Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 39
Chuva e lágrimas.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754507/chapter/39

Emily e Hotchner estavam na cafeteria com JJ, Reid e Rossi quando ouviram as sirenes no prédio do FBI. Eles saíram correndo prometendo voltar assim que neutralizassem a ameaça no prédio.

— Penelope. – Derek gritava. – Olhe para mim Baby Girl.

Ela não respondia. Ele podia ouvir a respiração ficar mal trabalhada e ele tinha que ajudar a salvar. Eles estavam tão perto de voltar a ser uma família.

Derek descarregou sua pistola e agora estava tendo dificuldade de se separar das balas. Alguns seguranças que tentaram receberam duas balas em cada um e estão no chão sangrando.

— Você vai pela frente. Eu vou por trás. – Hotch instruiu Rossi. – Reid. Você tenta pelo lado esquerdo e Emily pelo direito. JJ peça reforço.

— Onde Garcia e Derek estão? – Rossi se apavorou. – Não diga que eles estão lá dentro.

— Garcia. Amor. – Derek chorava abaixado com o corpo de Penelope. – Por favor. Aguente.

— Que tal desistir agente Morgan? – Um dos atiradores gritou. – Você pode se juntar a sua pequena merda.

— Eu juro que vou te ver em um caixão seu lixo. – Derek gritou ainda abaixado. – E se ela morrer você também vai.

— Você não tem armas! – Ele riu. – Vai me matar atirando uma cadeira?

Antes da próxima frase ele sentiu ser perfurado por uma bala e um som tiro.

— Devon. – O outro gritou sendo surpreendido pela arma de Hotch.

— Atire em mim e seu próximo passo vai ser o necrotério. – Hotch provocou. – Abaixe essa arma.

— Eu não vou para a cadeia. – Ele apertou o gatilho e uma bala de JJ atravessou a cabeça dele.

Caindo ao lado do parceiro ele largou a arma e parou de respirar.

Hotch verificando os mortos correu para Derek cheio de sangue.

— Você está ferido, Derek? – Hotch perguntou.

— Ela está morrendo, Hotch! – Derek pegou Garcia nos braços e começou a correr. – Eu preciso de um médico aqui.

Derek não conseguiu dar um passo mais quando suas pernas se dobraram fracas e tremulas.

— Por favor Hotch. – Derek pedia. – Salve-a.

Dois paramédicos apareceram e verificaram Penelope.

— Um tiro. Abdômen esquerdo. – Ele ouviu. – Precisamos levar ela para cirurgia agora.

— Ela vai fibrilar. – O outro gritou arrumando o desfibrilador. – Precisamos chocar ela agora.

Quando primeiro choque começou ela voltou. Raras ocasiões isso realmente acontecia, porém Penelope queria ficar.

Eles a levaram de Derek que ficou onde estava. Era hora de ele correr para o hospital. Suas roupas eram evidência do crime, porém tudo o que ele realmente queria era ir até ela.

Era praticamente igual ao dia que ela foi baleada. Só que dessa vez ela estava em dos prédios mais seguros do governo.

2007...

Sentado no banco da igreja, Derek se sentia mal pela briga que teve com Garcia depois de descobrir que ela aceitou sair com Jason Clarck Battle, antes que eles descobrissem que ele mentiu até seu nome.

Ele esperava ter alguma luz sobre tudo isso, alguma luz sobre qualquer coisa.

Saindo da igreja ele notou que o ar estava mais frio que ele imaginou antes de entrar na igreja.  Tirando celular da jaqueta ele entrou no carro buscando paciência sobre as ligações que recebia.

Todas dos colegas, nenhuma de Garcia.

— Ela ainda está de mal comigo. – Ele pensou antes de ligar o carro e acionar a primeira mensagem.

Ele parou morto quando ouviu a palavra hospital vindo de Reid e da mensagem três.

Mensagem 3: Spencer Reid: D. sou eu, Reid. Precisa vir ao hospital com urgência. Droga Derek tire esse telefone do silencioso.

O pior momento foi quando ele descobriu quando era Penelope que estava internada e em cirurgia. A perda iminente dela o fez ligar as sirenes e correr até o hospital.

Ele mostrou o distintivo e subiu até o andar onde a equipe esperava. Não era certo ou até mesmo era estúpido tentar discutir com alguém.

Chegando na sala, a equipe o olhou com cara de poucos amigos. Não parecia ser bom.

Agora...

Derek chegou ao hospital depois de entregar suas roupas para os agentes do caso. Ele estava realmente se sentindo mal por Reid ter ficado lá enquanto ele dava depoimentos para metade dos diretores do FBI, polícia e antiterrorismo.

Ele odiava burocracia.

— Spencer. – Derek chamou o amigo.

— Derek. – Spencer veio até ele. – Ainda não tivemos uma atualização do estado. Eles pretendem tirar a bala da coluna, porém é muito cedo ainda.

— Bala na coluna? – Era a primeira vez que Derek ouvia. – Ela tem uma bala alojada na coluna?

Rei se chutou mentalmente. Ele deveria saber que Derek não tinha sido informado.

— Ela vai andar? – Derek começou. – Ela vai voltar a mexer as pernas? Ela precisa de cadeira de rodas de novo?

— Vamos esperar o médico Derek. – Reid desejou não ter contado a Derek. – Eles não disseram nada.

— Porque eles não quiseram dar nada para nós? Ela é minha esposa. – Derek estava exaltado.

— Derek! – Reid gritou. – Se controle.

— Desculpe. – Ele começou a se sentar.

Um médico preocupado e triste veio ao encontro de ambos.

— Penelope Morgan? – O médico perguntou.

— Sim. – Derek se levantou. – Alguma notícia?

— Removemos a bala da coluna dela. – O médico parecia aliviado. – No que diz a uma recuperação teremos que esperar ela acordar para ver a extensão dos ferimentos.

— E ela vai andar? – Spencer pulou na frente de Reid. – Sei das chances de isso acontecer.

— Não vou mentir e dizer que ela vai sair andando daqui. – Ele começou. – Como eu disse, quando ela acordar da anestesia poderemos ver se isso vai acontecer de verdade.

— Ela está na UTI? – Derek perguntou.

— Não. – O médico respondeu. – A colocamos em uma sala de recuperação. Ela só precisa relaxar até que podermos ver a extensão.

— Posso ver ela? – Derek perguntou. – Segurar a mão dela?

— Vou pedir para uma enfermeira levar você. – O médico olhou com Pena para Derek.

— Obrigado. – Derek voltou a se sentar.

Reid esperava poder ver a amiga também. Ele havia vindo com ela desde a sede e nunca deixou de entusiasmar Garcia a acordar.

— Ela vai ficar bem, Derek. – Reid disse. – Os outros estão vindo.

— Porque? – Derek perguntou de repente. – Porque todos estão querendo acabar com a nossa felicidade? Passamos cinco anos separados e agora no primeiro dia ela vem parar aqui.

— Já fazem quinze anos. – Reid disse. – Quinze anos que a primeira coisa aconteceu. A história com Kevin.

— Não me lembre desse palhaço. – Derek rosnou. – Se não fosse por ele, teríamos estado sempre juntos. Nunca teríamos nos separado a primeira vez. Não teríamos passado por Mr. Scratch, não teríamos passado por Gabriel. Poderíamos estar felizes tendo um filho por ano como eu sempre imaginei.

Reid pediu desculpas silenciosamente.

— Derek Morgan? – Uma enfermeira pediu. – Vim te levar para sua esposa. Se me acompanhar.

— Claro. – Derek levantou e olhou para Reid.

— Ei, Spencer. – Derek chamou o amigo. – Eu sinto muito gritar com você.

— É compreensível Derek. – Reid deu uma piscada. – Veja ela e me chame depois.

— Claro. – Derek deixou o corredor e entrou no quarto de Penelope.

— Ela está aqui. – A enfermeira o fez entrar. – Se precisar chamar me chame.

— Obrigado. – Derek pegou a mão de Penelope na dele. – Ei garotinha. – Ele deu um sorriso fraco. – Apenas volte para gente. Menti para Esther sobre o motivo de você estar aqui, então você deve se recompor.

Ela não respondeu nada. Uma única lágrima solitária saiu dos olhos dela.

— Eu entendi Baby Girl. – Derek limpou a lágrima. – Eu simplesmente entendi.

Ele ficou de mãos dadas o resto do tempo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hit And Run" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.