Coração de Vidro escrita por Angie Hoyer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olha só eu voltando com mais uma ONE JayRose, admito sou fã desse shipp e vou protege-lo kkkkkk

Essa é uma historia que vai se passar em um universo alternativo, ou seja, sem magia e Hogwarts e nada alem da mais pura normalidade do cotidiano!!!

Espero que gostem dessa One, pois existem muitas outras de onde vem essa ♥

Boa leitura ♥



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" A realidade é que não te amo com meus olhos que descobrem em ti mil falhas. Mas com o meu coração que ama o que eles desprezam e apesar do que vê, adora se apaixonar."
— William Shakespeare

 

 


Sabe aquela coisa, aquele sentimento que nasce nas piores épocas e que nos faz sentir e acreditar que tudo ainda pode dar certo. Aquele que nos da força para continuar apesar de tudo, um sentimento bom e cheio de vida que atinge ate mesmo os mais afligidos e machucados, que nos faz esperar pelo melhor?

Esperança!

Algo tão pequeno e singular, que pode mover o mundo. Sem esse pequeno sentimento o que seria de nós? Percebe que ele faz parte de cada segundo do nosso dias?! Desde as coisas mais banais, como quando esperamos por aquele presente incrível que tanto desejamos, ate mesmo as coisa mais serias, como uma mulher que aguarda de dedos cruzados o medico dizer que ela espera uma menina.

A vida em si não seria nada, não teríamos nada. Afinal, a esperança é sempre a ultima que morre. E de fato esperança era a única coisa que James Sirius possuía enquanto apertava o volante de seu carro, tentando a todo custo ver alem daquele engarrafamento. Os nos de seus dedos se tornavam brancos e os ponteiros de seu relógio de pulso se tornaram seu pior inimigo.
Como aquela coisa poderia ser tão estupida, quando mais precisamos de tempo ele sempre nos falta. Deveria ter tomado aquela decisão um dia antes e não esperado que seu melhor amigo lhe arrastasse pela jaqueta ate o chuveiro mais próximo e colocasse juízo em sua cabeça. Aquela era sua ultima chance.

Correu os dedos longos pelo cabelo cacheado o bagunçando ainda mais, com os nervos a flor da pele apertou a buzina e trincou os dentes. Céus, ele precisava chegar lá o mais rápido possível. Sentiu o ar faltar em seus pulmões o obrigando a arrancar os três primeiros botões de sua camisa preta e desprender o cinto de segurança, estava ficando claustrofóbico naquele carro.
Observou novamente o transito e o mesmo não havia andado um milimetro, bufou frustrado batendo com a testa repetidas vezes no volante desejando ter feito aquilo antes. Estava ficando tarde e o sol já começava a se por, aquela era a hora favorita do dia, o laranja se mesclando ao azul límpido formando um show de cores que enchiam os olhos. Contudo o céu de Londres estava carregado, assim como seu humor, a chuva fina começava a cair e se tornava mais forte a cada segundo.


"Onde você esta?"


A mensagem brilhou na tela de seu celular e foi totalmente ignorada pelo moreno.


" Se apresse"

Outra mensagem ignorada, o relógio digital do painel do carro piscava 16:47, já havia começado a algum tempo. Bufando ele pulou para fora do carro o trancando, que se dane o transito. Escutando buzinas as suas costas ele correu o mais rápido que podia entre os carros, o celular no bolso e a chuva batendo em seu rosto determinado.

E ali James pensou que deveria ter se esforçado mais, deveria ter sido firme e dito sobre seus sentimentos antes. Ele não deveria ter se contentado com o posto de amante e segunda opção. Quantas vezes ela bateu em sua porta chorando? Quantas vezes ele a consolou na madrugada? Quantas vezes ela havia se permitido ser dele? James poderia ditar cada mania estranha de Rose, cada defeito que ele odiava amar, cada qualidade que só a tornavam ainda mais apaixonante.

Scorpius Malfoy não a merecia. Ele não merecia acordar todas as manhas com o cheiro de rosas de seus cabelos, ou encarar o azul límpido que eram seus olhos. O maldito Malfoy não merecia nada que Rose poderia proporcionar, porque ele não a conhecia. Scorpius Malfoy não sabia nada sobre a sua Rose, seus sentimentos, suas vontades e sua sede por liberdade. James queria, não, ele precisava de Rose, sabia disso desde o inicio quando aceitou ela em sua cama tantas vezes, permitindo que ela se embrenhasse entre seus lençóis e incomodasse seus vizinhos pelos sons altos que provinham de seu quarto mergulhado na escuridão.
Ele não conseguia dizer não, mesmo que ele soubesse que ela sempre voltaria para os braços do Malfoy no inicio do dia. Rose Weasley sempre pertenceria a ele durante as noites longas.

Voltando a realidade, James checou o relógio de pulso enquanto dobrava a esquina próximo ao centro, estava ficando tarde e ele precisava correr ainda mais. Desceu as escadas rolantes do metro aos pulos, sentiu seu celular vibrar, porem o ignorou outra vez. Não pediu desculpas quando furou a fila para comprar um bilhete e quando um homem o perguntou do porque da pressa, ele gritou para quem quisesse escutar.


Estou indo roubar a mulher da minha vida de seu casamento.

Aquela frase soou pelos corredores enquanto ele corria, afinal Rose sempre havia sido dele, mesmo que ela nesse instante esteja se casando com um homem que não ama. James tinha certeza disso, ela amava a ele e não Scorpius Malfoy.

Aquele maldito riquinho metido a besta, que pensava poder levar qualquer mulher no papo, o senhor perfeitinho, o cara que comia Pizza de garfo e faca e vinho no jantar. James sentia vontade de gritar de frustração quando o via com toda aquela eloquência e ternos caros. Rose odiava tudo aquilo, ele parecia não perceber o quanto a ruiva odiava vestidos, jantares entediantes e aquela comida horrorosa. Ela preferia uma blusa folgada, sujar os dedos de óleo revezando entre as asinhas de frango e a cerveja enquanto gritava em plenos pulmões a cada gol do Manchester, seu time favorito.

Voltou a olhar o relógio e sentiu seu mundo ruir, a cerimonia já havia encerrado, escutou o som das portas do vagão se fechando mas não ousou entrar, Rose havia deixado de ser sua e se tornado de Scorpius Malfoy. Agora ela faria parte de alta sociedade de Londres e comeria caviar no jantar, iria a festas de gala e usaria saltos tão altos quanto os de Dominique. Deixou seu corpo cair sobre o banco de madeira e olhou a via mais uma vez, o trem que o levaria em direção a sua Rosie sumia pela plataforma.

Ali completamente frustrado e sem esperança alguma ele passou os dez minutos mais demorados de sua vida. Ergue-o queixo sentindo a vontade de chorar em seu peito, se levantou e caminhou ate a outra extremidade. Ele havia a perdido para sempre, Rose nunca mais seria sua.
Fechou as mãos em punho esperando pelo próximo trem que o levaria ao seu apartamento, onde se afogaria nas próprias magoas, afinal apenas ele era culpado de tudo aquilo. Havia pensado que rejeita-la faria algum bem, que a sua Rose poderia ser mais feliz com todo o luxo que Scorpius poderia lhe proporcionar, afinal ele era um Advogado respeitado e dono de uma firma que obtinha o maior índice de casos vencidos em tribunais. E ele era quem próximo ao Malfoy? O que seu emprego poderia proporcionar a Rose? Uma vida modesta nos padrões do subúrbio, ou um apartamento não muito grande? O que era aquilo perto da mansão Malfoy e seus inúmeros lustres de cristal e ouro?

Quase chorou durante o percurso de volta para casa, aceitaria o emprego recém adquirido na policia internacional e se mudaria para os Estados Unidos assim que assinasse a papelada, era seu sonho fazer parte da maior força tarefa Policial do mundo, mas queria dividir aquele sonho com ela. Agradeceu o fato do metro só estar a duas quadras de seu apartamento, caminhou a paços carregado ignorando o "Boa tarde" do dona da padaria e continuou sua caminhada.

Apalpou os bolsos em busca da chave não a encontrando, bufou frustrado se lembrando de seu carro.


— Carl, sou eu, James. Esqueci a chave de casa.— Interfonou segurando o botão.
— Claro Sr. Potter.— Respondeu o porteiro antes de o clique das travas do portão.

O pesado portão de ferro se abriu lentamente e o homem por trás do vidro sorriu para o morador. James lhe lançou um sorriso triste adentrando o prédio. Preferiu o elevador que demorou alguns segundos, gostaria de estar logo em casa, se jogar sobre a cama e remoer tudo o que sentia naquele momento. Toda a frustração e dor que comprimia seu peito, o apito das portas soou e elas logo se abriram, com duas passadas e já estava em frente ao numero 34, foi quando se lembrou novamente das chaves indo ate o vaso próximo as escadas de incendio, contudo a chave reserva não estava mais lá e só haviam duas pessoas que sabiam onde ele a escondia, Rose e Alvo. Como a primeira deveria estar a caminho da sua lua de mel, e ele sentia repulsa só em pensar nas mãos de Scorpius tocando as curvas daquele corpo.

Então deveria ser Alvo, com uma cara irritado pronto para gritar aos sete ventos em como ele era burro e havia perdido a única mulher que amava, mas não foi os cabelos negros de Alvo que ele encontrou quando abriu a porta e sim um coque feito de fios vermelhos, completamente molhados e prestes a despencar. Alguns cachos bem definidos se soltavam e caiam sobre os ombros salpicado por sardas rosadas. Aquela com toda certeza não era sua irmã, pois a mesma possuía cabelos lisos e alaranjados e sua pele era imaculadamente branca, sem qualquer requicio de sardas.
Soltou todo o ar de seus pulmões quando a mulher girou o corpo, a maquiagem borrada e os lindos olhos azuis topázio brilhavam em sua direção. Rose estava ali e aparentemente sem seu marido.


Rose...?— Gaguejou vendo ela se levantar.
O vestido branco no estilo princesa, estava ensopado denunciando que ela também havia pegado aquela chuva, a barra do mesmo estava negra de tanta sujeita e pela falta de som, ele julgou que ela estava descalça.
— Não diga nada, ainda estou digerindo o que acabei de fazer.— Despejou tudo rapidamente, enquanto apoiava os dedos sobre as têmporas.— Deus, isso vai estar em todos os jornais amanhã: " Rose Weasley, abandona noivo no altar.", vai ser um escândalo. Mas eu não me importo, não mesmo. Você se lembra quando eu fingia me casar com o Alvo, na casa da arvore na Toca?

Ela perguntou permanecendo de olhos fechados, apreciando a lembrança. Quando Rose voltou a abri-los, os mesmo estavam banhando por um brilho excepcional. Contudo James não tinha palavras, nem reação; Saber que Rose abandonará Scorpius no altar o fazia gritar por dentro e a vontade de ir ate a mansão do mesmo se gabar por ter conseguido Rose era estrondosa. James rezava para que Lily tenha gravado tudo para lhe mostrar depois.


— Claro, eu morria de ciumes. Você sempre escolhia o Alvo.— Murmurou a observando melhor.

Aquele vestido estupidamente cheio, era ridículo, algo que Rose nunca escolheria. A tiara que lembrava e muito uma coroa reluzia sobre a luz artificial da casa, desceu seus olhos ate sua mão e percebeu que ela já havia se livrado do enorme diamante polido em seu dedo esquerdo.

 

— Dizia que me casaria com ele, porque eu o amava e de fato eu amava. Alvo representou tanto em minha vida, ele foi meu melhor amigo, meu irmão, meu primeiro.— Confessou com um leve sorriso nos lábios arroxeados.— Descobri com ele sensações novas, um mundo muito alem do que eu poderia imaginar. Mas foi com você James, que descobri o real significado do amor, o poder que ele tinha. Eu amo o Alvo, como se ele fosse parte de mim, irmãos de alma. Mas você?! Você é tudo o que eu sempre quis, tudo o que sempre precisei, tudo o que sempre procurei. Eu amo você, James. Mais que tudo nesse mundo. Eu passei por cima de tanta coisa, eu me tornei algo que nunca pensei que seria, uma vadia. Quando Scorpius me deixava em casa e ia embora, eu sai logo em seguida e era nesse apartamento que eu terminava, depois que eu senti o gosto dos seus beijos e o quão doce eles eram, tudo parecia amargo. Quando provei o quão bom era estar com você, amanhecer ao seu lado, percebi que não poderia ser de mais ninguém, que eu não queria acordar ao lado de nenhum outro homem. Então porque me mandou embora? Porque disse que não me queria mais?

A cada palavra dita alguns centímetros eram quebrados e agora cara a cara um com o outro, depois de todas as loucuras que cometeram, de todas as noites intensas e dos beijos trocados com tanta ânsia, nenhum deles sabia o que fazer direito. James se sentia tão tocado e esmagado por aquelas palavras, ele sempre soube o quanto Rose o amava mesmo que aquele tenha sido a primeira vez que ela as dissesse. Aquele frio na barriga e o arrepio na espinha não abandonavam seu corpo na presença tão forte que era a dela.


— Pensei que pudesse ser mais feliz com ele.— Disse vendo gotas cristalinas deixarem os olhos de sua amada.
— Eu nunca seria feliz ao lado do Scorpius, James.— Esclareceu como se tudo aquilo fosse tão obvio e de fato era.— Scorpius nunca me faria feliz da forma que você faria.
— Rose, olhe para mim. Olha para esse lugar.— Esbravejou abrindo os braços.— O que eu posso lhe dar? O que eu sou perto do grande Scorpius Malfoy? Eu não posso te dar mansões, iates, joias, viagens e banho de loja toda semana. Eu não sou nada perto dele, entenda isso.
Rose Weasley parecia horrorizada, seus olhos azuis se arregalaram e seu cenho se franziu. Como James o homem mais incrível que ela conhecia poderia se diminuir tanto, se subestimar, se comparar ao Malfoy.
— Quem lhe disse que eu quero dinheiro? Eu nunca quis uma vida de luxo, meus pais não são milionários nunca foram.— Insistiu atordoada.— James, eu amo você. É isso oque importa. Scorpius achava que poderia comprar minha felicidade com joias, sapatos e roupas que eu nunca usei e nem vou usar, pelo contrario eu dei todas para Dominique e Victorie. Não quero viagens, nem banho de lojas, porque eu andaria de Iate, eu morro de medo do mar. Você é tudo e muito mais, você é melhor que ele. Você é... Você entende o erro que eu estava cometendo, deixar você para me contentar com tão pouco? Meu maior defeito é o egoismo e não estou me importando nenhum pouco em te ter só para mim. Foda-se aquele casamento, eu acaba ficando igual a Astoria e Narcissa, e eu não quero ser assim, quero ser como a vovó e o vovô, felizes, unidos, mas eu quero isso com você, James! Apenas diga que me aceita, mesmo depois de todos os meus erros.

James não precisava daquela pergunta, nem mesmo Rose da resposta. Afinal, ele sempre pertenceria a ela.


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Notas finais do capítulo

Não me matem por terminar dessa forma, mas quem sabe não tem uma continuação ♥

Amo vocês ♥

Mille baci...♥



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