WALL-E havia terminado de empilhar os cubos de lixo compactado, era hora de retornar para casa, após um dia de trabalho. As criaturas humanas também trabalhavam para limpar a sujeira na Terra. Entretanto, levavam muito mais tempo, pois suas formas arredondadas os impediam de serem ágeis e precisavam recarregar suas baterias enfiando coisas dentro da boca, ou sentando na sobra. WALL-E via formas arredondadas parecidas com as de Eve, mas que não agiam como ela.

Deslizou seu corpo mecânico pelo chão de terra o mais rápido que podia. No caminho, encontrou uma criaturinha humana que se movia sem equilíbrio. Aquelas formas pequenas dos humanos corriam atrás de WALL-E, e quando alcançavam ele, mexiam e o viravam do avesso. Por isso passou a fugir dos pequenos humanos.

No caminho, WALL-E viu o comandante da Axiom entregar uma caixa amarela para outro humano que ficou vermelho. Concluiu que a temperatura da outra forma humana havia subido.

Mas aquele gesto o intrigou. WALL-E aproximou-se dos dois.

— Whoa-a? — Ele apontou o braço mecânico na direção da caixa.

— Oi, WALL-E, tudo bem? — O capitão olhou para o robô. — Ah! Isso? É um presente para a Anna, hoje é o dia dos namorados. Pelo menos é o que o computador de bordo falou.

— Eve? WALL-E? — O robô aproximou-se de Anna.

— Oh! Querido, a Eve ia adorar ganhar um presente também.

WALL-E saiu em disparada, não sabia o que iria dar para Eve, mas precisava de uma caixa. Procurou em diversos lugares, até que encontrou uma caixa amarela, parecida com a que o Capitão deu para Anna. Agora só precisava encontrar Eve.

Eve estava na companhia dos pequenos humanos, rodopiando no ar sem deixar se pega por elas. WALL-E queria poder voar, como fez no espaço, mas na Terra parecia impossível fazer o mesmo.

—  Eve! Eve! Eve! — Ele chamou sua atenção, escondia a caixa dentro do seu corpo mecânico.

— WALL-E. — Eve sobrevoou o robô pousando ao seu lado. — WALL-E.

— Eve. — WALL-E tirou a caixa de dentro do compartimento de seu corpo e estendeu na direção dela.

— WALL-E. — Eve analisou atentamente a caixa e depois que o robô insistiu, ela pegou, sacudindo em seguida. Não fez nenhum barulho.

— Eve...

— WALL-E... — Ela abriu a caixa, estava cheio de plástico com formas de bolha.

Eve apertou uma das bolhas e ela estourou, os dois se olharam.

— Whoa! — WALL-E não podia voar, mas rodopiou ao redor dela. Decidiu então salvar em seu sistema aquele tal dia dos namorados. Assim, sempre poderia dar para Eve uma nova caixa amarela.

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