Serenatas, jantares românticos, confissões poéticas, declarações e mais declarações Dazai fazia.

Mulheres suspiravam por tamanho romantismo, homens se envergonhavam por raramente agirem de forma similar, crianças olhavam admiradas mesmo que não entendessem um pingo sequer.

Chuuya aceitava as flores, amava as músicas e as poesias, mas não o cantor, não o falso amor expressado.

Não, ele mentia ao dizer que odiava o cantor, porque, ele ainda amava Osamu intensamente, apesar das tantas sacanagens que ele fazia; como cantar uma linda canção de amor sem qualquer amor no coração, sem significado por detrás das notas; como se declarar de forma tão emocionante para ele em um dia, e no outro, olhar Sakunosuke Oda com amor estampado na cara.

Para Chuuya, uma canção de amor não era boa sem amor, mas Dazai não sabia. Ele nunca tomava consciência daquelas coisas, como antes fazia. E eram aqueles minúsculos detalhes que os distanciavam cada vez mais, junto à, claro, os sentimentos que Dazai nutria por Sakunosuke.

Mas Osamu o puxava repetidamente pela corda dos seus sentimentos sempre que se sentia sozinho, não-correspondido, culpado, com cada vez mais força e necessidade, e o fino fio se tornava cada vez mais mirrado, miúdo. Porque Chuuya não queria mais ouvir as fantasias, ver a farsa, ou viver a lenda que eles, um dia, já foram.