O CARREGUEI POR QUILOMETROS FLORESTA ADENTRO FUGINDO DE BRUXOS INSANOS? ONDE... – Nina estacou. Pode ver a decepção nos olhos grises do garoto, inflamados de ódio.

- Isso não vai levar a nada acreditem! O que em nome de Merlin está acontecendo aqui? – interviu Snape em um momento crucial.

- Estou ouvindo a discussão lá do corredor! – afirmou a bruxa atônita.

Dryade acabava de abrir a porta e se juntava a Snape. A diretora da Slytherin ainda pode observar as feições encolerizadas de ambos e o olhar reprovador de Severus antes de ouvir a resposta que ambos, ao mesmo tempo deram a Snape. E que foi ouvida e entendida por todos.

- ELE É UM PÉSSIMO PAI!   

- ELA É UMA PÉSSIMA INFLUÊNCIA PARA O MEU FILHO! – rebateu o loiro.

- COMO OUSA?! – gritaram juntos.

- CHEGA!! – Dryade fez com que sua voz suplantasse as demais.

Naquele momento fez-se um silêncio mortal no aposento. Todos olharam na direção de Dryade, que estava com cara de poucos amigos, e já havia adivinhado o tema da discussão. Sacou a varinha e fez um feitiço de silêncio na sala.

- O que Nick fez dessa vez? – perguntou já sem muita paciência. – Ah! Não! Um de cada vez. Você primeiro Draco, e sugiro que abaixe o tom de voz, mocinho. – e olhando para a sobrinha com um olhar homicida. – e a senhorita calada!

Nina baixou a cabeça para as ordens da tia, a situação com Nick havia saído do controle de ambos há muito tempo. E no momento, eles se atacavam.

- Ele colocou fogo na biblioteca da escola, e trancou a Lils no sóton. – informou Draco a contragosto. – Isso é resultado da educação trouxa que essa sangue-ruim...

- CALE-SE GAROTO! Não vou admitir esse tipo de comentário debaixo do meu teto! – sibilou perigosamente Severus. – A discussão acabou, quero você no meu laboratório agora! – e voltando-se a Nina. – Onde está o garotinho srat Nina?

- Com Twinky no jardim. Ela aparatou com ele assim que esse trasgo começou a gritar comigo! – Nina segurava fortemente as lágrimas.

- Eu gritei?! Eu...

- Draco! Para o laboratório! É uma ordem!

O garoto ainda pode ver grossas lágrimas que caíram dos olhos de Nina e o olhar reprovativo do padrinho antes de sair pela porta. Deixando Dryade sem palavras. Nina correu para o quarto, e Dryade achou melhor que ficasse só, naquele momento. Seria difícil reverter essa situação, conhecendo um pouco o gênio da sobrinha, bem parecido com o seu. Nick precisava de pais que se entendessem e dessem limites a ele, definitivamente Draco e Nina não falavam a mesma língua, ambos se desautorizavam diante do pequeno, que agora tinha uma postura arrogante, que lembrava alguém. Severus olhou sua morena com decepção e tristeza no olhar. A ele caberia a conversa mais dura. Convencer Draco da estupidez gratuita despejada nos ouvidos daquela que sempre esteve a seu lado e da garota que ele dizia amar.

oOo

No laboratório Draco afundava o chão. Tinha a face vermelha. Estava com muita raiva. Resolveu que não ouviria mais nada. Mudaria para a mansão Malfoy e criaria seu filho do seu jeito. Severus já o encontrou decidido.

- Tem noção do que acaba de fazer? Tem noção de que foi salvo várias vezes por conta desses ‘sangues-ruins’ como você acabou de chamar sua garota? – Severus segurou Draco pelos ombros, forçando-o a encará-lo. – Diga-me que percebe a extensão de suas palavras, seu trasgo?

Draco sabia. Nina jamais o perdoaria. Então ele não tinha outra atitude. Tudo estava acabado.

- Sei apenas que demorei muito tempo para encontrar meu filho, e ninguém vai tirar ele de mim! – Draco tinha a voz perigosamente fria.

- Então não tenho mais nada a acrescentar. Só a lamentar. Por você, pela garota e principalmente por Nick que será o mais prejudicado nessa história. Eu lamento.

Draco saiu do laboratório furioso. Em seus aposentos, chamou Twinky e deu ordens para a mudança. Ordenou que trouxesse Nick, eles partiriam imediatamente.

Nick apesar de esperto, não entendeu muito bem o que estava acontecendo. Vira o começo da discussão entre seu pai e Nina, mas Twinky o levara para fora, para brincar. Agora iriam visitar os avós, algo estava errado ele farejava no ar. A ausência de conversas e punições o deixaram alerta.

- Podemos convidar a srat Nina para ir com a gente pai? – perguntou o garotinho.

- Não! – a resposta foi ríspida assustando o garoto. Draco percebeu e tentou corrigir. – Não Nick ela está ocupada.

Nick calou-se, agora sabia que algo ia muito mal em seu reino. E que a culpa era sua. E pensava “colocar fogo na biblioteca talvez não tenha sido uma boa idéia...”. Sua cabecinha funcionava muito rápido tentando adivinhar o que aconteceria com ele. O que o pai faria dessa vez? Seu pai era bem diferente da sua mãe e da sua madrasta, ele já estaria todo marcado a essa altura, elas não hesitariam mediante tal comportamento. Seu pai trouxa não se importava com o que acontecia com ele. Mas seu pai atual era diferente. O loiro estava sempre com ele, conversava. Então por que sentia falta de sua família morta? Ele não sabia, mas pensava.

oOo

Narcissa recebeu o filho com carinho, mas imediatamente percebeu que havia algo errado. Draco tinha as feições sérias quando perguntou a mãe se poderia ficar por uns dias até que decidisse aonde iria se instalar definitivamente.  A mãe percebeu que algo grave acontecera. Ela tentou arrancar algo do garoto, mas esse esquivou-se.

- Mãe, agora não, tenho que voltar ao Ministério, estou atrasado. Poderia ficar com Nick, volto a tempo do jantar. – pediu o loiro.

- Claro meu filho! Vá! Depois nos falamos. – Narcissa beijou o filho com olhar de preocupação. – Onde está meu neto?

- No Jardim com um elfo. – respondeu já encaminhando-se para a porta do estúdio da mãe.

- Que Circe o acompanhe meu amor! – falou ainda a bruxa. 

Narcissa ponderou a situação. O que poderia ter acontecido de tão grave em Hogwarts para trazer o filho tão repentinamente par Wiltshire?  Depois mandaria uma coruja para Dryade, ela com certeza saberia. Ainda inquieta chamou Lucius pela lareira. Contou ao marido as novidades.

- Sossegue Cissa, vou procurar saber o que aconteceu hoje. Vamos meu bem, acalme-se. Prometo que resolvo isso após o jantar. – respondeu carinhoso.

- Obrigada meu amor. Mas, só vou sossegar quando sentir que meu filho está bem. – despediu-se do marido um pouco mais aliviada.

Encaminhou-se até a janela. Viu o garotinho sentado no gramado com o rosto baixo, fingindo ler um livro. Não precisava ser adivinha para saber que ele estava irritado, contrariado, e muitos outros sentimentos que não fazia bem a ele. Percebeu que Twinky fazia tudo para chamar a atenção do garoto, e estava falhando miseravelmente. Antes que a pobre criatura começasse a se punir, Narcissa resolveu interferir.

- Tix! – Chamou a bruxa.

- Senhora Narcissa chama Tix? – o elfo fez uma reverência baixa para a sua senhora.

- Sim Tix. Quero que prepare um lanche para o meu neto com tudo que ele gosta. – por um instante uma lembrança de dias ensolarados a assaltou. Lembrou-se de um garotinho loiro, muito mimado, que lhe dava muito trabalho de vez em quando. – Não. Apenas traga uma bandeja com duas taças de sorvete. Estarei na entrada do jardim.

Com um estalido alto o elfo saiu para cumprir sua tarefa. Narcissa deixou seu estúdio e foi em direção do jardim. No caminhou lembrou-se da infância do filho, havia sido difícil para ela e Lucius lidarem com ele, Draco sempre tivera o gênio terrível. É certo que o filho havia mudado um pouco depois de tanto sofrimento, um calafrio percorreu sua coluna, já perdera as contas de quantas vezes quase o perdeu. Mas, o que ela tinha ali? Um dejavú? Sorriu, estava prestes a descobrir.

- Pode me entregar a bandeja. Isso é tudo. – dispensou o elfo, e foi em direção ao garotinho no jardim.

- Pode ir Twinky. – a elfa parecia aliviada quando aparatou. Narcissa voltou ao neto. – Olá querido! – Nick não se moveu, a bruxa espantou-se, ele era sempre tão educado. Então ela deveria usar todo o seu poder de convencimento. – Tenho um problema, estou à procura de um garotinho para me ajudar a acabar com esse sorvete todo aqui! Pode me ajudar? – perguntou marota.

Nick ouviu a palavra mágica: sorvete! Os olhinhos do pequeno se iluminaram repentinamente. Narcissa havia acertado. Ele era como o filho, não resistia a um bom sorvete. Encaminhou-se até a mesa de ferro que compunha a paisagem do jardim bem cuidado, sendo seguida imediatamente pelo garoto, que chegou a mesa antes da avó ocupando uma das cadeiras, já pronto para ajudá-la a resolver o problema.

Narcissa sorriu enquanto colocava a taça à frente do loirinho. Era exatamente aquele ponto do jardim que Draco procurava quando a vida infantil se apresentava problemática. Algumas coisas com certeza eram genéticas, e acabara de descobrir que Nick herdara o sangue dos Malfoys em toda a sua essência. Nem mesmo o tempo e a distância foram capazes de suplantar essas características.

O sorvete foi devolvendo a luz nos olhos do garoto, e o melhor, soltando sua língua, ele havia caído direitinho na cilada da bruxa, que estava orgulhosa de si, não havia perdido o jeito, mesmo depois de tantos anos. Aos poucos entre uma colherada e outra ele entregou todas as travessuras que havia aprontado nos últimos tempos.  

- E você achou todas essas ações dignas de um bruxinho puro-sangue? – a voz da avó era doce e enérgica ao mesmo tempo.

Nick baixou a cabeça, pela primeira vez via a gravidade de seus atos. A avó também estava ali com ele. Não aprovava sua conduta, mas estava a seu lado. Tudo aquilo era tão diferente para ele.

- Meu amor, já imaginou se essa sua amiguinha fizesse isso com você? – perguntou olhando mais para o sorvete do que para o garotinho. – E se ela falasse mal a srat Nina? – cutucou estrategicamente a ferida. – O que faria a respeito?

Nick estava começando a se sentir culpado, mas estranhamente não via a avó como uma ameaça, ela conversava com ele, e até tomava sorvete. Então ele resolveu que iria se abrir com a bruxa boazinha a sua frente.

- Eu batia nela até ela pedir desculpas! – respondeu imaginando se alguém ousasse dizer alguma coisa de sua querida professora.

- A garotinha ama a mãe dela, tanto quanto você ama a sua querida Nina! Viu como você a fez infeliz? – tentou a avó.

Nick compreendeu sim e agora se sentia miserável. Mas ainda assim tentou se desculpar.

- Lils me odeia! Ela é muito chata e chora feito um bebê!

- Meninas são assim mesmo. E bruxinhos bonzinhos protegem elas. Você quer ser o quê? Um bruxinho bonzinho, ou alguém muito mal?! – lançou um olhar significativo para o neto.

Nick imediatamente se lembrou da noite que sua família trouxa fora morta. Uma sombra de medo passou pelos olhinhos grises do garoto.

- Avó, pessoas más machucam a gente?

- Na maioria das vezes. – Narcissa não sabia bem onde o garoto queria chegar.

- Como aqueles homens que mataram o meu outro papai? – o medo tomou conta do pequeno.

- Sim meu anjo... – A bela bruxa estava penalizada.

- Eu não quero machucar ninguém! – disse sinceramente.

- Então por que trancou Lils no sóton? – insistiu a avó.

- Agora não tem graça... Ela chorou muito, e ninguém ouviu. Foi chato. – respondeu envergonhado.

- Por que não tenta se desculpar com ela? – ofereceu a avó.

- Amanhã na escola? – ele ainda estava incerto.

- Por que não? Podemos escolher um lindo presente para a garotinha. O que acha? – Narcissa estava entusiasmada.

- A senhora me ajuda? Pode me levar na escola amanhã? – ele ainda estava com medo, mas a possibilidade de ser alguém mal não estava em seus planos.

- Claro querido! Que tal subir e colocar uma roupa apropriada para irmos ao Beco Diagonal?

Nick não respondeu pulou no pescoço da avó e lhe deu um beijo estalado. Narcissa se emocionou, seu garotinho estava na realidade meio perdido, precisava de apoio e proteção. E Draco e Nina tinham que aprender a difícil arte da paternidade.

oOo

No Ministério Draco tentava em vão se concentrar em um enfadonho relatório. Ecos da discussão entre ele e Nina povoavam sua mente. O loiro ainda tentava justificar suas ações, afinal, ele havia sido vítima, Pansy havia levado seu filho e não ele, ele ficou sem Nick durante cinco anos e agora “não seria uma san...” Ele não pode completar o pensamento. Então, antes de  começar a se sentir culpado ele foi para o laboratório ali ele sabia que não pensaria mais no assunto. Afinal ele era Draco Malfoy e não precisa de ninguém. Sempre se virava sozinho.

Ao final do dia, ele não estava tão certo de que não precisava de ninguém, mas o orgulho do loiro o impedia de ver as coisas com clareza. No laboratório ele arruinou o trabalho de quase um mês e quase todo aquele andar ouviu o loiro gritar impropérios contra sua sorte. Então resolveu encerrar por ali seu desafortunado dia.

oOo

quando chegou a Wiltshire já encontrou Nick na cama, sua mãe informou que o pequeno estava exausto com os afazeres do dia. Então ela providenciou o jantar do pequeno e o colocou na cama. Draco olhou para o filho e sorriu. Ele valia a pena. Entristeceu-se quando ouviu o filho chamar Nina entre choramingos. Depois dizer que não queria ser um bruxo mal. Abraçou o filho acalmando-o, dizendo que tudo estava bem. Narcissa baixou a cabeça, sabia que o filho mentia.

Após o silencioso jantar, Lucius levou Draco sob protestos para seu gabinete. Narcissa se retirou para seus aposentos, um pouco ansiosa, mas confiava no marido.

- Draco, estive com seu padrinho esta tarde. A conversa me desagradou por demais. Sei que tenho culpa em tudo isso, não soube escolher minhas alianças no passado e me arrependo, mas eu fui forte para mudar essa situação. Sei que te ensinei valores errados, mas pensei que havíamos superado esse equívoco sobre sangues-ruins. Pelo visto me enganei.

- Pelo visto já sabe de tudo, então também sabe que ninguém vai tirar meu filho de mim novamente, e acho que encerramos por aqui. – devolveu Draco.

- Encerramos quando eu disser que acabou. – Draco estacou com a voz de comando do pai e Lucius acrescentou em um tom mais paternal um convite. – Não é assim filho. Sente-se, por favor.

Draco jamais vira o pai pedindo, por favor, a ele, nem sendo paternal. O tom do pai o assustou, o garoto sentou e baixou a guarda, toda aquela arrogância e ódio que o consumiu durante todo aquele dia evaporou diante do pai. Lucius o olhou com certa ternura, depois de ter a vida do filho por um fio por diversas vezes, Lucius repensou suas atitudes, e não perderia seu filho para a intolerância.

- Filho... – Lucius escolheu as palavras. – Ser pai não é fácil. Muitas vezes pensamos estar fazendo o melhor e falhamos. E só falhamos porque não ouvimos as pessoas que nos amam. Eu só não falhei com você porque eu tinha ao meu lado uma pessoa fantástica! E mesmo que eu não concordasse com ela, acabava ouvindo-a. Hoje tenho orgulho de você, graças a ela, sua mãe. Então pense no que eu falei. Eu e ela estaremos aqui para te apoiar. Sempre. Qualquer dúvida que tiver não tema em nos procurar. Confie em nós, porque te amamos muito filho. – Lucius deixou a máscara de gelo cair bem diante do filho. Draco viu seu pai como nunca havia visto antes.

Draco ergueu a cabeça que havia permanecido baixa o tempo todo, levantou-se e saiu. Mas, deteve-se na porta.

- Obrigado pai, eu também te amo.

Draco seguiu silencioso para seus aposentos. Podia ver a dimensão do problema em que havia se metido. Ele sim havia tirado Nick de Nina, tão cruelmente que o assustou. Não dormiu naquela noite.  \t   


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