Enforcamento, eletrocussão, envenenamento, afogamento... Dazai tentou aquelas e muitas outras formas de suicídio, algumas bastante criativas como ter a cabeça arrancada por um elevador de teto, e as mais simples como comer algo que ele tinha alergia. Mas não, Atsushi tinha que levá-lo ao hospital, e Chuuya precisava ser um maldito vingativo.

Dazai nunca se sentira tão ofendido durante todos os seus anos de vida.

Ele entendia os motivos de Atsushi, ficava até comovido com os sentimentos verdadeiros do garoto, mas Chuuya... Dazai sabia bem que não passava de implicância. Por que, afinal, Chuuya o ignorava na maior parte do tempo, e ele era uma das pessoas que mais desejavam sua morte. Em segundo lugar, na realidade, perdendo apenas ele próprio, já que Osamu perdera sua vontade de viver há anos.

Além de frustrante, era incômodo. Se suas tentativas de suicídio não dessem certo, pois, de um jeito misterioso, nunca dava, então, Osamu gostaria de lamentar sozinho. Não olhar para a expressão de tédio que Chuuya tinha. Porque, não, Chuuya não podia ir embora imediatamente e deixá-lo só para tentar morrer novamente. Não, ele precisava permanecer por perto por mais uma hora.

E era irritante que ele não caía nos truques que Dazai aprontava, nas provocações que antes o fariam se alterar instantaneamente. Chuuya dava respostas curtas, não o olhava no rosto por muito tempo, e ignorava sua existência, quando Osamu era quem devia fazer tudo aquilo. Talvez, daquela forma, Nakahara fosse embora. Mas não ia.

Ele estava quase arrependido de ter abandonado Chuuya no meio da floresta após a luta contra a Guilda.

Determinado, Dazai escolheu o prédio mais alto da cidade, e subiu no parapeito, admirando a rua muito abaixo.

Com a mais leve brisa, pendeu para frente e se deixou ser levado de encontro ao chão.

A forte rajada de vento no seu rosto parou e seu corpo foi parado bruscamente pelo toque no seu pulso.

Dazai resistiu a vontade de revirar os olhos e permitiu ser levado de volta ao topo sem protestos. Ele já esperava que Chuuya chegasse mais rápido do que qualquer outra vez, afinal, o prédio mais alto de Yokohama era onde atuava a Máfia do Porto.

Talvez, desde o princípio, Dazai não estivesse com tanta vontade de morrer assim.